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Garantia de direitos e acesso a medicamentos: como buscar?

O acesso a medicamentos é um direito garantido pela Constituição Brasileira, essencial para a continuidade de tratamentos, especialmente para pessoas com doenças crônicas. 

Segundo uma pesquisa feita pela Open Society Foundations, 1/3 da população mundial não tem acesso aos medicamentos que precisa, principalmente porque não consegue pagar por eles. O Brasil é líder na batalha por medicamentos acessíveis, no entanto, muitos ainda enfrentam barreiras significativas para ter este direito garantido. 

Este artigo visa orientar sobre os canais e processos necessários para obter medicamentos e explicar como o Instituto C atua para facilitar essa garantia.

Importância do direito à saúde e do acesso universal aos medicamentos

O direito à saúde é um dos pilares fundamentais para a dignidade e bem-estar humano, sendo essencial para o desenvolvimento de qualquer sociedade. O acesso universal aos medicamentos, como parte integral desse direito, é importante para a prevenção, tratamento e controle de doenças.

O direito à saúde é garantido pela Constituição Brasileira e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) é a estrutura responsável por assegurar que todos os cidadãos tenham acesso a serviços de saúde, incluindo a obtenção de medicamentos necessários para tratamento.

Importância do direito à Saúde:

  1. Prevenção de doenças: O acesso a serviços de saúde e medicamentos é fundamental para prevenir doenças e promover a saúde. Programas de vacinação, por exemplo, dependem do acesso a medicamentos para prevenir doenças infecciosas.
  2. Tratamento e controle: Doenças crônicas como diabetes, hipertensão e asma requerem tratamento contínuo com medicamentos específicos. Sem acesso a esses medicamentos, os pacientes podem sofrer complicações graves.
  3. Qualidade de vida: Ter acesso a tratamentos adequados melhora significativamente a qualidade de vida dos indivíduos, permitindo que vivam de forma mais saudável e produtiva.
  4. Redução das desigualdades: O acesso universal aos medicamentos ajuda a reduzir as desigualdades em saúde, proporcionando tratamento para todos, independentemente da condição socioeconômica.

Impactos do acesso universal a medicamentos:

  1. Equidade em Saúde: Assegura que todas as pessoas, independentemente de sua situação financeira, tenham acesso aos medicamentos que precisam.
  2. Redução de mortalidade e morbidade: A disponibilidade de medicamentos essenciais contribui para a redução das taxas de mortalidade e morbidade associadas a várias doenças.
  3. Desenvolvimento econômico: Populações saudáveis são mais produtivas, o que contribui para o desenvolvimento econômico do país.
  4. Justiça social: O acesso universal aos medicamentos é um passo importante para alcançar a justiça social, garantindo que todos os cidadãos tenham igual oportunidade de acesso à saúde.

Principais barreiras no acesso a medicamentos

De acordo com Renata, analista de projetos do Polo Centro, a falta de informação é a principal barreira enfrentada pelas pessoas. Muitas não sabem que o acesso a medicamentos é um direito e que deve ser garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou pelo Estado. 

Além disso, há uma burocratização do sistema, que dificulta ainda mais o acesso, especialmente para famílias atípicas com múltiplas demandas diárias.

O papel do Instituto C

O Instituto C trabalha em articulação com a rede assistencial e intersetorial para garantir que as famílias tenham acesso aos medicamentos necessários. O objetivo é que as famílias conheçam seus direitos e saibam como conquistá-los. 

As técnicas do projeto orientam e acompanham as famílias durante todo processo de garantia desse direito, e quando se deparam com negativas, acionam a Defensoria Pública do Estado, explica a coordenadora do Polo Centro, Kátia. 

“Durante esse processo de conquista da medicação, em alguns casos, o Instituto C fornece o remédio, como um benefício emergencial, para que a saúde da criança não seja prejudicada pela sua falta”, finaliza a profissional.

Passo a passo para obter medicamentos

Para ajudar aqueles que precisam de medicamentos caros ou difíceis de obter, Katia e Renata compartilharam um passo a passo:

  1. Rede pública de saúde: Após receber a prescrição, é necessário buscar as farmácias da rede pública de saúde, localizadas em Unidades Básicas de Saúde (UBS), AMA, AME, hospitais ou as unidades do Programa Farmácia Popular.
  2. Farmácia de alto custo: Se o medicamento não for fornecido pelos locais mencionados, deve-se buscar a Farmácia de Alto Custo, responsável pela dispensação de medicamentos específicos.
  3. Solicitação judicial: Caso haja uma negativa, é possível realizar a solicitação do medicamento ao Estado por vias judiciais.

Canais e Programas de Apoio

Segundo Kátia, existem alguns programas de acesso a medicamentos que podem ser municipais ou estaduais. “Como exemplo, temos o programa Dose Certa, que é um programa de Assistência Farmacêutica do Governo do Estado de São Paulo. A finalidade desse programa é facilitar e aperfeiçoar o acesso da população aos medicamentos no âmbito da Atenção Básica”, complementa.

Renata explica que a população também pode obter informações sobre medicamentos através do “Remédio na Hora”. Essa é uma ferramenta digital que auxilia a encontrar em quais farmácias das unidades da rede de saúde os medicamentos buscados estão disponíveis.

Farmácia Popular: Programa do Governo Federal que visa complementar a disponibilização de medicamentos utilizados na Atenção Primária à Saúde, por meio de parceria com farmácias e drogarias da rede privada.

Programa Dose Certa: Um programa de Assistência Farmacêutica do Governo do Estado de São Paulo, que facilita o acesso aos medicamentos no âmbito da Atenção Básica.

Remédio na Hora: Ferramenta digital da Prefeitura de São Paulo que auxilia a encontrar em quais farmácias das unidades da rede de saúde os medicamentos estão disponíveis.

Remédio em Casa: Consiste na entrega domiciliar de medicamentos em quantidades suficientes para o período de 90 dias; para portadores de doenças/ patologias crônicas;  estáveis e controlados clinicamente; em acompanhamento nas Unidades de Saúde de São Paulo.

A equipe do Instituto C também disponibiliza um link da prefeitura de São Paulo (clique aqui) que reúne todas estas informações para auxiliar as famílias em caso de dúvidas posteriores.

Garantir o acesso universal aos medicamentos é um passo essencial para a construção de uma sociedade mais justa e saudável, onde todos têm a oportunidade de viver com dignidade e bem-estar!

Esse artigo foi escrito com a contribuição da Coordenadora de Projetos do Polo Centro Kátia Moretti e a Analista de Projetos Renata Chiapetta.

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Comunicação não violenta: uma ferramenta para fortalecer relações familiares

A comunicação é a base de qualquer relacionamento. Ela é o elo que conecta pensamentos, sentimentos e necessidades entre as pessoas. No entanto, quando mal conduzida, pode se tornar uma fonte de mal-entendidos, conflitos e distanciamentos. 

Nesse contexto, a Comunicação Não Violenta (CNV) surge como uma poderosa ferramenta para transformar e fortalecer as relações familiares, promovendo um ambiente de respeito, empatia e compreensão mútua.

O que é comunicação não violenta?

Desenvolvida pelo psicólogo Marshall Rosenberg nos anos 1960, a Comunicação Não Violenta é uma abordagem que busca promover a empatia e a conexão entre as pessoas. Ela se baseia em quatro componentes principais: 

  • observação;
  •  sentimentos;
  •  necessidades;
  • pedidos. 

Essa prática nos convida a expressar nossas necessidades e emoções de forma clara e honesta, ao mesmo tempo em que nos incentiva a ouvir o outro com empatia e sem julgamentos.

A CNV é transformadora no ambiente familiar, onde as emoções costumam ser intensas e as relações complexas. Ao aplicá-la no dia a dia, as famílias podem reduzir os conflitos, melhorar a qualidade das interações e fortalecer os laços afetivos.

A importância da Comunicação não violenta nas relações familiares

No Instituto C, a CNV é amplamente aplicada em todas as atividades, especialmente nas que envolvem as famílias atendidas. 

