Cidadania em Rede

Cidadania em Rede passa a ter sistema de dados integrado

Em tempos de era digital, sabe-se o quanto a organização de dados e informações foi beneficiada por programas e softwares que integram funcionalidades e entregam resultados de forma rápida e prática. Com o Instituto C não é diferente! Agora, o projeto Cidadania em Rede passa a contar também com um sistema que antes era utilizado apenas no PAF, o Plano de Ação Familiar.

“Começamos a desenvolver esse sistema em 2016 e, desde o princípio, havia como norte ele gerar dados e indicadores de performance para a tomada de decisões. De lá para cá, esse sistema vem recebendo atualizações e funcionalidades conforme demandas aparecem – tanto para análises dos atendimentos quanto para o administrativo do Instituto”, diz Luis Pestana, um dos responsáveis pela criação do sistema. Os anos passaram e hoje o IC está crescendo ainda mais, o que faz com que os dados sejam muito mais necessários. “Tudo no sistema funciona para gerar informações de forma rápida, facilitando a tomada de decisões. Também temos indicadores sobre famílias que facilitam a visualização da evolução nos atendimentos”, explica.

A base do sistema é a mesma utilizada no PAF, o desafio foi desenvolver a questão da triagem – essencial no Cidadania em Rede. “O Plano de Ação Familiar está todo voltado em torno da criança, por isso o sistema foi estruturado tendo o menor como eixo principal. Agora, tivemos que migrar o sistema para esse novo eixo, que está no responsável”, conta Talita Lima, líder do projeto.

“O sistema é muito importante para mantermos todos os registros dos atendimentos. Estamos falando de mais de 600 famílias que já passaram por aqui e temos registro de todos os atendimentos de cada um de seus membros. Existe uma importância institucional muito grande já que se um profissional deixa o Instituto hoje, amanhã conseguimos dar continuidade no trabalho por termos todas as informações”, reflete Diego Schultz, Diretor Administrativo do Instituto C.

Ele é vital para começarmos esse trabalho no Cidadania em Rede corretamente e conseguir, não só guardar essas informações, como também mostrar resultados com facilidade para os apoiadores”, acrescenta Diego. O diretor também cita a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, de 2018, como fator importante: “Temos muitas restrições em relação às informações que temos dos usuários e, com o sistema, conseguimos restringir as pessoas que têm acesso a elas. Dados gerenciais ou atendimentos, por exemplo, não são todos os profissionais que podem acessar”

Talita reforça que a área de captação também foi muito beneficiada por essa implementação. “Extrair informações para análises semanais e mensais de forma rápida é essencial. Antes, precisávamos fazer isso à mão, um a um, e agora conseguimos ter a visão do todo da família rapidamente. Isso facilita o trabalho do técnico e faz com que a gente possa investir esse tempo em outras atividades – beneficiando não só nós, profissionais, como também as famílias atendidas”, finaliza a líder.

Gestão de PessoasPAF

Famílias celebram a conquista da casa própria e se despedem

Um dos objetivos do PAF, o Plano de Ação Familiar, é o fortalecimento emocional das famílias atendidas. O projeto atende famílias de crianças e adolescentes que apresentam alguma doença grave ou crônica, e que vivem em situação de vulnerabilidade social. No dia 23 de março, mais um ciclo de atendimento se encerra ­– com conquistas que merecem ser celebradas.

Duas delas são as realizações de Vanessa e Adrieli que, após passarem alguns anos com o Instituto C, fortaleceram-se como mulheres e mães – e, através da busca por seus direitos, conquistaram suas próprias casas. “É muito honroso acompanhar a trajetória dessas mulheres e vê-las construindo diariamente um outro futuro para suas famílias”, diz Nayara Oliveira, Psicóloga do projeto PAF-Plano de Ação Familiar e técnica de referência delas.

Vanessa Eloísa dos Santos, por exemplo, está em atendimento pelo Instituto C há três anos e oito meses. Mãe de cinco filhos, durante esse período ela conquistou o Auxílio Aluguel e o Benefício de Prestação Continuada. Inscreveu-se no CDHU, Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo e, agilizada pelos laudos do Jair, seu filho de 17 anos, obteve sua casa própria em menos de dois anos. “Eu cheguei ao Instituto por indicação do Hospital Santa Casa e, no início, acreditei que seria uma ajuda apenas para o meu filho, que tem uma questão de saúde, mas não. Eles ajudaram minha família inteira”, conta.

Com auxílio das psicólogas e técnicas de referência, Vanessa conseguiu os benefícios a que tinha direito e também se divorciou. “Minha família chegou muito debilitada e o Instituto nos recebeu de braços abertos. Achava que não conseguiria sobreviver sozinha com meus cinco filhos, mas eles me orientaram, me ouviram com paciência e hoje eu celebro essa conquista. Só tenho a agradecer”, afirma. “Eu acompanhei a Vanessa em momentos muito críticos e vê-la aspirando e conquistando tantos sonhos é maravilhoso”, relata Nayara.

