Categoria: Voluntariado

Voluntariado

Dia Internacional do Voluntário no Instituto C

O Dia Internacional do Voluntário é celebrado em 5 de dezembro e oferece uma oportunidade para refletir sobre a importância do voluntariado. 

No Instituto C, os voluntários são extremamente especiais e necessários, desempenhando um papel fundamental para a existência  da instituição. 

Para Liliane Moura, assistente social institucional, o trabalho voluntário vai além do ato de serviço: “…é um compartilhar de uma inquietação por uma sociedade mais justa e igual. A gente vê o brilho no olhar de cada voluntário que chega e diz que quer contribuir. Essa troca é muito rica porque é sobre desenvolver pessoas também”, diz.

Nayara Oliveira, psicóloga institucional, também reflete em como esse ato está no cenário do Instituto C. “Lá no início de tudo, tínhamos duas contratações, e todos os outros trabalhos realizados eram com suporte voluntário. E aí a gente foi crescendo, e o número de pessoas contratadas também, mas o trabalho voluntário sempre foi a fundação da nossa estrutura”, diz. 

Para ela, a ação voluntária é uma forma de contribuir ativamente com a mudança social que deseja, usando a revolta e a indignação como movimento de transformação.

Para ela, a ação voluntária é uma forma de transformar a revolta e a indignação sobre a desigualdade da sociedade em uma resposta de mudança. “Muitas vezes, a o mais angustiante é a sensação de impotência frente ao que vemos ao nosso redor Então, o trabalho voluntário se coloca como uma ponte de ação, onde eu participo ativamente da realidade que eu quero viver”, reflete.

Aqui, vamos entender como o Dia Internacional do Voluntário surgiu e como participar do voluntariado no Instituto C.

O significado do Dia Internacional do Voluntário

O Dia Internacional do Voluntário é um dia para celebrar e agradecer a todos aqueles que dedicam seu tempo, habilidades e energia para ajudar os outros. É uma ocasião para reconhecer o impacto positivo que os voluntários têm nas comunidades e no mundo como um todo. 

O voluntariado é uma forma poderosa de contribuir para a sociedade, promovendo a justiça social, a igualdade e a solidariedade.

A data foi criada pelas Nações Unidas em 1985, como uma maneira de promover e incentivar o voluntariado em todo o mundo. Desde então, tem sido comemorado anualmente em 5 de dezembro. A escolha desse dia não foi aleatória. Ela marca o aniversário da assinatura do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 1970, que estabeleceu o voluntariado como uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento econômico e social.

O voluntariado e o Instituto C

Existem várias maneiras de se envolver no Dia Internacional do Voluntário e fazer a diferença na vida de outras pessoas. Você pode começar pesquisando organizações locais que precisam de voluntários e entrar em contato com elas para oferecer seu tempo e habilidades. Além disso, muitas organizações realizam eventos especiais no Dia Internacional do Voluntário, nos quais você pode participar e contribuir para uma causa específica.

Atualmente, cerca de 35 voluntários atuam de forma fixa ou recorrente com diferentes demandas do Instituto C – como o cadastro da Nota Fiscal Paulista, entrega dos benefícios e auxílio com as crianças na brinquedoteca, por exemplo.

O Instituto C conta também com os voluntários pontuais, ou seja, aqueles que participam de atividades e ações específicas. “Esse ano tivemos a festa do Dia das Crianças, que contou com 84 voluntários. Também temos ações do voluntariado corporativo – que reuniu atividades com as empresas Sales Force e do Google”, lembra Liliane.

Os voluntários podem chegar até o Instituto C através das redes sociais, telefone e site. Após o primeiro contato, existe uma reunião onde a Instituição explica quais são as vagas em aberto e o funcionamento do trabalho. “Quando recebemos um formulário, temos o cuidado de entrar em contato com o interessado o mais rápido possível. Explicamos as possibilidades e pedimos para ele pensar com carinho no que se encaixa melhor em sua rotina”, explica Liliane. “Depois, a gente vai conversar com o voluntário para que não seja um trabalho rígido e que ele possa nos ajudar em outras áreas caso sinta vontade ou interesse. É comum que ele entre e depois queira fazer outra atividade no Instituto”, acrescenta.

Nayara lembra que também existe uma outra possibilidade na qual o voluntário conta quais são suas habilidades e é pensado em alguma atividade específica para as crianças ou adultos. “Temos, por exemplo, um médico que quis iniciar um trabalho voluntário conosco e ele faz atendimento aqui”, conta. “Para algumas atividades, a gente pede que a pessoa estabeleça um tempo de vínculo de três meses com a família para que a gente organize o nosso planejamento com essas demandas”, acrescenta. 

Para este Dia Internacional do Voluntário, 05, o Instituto C preparou um café da manhã especial para um encontro próximo com seus voluntários.Nós sempre fazemos questão de agradecer e reconhecer nossos voluntários, por isso preparamos algo especial para a manhã do dia 05. Pedimos para a Tatiana, uma das nossas mães atendidas do Polo Zona Norte, gravar um depoimento sobre sua jornada dentro do IC, assim nossos voluntários conseguirão sentir de perto o impacto positivo dessa contribuição.”, explicou Liliane sobre a celebração.

O bem para todos os lados

Por tudo o que foi exposto, a contribuição voluntária não apenas beneficia as pessoas e comunidades que são ajudadas, mas também traz inúmeros benefícios para os próprios voluntários. 