Lucas Pisciotta, Agente de Ação Social e responsável pela Triagem e Monitoramento do Polo Zona Norte, destaca a importância dessa abordagem:

A Comunicação Não Violenta é fundamental nas relações porque promove um ambiente de respeito e empatia, contribui para que escutemos o outro com clareza e fortalece os vínculos. A CNV, ao focar na escuta ativa, ajuda a evitar mal-entendidos e conflitos desnecessários, promovendo colaboração em vez de criar ambientes de competição ou confronto, ajudando a reduzir o estresse causado por mal-entendidos.

Esse é o diferencial entre uma convivência pacífica e uma marcada por conflitos. Quando os membros da família são capazes de expressar seus sentimentos e necessidades de forma clara e respeitosa, eles constroem um ambiente de confiança e segurança emocional, onde todos se sentem ouvidos e valorizados.

Transformando relações interpessoais

A CNV não se limita ao ambiente familiar; ela também é eficaz em outras esferas da vida, como no trabalho e em amizades. Lucas compartilhou uma história marcante de sua experiência:

Durante uma roda de conversa em uma escola, um jovem compartilhou que estava sofrendo bullying. O rapaz que o incomodava estava presente e, ao ouvir o relato, começou a praticar a escuta ativa. Essa escuta resultou em compreensão e acolhimento, e os dois jovens iniciaram uma conversa que abriu a porta para uma possível grande amizade!

Essa pequena história ilustra o poder transformador da comunicação. Ao exercitar a escuta ativa e a empatia, é possível transformar relações superficiais em laços profundos e significativos.

Desafios e benefícios da prática

Apesar dos benefícios evidentes, adotar a CNV no dia a dia pode ser desafiador. Lucas aponta que “a maior dificuldade geralmente é a mudança de hábitos na comunicação. Mudar padrões para uma comunicação empática e não violenta pode ser uma tarefa difícil, mas é fundamental para melhorar a qualidade das relações.

A prática contínua traz inúmeros benefícios para o bem-estar emocional e mental. Lucas ressalta que “a CNV exercita a empatia e promove conexões profundas. Quando estamos dispostos a ter uma escuta ativa de qualidade para com o outro, fortalecemos nossa empatia em relação ao mundo, ajudando na compreensão e validação dos sentimentos próprios e dos outros.

No Instituto C, a CNV não só melhora a comunicação entre os membros da equipe, mas também fortalece as relações com as famílias atendidas. “A prática constante da escuta ativa desempenha um papel fundamental em nosso trabalho. Ela não apenas facilita a comunicação interna, mas também é crucial para o desenvolvimento de laços significativos com as famílias que frequentam o Instituto“, acrescenta Lucas.

Dicas para você começar a praticar a comunicação não violenta

Para quem deseja começar a aplicar a CNV em suas relações, Lucas oferece algumas dicas práticas:

  1. Pratique a auto-observação: Observe seus padrões de comunicação e reações para identificar onde essa abordagem pode ser aplicada. Isso ajuda a aumentar a conscientização sobre suas emoções e comportamentos.
  2. Exercite a escuta ativa: Em uma conversa, dedique-se a ouvir sem interromper! Reflita sobre o que foi dito e faça perguntas para garantir que entendeu corretamente.
  3. Expresse seus sentimentos e necessidades de forma clara: Use frases como “Eu me sinto [sentimento] quando [situação] porque [necessidade]” para comunicar suas emoções de maneira respeitosa, evitando culpar o outro.
  4. Pratique a empatia: Coloque-se no lugar do outro para entender suas perspectivas e valide suas emoções. Isso fortalece as conexões interpessoais.
  5. Tenha paciência com seu progresso: Mudar hábitos de comunicação leva tempo e prática, então seja gentil consigo mesmo enquanto desenvolve essas habilidades.

Comunicação não violenta no Instituto C

No Instituto C, a prática da Comunicação Não Violenta tem sido um esforço contínuo para criar um ambiente de trabalho mais acolhedor, onde o respeito e a empatia são buscados diariamente. 

“A Comunicação Não Violenta é uma ferramenta fundamental para garantir que nossas atividades sejam conduzidas com respeito mútuo e eficácia, promovendo uma troca genuína e enriquecedora entre todos os envolvidos”, afirma Lucas. 

Ao tentar incorporar a CNV em suas práticas, o Instituto C procura fortalecer as relações internas e, ao mesmo tempo, criar um impacto positivo na vida das famílias atendidas. Embora os desafios sejam constantes, o compromisso em promover um ambiente de acolhimento e colaboração permanece firme. 

A Comunicação Não Violenta é mais do que uma técnica; é uma filosofia de vida que pode transformar profundamente as relações familiares e interpessoais.

Que possamos todos praticar a CNV em nossas vidas, contribuindo para uma sociedade mais empática e colaborativa.

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Aniversário solidário: Sua celebração em um ato de solidariedade

Celebrar mais um ano de vida é sempre motivo de alegria e festa. Contudo, e se você pudesse transformar esse momento em algo ainda mais significativo? O Instituto C oferece a você a chance de fazer do seu aniversário uma ocasião especial para apoiar aqueles que mais precisam, por meio do Aniversário Solidário.

O que é o Aniversário Solidário?

O Aniversário Solidário é uma ação solidária que permite transformar sua festa de aniversário em uma fonte de arrecadação para apoiar projetos sociais. Em vez de receber presentes, você pode solicitar aos seus convidados que façam doações a uma organização social como o Instituto C. 

Segundo Paloma Costa, Gerente de Relacionamento do Instituto C, “essa ação não só ajuda a financiar projetos essenciais, mas também promove a cultura da doação e da solidariedade entre os convidados. Muitas pessoas fazem a sua primeira doação da vida em eventos assim”.

Como funciona o Aniversário Solidário?

Participar é fácil. Ao optar por celebrar seu aniversário de forma solidária, o Instituto C cria um link exclusivo e personalizado para você compartilhar com seus convidados. Ao invés de presentes, você pode pedir aos seus amigos e familiares que façam uma doação para o Instituto C por meio deste link e ao longo da ação você poderá acompanhar todas as doações que entram, garantindo transparência e permitindo que veja o impacto direto de sua iniciativa. 

“Nós criamos uma página de doação personalizada, com foto, mensagem e valores  escolhidos pelo aniversariante. Durante toda a ação o aniversariante terá acesso ao controle de doações que entram e após a celebração, combinamos se ele prefere que o Instituto C faça um agradecimento no perfil do Instagram para ele ou se prefere que façamos um cartão agradecimento para ele compartilhar com os convidados. Tudo é adaptado de acordo com o que o aniversariante desejar, explica Paloma.

Solidariedade nas celebrações

O conceito de Aniversário Solidário vai além de apenas arrecadar fundos, ele cria um espaço para diálogos sobre a importância da solidariedade e do apoio mútuo. Iniciativas como esta podem inspirar outros a pensar sobre como suas celebrações podem servir a um propósito maior.

O Instituto C facilita todo o processo, tornando a experiência simples e gratificante para os anfitriões e seus convidados. 

“Nossa intenção é fazer com que cada aniversário se transforme em uma história de esperança e ajuda, onde cada convidado se sinta parte de algo maior. Ao escolherem contribuir, seus convidados estarão participando ativamente da mudança social, transformando um gesto de comemoração em um ato de grande impacto social”, destaca Paloma.

Quais são as vantagens de usar o aniversário como uma ação social?

Usar o aniversário como uma ação social oferece diversas vantagens, tanto para o aniversariante quanto para a sociedade. Aqui estão algumas delas:

Promover a solidariedade e a cultura da doação

Transformar uma celebração pessoal em um ato de solidariedade promove a cultura da doação entre amigos e familiares. Isso pode inspirar outros a fazerem o mesmo em suas próprias celebrações.

Engajamento comunitário

Uma ação social durante o aniversário engaja a comunidade em uma causa nobre, criando um sentimento de união e propósito entre os convidados.

Ajudar quem precisa

A arrecadação de doações, fornece recursos essenciais para organizações e comunidades carentes, fazendo uma diferença real na vida de muitas pessoas.

