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Inclusão produtiva: o que é e quais soluções são oferecidas pelo Instituto C

Já ouviu falar em inclusão produtiva? O termo se refere à criação de condições favoráveis para que todos os indivíduos na sociedade tenham acesso a oportunidades econômicas e possam participar ativamente da produção e do mercado de trabalho.

A inclusão produtiva busca garantir que grupos marginalizados e em vulnerabilidade social, como pessoas com deficiência, mulheres, jovens, idosos e minorias étnicas, tenham igualdade de acesso a recursos, capacitação e empregos.

A importância não se restringe apenas a fonte de renda, mas também a outros aspectos que a falta de trabalho causa, como baixa autoestima. Quando as barreiras da exclusão social são superadas e as pessoas são incluídas de maneira produtiva, ocorrem diversos benefícios, promovendo o crescimento econômico sustentável, fortalecendo a coesão social e, claro, reduzindo a pobreza.

A inclusão produtiva é uma área onde cuidados da reforma dos currículos, opções de capacitação e até o encaminhamento para vagas de emprego dentro da rede”, explica Isabel Pinheiro, Assistente Social de Geração de Renda.

Ela conta que o olhar é individual para a real necessidade de cada família e o trabalho é para facilitar os sonhos de cada uma. 

Inclusão produtiva – Soluções do Instituto C (programa Cidadania em Rede)

Vemos que muitas mulheres não têm a capacitação no currículo, mas têm a força de vontade para trabalhar”, conta Isabel que, em seu trabalho, busca dar o pontapé necessário para incluir esse indivíduo no mercado. “Eu identifico as vulnerabilidades daquele currículo, as questões de estudo e vou encaminhando para cursos que possam capacitar cada um deles, de forma que seja mais fácil a ingressão no mercado de trabalho”.

Uma das soluções encontradas pelo Instituto C para que tudo isso aconteça foi a parceria com a SIEMACO– Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços, que oferece cursos rápidos e com certificação em diversas áreas de trabalho. “A gente tem visto muitos bons resultados. Um caso recente, por exemplo, é o da Juliana, que fez três cursos pela SIEMACO em abril e, no início de maio, conseguiu um trabalho formal”, celebra Isabel.

inclusão produtiva

Isabel e Juliana com os seus certificados de 3 cursos que fez na Siemaco: Recepção/Atendimento, Comportamento Pessoal e Profissional e Supervisão. Veio até o instituto C para atualizar seu currículo.

 A conquista de um emprego, seja ele formal ou não, traz de volta a autoestima que foi impactada durante a busca por um trabalho. “Eles chegam já há bastante tempo desempregados, triste e até com vergonha por isso. Vamos cavando oportunidades para realizar o sonho de uma profissão”, conta Isabel. “Conforme eles vão fazendo os cursos, o currículo vai crescendo e oportunidades de entrevistas surgindo, eles se animam e ganham entusiasmo para seguir no caminho. E é isso que eu busco: que eles se sintam animados, como sujeitos de direitos, qualificados e parte da sociedade”, finaliza Isabel.


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Serviços IC

O debate como prevenção ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

O combate à exploração sexual de crianças e adolescentes é uma pauta urgente e importante no Brasil. Infelizmente, o país ainda é um dos principais destinos para turismo sexual infantil, o que demanda ações efetivas por parte das autoridades e da sociedade em geral. Só em 2022, foram registradas no Brasil quase 112 mil denúncias de abuso e exploração sexual infantil na internet. O número é 10% maior se comparado ao de 2021 (dados retirados do ChildFund Brasil, agência de desenvolvimento social que atua com programas e projetos sociais). 

No intuito de conscientizar a sociedade brasileira sobre a necessidade de se engajar na luta contra a violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes, o dia 18 de maio foi oficializado como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

História do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

A data faz referência a um triste episódio ocorrido em 1973, quando uma menina de 8 anos, da cidade de Vitória (ES), foi sequestrada, violentada e assassinada de forma brutal. Seu corpo foi encontrado seis dias depois, carbonizado, e seus agressores jamais foram punidos.

Em virtude da comoção gerada pelo caso e da mobilização do movimento de defesa dos direitos das crianças e adolescentes, a Lei nº 9.970/2.000 estabeleceu o dia 18 de maio como um marco para a conscientização e o combate à violência sexual contra menores de idade. Desde então, essa data se tornou uma oportunidade para a população brasileira se unir e protestar contra esse tipo de atrocidade.