Ao se envolver em atividades voluntárias:

  • Você fortalece suas habilidades interpessoais;
  • Ganha experiência prática;
  • Amplia sua rede de contatos e desenvolve um senso de propósito e satisfação pessoal.

 “O trabalho voluntário está independente dessa lógica financeira, onde a gente está doando o nosso tecido de vida, que é o tempo. Então, por isso, é algo tão potente e sustentável”, finaliza Nayara.

O Dia Internacional do Voluntário proporciona a todos nós uma chance de refletir o significado e importância do voluntariado e também para considerarmos como podemos colaborar para construir um mundo mais positivo e solidário.

Para Liliane, é a união dessas duas forças – voluntário e instituição – que faz com que mais famílias sejam beneficiadas. “Só conseguimos evoluir como instituição, porque estamos unidos com pessoas que compartilham desse desejo com a gente”, finaliza Liliane. 

Ao se envolver em atividades voluntárias, estamos não apenas ajudando os outros, mas também inspirando outros a fazerem a diferença!

Conheça mais sobre os benefícios do voluntariado no IC, aqui!


Seja um voluntário do Instituto C. Clique aqui e faça parte da nossa história!
Voluntariado

Voluntário – os benefícios do voluntariado

Você sabia que existe um dia para celebrar os voluntários? Sim, o dia 28 de agosto é comemorado o Dia Nacional do Voluntariado, que foi estabelecido por meio da Lei nº 7.352/1985. 

Essa data reconhece e enfatiza a dedicação daqueles que oferecem seu tempo, esforço e habilidades de maneira não remunerada para beneficiar interesses sociais e comunitários.

Ser voluntário pode envolver uma ampla gama de atividades, como trabalhar em abrigos de animais, servir refeições em um centro de alimentação, oferecer tutoria para crianças, participar de campanhas de conscientização, realizar atividades de limpeza e preservação do meio ambiente, ajudar em hospitais, e muito mais.

Se você gostaria de conhecer as atividades de voluntariado do instituto C, clique aqui! 

Voluntariado

O voluntariado é uma maneira importante de fortalecer as comunidades, promover a empatia e a compreensão entre as pessoas e construir um mundo mais justo e solidário. Muitas organizações sem fins lucrativos e grupos comunitários dependem do trabalho voluntário para atingir seus objetivos, já que nem sempre têm os recursos financeiros para contratar pessoal pago.

Ser voluntário não apenas beneficia as pessoas ou causas que estão sendo apoiadas, mas também pode proporcionar uma sensação de realização pessoal, crescimento, desenvolvimento de habilidades, oportunidades de networking e uma maior conexão com a sociedade em geral. 

De acordo com a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021, 56% da população adulta no Brasil diz fazer ou já ter feito alguma atividade voluntária na vida. O número de voluntários ativos também é bem expressivo: são cerca de 57 milhões de brasileiros comprometidos com atividades voluntárias.

O que diz a Lei do Voluntário?

A Lei do Voluntariado no Brasil é a Lei nº 9.608, promulgada em 18 de fevereiro de 1998. Essa lei estabelece as diretrizes e regulamentações relacionadas ao trabalho voluntário no país. Ela define o voluntariado como a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social.

 Essa lei tem o propósito de incentivar e regulamentar o trabalho voluntário no Brasil, proporcionando um ambiente seguro e adequado para a atuação de voluntários em diversas áreas de interesse social.

Alguns pontos importantes da Lei do Voluntariado incluem:

  • Caráter Voluntário: o trabalho voluntário é caracterizado por ser realizado de maneira espontânea, sem que haja qualquer forma de pagamento ou remuneração.
  • Termo de Adesão: a lei prevê que o voluntário e a entidade onde ele irá atuar devem celebrar um termo de adesão, que estabelece as condições e responsabilidades das partes envolvidas.
  • Limite de Jornada: a lei define que a jornada do voluntário não pode ser superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais, caso o voluntariado seja exercido no mesmo local onde o voluntário trabalha.
  • Não Geração de Vínculo Empregatício: o trabalho voluntário não cria qualquer vínculo empregatício entre o voluntário e a organização, sendo uma atividade prestada por vontade própria e sem finalidade lucrativa.

Benefícios do voluntariado

O voluntariado desempenha um papel crucial no fortalecimento das comunidades e na promoção do bem-estar social. O Dia Nacional do Voluntariado é uma maneira de reconhecer e agradecer aos voluntários por suas contribuições desinteressadas e dedicadas.

 Ser voluntário traz uma variedade de benefícios pessoais, sociais e até profissionais.

A sensação de contribuir para uma causa maior e fazer a diferença na vida de outras pessoas ou comunidades pode proporcionar um profundo senso de realização e propósito.

Além disso, estudos mostram que o voluntariado está associado a um menor nível de estresse, redução do risco de depressão e maior bem-estar emocional. A sensação de fazer algo positivo pelos outros pode melhorar sua saúde mental. Uma pesquisa da Harvard Health afirmou que o corpo libera uma espécie de “analgésico natural do cérebro” quando você se voluntaria ou faz algo de que gosta. As endorfinas criam uma sensação de bem-estar.