Sensação de realização pessoal

O aniversariante sente uma enorme satisfação pessoal ao saber que sua celebração está contribuindo para uma causa maior, trazendo um sentido de propósito e realização.

Transparência e confiabilidade

Instituições como o Instituto C oferecem transparência no processo de doação, permitindo que o aniversariante e os convidados acompanhem os resultados e impactos das suas contribuições.

Simplicidade 

Organizar uma ação social através do aniversário é simples. O Instituto C facilita o processo, criando links personalizados e fornecendo suporte para que tudo corra bem.

Alternativa sustentável aos presentes

Substituir presentes materiais por doações promove um consumo mais consciente e sustentável, reduzindo o desperdício e focando em necessidades reais.

Exemplo positivo para crianças e jovens

Ao envolver crianças e jovens em ações sociais, promovemos valores importantes de empatia, solidariedade e responsabilidade social desde cedo.

Visibilidade e conscientização

A realização de ações sociais pode aumentar a visibilidade de causas importantes e incentivar outras pessoas e organizações a se envolverem e contribuírem de maneiras similares.

Outros tipos de eventos solidários

Existem muitos outros tipos de eventos solidários que podem ser organizados para promover causas sociais e ajudar quem mais precisa. Aqui estão alguns exemplos:

Caminhadas e corridas beneficentes

Organizar caminhadas ou corridas onde os participantes pagam uma taxa de inscrição que é revertida para uma causa específica.

Bazares e feiras de caridade

Eventos onde itens doados, como roupas, livros, brinquedos e alimentos, são vendidos, e os fundos arrecadados são destinados a projetos sociais.

Jantares e festas beneficentes

Organizar jantares, festas ou bailes onde os ingressos vendidos contribuem para uma causa social. Esses eventos podem incluir leilões ou rifas para arrecadar ainda mais fundos.

Shows e concertos de caridade

Músicos e artistas se apresentam por uma taxa reduzida, com toda a receita dos ingressos sendo doada para uma causa específica. Um exemplo recente é o cantor Bruno Mars, que irá realizar um show exclusivo no Brasil, visando ajudar as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul.

Para participar, os fãs fazem doações através da página da ONG Ação da Cidadania, onde a cada R$ 50 doados dá direito a um número da sorte para concorrer a um par de ingressos para o show exclusivo.

Workshops e palestras beneficentes

Oferecer workshops, seminários ou palestras onde os participantes pagam uma taxa de inscrição que é revertida para causas sociais.

Eventos esportivos 

Torneios de futebol, basquete, vôlei ou outros esportes onde as taxas de inscrição e entradas são destinadas a causas beneficentes.

Gincanas e competições 

Organizar gincanas ou competições onde as equipes competem para arrecadar o maior número de doações para uma causa específica.

Celebre a vida fazendo o bem!

Ao decidir por um Aniversário Solidário, você escolhe compartilhar sua alegria de uma maneira que beneficia a comunidade como um todo. Se você está procurando uma maneira de celebrar que seja tanto festiva quanto significativa, considerar um aniversário solidário pode ser o caminho perfeito para deixar uma marca positiva no mundo.

Para mais informações sobre como você pode organizar seu próprio Aniversário Solidário com o Instituto C, entre em contato conosco pelo nosso formulário ou envie um e-mail para a Paloma: paloma.costa@institutoc.org.br 

Seu aniversário pode ser o começo de muitas histórias felizes. Faça dessa comemoração um marco na vida de alguém. Participe!

Esse artigo foi escrito com a contribuição da Gerente de Relacionamento do Instituto C, Paloma Costa.

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A Importância do brincar no fortalecimento do vínculo familiar

O papel do brincar na família

Brincar é uma ferramenta poderosa no IC, valorizamos esses momentos lúdicos e trabalhamos para conscientizar as famílias sobre seus benefícios.

O ato de brincar proporciona uma troca de afeto, aprendizado e a construção de memórias. Ana Lucia explica: “O vínculo é estabelecido pela interação e conexão entre pais e filhos, e o brincar é um momento especial para isso. Ele proporciona troca de afeto, aprendizado, construção da relação e a criação de memórias.

Giovana destaca que brincar contribui para que os pais passem mais tempo de qualidade com seus filhos: “As crianças sentem que aquele tempo está sendo dedicado a elas e a algo que elas se interessam, criando memórias afetivas importantes para o desenvolvimento de um ser humano“, diz ela. Essas interações fomentam a empatia e a comunicação, elementos essenciais para uma convivência harmoniosa.

As brincadeiras em família também são fundamentais para a sensação de pertencimento das crianças. Ana observa que: “a interação em família traz para a criança a sensação de pertencimento e de que ela é muito importante. As relações vão se fortalecendo, e é através do lúdico que a criança vai conhecendo o mundo e aprendendo a interagir com ele.” Giovana complementa que se divertir juntos demonstra interesse e afeto: “O fato do adulto dedicar um tempo às brincadeiras faz com que, no inconsciente da criança, questões de pertencimento, autoestima e valor sejam registradas.

Brincar também ajuda no desenvolvimento emocional e social. A Assistente Social ressalta: “Brincar implica em organizar, seguir regras, repensar regras, dialogar, considerar o outro, se movimentar, explorar, sentir, cair, levantar, ganhar, perder… Todas essas são experiências indispensáveis para a formação de adultos com repertório social e emocional.” Ana Lucia afirma: “A criança aprende a lidar com suas emoções e a se autorregular diante de um ‘não’. É no brincar que ela vai aprender a organizar suas ideias, lidar com frustrações e criar.” 

Assim, brincar oferece às crianças um espaço seguro para explorar o mundo ao seu redor e entender suas próprias emoções, permitindo que cresçam com uma base sólida de habilidades emocionais e sociais que serão essenciais ao longo da vida.

Atividades lúdicas para fortalecer laços familiares

Há diversas atividades lúdicas que podem ser eficazes na criação de laços familiares fortes. A pedagoga sugere que “O mais importante é que o tempo do brincar seja respeitado e que todos envolvidos estejam participando de fato. Resgatar as brincadeiras antigas é um ótimo caminho. O importante é que precisam ser pensadas em relação à idade das crianças, elas podem ser mais físicas (pega-pega, esconde-esconde, dança das cadeiras etc.) ou em espaços fechados (brinquedos de montar, mímica, cantar e dançar, stop, memória, teatro, cinema em casa, bingo etc.). Desafios são sempre bem-vindos!

Com isso, Giovanna introduz um método muito interessante, chamado de Montessori, e diz:  “Estudando mais sobre esse método, é interessante notar que ele não propõe atividades fixas, mas sim maneiras de enxergar a experiência da infância com mais cuidado. Por exemplo, sugere comportamentos como permitir que a criança erre, escolha o que quer comer e vestir, e como quer usar o cabelo (quando possível e coerente). Esses comportamentos, quando bem trabalhados no cotidiano, abrem espaço para relações baseadas na sinceridade e no afeto dentro das composições familiares.” 

Se você gostou e quer saber mais sobre esse método, clique aqui!

Tipos de brincadeiras que são mais apropriadas para diferentes idades e estágios de desenvolvimento:
  1. Brincar solitário – Menos de 2 anos: Nesta fase, os bebês balbuciam para ouvir o som da própria voz, pegam objetos e levam na boca, e batem objetos para aprender sobre repetição. Isso faz parte do aprendizado de habilidades motoras e cria bebês ativos e curiosos.
  2. Brincar paralelo – 2 anos de idade: O jogo paralelo é quando a socialização começa. Os bebês brincam próximos uns dos outros, mas não interagem diretamente. Este é o primeiro estágio em que eles começam a perceber os outros.
  3. Brincar imitativo – 2-3 anos: As crianças começam a imitar pessoas ao seu redor, adotando ações das crianças da mesma idade. Este é o primeiro sinal externo de reconhecer os outros.
  4. Brincar associativo – 3-4,5 anos: As crianças brincam juntas, mantendo interesses independentes e discutem o que estão fazendo, mas ainda não trabalham em direção a um objetivo comum.
  5. Brincar cooperativo – 4-6 anos de idade: Durante o jogo cooperativo, as crianças começam a trabalhar em direção a um objetivo comum. Elas interagem e colaboram, desenvolvendo habilidades de socialização importantes.