Neste ano, o Instituto C vai participar de duas ações, segundo Sheila Silva, agente de ação social do Cidadania em Rede:

  • Uma junto à Secretaria de Desenvolvimento Social;
  • Outra com o Serviço de Proteção Social às Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência da Brasilândia.

Políticas públicas e debates como prevenção

Combate à exploração sexual Para combater esse problema, é fundamental investir em políticas públicas que fortaleçam a rede de proteção e garantam a punição dos culpados. Além disso, é necessário conscientizar a população sobre os impactos da exploração sexual na vida das vítimas e mobilizar a sociedade civil para denunciar casos de abuso.

Sheila alerta que a conversa dentro do projeto é essencial para a prevenção desses abusos.

É preciso diálogo e esclarecimento sobre diversos fatores, como o direito do corpo, sexualização entre adolescentes e educação sexual – seja dentro de casa ou na escola. Vamos trabalhando com as famílias, tanto quanto já existe um caso notificado, quanto no sentido da prevenção mesmo”, diz.

Até porque a maioria dos abusos infantis acontecem dentro do ambiente familiar. “Uma criança que passou por uma situação de abuso pode manifestar isso dentro de um atendimento, fazendo um desenho, por exemplo, e é nosso papel também esse acolhimento de escuta”, explica Sheila.

A luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes deve ser um esforço coletivo e contínuo para garantir um futuro mais justo e seguro para as gerações futuras.

Como denunciar o Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes?

Combate à exploração sexual

E, para denunciar casos de Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, basta utilizar o serviço do Disque 100, que permite que a denúncia seja feita de forma anônima.

Outra opção é procurar o Conselho Tutelar, responsável por garantir que os direitos das crianças e adolescentes sejam respeitados, na região onde a vítima reside ou onde ocorreu o abuso.

Além disso, a vítima pode recorrer a delegacias especializadas ou comuns, bem como à Polícia Federal ou Polícia Rodoviária Federal, ou ainda através do número 190.


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Institucional

Homenagem ao Dia das Mães – Poema de Claudete Marcolino

Preparamos essa homenagem para aquelas que representam o maior amor que existe, as mães.

Feliz Dia das Mães!

Mãe que seria de mim sem ti?
Sua voz que fala aos meus ouvidos, que canta, que encanta e acalanta.
Que adverte, que ensina e educa.
Seus olhos que brilham e me veem.
Sua luz, seu andar, caminhar.

Mãe que acolhe, no ventre, no abraço, no coração!
Em sua sabedoria minha referência.
Sabedoria que aprendeu, compreendeu e se tornou no passar dos dias.
Ah a maternidade!
Que se fez e se faz cheia de perguntas sem respostas, erros e acertos.
Sim, mãe, eu sei que você não sabia!
e tudo que te disseram sobre ser mãe, não foram suficientes.

Mãe, que desbrava o desconhecido por não saber, que se dispõe aprender, que aprende sem se dispor.
Que não desiste!
Que se cansa, que não dorme e muitas vezes não come para o filho comer.

Em lutas aguerridas e diárias em busca do melhor se doa, se entrega,
Lágrimas, choros escondidos, medos, sorrisos, sonhos e conquistas
Para que eu pudesse ser, estar Aqui!

Mãe, sua maternagem se faz lembrada
Não importa como você foi, como é ou será
Não apenas na data de hoje,
Na minha história
Para que eu pudesse NASCER
Antes de mim,
Precisou existir VOCÊ!

Poema de Claudete Marcolino

 

Imagens das mães que constroem dia após dia a história e o legado do IC.

 

 

Áreas de atendimento

Imigrantes: dificuldades e barreiras que enfrentam ao chegar em um novo país

Existem muitas razões que podem levar um imigrante a deixar seu país de origem. Algumas das mais comuns incluem questões políticas, como instabilidade, violência, perseguição política ou religiosa, ou até mesmo guerras. Além disso, problemas econômicos podem ser um fator significativo, como falta de oportunidades de trabalho, baixos salários, desigualdade social ou pobreza extrema.

No Brasil, muitos imigrantes chegam com o objetivo de melhorar sua condição de vida e proporcionar uma qualidade melhor para sua família. Independentemente da razão, a decisão de deixar o país de origem geralmente é uma das mais difíceis e envolve muitos riscos e incertezas.