 Outro estudo, publicado no Journal of Happiness Studies, também descobriu que as pessoas que se voluntariam são mais felizes do que aquelas que não o fazem. Com base em informações de aproximadamente 70.000 indivíduos no Reino Unido, pesquisadores identificaram que pessoas que se engajaram em atividades voluntárias no ano anterior relataram maior satisfação em suas vidas em comparação com aqueles que não participaram como voluntários. Além disso, esses indivíduos também avaliaram sua saúde geral como estando em um estado melhor.

 Por fim, aceitar uma oportunidade de trabalho voluntário também pode ter um impacto positivo na redução dos níveis de depressão. Estudos científicos demonstraram que o envolvimento em atividades voluntárias resulta em uma diminuição da taxa de depressão, particularmente entre pessoas com mais de 65 anos. Assim, o ato de se voluntariar traz benefícios significativos para os idosos.

 Cada ato voluntário, por menor que possa parecer, contribui para a construção de um ambiente mais empático e colaborativo, lembrando-nos constantemente de que, juntos, temos o poder de criar mudanças significativas e duradouras. 

Portanto, engajar-se como voluntário não é apenas uma ação de caridade, mas um investimento no futuro coletivo, onde cada esforço se acumula para criar um impacto positivo maior do que poderíamos imaginar!

Seja um voluntário IC!

Seja um voluntário do Instituto C e faça parte da nossa história! Nossos setores de voluntariado incluem montagem e distribuição de benefícios, brinquedoteca, logística de atendimentos, psicoterapia para as famílias assistidas dos projetos, nota fiscal paulista e outras áreas vinculadas às nossas demandas de atendimentos de acordo com suas habilidades. Envie um email para voluntario@institutoc.org.br e participe!

InstitucionalParceriasVoluntariado

Mindfulness e a busca pelo autoconhecimento – Cuidar de quem cuida ❤️

Já ouviu falar no ​​Mindfulness? O termo, que em tradução livre significa “atenção plena”, é a prática de se concentrar completamente no presente. É um método que promove maior bem-estar emocional e qualidade de vida através de exercícios de meditação e respiração. 

Cada vez mais em alta, principalmente no mundo pós-pandemia, o Mindfulness auxilia na concentração, diminuição de estresse e ansiedade e no foco para as atividades importantes. 

De acordo com o último estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2019, 18,6 milhões de brasileiros sofriam de ansiedade. É um número tão expressivo que coloca o Brasil como líder do ranking de países mais ansiosos.

“O mercado atual vem, infelizmente, desencadeando muitas vezes ambientes de estresse, aumentando casos de burnout, entre outros transbordamentos emocionais graves” – introduz Tatiana Castro, instrutora de Mindfulness e especialista em Inteligência Emocional e Autocompaixão.

Benefícios do Mindfulness

Como o nome sugere, o Mindfulness é uma prática, e deve ser mantida com regularidade a fim de colher seus bons frutos – e eles existem!

A importante revista científica The Lancet publicou um estudo, em 2015, onde comparou os resultados obtidos por remédios antidepressivos e por terapias baseadas em Mindfulness – eles foram muito parecidos! 

Fazer atividades com foco e presença, observar a respiração, perceber o corpo ao caminhar, comer com mais atenção… O Mindfulness pode estar presente em tudo. 

“Portanto, ter a oportunidade de trazer mais bem-estar para si mesmo, como por exemplo, conhecendo melhor seus próprios recursos internos para autorregulação emocional, é um grande benefício a se absorver em qualquer aspecto da vida”, afirma Tatiana. 

O Mindfulness para cuidar do cuidador

Em paralelo a isso, desde o ano passado, o Instituto C vem pensando em estratégias de cuidados e ações de integração para seus colaboradores. “Enquanto área de desenvolvimento institucional, faz parte do nosso objetivo construir práticas de cuidados”, introduz Nayara Oliveira, Psicóloga Institucional.

Essa busca veio logo após os encontros dos profissionais da linha de frente com o apoio de duas psicanalistas, que aconteceram em parceria com a Sociedade Brasileira de Psicanálise para trabalhar questões sensíveis que afetam muito o profissional.

A gente vem discutindo amplamente a questão da promoção de saúde. Estamos ampliando cada vez mais a visão de que é importante cuidar de dentro para fora”, afirma Nayara. E, o match não poderia ter sido melhor! Tatiana procurou o Instituto C para uma ação voluntária, ofertando uma prática de Mindfulness durante uma roda de conversa sobre autocuidado. “Depois disso, ela entendeu que a nossa equipe também lidava com assuntos importantes e, então, decidiu nos oferecer o curso”, completa.

Curso de Mindfulness

O Curso Mindfulness para a Vida é um protocolo internacional de Mindfulness baseado na Terapia Cognitiva Comportamental, desenvolvido especificamente para a aplicação prática da atenção plena em nossas vidas. “Nossa preparação tem um padrão determinado pelo Centro de Mindfulness da Universidade de Oxford. Nós, como Instrutoras, fomos com nossos corações cheios de alegria para desenvolver esse programa com uma turma que faz um trabalho não só significativo, mas necessário, para uma sociedade que ainda é muito desigual em tantos sentidos”, contou Tatiana.

O curso teve uma duração de seis semanas e a primeira turma, com seis pessoas, formou-se entre novembro e dezembro de 2022. Ali, foram ensinadas práticas de concentração e autoconhecimento – que podem ser aplicadas em diferentes aspectos da vida. “Já ouvi bons feedbacks, onde as pessoas têm melhorado o foco no trabalho e conseguido lidar melhor com as adversidades”, celebra a psicóloga.

