PAF

Conquistas e despedidas no encerramento do PAF

Nas duas últimas semanas, quatro turmas encerraram a participação no projeto PAF – Plano de Ação Familiar do Instituto C. Entre lágrimas de felicidade (e saudades), famílias celebraram suas conquistas, alcançando autonomia e independência após um ciclo de atendimento no projeto. “A cada cerimônia de encerramento, saímos mais admiradas com a força de pessoas maravilhosas que, apesar das dificuldades que enfrentaram em suas vidas, mostram-se confiantes e realizados”, afirma Katia Moretti, coordenadora do Projeto PAF-Plano de Ação Familiar.

Uma dessas famílias é a de Maria Aparecida Rodrigues da Silva, a Cida, que passou a ser atendida pelo Instituto C em 2018 – após o encaminhamento do Hospital Santa Casa de São Paulo de seu filho, Luís Miguel, que tem Síndrome de Down. “Tudo começou porque ele também tem um refluxo muito grande, e precisava de um leite especial que fugia do meu orçamento”, conta Cida lembrando dos primeiros atendimentos.

No ano seguinte, no início da pandemia, a mãe diz que mesmo à distância recebeu muito apoio através de conversas e orientações. “Nunca vou me esquecer de quando minha outra filha estava com um problema de visão e o Instituto me ajudou com uma consulta oftalmológica de qualidade para ela. Ela ganhou os óculos e para mim isso foi um grande alívio porque hoje ela frequenta a escola e consegue enxergar bem”, completa.

Mas, não apenas os filhos de Cida foram atendidos e obtiveram conquistas durante esses anos. “Através de uma voluntária do IC, eu consegui uma bolsa de estudo no Instituto Embelleze e fiz o curso de alongamento de unhas em gel. Eu sempre quis voltar a trabalhar, mas como cuido sozinha de meus filhos nunca consegui. Agora eu já estou atendendo alguns clientes na minha própria casa. Além de distrair a minha mente, eu também faço novas amizades e ainda consigo ganhar uma renda extra”, celebra.

Cida ainda lembra das rodas de conversa onde aprendeu a se alimentar de uma forma mais saudável, acolher melhor os filhos, procurar seus direitos e, principalmente, cuidar dela mesma. “Sempre que eu precisei de ajuda, o Instituto C estava ali. Mas, para mim, o mais importante não foi nem o atendimento humanizado que sempre tive, foi a amizade que eu construí. Vi entrar e sair voluntários, entrar e sair profissionais… O que falar da Nayara? Da Ana? Eu não tive só o atendimento de um projeto que me ajudou financeiramente, eu ganhei pessoas que vão sempre morar em meu coração. O carinho, a amizade e o apoio são mais importantes do que qualquer coisa. Vou sentir muita falta”, finaliza.

Ao todo 42 famílias encerraram sua participação no PAF e, dentre elas, 35 participaram presencialmente, sendo 18 no primeiro dia (20/07) e 17 no segundo (27/07). “Temos muito orgulho de podermos contribuir com essa mudança!”, finaliza Katia.