Essas informações não são uma regra fixa, mas servem como uma referência para pais, familiares e profissionais compreenderem em qual fase de desenvolvimento uma criança está.

Benefícios do brincar para os pais e responsáveis

Existem benefícios também para os cuidadores! Giovana observa que “o principal benefício que os pais recebem inicialmente é ter o vínculo com os filhos fortalecido. Posteriormente, podem desfrutar de jovens mais autônomos, que conhecem melhor suas capacidades, que sabem se comunicar e que se propõem a diferentes atividades.

Ana aponta que “o maior benefício para os pais durante o brincar, no meu entender, é a oportunidade de estar junto de uma maneira mais relaxada e descontraída.” 

Dessa forma, o envolvimento nas brincadeiras pode servir como uma alternativa para o estresse advindo da rotina, além de enriquecer a conexão emocional.

Superando desafios – Incorporar o Brincar na Rotina

Sabemos que incorporar o brincar na rotina familiar pode ser um desafio devido às demandas do dia a dia. Giovana comenta que “os desafios são diversos: algumas mães, por exemplo, se queixam das duplas/triplas/quadruplas jornadas que assumem e, por isso, não conseguem ter disposição, disponibilidade ou tempo para investir em brincadeiras com as crianças.

Pensando na rotina e nos desafios, Ana diz que “não precisam se preocupar em ter muitos brinquedos. O importante é tentar encontrar, dentro das atividades do cotidiano, formas de interação. Durante as refeições pode-se brincar de inventar histórias onde cada um inventa uma parte, ao escovar os dentes, brincar de fazer caretas…” 

Essas sugestões mostram que mesmo pequenos momentos de descontração podem ser transformados em oportunidades de interação e aprendizado!

A cultura no brincar

As diferentes culturas abordam o conceito de maneiras únicas. Ana Lucia menciona que “o brincar está presente em todas as culturas. A brincadeira traduz valores, costumes e formas de pensar.”

Giovana destaca que “é um desafio para os adultos entender que além de permitir que as crianças brinquem, é necessário permitir que elas façam isso de forma livre e espontânea.” 

Além disso, comunidades e instituições desempenham um papel crucial nisso! Ana compartilha sua experiência: “no Instituto C, o brincar apareceu como tema da Roda de Conversa, encontros semanais onde as famílias conversam, trocam ideias e refletem sobre um assunto.

Esses encontros e discussões ajudam a conscientizar sobre a importância e a incentivar a incorporação de atividades lúdicas na rotina familiar, promovendo um ambiente de aprendizado contínuo.

Ao superar os desafios diários e incorporar o lúdico nas interações familiares, as famílias podem desfrutar de laços mais fortes e saudáveis.

Agora você já sabe! Investir tempo e energia no brincar é um passo importante para construir uma base sólida para o futuro das crianças!

Te convidamos para explorar nosso artigo sobre a primeira infância! Lá falaremos sobre a importância de investir nos primeiros anos de vida, clique e confira!

Doação

Nota Fiscal Paulista para ONGs: Como funciona e quais são os benefícios

“CPF na nota?” é uma pergunta que todos os paulistas já ouviram ao fazer suas compras. A Nota Fiscal Paulista é um programa do governo do estado de São Paulo que visa incentivar os consumidores a solicitarem a nota fiscal em suas compras, combatendo a sonegação fiscal e retornando parte dos impostos arrecadados para os contribuintes. 

Atualmente, ela oferece uma oportunidade para que os consumidores possam contribuir com ONGs de forma prática e sem custos adicionais. Neste artigo, vamos explorar como funciona a doação de notas fiscais para ONGs, suas vantagens, mitos e verdades, e o passo a passo para fazer o cadastro. Confira!

A evolução da Nota Fiscal Paulista

O programa Nota Fiscal Paulista foi lançado em 2007 pelo Governo do Estado de São Paulo, com o objetivo de incentivar os consumidores a exigirem a emissão do documento fiscal em suas compras, aumentando a arrecadação de impostos e combatendo a sonegação. Inicialmente, o foco estava em devolver uma porcentagem do ICMS  aos consumidores que fornecessem seu CPF na nota.

Com o tempo, o programa evoluiu para incluir a possibilidade   dos consumidores doarem os créditos das suas compras de forma automática para ONGs e para as ONGs o valor dos créditos pode ser  até 200 vezes mais  em comparação com os créditos gerados para o consumidor. Essa mudança ampliou o impacto social do programa, permitindo que instituições beneficentes arrecadem recursos essenciais para suas operações e projetos. 

Paloma, Gerente de Relacionamento do Instituto C, destaca: “Essa mudança foi um divisor de águas para muitas ONGs. Hoje, a doação de notas fiscais é uma das principais fontes de arrecadação de recursos para o Instituto C, correspondendo a quase 20% da nossa receita anual.”

Como funciona a doação automática de Nota Fiscal Paulista para ONGs?

A doação automática de notas fiscais para ONGs é um processo simples que pode fazer uma grande diferença para as instituições. Todos os consumidores residentes no Estado de São Paulo podem destinar os créditos das suas compras para uma ONG por meio de um simples cadastro que pode ser realizado no sistema da Nota Fiscal Paulista. Após concluir o cadastro basta solicitar o CPF na nota ao realizar alguma compra que a ONG vai receber a doação dos créditos daquela compra. 

“Costumo dizer que a doação automática da Nota Fiscal Paulista é uma forma de democratizar a doação, pois, permite que qualquer pessoa, independente da sua condição financeira, possa contribuir, e muito, com uma organização social. Quando a nota fiscal é doada para uma instituição, o crédito dela é recalculado e pode chegar a ser 200 vezes maior que o que iria para o consumidor. Isso contribui para  o fortalecimento e continuidade dos projetos das ONGs”, explica Paloma.

Vantagens da doação de Nota Fiscal Paulista para ONGs

Doação sem custos adicionais: A doação não implica custos adicionais para o consumidor, mas gera um recurso valioso para as ONGs.

Engajamento da comunidade
Encoraja a participação da sociedade em causas sociais, aumentando o senso de responsabilidade e solidariedade, e fortalecendo a cultura de doação

Sustentabilidade financeira
Proporciona uma fonte contínua de recursos para as ONGs, permitindo a manutenção e expansão de projetos.

Transparência e confiabilidade
O programa da Nota Fiscal Paulista é auditado pelo governo, garantindo que os recursos sejam destinados corretamente, além disso, mantém os seus dados e as informações das suas comprar em sigilo, ou seja, as ONGs não têm acesso a esses dados, somente ao valor que irão receber de crédito em cada mês

Mitos e Verdades sobre a Doação de Nota Fiscal Paulista

  • Mito: “Doar notas fiscais é complicado e demorado.”
    Verdade: O processo de doação é simples e rápido, tanto para o consumidor quanto para a ONG.
  • Mito: “As notas fiscais de pequeno valor não fazem diferença.”
    Verdade: Cada nota fiscal, independentemente do valor, contribui para o montante final que a ONG pode arrecadar.
  • Mito: “Não é seguro doar notas fiscais.”
    Verdade: O sistema da Nota Fiscal Paulista é seguro e todas as doações são registradas e auditadas pelo governo.
  • Mito: “Somente notas fiscais de grandes valores são úteis para as ONGs.”
    Verdade: Qualquer valor de nota fiscal é útil. Independente do valor da sua nota, se a Nota Fiscal Paulista for doada de forma automática para uma organização social, ela pode valer até R$ 353,60 (teto máximo do cupom doado).
  • Mito: “Os consumidores perdem o direito a sorteios e prêmios ao doar as notas fiscais.”
    Verdade: Ao doar a nota fiscal com o CPF, o consumidor continua participando dos sorteios mensais da Nota Fiscal Paulista. Isso incentiva a pedir o CPF na nota, já que tanto a doação quanto a participação no sorteio só são possíveis quando o consumidor informa o CPF.
  • Mito: “A Receita Federal vai ter acesso às minhas compras e me taxar no imposto de renda.”
    Verdade: O Programa da Nota Fiscal fiscaliza o estabelecimento não o consumidor, não havendo nenhuma relação com o imposto de renda. 
  • Mito: “A ONG vai ter acesso aos meus dados e às minhas compras.”
    Verdade: A ONG não tem acesso aos dados dos doadores, nem às compras que eles realizam, ela apenas recebe um relatório com o valor dos créditos que ela vai receber.