“O compromisso das alunas com o Programa nos impressionou desde o início. As alunas valorizaram todo o tempo que passaram durante as práticas de Mindfulness, demonstrando interesse e abertura diante desse novo aprendizado. Sem dúvida, por conta disso, o desempenho do grupo foi tão elevado, assim como o aprendizado registrado ao final do Programa”, garantiu Ana Leonor Oliveira, Psicóloga e Instrutora de Mindfulness.

A próxima turma do curso será aberta em abril de 2023, mas antes são feitas inscrições para aqueles que quiserem participar – já que é feita uma entrevista prévia para entender em que momento da vida a pessoa está para analisar sua disponibilidade afetiva e de tempo durante as semanas de protocolo.

Quando a gente vai para o trabalho atordoado com as nossas questões, a gente tem dificuldade de estar presente e com qualidade ali, e isso impacta os atendimentos. À medida que cuidamos de nossas questões pessoais, promovemos relações interpessoais mais saudáveis”, finaliza Nayara.

Relato

Katia Moretti, Coordenadora do PAF – Plano De Ação Familiar, estava na primeira turma do curso e já colhe os bons frutos do Mindfulness.

Foi muito importante para mim ter esse momento de consciência e autocuidado. Ampliar a minha própria percepção sobre a autocobrança, por exemplo, foi fundamental para entender o meu processo e colocar em prática as técnicas ensinadas – na vida pessoal e no profissional”, celebra.

 


Parte do seu imposto de renda devido pode transformar vidas! Clique e saiba mais!

Áreas de atendimentoGestão de PessoasVoluntariado

O voluntariado como atividade que ajuda a saúde mental dos idosos

Idosos e o voluntariado

Escolhemos iniciar o ano de 2023 com um texto sobre aquilo que faz bem a quem pratica e a quem recebe – o voluntariado, em especial, o feito por pessoas acima dos 60 anos de idade. Esse é o caso de Cleide Barreira, uma voluntária do Instituto C engajada em arrecadar Notas Fiscais sem CPF doadas com o apoio de estabelecimentos comerciais que as emitem e que, para nós, é de suma importância.

A Nota Fiscal Paulista é um programa de incentivo à cidadania fiscal, criado pelo governo do estado de São Paulo em 2007. Com o tempo, o valor gerado em créditos por ela deixou de ser relevante para pessoas físicas – mas não para as ONGs. Quando a Nota Fiscal é doada para uma instituição, o crédito dela é recalculado e pode chegar a ser 200 vezes maior que o que iria para o consumidor. “Ela é uma fonte de renda extremamente valiosa para nós”, explica Breno Pereira, analista de comunicação e parcerias do Instituto C.

Sabendo disso, Vivian Barreira, uma voluntária no IC, comentou com sua mãe sobre a possibilidade de ela arrecadar essas notas em comércios próximos de sua casa – sem ter que fazer muito esforço. “Eu fiz muito voluntariado anos atrás e tinha essa vontade de voltar a ajudar, mas como eu tenho uma certa dificuldade de locomoção, não é algo muito simples”, inicia Cleide. Ela, que mora na região do Itaim Bibi, decidiu, então, aproveitar o movimento dos restaurantes por quilo para tentar algumas parcerias. “Passei em alguns locais e um, em especial, me atendeu muito bem. Sempre frequentei o Grano Restaurante, na Rua Bandeira Paulista, e ficava impressionada com o movimento e, por consequência, o descarte das notas fiscais na hora do pagamento. Conversei com o proprietário, expliquei a importância delas para o Instituto C e ele prontamente se disponibilizou em guardar as notas para mim”, conta.

Atualmente, Cleide reúne cerca de duas ou três caixas grandes de Notas Fiscais deste estabelecimento – e o Instituto C as coleta semanalmente em sua casa. “Hoje, aproximadamente 20% do total que arrecadamos com a Nota Fiscal Paulista vem dos cupons sem CPF que são doados por comércios parceiros”, diz Breno.

O ato, muito simples, tem uma importância enorme para o Instituto C – e para quem o pratica também. O último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a expectativa de vida vem aumentando no nosso país, o que faz com que a gente olhe para o processo de envelhecer de nossa população. Os idosos lideram o ranking dos quadros depressivos entre os brasileiros, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, de 2019.

Criar oportunidades de participação social dos idosos é essencial para que a velhice seja positiva – e, para isso, é preciso comprometimento de pessoas e instituições neste ato. O voluntariado, por exemplo, proporciona interação social, criação de metas e estabelecimento de relações afetivas importantes para qualquer pessoa.

O retorno positivo deste estabelecimento animou Cleide com a ação. “É tão pouquinho o que eu faço, mas fico muito bem em saber que estou ajudando de alguma forma. Passo lá pelo menos duas vezes por semana, converso com as meninas que guardam as Notas para mim e, sempre que o encontro, agradeço o proprietário do restaurante. Nunca pensei que algo tão simples pudesse ajudar tanto. Me sinto gratificada por isso”, celebra.

InstitucionalVoluntariado

A importância do voluntariado e sua expansão no Instituto C

Voluntariado no IC

No dia 5 de dezembro foi celebrado o Dia Internacional do Voluntário – aquele que faz toda a diferença no Instituto C. Seja no dia a dia entre os projetos, nos atendimentos às famílias ou cadastrando notas fiscais doadas ao Instituto, o voluntário é parte essencial para a engrenagem de qualquer organização seguir funcionando. “E quanto mais pessoas se unem nessa roda, mais famílias conseguimos alcançar. Para nós, os voluntários são multiplicadores de ações cidadãs e transformadoras”, lembra Nayara Oliveira, psicóloga institucional.

