Uma das maiores novidades de 2022 foi a união de três projetos do Instituto C – Educação em Rede, Primeira Infância e Plano de Ação Familiar – em um único, o Cidadania em Rede. Nessa nossa fase, um dos atendimentos que ganha ainda mais destaque são os relacionados à pedagogia – que tem impacto em diversas áreas da vida da criança, e sua família. “Agora, os atendimentos são como um braço do Educação em Rede, mas com algumas novidades, como a avaliação psicológica e a totalidade dos encontros presenciais”, introduz Talita Lima, coordenadora do Cidadania em Rede.
O foco dos atendimentos, claro, é a criança e o seu fortalecimento como cidadã, melhorando suas relações com a família e escola, e potencializando sua perspectiva de desenvolvimento. “Nós trabalhamos em torno da promoção da vida dessa criança. Já com os pais, o trabalho é de despertar novamente um olhar mais afetivo através de diálogos para despertar na família esse papel de protetor e de agente de promoção para a vida da criança”, explica Evoli Santos, pedagoga do projeto.
Para Paloma Araújo, estagiária de pedagogia, o ambiente dos atendimentos funciona como uma troca: “Quando a gente se coloca no lugar daquela criança, a gente consegue ter um olhar mais sensível e efetivo para o caso”. A profissional lembra de crianças que chegaram para os atendimentos com um possível diagnóstico e, no entanto, era preciso um estímulo mais afetivo para despertar as potências do indivíduo.
“A partir do momento que o Chris começou aqui no Instituto C, ele desenvolveu bastante, tanto na escola quanto no comportamento dentro de casa. Já consigo perceber um bom avanço. Até o jeitinho dele mudou, sabe?”, relata Gisele Deloste, mãe do Christian.
Os atendimentos de pedagogia são semanais e sempre no horário oposto à escola. “Quando a família busca pelo atendimento, a gente faz uma avaliação inicial – pedagógica e psicológica – para entender se a criança, de fato, precisa daquilo que a família está dizendo. A partir daí, as técnicas dizem se ela vai para o reforço escolar ou psicológica”, explica Talita.
Os profissionais também lembram que uma área que tem demandando bastante nesse início de projeto é a articulação com a escola que, muitas vezes, não tem braço suficiente para um olhar individualizado para os alunos. “A escola às vezes identifica uma dificuldade e, por conta de muitas crianças e falta de recursos, eles não veem o que é. O que falta é tempo, conversa e um olhar mais específico e afetivo para o desenvolvimento dessa criança”, finaliza Evoli, reforçando sempre que o trabalho é uma constante parceria entre escola e família – pensando na criança em conjunto com todos esses fatores.