Como fazer o cadastro para doar notas fiscais

Para começar a doar suas notas fiscais para uma ONG, siga os passos abaixo:

  1. Acesse o sistema da Nota Fiscal Paulista: Entre no site oficial do programa no link.
  2. Crie um cadastro de Pessoa Física: Se você ainda não é cadastrado, clique em “Novos Cadastros – Cadastro Pessoa Física” e siga os passos. Se você já é cadastrado, faça o Login com seu CPF e senha.
  3. Ative a doação automática: Ao entrar no sistema, clique em “Entidades – Doação de Cupons com CPF (automática)” no menu principal.
  4. Selecione a ONG de sua preferência: Encontre o Instituto C digitando, no campo indicado, o CNPJ 14.644.881-0001/98 e clique em avançar, confirmando a doação automática por tempo indeterminado.
  5. Peça CPF na nota: Sempre que fizer compras, peça para incluir seu CPF na nota fiscal.

Ainda tem dúvidas? Então assista o nosso vídeo explicativo:
https://youtu.be/SLbZX3nVfoE  

“A participação da comunidade é fundamental para o sucesso desse tipo de iniciativa. Cada nota doada é um passo a mais na construção de uma sociedade mais justa e solidária”, acrescenta Paloma.

A doação de notas fiscais pela Nota Fiscal Paulista é uma forma eficaz e sem custos de contribuir para o fortalecimento das ONGs. Ao doar, os consumidores ajudam a garantir a continuidade de projetos que impactam positivamente a vida de muitas pessoas. 

Engaje-se nesta causa e faça a diferença!

Esse artigo foi escrito com a contribuição da Gerente de Relacionamento Paloma Costa.

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A importância de falar sobre o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil foi estabelecido em 28 de janeiro. Ainda no século XXI, percebemos a necessidade de reflexão e conscientização sobre como a questão histórica reverbera até os dias de hoje em nosso país.

Isso porque, de acordo com dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Brasil encontrou 2.575 pessoas em situação deplorável em  2022. Nesse mesmo estudo, no período de 2003 a 2022, as mulheres resgatadas representaram 5,73%. Já em 2021, foram 10,42% mulheres em situação de trabalho precário.

Aqui, vamos refletir um pouco sobre o passado histórico do Brasil, como essa escravização reverbera nos dias de hoje em nossa população e como a inclusão produtiva pode ser um dos caminhos para mudar esse cenário. Você vai encontrar:

28 de Janeiro: Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo foi marcado em 28 de janeiro para manter viva a memória do motorista Aílton Pereira de Oliveira e dos auditores fiscais do trabalho Nélson José da Silva, João Batista Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves. 

Em 2004, na cidade de Unaí, no noroeste de Minas Gerais, eles foram brutalmente assassinados por ordem de empresários insatisfeitos com as investigações sobre denúncias de trabalho escravo na região.

Assim, para marcar a luta contra a exploração humana no ambiente de trabalho, nasceu a Lei 12.064/2009, que instituiu o dia 28 de janeiro como o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Essa data também coincide com o Dia do Auditor Fiscal do Trabalho.

A escravização no Brasil e os números atuais

O período da escravização, extenso e brutal, perdurou por mais de três séculos, iniciando-se com a chegada dos colonizadores portugueses no século XVI e persistindo até a promulgação da Lei Áurea em 1888, que oficialmente aboliu a escravidão. 

Durante esse tempo, milhões de negros foram trazidos para o Brasil como escravizados, sendo submetidos a condições desumanas, trabalhando principalmente nas plantações de açúcar, nas minas e nas propriedades rurais. Após a abolição da escravatura, o Brasil enfrentou desafios significativos na integração dos ex-escravizados à sociedade. 

A ausência de políticas efetivas de inclusão, aliada à persistência de preconceitos, contribuíram para a marginalização e a desigualdade persistente desta população. Essa lacuna na abordagem histórica repercute nos dias de hoje, principalmente nos locais de trabalho ocupados por pessoas negras. A prevalência dessas comunidades em subempregos contribui para uma maior vulnerabilidade social. 

Assim, e como resultado desse contexto histórico, vemos a predominância deste perfil no Instituto C. Isso tudo reverbera no lugar onde as pessoas negras trabalham nos dias de hoje. Sabemos e entendemos que elas ocupam a maior parte dos subempregos. Somado a isso, ainda temos a questão de as mulheres serem, em sua maioria, sozinhas, e ainda menos valorizadas”, afirma Lualinda Toledo, Pedagoga do Instituto C no Polo Centro. Para ela, a escravização moderna vende a ideia de que quanto mais você trabalha, mais você alcança seus objetivos – em troca, não tem quem cuide dos seus filhos.

Ainda de acordo com dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2022 foram resgatadas 2.575 pessoas em situação degradante. Dessas, 61,66% das mulheres autodeclaram parda, mulata, cabocla, cafuza, mameluca ou mestiça. Elas residiam em Minas Gerais (30,57%), 19,69% moravam na Bahia. Em São Paulo (16,58%), em Goiás (8,81%) e Maranhão (8,81%). 

A escravização moderna

Hoje, a escravização moderna assume diversas formas, abrangendo desde o trabalho forçado e tráfico humano até o trabalho infantil, condições precárias de trabalho, dívida por servidão, exploração sexual, restrição à liberdade de movimento e discriminação sistêmica. Combater essa realidade complexa exige esforços globais abrangentes, incluindo regulamentação eficaz, conscientização pública e a promoção de práticas éticas para garantir o respeito aos direitos humanos em todas as esferas da sociedade.

Lualinda enfatiza a conexão entre a escravização moderna e as mães que, por necessidade de trabalhar, enfrentam dificuldades para encontrar cuidado adequado para seus filhos. Isso resulta em cargas de trabalho exaustivas, afetando negativamente o tempo que as mães podem passar com suas crianças. A pedagoga relata casos de crianças próximas a máquinas em ambientes de trabalho, colocando em risco suas vidas devido à falta de alternativas para o cuidado infantil. A escravização moderna, para a mulher que é mãe solo, põe em risco também a vida das crianças, ressalta.

Além disso, os filhos mais velhos também acabam sendo impactados, já que precisam assumir o papel de cuidadores da casa.É um ciclo histórico, onde os mais velhos cuidam dos mais novos para que os pais possam ir trabalhar. As mães não veem isso como uma normalidade, mas sim como uma necessidade”, afirma Lualinda. Daí, temos ainda outra consequência, onde o jovem troca a educação pelo trabalho. “É normalizar o trabalho infantil”, acrescenta.

A escravização moderna ainda se revela nas demandas do trabalho, como a necessidade de trabalhar aos fins de semana, restringindo ainda mais o tempo disponível para o convívio familiar e lazer. Essa condição cria uma narrativa que desvaloriza o tempo de descanso, perpetuando a ideia de que o tempo integral deve ser dedicado ao trabalho, em detrimento do bem-estar e do convívio familiar.

A pedagoga também aborda a questão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) como uma forma de controle do Estado sobre as mães, limitando suas opções de emprego. “A mãe que recebe esse auxílio não pode ter um trabalho de carteira assinada, enquanto esse dinheiro deveria ser apenas para o cuidado da criança”, explica.

Isso porque o benefício, previsto na Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, é a garantia de um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade – desde que a renda por pessoa do grupo familiar seja igual ou menor que 1/4 do salário-mínimo. Para Claudete Marcolino, Psicóloga no Polo Centro, além de ser uma forma de escravização, é uma forma de manutenção da vulnerabilidade social.