Pensando nisso, o Instituto C organizou uma ação especial para celebrar seus  voluntários. “Mandamos para a casa de todos eles, os ativos e os inativos, um creme personalizado e uma carta escrita à mão reforçando a importância do voluntariado”, conta Nayara. Para ela, a principal ideia é reforçar que a ação voluntária é também uma ação de amor. “Agradecemos e presenteamos com esse gesto simbólico de cuidado – que conversa com o cuidado que eles oferecem para nós e para as famílias”, completa.

A carta era também um convite para uma confraternização virtual, que aconteceu no último dia 05, segunda-feira. “Contamos com a condução cuidadosa e muito generosa da Liliane Moura, nossa assistente social institucional, que é também uma amante e estudiosa de práticas de bem-estar e saúde. A ação convidou todos os presentes à exercícios de respiração, além de uma técnica milenar japonesa chamada Jin Shin Jyutsu, uma prática de saúde a partir das mãos. Retribuindo, às mãos que tanto dão, a possibilidade de receber também este cuidado carinhoso”, conta Nayara.

Assim, 11 anos após a sua fundação, o Instituto C tem pensado cada vez mais em melhorias para sua expansão, como a reestruturação do programa de voluntários, por exemplo. “Eu e a Liliane assumimos a liderança dessa área somando com a Flávia – coordenadora adm financeira, que já estava a frente do programa e estamos repensando o fluxo de chegada dos nossos voluntários, tanto nos projetos que acontecem nos Polos Centro e Zona Norte, como também no voluntariado corporativo. Queremos aumentar o número de voluntários fixos, mas também criar metodologias e áreas para trabalhos pontuais e rotativos, como os programas corporativos, que têm dado bastante certo”, explica.

Isso tudo pensando sempre no voluntário de maneira singular e individual, afinal cada um tem um motivo para estar ali. “Nessa reestruturação, temos feito entrevistas e conversas para entender a motivação daquele voluntário, o que ele gostaria de desenvolver e que práticas faz sentido para ele. O voluntário é quase que um trabalhador formal, é preciso gestão dessa área também – para fazer sentido para ele e para nós. Colocando isso em prática, a gente já percebe a diferença do entusiasmo e do desejo de participar das pessoas que estão chegando. É mais produtivo para todo mundo”, finaliza Nayara.

Ainda buscando celebrar e valorizar seus voluntários, o Instituto promoveu na última sexta-feira, dia 16 de dezembro, uma confraternização presencial organizada com muito carinho para os voluntários. “Chegamos  ao final de mais um ano, são muitos os motivos para celebrarmos, foram muitas conquistas, fruto de um lindo trabalho realizado por todos do Instituto C. Entre eles, destaco nossos  queridos voluntários que fazem a  diferença doando seu tempo e seu trabalho, ajudando a transformar a vida de tantas famílias”, comenta Liliane.

A confraternização contou com muita prosa e descontração, onde todos tomaram um delicioso café da manhã e participaram de uma roda de conversa onde cada participante foi convidado a conectar-se consigo mesmo, buscando o reconhecimento  de  suas habilidades e o quanto são especiais,  refletindo  e completando a frase :

 Sou incrível porque…. Sou incrível por ser….

“Observamos que as pessoas  têm  dificuldade de expor e falar sobre  suas qualidades, habilidades e  conquistas, com medo de julgamentos, ou até mesmo parecer inadequadas, nossa proposta foi justamente que elas pudessem identificar o quanto são potentes e incrivelmente únicas. Foi lindo e emocionante ouvir cada uma falar de si,  com tanto orgulho, beleza, delicadeza e acolhimento” conclui Liliane.

PAFRodas de ConversaVoluntariado

Estudantes de psicologia promovem atividade sobre defensoria pública com as crianças

Crianças aprendendo sobre defensoria públicaSomos estagiários de psicologia e estamos desde o início do ano acompanhando a equipe do Instituto C e pensando, de forma conjunta, ações dentro da brinquedoteca. Uma destas ações era expandir os temas e reflexões vividos nas rodas de conversas com as mães e responsáveis. O espaço de fala e troca também poderia acontecer lá, com atividades e vivências.

Em outubro, o tema discutido foi “Defensoria Pública”. Convidamos as famílias a trazerem suas crianças e, no primeiro dia vieram cinco, entre 6 e 10 anos. Para começar, fizemos uma roda em pé e nos apresentamos falando nossos nomes junto com um gesto. Todos repetiam, como um cumprimento. Dessa forma o grupo todo pareceu se integrar, dizendo seu nome e do outro, reconhecendo ali seu espaço e abrindo espaço para o outro também estar.

¨Naquele momento, não caberia definir o certo e errado, mas sim viver um exercício de reflexão crítica em que todos pudessem caber e somar. As crianças sortearam, ao todo, 5 palavras: dever, cidadão, direito, ajuda e grupo.”