Os imigrantes enfrentam uma série de desafios ao chegar em um novo país. Além da necessidade de adaptação a uma nova cultura e idioma, eles podem enfrentar discriminação e preconceito de pessoas que não estão dispostas a aceitar os recém-chegados. A busca por empregos que correspondam às suas habilidades e experiências também é uma questão, o que pode levar a problemas financeiros e até mesmo de autoestima. 

A falta de suporte social e emocional também pode ser um desafio, especialmente se o imigrante deixou para trás sua família e amigos em seu país de origem. Daí, a importância do acolhimento como forma de política pública à eles.

Números de imigrantes em São Paulo

De acordo com o último levantamento do Migracidades, uma plataforma de diagnósticos sobre migração da Organização Internacional para Migrações (OIM), de 2021, são 376.156 migrantes que vivem na cidade. As principais comunidades são:

  • Bolivianos (27%);
  • Chineses (7%);
  • Haitianos (6%).

Ainda segundo eles, de janeiro de 2000 a março de 2022, 595.369 migrantes obtiveram o Registro Nacional Migratório como habitantes do município, de acordo com dados do Sistema de Registro Nacional Migratório (Sismigra) (NEPO/UNICAMP, 2022). E mais: entre abril de 2018 e outubro de 2022, o estado de São Paulo recebeu cerca de 11.204 pessoas venezuelanas por meio da estratégia de interiorização do Governo Federal.

Dificuldades e barreiras dos imigrantes

Recentemente, a equipe técnica do Instituto C participou de uma formação promovida pela Rede Sem Fronteiras, do Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHIC), chamada ‘Ampliando Redes e Cidades Solidárias’, devido o aumento de famílias imigrantes procurando por atendimento no programa Cidadania em Rede.

“A gente sabe que em São Paulo, por ser uma grande metrópole, a questão imigratória é importante, mas para nós, enquanto Cidadania em Rede, foi uma novidade a chegada dessas famílias. Ainda não tínhamos pensado em estratégias de como acolher e fortalecer esse grupo em específico”, introduz Sheila Silva, agente de ação social do Cidadania em Rede. 

E, entre as dificuldades encontradas por essa população, está a língua, a cultura e a alimentação. “Os abrigos que hoje recebem esses imigrantes não conseguem elaborar um cardápio que atenda a todos, e a gente sabe que tem alguns itens que eles não comem. Então, aqui, elas valorizam bastante os atendimentos da nutrição. A psicologia também é uma área importante devido à autoestima dessas mulheres, e da trajetória que tiveram até aqui. Tentamos reconstruir juntas um plano de autonomia para elas não desanimarem”, conta Sheila.

Por sofrerem dificuldades, preconceitos e, muitas vezes, até mesmo a violência, é notório o agrupamento entre os imigrantes. A agente aponta também que existem dois perfis: o de quem já chegou há bastante tempo e, assim, consegue lidar melhor com algumas questões, e o do recém-chegado, que ainda está tentando entender o novo momento e, por isso, ainda é mais fechado. “Mas, a partir do momento que o Instituto C abre essa possibilidade, as chances de mudarmos esse cenário e dar um passo bacana enquanto instituição, é grande“.

O acolhimento aos imigrantes no Instituto C

Atualmente, o Cidadania em Rede atende 7 famílias que vieram da Venezuela e, em sua maioria, de mulheres. “Percebemos que são pessoas com nível superior, mas quando chegam no Brasil precisam se reconstruir totalmente em diferentes aspectos”, diz.

Assim, enquanto instituição, o IC tem pensado em formas de trabalhar essa nova pauta. Um dos próximos passos é trazer um debate sobre políticas públicas, acessos aos direitos e até mesmo formas para validar os diplomas aqui no Brasil. Sheila conta o caso de uma venezuelana, por exemplo, que é formada em Enfermagem e agora está batalhando para conseguir a validação da sua certificação no Brasil. “Queremos articular com alguém do CDHIC para uma roda de conversa aqui no Instituto com as famílias que atendemos”, conta.

Para Sheila, ainda é importante fazer isso de uma forma coerente e entusiasmada, já que essas mulheres chegam cansadas e, muitas vezes, fragilizadas após tantos ‘nãos’ ouvidos. “E isso, se não trabalhado, vira uma bola de neve, né? A gente precisa prevenir futuros problemas e fazer um trabalho de acesso e inclusão dessa população”, acrescenta Sheila.


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Fotos por Sara Vasconcelos
@saraavasconceloss
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