De acordo com ela, nos atendimentos do Instituto C é presente a questão das mulheres que, muitas vezes, precisam se submeter a trabalhos informais sem nenhuma garantia de direitos.Os acessos a esses trabalhos são para aqueles com maior força física, o que também está conectado à ideia de que somos mais fortes. Daí, são mais horas de trabalho, sem benefício nenhum, sem direitos!”, pontua Claudete.

Para a psicóloga, a preocupação é constante com as crianças e adolescentes dessas famílias. “Eles assumem precocemente responsabilidades em que não há maturidade emocional, nem física e psíquica. Nós temos crianças de 7 ou 8 anos que estão assumindo uma casa. O que isso vai impactar em uma sociedade futura é preocupante, afirma – principalmente porque existe um encadeamento social que impacta várias gerações.Não é um aspecto que acomete apenas a mãe ou apenas o pai, ele acomete toda essa sociedade não-branca, inclusive as crianças, jovens e adolescentes. É uma questão que tem resquício do nosso passado, porque o racismo não acabou – ele existe”, reforça. 

Inclusão produtiva

A inclusão produtiva no Brasil é um desafio complexo, revelando as profundas raízes da cultura escravocrata que ainda persistem. Giovana Santos, analista de geração de renda do Instituto C, destaca a presença constante de exploração em diferentes formas de trabalho, seja sob o regime CLT, PJ ou como autônomo. No Polo Centro, ao atender famílias atípicas, ela também observa a dificuldade enfrentada por mães dependentes do BPC, cuja renda per capita as impede de trabalhar com carteira assinada, colocando barreiras significativas ao acesso aos direitos trabalhistas. “O nosso trabalho se dá ao compreender o contexto de cada indivíduo e de suas condições para buscar soluções juntos”, afirma Giovana.

Além disso, ao atender famílias bolivianas, ela também acrescenta a exploração flagrante e as condições de trabalho precárias. A gente tem que refletir como nós, enquanto população brasileira, acabamos reproduzindo a cultura escravocrata em outras populações, acrescenta. 

Assim, a conscientização sobre a inclusão produtiva é fundamental, como ressalta Maria Eduarda, analista de geração de renda do Instituto C no Polo Zona Norte. Ela observa que muitas das mulheres atendidas pelo projeto, sobretudo negras, estão envolvidas em trabalhos autônomos, desconhecendo seus direitos laborais – apesar de uma jornada fixa de trabalho. “A falta de fiscalização sobre horas extras é apenas um exemplo dessa desinformação“, afirma. Maria Eduarda também destaca a necessidade de trabalhar dentro do contexto de cada família, oferecendo orientações básicas e construindo, junto com elas, soluções adaptadas à sua realidade.

Percebemos que a inclusão produtiva envolve compreender o cenário e as condições individuais, considerando o que é possível no momento a partir de uma escuta atenta e acolhedora. A conscientização sobre direitos trabalhistas, a elaboração de currículos e a orientação sobre processos seletivos são ferramentas essenciais para empoderar essas famílias e promover uma transformação efetiva na inclusão produtiva no Brasil. Para aprender mais sobre o termo, não deixe de conferir este outro artigo para entender as soluções oferecidas pelo Instituto C. 

Institucional

Retrospectiva Instituto C – 2023

Em 2023, o Instituto C completou 12 anos de história – e os motivos para comemorar são vários, vamos relembrar?

Tivemos muitos marcos também em relação aos impactos sociais no ano de 2023 , como a marca de mil famílias atendidas pelos projetos. “Esse é um número muito significativo para nós, pois representa não só o crescimento do nosso trabalho, mas significa mais pessoas sendo transformadas e impactadas pela nossa missão.”, afirma Katia Moretti, coordenadora do Polo Centro.

Paloma Costa, Coordenadora de Comunicação e Parcerias, também celebra ao olhar para o ano que passou: “Foi um ano muito importante e produtivo para o Instituto C, marcado por conquistas significativas, avanços notáveis, além do fortalecimento de parcerias estratégicas que ampliaram nosso impacto e influência na comunidade!”. 

Conquistas e reconhecimentos

Entre os reconhecimentos positivos do Instituto C, há que se destacar o prêmio das 100 Melhores ONGs do Brasil, no qual a organização fez parte pelo sétimo ano consecutivo. “Para nós, é uma responsabilidade nos mantermos entre as melhores. Cada vez mais o prêmio vai se aprimorando e a concorrência aumentando. Então, temos que olhar para dentro para aperfeiçoar ainda mais a nossa transparência e gestão para conseguir estar entre as melhores. E conseguimos”, afirma Paloma.

A expansão para o Guarujá também foi um destaque de 2023. A partir da parceria com a ONG Alimentando o Bem, o Instituto C ampliou sua operação e começou a atuar em uma outra cidade. 

Para Paloma, a novidade é um grande ganho, afinal, foi uma forma de levar a metodologia de atuação do IC para uma comunidade que ainda não tinha esse serviço e em parceria com uma organização local. “Esse modelo reduz o nosso custo de equipe na região e, por outro lado, leva nossa metodologia para uma organização, que já atua na região, para que ela possa fortalecer os serviços oferecidos. É um modelo que poderemos replicar em parceria com outras organizações e em outros locais”, completa.

Saiba mais sobre nossa expansão para o Guarujá, aqui! 

Temos mais motivos para comemorar! 

Em 2023, o Instituto C entrou para o ranking internacional The Dot Good como uma das 50 melhores ONGs do Brasil. “Ele é produzido por uma organização internacional que faz uma avaliação das organizações do Brasil e destaca as que têm maior transparência, qualidade de gestão e impacto social. Foi uma grande conquista”, conta Paloma.

Impacto social

E, mais do que celebrar os prêmios, o impacto social também merece ser comemorado. 

Em 2023, as famílias que passaram pela organização:

Retrospectiva

 

Reflexões e Conquistas

No contexto de crescimento dos atendimentos, em 2023 foi colocado em prática o projeto de pré-atendimento para as famílias que estão na lista de espera para adentrar aos projetos.

A partir de uma preocupação crescente da equipe técnica e da gestão do Instituto, essa iniciativa surgiu com o intuito de garantir informações sobre os direitos (pelo menos os mais básicos) às famílias. “Hoje, temos uma lista de espera grande para participar do projeto, mas desenvolvemos ações de contato para fazer um pré-atendimento com algumas orientações iniciais”, conta Kátia –   que acrescenta que algumas famílias, inclusive, já participaram de rodas de conversas informativas.

Em 2023, 66 famílias encerraram seus ciclos de atendimento no Polo Centro. “Com isso, conseguimos visualizar as conquistas de cada uma delas e os caminhos que puderam trilhar sozinhas. Perceber todo o trabalho que foi desenvolvido ao longo da trajetória da família no projeto é sempre muito emocionante. Nos encerramentos, celebramos juntos todas essas conquistas que elas obtiveram através das orientações, dos encaminhamentos e dos atendimentos”, conta Kátia.

Para ela, 2023 também foi um ano de aprendizado e capacitação para a própria equipe do Instituto C. “Investimos bastante em treinamentos internos e externos, e também em integração da equipe para que a gente possa cada vez mais fortalecer a nossa política de cuidar do cuidador”, finaliza

Tudo isso foi possível graças ao apoio dos nossos doadores, parceiros, voluntários e equipe. O ano de 2023 foi um ano de grandes conquistas e muitas histórias transformadas!

Vídeo de retrospectiva IC – Celebrando as conquistas de 2023

Venha celebrar conosco essas realizações do Instituto C! No nosso vídeo de encerramento, compartilhamos detalhes sobre as conquistas, os marcos sociais e os números impactantes que moldaram o ano de 2023.

Juntos, vamos reviver momentos inspiradores e entender como nossas parcerias estratégicas fortaleceram nosso papel na comunidade. Clique aqui e assista agora e inspire-se no poder da mudança positiva!