Para aquela ação, preparamos previamente um baralho de palavras que possuíam ligação com o tema (Defensoria Pública) e imagens diversas. Sentamos em roda, espalhamos as imagens no chão e pedimos para uma das crianças sortear uma palavra. O espaço ali era para criarmos sentidos e significados em conjunto a partir da conversa sobre as palavras e a associação com as imagens, e atravessamentos com suas vivências e repertórios. Naquele momento, não caberia definir o certo e errado, mas sim viver um exercício de reflexão crítica em que todos pudessem caber e somar. As crianças sortearam, ao todo, 5 palavras: dever, cidadão, direito, ajuda e grupo.

A palavra dever, segundo as crianças, significava algo que precisaria ser feito. Através das imagens, explicavam que era dever do adulto não brigar com a criança, assim como era dever do adulto levá-las para passear. Uma imagem de tintas e cores representava o dever da criança de ter e fazer artes, e a imagem de pessoas abraçadas significava o dever de todos de receber e dar carinho.

Já com a palavra cidadão, as crianças disseram que era uma pessoa. Fomos perguntando e provocando para entender melhor quem seria essa pessoa.

  • ‘Todos podem ser cidadãos, tooooodos mesmo?’,  indagamos;
  • ‘Sim, mas quem machuca e agride o outro não pode mais ser cidadão’, respondeu uma das crianças. ‘Mas, claro que se a gente perdoasse ele, poderia então voltar a ser cidadão’;

Esse momento gerou uma pausa de reflexão no pequeno grupo. Escolheram então imagens de um grafite em que havia um indígena com cabelos de árvore, outra imagem de olhos, outra de pessoas conversando e uma quarta imagem de pessoas com deficiência.

Interessante perceber como é a concepção das crianças em relação aos conceitos escolhidos por palavras. Traziam os conceitos para o concreto, para o dia a dia, em forma de exemplos e lembranças. Nessa troca, nós não éramos os protagonistas. Nessas semelhanças e diferenças de vivências, as crianças se reconheciam, ajudavam-se e questionavam-se nas falas umas das outras. Isso fez com que a reflexão fluísse de uma maneira mais aprofundada.

Vale lembrar que escolhemos imagens inclusivas, com pessoas com deficiências exercendo atividades diversas, o que percebemos que fez muita parte das escolhas das crianças. Isso nos faz pensar sobre como elas reconhecem aquelas diferentes pessoas em suas rotinas, e como a inclusão faz parte da vivência delas. No chão, ia surgindo um desenho entre imagens e palavras, um mapa de toda aquela discussão.

Em seguida, sortearam a palavra direito. As imagens escolhidas representavam diversas formas de se olhar essa palavra:

  • ‘Essas casas estão desenhadas direito’, trazendo o sentido de ordem, retas, alinhadas;
  • ‘Nessa rua tem dois lados, o direito e o esquerdo’, sendo aqui um lado;
  • ‘A vacina precisa ser dada direito para não doer’, ‘precisa atravessar a rua direito’, ou seja, de maneira correta, jeito certo.

Perguntamos então, sendo direito igual a certo, o que seria certo para as crianças. É direito da criança o que? Como se fosse uma voz só, todas disseram: “Brincar”. Histórias de casa e de família foram surgindo. E, antes de perguntarmos, já começavam a compartilhar: havia o direito a comida, a casa, e também a poder andar de cadeira de roda.

  • ‘A pessoa tem direito de andar de cadeira de rodas?’, perguntamos;
  • ‘Sim;’ 
  • ‘Mas, e se eu construo uma rua em que você não consegue passar com a sua cadeira. Eu tô atrapalhando o seu direito?’
  • ‘Acho que não;’

Mas, neste momento sua amiga questionou:

  • ‘Ai amiga, você já não consegue nem andar, já está de cadeira de rodas e aí você não consegue passar na rua? Não pode atrapalhar a cadeira de rodas. É direito; 

Montamos novamente um mural no chão.

Então sortearam a palavra ajuda. As crianças separaram imagens. Compartilhavam que era importante ajudar quem precisa andar com a cadeira de rodas, e também ajudar as pessoas que estavam tristes a se sentirem melhor. Ajudar era cuidar.

  • ‘Como poderíamos fazer isso?’;

Foram dando exemplos de piadas, falas e acolhimentos que usavam no dia a dia para ajudar as pessoas se sentirem felizes e melhores.

Por fim, sorteamos a palavra grupo. A reflexão foi sobre como poderia ser um conjunto de pessoas, que se conheciam ou não. Seus integrantes poderiam ser diferentes. Este grupo poderia ter animais. Além disso, “a família também poderia ser um grupo”.

Percebemos que, aos poucos, as palavras sorteadas passaram a se misturar, e  aquele mapa no chão, cada vez maior, não criava divisões, mas sim um emaranhado de sentidos que conversavam e se complementavam.

Olhamos juntos aos mapas mentais, admirando o tamanho de nossa conversa, satisfeitos com aquela reflexão tão concreta ali ao nosso lado. O convite, por fim, era de sermos multiplicadores desses conhecimentos. Através de uma colagem – com revistas e cartolinas – escolherem palavras que tenham lhes atravessado e organizar seus próprios mapas mentais. As palavras escolhidas foram ajuda e grupo.

Aquele momento não era de esgotar a discussão, mas sim deixar a porta aberta e escancarada para que esses temas pudessem se esparramar, transbordar e reverberar no grupo, nos seus espaços, amigos e familiares!

* Texto escrito por Zoé Coin e Rafael Martinelli, estagiários do 10º e 9º semestre de psicologia da Universidade UNIP – Universidade Paulista.