E Vanessa não está sozinha. Adrielly Conceição Bulhões também se despede agora do PAF com a chave da casa própria em mãos. Mãe de três filhos, ela também chegou ao Instituto C por orientação do Hospital Santa Casa. “As psicólogas do IC me deram outra visão de mundo. Estava com minha autoestima muito baixa e em um relacionamento abusivo, e elas me ajudaram e enxergar o que eu não estava enxergando”, conta Adrieli. A conquista da moradia foi a cereja do bolo – e ainda veio como um presente: “Eu peguei a chave no dia 18 de fevereiro, e o meu aniversário foi dia 25. Estou muito feliz, sobretudo porque agora me olho no espelho e vejo uma mulher forte”, completa.

“O papel do Instituto é, sobretudo, ser um articulador em relação aos direitos das famílias e a rede assistencial como um todo”, afirma Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do Instituto C. Dentro do PAF, tanto Vanessa quanto Adrieli puderam ter o apoio e as informações necessárias para que elas pudessem alcançar a autonomia, superar dificuldades e conquistar seus direitos.

Nayara, a técnica de referência da família, também reflete sobre outros benefícios, para além da moradia, que elas alcançaram: “A Lara, filha de Adrieli de 6 anos, diz que a maior felicidade dela agora é ter uma porta no banheiro e no quarto. A gente pode achar essa conquista pequena, mas a vida que elas poderão construir nesse novo lar é muito mais fortalecida. Em quase esses três anos com a gente, ela entendeu que é importante cuidar de si, do seu lar interno, para agora cuidar também desse lar físico”.

O ciclo do PAF na qual as famílias de Vanessa e Adrieli estão se encerrou no dia 23 de março para que novas famílias possam chegar!

Cidadania em Rede

Novo polo de atendimento já está funcionando – conheça!

De casa nova na Zona Norte, o Instituto C começa março dando sequência aos sonhos e fortalecendo o projeto Cidadania em Rede em seu novo polo localizado no bairro da Freguesia do Ó, em São Paulo. O sentimento com o espaço novo não poderia ser outro: felicidade, e, claro, vontade de seguir fazendo a diferença.

“Ela é linda! A gente tinha tanta vontade de realmente ter o nosso espaço, ter maior liberdade e autonomia, que a mudança não foi algo pesado, foi tranquilo. Houve muita harmonia nesse movimento todo e entre toda a equipe”, introduz Graziele Alessandro, uma das responsáveis pela triagem dos atendimentos – que já estão acontecendo nas áreas de pedagogia e psicologia. 

Com uma mudança “que já deu certo”, como diz Talita Lima, líder do projeto, a ideia é receber novas famílias já neste mês de março – além de manter o atendimento às já contempladas. “Nós começamos efetivamente essa semana e estamos, tanto com o time que já estava conosco, e também com a equipe nova”, completa a responsável. 

A área de triagem e monitoramento é um novo departamento do Instituto C, instituído no projeto Cidadania em Rede, que ficará responsável tanto para triar e acolher as famílias, quanto fazer o trabalho de divulgar e explorar o território novo do polo Zona Norte. “Antes, éramos nós quem fazíamos tanto os atendimentos, como as triagens. Agora eu e a Grazi estaremos focadas na triagem e monitoramento para poder enviar para as áreas específicas, que farão o atendimento, de forma mais certeira”, esclarece Kátia Souza, também responsável pelo departamento. E, se a casa é nova, o tamanho dos sonhos também: a ideia agora é atender até 500 famílias. “Com essa meta, a gente imagina que, para atender 500, precisaremos fazer a triagem de pelo menos o triplo de famílias”, indica Talita. 

“A triagem faz parte do nosso sistema de atendimento e inclui as principais informações, como nome, residência, idade e o tipo de acesso que essa família precisa na rede. O processo é moldado pensando em cada um dos cinco núcleos de atendimento: Saúde Emocional e Nutricional, Educação de Qualidade, Desenvolvimento Infantil, Inclusão Produtiva e Garantia de Direitos”, afirma Talita. A base da triagem já existia, mas agora há um compilado maior de dados.

Vale lembrar que o polo de atendimento na Santa Cecília se mantém – e que o processo de entrada das famílias ao Instituto C se dá por encaminhamento de serviço ou pela busca ativa. “A gente tem um recorte, que é o atendimento de famílias que estejam em vulnerabilidade social e que tenham uma criança ou adolescente, de 0 a 17 anos, mas a ideia do espaço é que ele fique de portas abertas”, explica Graziele. “Queremos que o bairro nos conheça para que aqui se torne um local de referência e mais pessoas queiram participar do projeto”, finaliza Talita. 

Conheça o nosso espaço na Zona Norte de São Paulo:

Endereço: Rua Hanna Abduch, 316

Telefone: 11 3459-1406

Horário de atendimento: de segunda a quinta-feira, das 8h às 17h