Áreas de atendimento

Assistência social: o que é e como se aplica no Instituto C?

Você com certeza já ouviu falar em assistência social, mas, já parou para refletir o que, de fato, ela faz? De acordo com o Governo Federal Brasileiro, a assistência social é uma política pública que tem como objetivo garantir a proteção social aos cidadãos – ou seja, apoio a indivíduos, famílias e à comunidade no enfrentamento de suas dificuldades, por meio de serviços, benefícios, programas e projetos.

No Brasil, temos a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) do Ministério do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). O órgão, então, é responsável pela gestão nacional da política de Assistência Social e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que tem em sua articulação benefícios assistenciais – como o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), Auxílio-Inclusão, Benefícios Eventuais e BPC na Escola; e unidades de atendimento – como o Cras, Creas, Centro POP, Centro-Dia e Unidades de Acolhimento.

Baixe aqui a cartilha da Secretaria Nacional De Assistência Social para entender mais sobre os benefícios

A articulação entre organizações do terceiro setor e assistência social é fundamental para criar soluções integradas e abordar as complexas questões sociais enfrentadas por comunidades em todo o mundo – e no Instituto C essa articulação é um dos pilares dentro dos atendimentos às famílias.

Acredito que, no Instituto C, a assistência social desempenha um papel crucial no processo de garantia de direitos. Assim, conseguimos obter o maior ganho como Instituição, assegurando e orientando esses direitos sociais, tanto no âmbito da política pública quanto social”, afirma Sheila Silva, Agente de Ação Social.

Te convidamos para explorar a imagem a seguir, do nosso Relatório, que ilustra essa atuação em rede do Instituto C e que se torna um poderoso elo na transformação social:

Assistância social

Assistência Social e o Instituto C

Dentro dos atendimentos do Instituto C, a assistência social tem constante presença. No Polo Centro, por exemplo, famílias em vulnerabilidade social que possuem crianças e adolescentes com alguma deficiência ou doença crônica enfrentam questões de saúde que são beneficiadas, principalmente com orientações voltadas para essa área.

Polo Centro 

O Polo Centro é voltado para famílias com crianças que possuem algum tipo de diagnóstico, seja deficiência ou problema de saúde, então a assistência social é direcionada principalmente para os direitos relacionados à saúde. Eu me encarrego de toda a parte relacionada aos direitos”, explica Franciele Fernandes, Assistente Social. Uma de suas atividades é orientar essas famílias sobre o BPC, o Benefício de Prestação Continuada – benefício que garante um salário mínimo à pessoa portadora de deficiência (independente da idade e ao idoso com 67 anos ou mais, que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção.  “Ofereço muitas orientações nesse sentido e explico como recorrer em casos indeferidos. Também auxilio na obtenção dos direitos relacionados a benefícios em geral, como o Bolsa Família”, completa.

A assistência social também dá assistência para a obtenção de remédios. “Algumas crianças necessitam de determinados medicamentos para ter uma boa qualidade de vida, e o SUS não os fornece. Nesses casos, ou indicamos as farmácias de alto custo, ou explicamos outros caminhos, como solicitar judicialmente via Defensoria Pública. Nos esforçamos para garantir os direitos das famílias atendidas, principalmente na área da saúde”, conta Franciele.

Para ela, a persistência pelos direitos das famílias faz toda a diferença. Prova disso é um caso relatado por Franciele, no qual o Instituto C tentou obter o auxílio através da atenção primária, por outras instâncias e, quando não resolveu, recorreu ao Ministério Público. “Todos precisaram se articular. É uma questão de persistência. Conseguimos alcançar lugares com as famílias que, se não estivessem no instituto, não teriam conseguido chegar”, completa.

Polo Zona Norte

Já Alexandre Anjos, Assistente Social do Polo Zona Norte, adiciona que a escuta qualificada é um dos maiores instrumentos de sua profissão. “Com ela, percebemos muitas demandas. Às vezes, a pessoa simplesmente quer ser ouvida e, a partir disso, começamos a interlocução com a rede intersetorial”, diz.

Alexandre pontua que uma escuta atenta pode fazer diferença na vida das famílias, pois é possível identificar as demandas reais daquela pessoa. “Assim, articulamos com as redes intersetoriais para entender o melhor caminho: Cras, Creas, via judicial, entre outros. Acredito que atendemos demandas da baixa, média e alta complexidade, dialogando constantemente com serviços de alta complexidade”, completa. 

No Instituto, temos a oportunidade de dedicar um tempo de qualidade aos usuários, o que considero essencial e algo que, muitas vezes, falta na rede de assistência, contribuindo para um vínculo mais sólido”, afirma Sheila. Para ela, isso é crucial para explicar todos os benefícios e acessos a que se têm direito, afinal, trata-se de vidas e fragilidades. “Nesse contexto, o Instituto C desempenha um papel significativo na área da assistência social, sendo um dos maiores ganhos no âmbito do terceiro setor”, completa.

Atendimentos de qualidade e individualizados

No Instituto C, cada caso é único, por isso não há uma regra sobre a periodicidade dos encontros das famílias com os assistentes sociais. “Os atendimentos podem ter periodicidade semanal, quinzenal ou mensal, dependendo da demanda. No Polo Zona Norte, o WhatsApp é de livre acesso, o que é benéfico, pois nos mantém atualizados e nos permite pensar em estratégias futuras”, explica Alexandre.

Para ele, o trabalho do assistente social é o carro-chefe do serviço social, destacando-se pela articulação e flexibilidade com a rede e a equipe multidisciplinar. “Atendemos situações de luto, divórcio, violência doméstica, investigação de paternidade, pensão alimentícia, auxílio para uma criança atípica na escola, entre outras demandas”, conta Alexandre – que adiciona que muitos casos de violência doméstica já foram identificados a partir de uma escuta qualificada. “A mulher, muitas vezes, chega fragilizada e com receio, e a partir da escuta, ela vai se sentindo mais confortável e liberando informações que revelam a situação, muitas vezes encarada como algo normal devido à sua naturalização”, diz.

Mesmo estando na proteção básica, que é a prevenção, atravessamos lugares para além do que é nossa atribuição. O atravessamento hoje, enquanto assistência social, é realizado de forma legal, estruturada e com a garantia de direitos. Tornamo-nos bons atravessadores, proporcionando qualidade e salvando vidas”, conclui Sheila.

Assim, cada diálogo estabelecido e  cada conexão feita a partir dos atendimentos representa o auxílio para uma família, independentemente do contexto. Para nós, a qualidade na escuta é uma forma de acolhimento. 


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História de Mulheres

Histórias de mulheres (Graziela e Mariane) – Episódio 3

De tempos em tempos, assistimos ao encerramento de ciclos no Instituto C, e é nesses momentos que somos convidados a olhar para trás e refletir sobre as trajetórias e conquistas de muitas das mulheres que passam por nós – como Graziela e Mariane, duas forças que deixaram uma marca conosco.

Para celebrar suas realizações, lançamos a série “Histórias de Mulheres” em nosso blog, destacando as jornadas singulares daquelas que, por meio de dedicação e força de vontade, superaram desafios e alcançaram seus objetivos, tornando-se fontes de inspiração para outras.

Por dentro da istória de Mulheres – Episódio 3

Graziela e Mariane, atendidas pela psicóloga Claudete Marcolino e pela assistente social Franciele Fernandes, respectivamente, percorreram seus caminhos com determinação e coragem. Sob a orientação atenta do Instituto C, elas cultivaram autonomia, resiliência e reforçaram sua resolução para enfrentar os percalços da vida.

Assim como Milena e Kelly (personagens do nosso episódio 2), Graziela e Mariane, estão agora embarcando em novas jornadas, prontas para os próximos capítulos de suas vidas. Conheça agora a inspiradora história dessas mulheres:

Graziela Duarte de Araújo

Graziela chegou ao Instituto C em fevereiro de 2022 ainda em estado de luto pela perda de seu marido há 11 anos. Juan, um de seus filhos, estava em processo de atendimento médico que, posteriormente, foi identificado como um distúrbio cognitivo e alergia à proteína do leite. Ao longo do tempo, observamos questões similares com outro filho, que também recebeu um diagnóstico comportamental.