Saiba mais sobre defensoria pública.

Voluntariado

Voluntariado corporativo e as vantagens para todos que participam

Diversas empresas estão aderindo cada vez mais em ações que envolvam voluntariado. Muito por conta da agenda ESG ­– governança ambiental, social e corporativa – em alta, a procura por atividades que envolvam a marca com uma questão social está crescendo, o que é bom para todos os envolvidos. “Todos os lados só tem a ganhar. É muito importante para as empresas dar essa oportunidade de envolver seus funcionários em uma ação social. Despertar no colaborador a vontade de apoiar alguma causa que, no dia a dia, acaba sendo esquecida”, afirma Paloma Costa, responsável pela área de Parcerias do Instituto C.

 Um caso recente de sucesso foi a experiência que o Instituto C realizou junto com o Google Brasil no final de julho (na foto que ilustra essa matéria). “Cerca de 15 funcionários da empresa vieram até nossa sede para uma espécie de amigo secreto, onde nove famílias foram beneficiadas com a doação de um item de grande necessidade para a casa, como cama e micro-ondas, por exemplo”, conta Paloma. A responsável explica que durante os atendimentos foram identificados quais eram as carências dessas famílias e as convidaram para uma atividade em que elas levariam um objeto que pudesse ser doado para alguém. “Elas não sabiam o que iam ganhar. Fizemos uma roda e cada voluntário lia a história de uma família que, rapidamente, se identificava e ‘trocava’ o presente. Elas recebiam um envelope contando o que haviam ganhado. Foi muito emocionante”, relembra.  

Paloma diz que o mais importante desse tipo de ação é trazer os funcionários da empresa para a realidade das famílias atendidas. “Encerramos a ação com um café da manhã coletivo, onde os voluntários puderam se envolver ainda mais com as famílias. Foram muitos abraços e, claro, lágrimas também”, conta Paloma.

 Nesse caso, o Google havia disponibilizado uma verba para a ação – por isso, foi possível a compra dos itens de necessidade das famílias, mas nem sempre o voluntariado corporativo envolve dinheiro.

“Existem alguns modelos de ações que realizamos, mas também sempre deixamos a possibilidade de criar atividades novas com a empresa, algo que faça sentido para ambas as partes”, afirma.

 

 Para o Instituto C, além de um benefício direto para as famílias atendidas, o voluntariado corporativo também é uma importante porta de entrada para o relacionamento com as empresas. “É o começo de uma relação, né? Elas passam a nos conhecer, se interessam por outros tipos de apoios e vamos construindo uma história juntos”, conta Paloma.

 Quer fazer parte disso tudo? No nosso site, existe uma página dedicada ao voluntariado, onde é possível cadastrar você ou sua empresa (clique aqui). Ou então, entre em contato conosco pelo WhatsApp 11 94581-9225 para pensarmos juntos em uma ação que ajude a sua marca e os nossos assistidos!

Voluntariado

A importância do voluntariado e as NFPs

NFP é a sigla para Nota Fiscal Paulista e o termo corresponde ao nome de um dos principais programas de incentivo à cidadania fiscal, criado pelo governo do estado de São Paulo em 2007. Caso não esteja associando a prática ao termo, o projeto é o responsável pela clássica pergunta feita aos consumidores: “Deseja CPF na nota?”. Isso porque quando um cidadão responde positivamente, o estabelecimento em questão é obrigado a declarar a venda e pagar o imposto referente. 

Na época de abertura, para que o programa entrasse na rotina dos brasileiros, o valor gerado em créditos e “devolvido” era considerado alto e atraente. Hoje, porém, o governo modificou alguns padrões com a finalidade de beneficiar as ONGs, diminuindo a quantia recebida por CPF. Inclusive, há 5 anos, a doação de cupons fiscais para instituições filantrópicas passou a existir também de forma automática, gerando mais vantagens às organizações. Para se ter uma ideia, 20% da receita anual do Instituto C corresponde à doação por NFPs e, justamente por isso, há uma grande importância em recrutar voluntários para o processo de recolhimento e cadastramento dessas notas. 

“Nós temos comércios parceiros espalhados pela cidade. Basicamente, eles disponibilizam urnas em seus estabelecimentos para que as pessoas possam depositar suas notas fiscais após as compras. O cidadão opta por não preencher o documento e, ao invés de jogar fora, ele coloca na urna. Semanalmente, nós fazemos a coleta e alguns voluntários ajudam nessa etapa. Mas, o trabalho principal é na sede, onde as notas são separadas, organizadas e cadastradas”, explica Breno Yves, analista de captação de recursos do Instituto C. 

A atividade é relativamente simples, mas de uma enorme importância devido ao valor que ela gera aos projetos da instituição. Exatamente por isso, o Instituto C está sempre em busca de novos voluntários para a função, como conta Paloma Costa, responsável pela área de Captação de Recursos: “A renda gerada pela Nota Fiscal Paulista é muito importante porque por meio dela a gente consegue pagar contas que não conseguimos colocar no orçamento dos projetos – como as despesas administrativas e aluguel, por exemplo. Em geral, as empresas parceiras financiam as despesas que geram um impacto direto, ou seja, pagamento da equipe técnica que atende as famílias, benefícios que são doados para as famílias e outras ações diretamente ligadas aos projetos, então, o valor que recebemos pela Nota Fiscal Paulista, faz muita diferença para as despesas descobertas da organização”, pontua. 