Os atendimentos foram centrados na conscientização da necessidade de autocuidado, resultando em encaminhamentos para atendimentos e cuidados da saúde mental. Gradualmente, notamos uma evolução na aceitação por parte de Graziela, compreendendo a importância do fortalecimento dos vínculos afetivos  reconheceu  a necessidade dese aproximar dos filhos através da comunicação e do apoio ”, explica Claudete.

A aceitação do diagnóstico relacionado à sua saúde mental levou-a a buscar atendimento psicoterapêutico, promovendo uma mudança em seu comportamento. Graziela contou que, com os atendimentos, pode se desfazer da crença de que mulheres não conseguem batalhar por um futuro melhor. 

O Instituto C, para mim, foi um presente. O IC olhou para mim como um ser humano, como pessoa, como membro da família”, diz Graziela. 

Para ela, com os atendimentos, ela pode colher frutos bonitos em todos os aspectos de sua vida. “Me ensinou a continuar, persistir pela minha casa, acreditar mais em mim, nas minhas crenças e no meu potencial”, afirma.

E, a partir da compreensão do contexto que abrange a família e a maneira de lidar com os atravessamentos deste cenário, Graziela foi dando abertura para pequenas mudanças possíveis em sua dinâmica familiar, conquistando cada vez mais sua autonomia e bem-estar.

O Instituto C me mostrou uma dimensão de cores que eu não conseguia enxergar, que estava à prontidão da minha visão, mas eu não via. Então, eu continuo dimensionando as minhas pequenas sementes onde eu passo que até o modo de eu me expressar eu consigo visualizar aquilo que o IC deixou em mim: plantas boas, raízes boas, frutíferas terras, e que eu posso fazer um lindo jardim”, finalizou.

Mariane dos Santos Pereira

A vida é um conjunto de histórias, de vivências e experiências. E a de Mariane é repleta de união e determinação. 

Mãe de três filhos, ela chegou ao Instituto C em função de seu filho do meio, o Enzo, diagnosticado com autismo. “Ela sempre demonstrou muita habilidade em articular suas necessidades, dedicando-se incansavelmente à promoção da autonomia dele”, diz Franciele.

Em uma de nossas rodas de conversa, ela disse que nunca pensou em colocar Enzo em uma escola especial, pois ela sempre acreditou que ele deveria frequentar a escola regular como forma de inclusão, e desde que ele iniciou na escola, ele vem se desenvolvendo muito bem, principalmente na interação com outras crianças”, celebra a assistente social.

Com os direcionamentos e articulações promovidas pelos atendimentos do IC, Mariane foi conquistando cada vez mais os direitos de seu filho, assim como enriqueceu a experiência e troca com outras mulheres.

“O Instituto C foi maravilhoso para mim. Eu vou sentir muitas saudades”, diz Mariane. 

Para ela, os auxílios conquistados e os atendimentos fizeram diferença em sua vida. “Nós, mães atípicas, passamos por tantas coisas e às vezes queremos carregar o mundo nas costas, e ninguém entende. No IC, todo mundo me entendia. Passei momentos muito bons com os atendimentos e rodas de conversa. Foi um período muito gratificante.”, celebra.

Explore os outros episódios:

Ou ainda, clique aqui e entenda melhor sobre a jornada das famílias atendidas dentro do Instituto C! 

Parcerias

Natal Solidário: qual a importância e como fazer?

Com o Natal se aproximando, é hora de refletir sobre o verdadeiro espírito da época: a solidariedade. 

Em meio a todas as celebrações e trocas de presentes, muitos estão se conscientizando sobre a importância de ajudar aqueles que estão enfrentando desafios.

A data costuma despertar a solidariedade em muitas pessoas, que buscam formas de colocar isso em prática em doações e ações de apoio – que são de extrema importância para organizações do terceiro setor. 

Nesta época do ano, muitas empresas e pessoas procuram o Instituto C para realizar alguma ação de Natal solidário.Este é um momento em que as pessoas ficam mais sensibilizadas, principalmente com questões de vulnerabilidade social envolvendo crianças. A gente sempre se coloca à disposição para pensar junto com os interessados em uma ação”, afirma Paloma Costa, coordenadora de comunicação e parcerias do Instituto C.

Ações para o Natal Solidário

O IC já organizou diversas campanhas e ações com empresas que se interessaram no Natal Solidário, entre elas o Shopping Iguatemi e a McKinsey & Company. “O Shopping Iguatemi já fez campanhas na época da pandemia, quando convidaram seus clientes para realizar uma doação de natal para o Instituto C dentro do site deles, também já fizeram junto com a decoração de Natal no shopping onde colocaram uma caixinha para arrecadar doações”, conta Paloma.

Já a empresa de consultoria empresarial McKinsey convidou seus funcionários para fazer uma doação de brinquedos para as crianças do Instituto C – arrecadando mais de 500 itens que foram entregues em uma festa de final de ano organizada pelo IC. “Existem várias formas de fazer uma campanha de Natal com uma simples doação, que nos ajuda muito, principalmente nessa época do ano em que precisamos fechar as contas”, afirma a coordenadora.

Outra possibilidade bacana é a de arrecadar doações nas festas de confraternização. “Quando todas as empresas reúnem seus funcionários e colaboradores em algum momento no final do ano. Essa pode ser uma ocasião para sensibilizar as pessoas e as incentivarem a doar algo. É uma ação simples de se realizar, e transformar esse momento de celebração em uma ação solidária”, explica Paloma. Leite em pó, por exemplo, pode ser um dos itens a ser arrecadado – e que é de extrema importância para o Instituto C: são mais de 1000 pacotes distribuídos mensalmente para as crianças atendidas.

Uma das campanhas bem sucedidas que tem acontecido nos últimos anos é a parceria com a Berton, uma empresa de engenharia, que procurou o Instituto com uma ideia diferente e muito criativa. “No final do ano, eles costumavam enviar brindes de Natal para os seus clientes. Então, eles decidiram substituir esses itens, que costumam ficar nas estantes das empresas, por uma doação financeira para o Instituto C”, conta Paloma.

Os clientes da Berton recebem ao final de cada ano um cartão postal com uma foto de alguma atividade que o Instituto C realizou com as famílias atendidas junto com a explicação de que o brinde foi substituído por uma doação. “Nós já realizávamos doações para o Instituto C e aí, em um ano próximo ao Natal, pensamos na ideia de fazer uma doação que divulgasse o Instituto e que não fosse apenas no nosso nome, mas que envolve também os nosso clientes”, conta Marcos Bertoncello, sócio diretor da Berton Engenharia.

A ação foi tão bacana que este é o terceiro ano em que ela acontece. “É muito bacana fazer algo legal em nome de outras pessoas, e não apenas da nossa marca. O retorno dos nossos clientes também foi muito positivo, acho que desperta a solidariedade do Natal”, diz Marcos.

A importância de um Natal solidário

 A importância da doação neste final de ano é muito importante. Para a Paloma, essa é uma cultura que tem crescido no país. “Seguimos fomentando a cultura de doação no nosso país. Nos últimos anos, o Brasil tem se despertado para isso e as datas comemorativas são legais para servir de gancho e incentivar a solidariedade entre as pessoas. É sempre importante ressaltar que é por meio de doações que a gente consegue seguir com o nosso trabalho e transformar a vida de tantas famílias, ou seja, o ato de doar não só fomenta o trabalho de organizações sérias como o IC, como também faz um bem danado para quem doa ”, afirma.

Saiba como fazer um Natal solidário 

Quem desejar fazer qualquer tipo de doação ou ação com o Instituto C, basta entrar em contato por:

 “Para quem quiser fazer uma doação em itens, é sempre legal falar conosco para entendermos juntos a necessidade do momento”, pontua Paloma.

Faça parte deste momento! “O importante é estarmos juntos e, para nós, qualquer doação é sempre muito bem-vinda”, finaliza.