Além de ter horários ajustáveis, o trabalho voluntário para organizar e lançar as notas fiscais doadas pode ser feito remotamente ou na sede do Instituto C. Na segunda opção há a vantagem de interação com as atividades dos projetos e a troca com os demais voluntários e famílias beneficiadas, o que com toda certeza engrandece o voluntariado – este que por si só já proporciona uma realização para todas as partes envolvidas, como relata o voluntário José Augusto. “Cheguei ao Instituto C por meio de amigos e, logo no primeiro momento, gostei muito. A proposta vai além do atendimento especializado, ela capacita as famílias a terem autonomia, o que considero um diferencial. Além disso, a possibilidade de trabalhar de forma remota durante o isolamento social permitiu com que, apesar da rotina, eu consiga estar presente no cadastramento de cupom e reverter isso em caixa para que essas famílias possam ser amparadas e capacitadas. A experiência é muito gratificante, principalmente quando você chega no Instituto e vê o sorriso no rosto de quem é beneficiado com essas ações”, conta. 

 

Como se inscrever para o voluntariado?

 

“Quanto maior a equipe de voluntários melhor será para a instituição. No momento, nós não expandimos o número de comércios parceiros porque não temos capacidade de cadastramento das notas dentro do prazo de validade”, ressalta Breno. Daí, a importância de mais voluntários. 

 

O processo de inscrição acontece da mesma forma das outras áreas de voluntariado do Instituto C. Os interessados precisam demonstrar disponibilidade por meio do e-mail voluntario@institutoc.org.br. Após o envio, ele será chamado para uma reunião de voluntários – um primeiro contato com a Flávia, responsável pelos voluntários da organização que faz uma apresentação institucional e explica todas as possíveis áreas em que o voluntário pode atuar. Em seguida, acontece uma visita presencial na sede, onde cada interessado verá na prática um pouco de cada atividade e, assim, decidirá pela que mais se identifica. Também é alinhado o dia e a frequência que cada um irá cumprir o voluntariado. Com tudo isso acertado, ele já é convidado a começar o seu trabalho na área de preferência.

Áreas de atendimentoVoluntariado

Rede de voluntários de Psicologia: somar para acolher

O cuidado com a saúde mental se tornou uma das maiores lacunas em tempos de pandemia. O que já era urgente, ganhou proporções ainda maiores por conta do coronavírus – deixando brasileiros ainda mais inseguros, ansiosos e preocupados. Compreendendo essa carência, o Instituto C colocou em prática um desejo antigo e iniciou uma rede de voluntários de psicologia para prestar assistência às famílias atendidas em seus projetos. “A criação da rede começou por conta do momento da pandemia, onde identificamos várias questões de saúde mental. Nós sempre encaminhamos para o Sistema Único de Saúde, mas este apresenta uma superlotação. Então surgiu a ideia de criar esse banco de voluntários”, conta Graziele Alessandro, psicóloga e líder do projeto Primeira Infância. 

As inscrições acontecem a partir de um formulário divulgado nas redes da Instituição e os atendimentos, em geral, estão acontecendo no formato virtual – havendo a possibilidade de presencial para as famílias que desejarem. Além disso, o Instituto também realiza uma supervisão com os profissionais a cada dois ou três meses para entender como estão os casos. 

Com essa rede de apoio à saúde mental sendo colocada em prática há alguns meses, o novo desafio é encontrar ainda mais profissionais da psicologia para assim somarem ao grupo de voluntários. Afinal, a lista é extensa e a necessidade urgente – atualmente são 9 voluntários e 16 famílias sendo atendidas, além de uma lista de urgência com mais de 20. “Falar de saúde mental, ainda mais com demandas complexas como as que nossas famílias apresentam, é um trabalho a longo prazo. Nossa lista, além de extensa, gira devagar. Na hora de encaminhar, nós escolhemos a urgência da urgência, mas desses que já estão sendo realizados, eu percebo a imensa importância da iniciativa”, afirma Nayara Oliveira, Psicóloga do projeto PAF-Plano de Ação Familiar. 

Otavio Hideki Chinen é dos um dos psicólogos voluntários da rede e confirma as vantagens que a ação proporciona para ambos os lados: “O que me levou a me inscrever no Instituto C é que acredito que se deve ter um olhar mais voltado para a população que não tem condições de pagar uma análise ou uma terapia. Acho que a experiência é enriquecedora, tanto para nós profissionais, quanto para quem é atendido. Tem sido simplesmente maravilhoso, agregador e enriquecedor”.

A pandemia escancarou uma demanda antiga: a importância dos voluntários de psicologia. Agora o trabalho precisa continuar sendo executado e, para isso, novos profissionais são buscados todos os dias. “Como a gente trabalha com a população em vulnerabilidade, percebemos um adoecimento mental que não é falado. A rede de voluntários é um recurso criado para poder dar esse atendimento às famílias”, acrescenta Graziele. “É um projeto muito potente, que ainda está no comecinho. Precisamos de novos voluntários para seguir colhendo bons resultados”, finaliza Nayara. 

E como se inscrever? 

A inscrição para os voluntários de psicologia é feita através de um formulário online (clique aqui). Basta ser um psicólogo ou psicóloga e ter disponibilidade de uma hora semanal, ou mais. Depois do envio das informações e cadastro, o Instituto C entra em contato para agendamento de uma entrevista.