Aniversário IC

Encontros que fortalecem é o segundo episódio da nossa série

Na última quarta-feira, 17 de março, aconteceu o segundo episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado, Encontros que fortalecem, o episódio 2 teve como convidada, a Thaís Barbosa, primeira Assistente Social do IC. “A Thaís é uma profissional incrível, tem muita história das famílias que a gente já atendeu, uma pessoa cheia de energia, acho que todos vão gostar de conhecer ela.” comentou Vera Oliveira, Fundadora e Gerente Geral do IC, no início da live.

No bate papo, Thaís falou sobre o início de carreira como Assistente Social no Instituto C. Ela tinha acabado a graduação naquele ano e, assim que recebeu o ok para a vaga, precisou correr atrás do CRES para dar início às atividades. “Eu saí da faculdade com aquela ânsia e com uma dúvida “será que eu vou conseguir atuar como Assistente Social?”. Eu atuava com Recursos Humanos e quando eu vi a vaga, eu falei, é minha! Era uma proposta de começar duas vezes por semana, mas isso só aconteceu no primeiro mês. Depois já comecei a ir três dias por semana e, por fim, todos os dias. O que mais me marcou foi quando eu cheguei e vi você – Vera – e a Letícia, ver jovens que estavam arriscando, éramos nós três.”, comentou Thaís.

Para Vera, o fato do Instituto C nascer de uma franquia social que já rodava com força no Rio de Janeiro fez com que houvesse um período de adaptação do projeto aqui em São Paulo. “Não sabíamos como era a demanda no início. Entramos com uma bagagem, com uma experiência de como é uma organização que já existe, mas era diferente você seguir um modelo de algo que já está ali há 20 anos rodando e você começar pequeno. Não tínhamos nem mesa e cadeira no começo. Atendíamos 5 famílias, mas logo a demanda foi crescendo e as coisas foram se estruturando.”, comentou.

No início eram apenas a Vera, Thaís, Letícia e alguns voluntários, a estrutura era muito menor e havia poucos recursos. “Foi desafiador porque eu vinha de empresa, com a minha mesa, o meu computador, de repente, eu chego em um lugar onde é tudo junto e tudo misturado. A nossa mesa era uma mesa só. Foi uma experiência muito importante e me amadureceu muito também. Era tudo muito novo.”, explicou Thaís.

O bate papo seguiu com diversas recordações das famílias atendidas naquele momento. “Todas as histórias marcam, eu carrego um pouquinho de todo mundo que eu atendo, mesmo que seja apenas uma orientação. Um caso que me marcou muito foi o da Josilene que morava em Francisco Morato. Ela tinha quatro filhas, sendo uma com tumor cerebral. Cheguei na estação de Francisco Morato e tive um baque porque a realidade é diferente da nossa em São Paulo. Quando eu passei por cima do córrego para entrar na casa dela, fiquei desesperada. Tivemos um trabalho de insistência para que ela participasse dos encontros, até por conta da distância, do transporte, mas quando ela começou a ir e perceber a importância de estar naqueles encontros, de compartilhar, e ouvir dela o quanto ela gostava de ir e conversar, que era o único momento que ela tinha para ela. É isso! O dinheiro não paga, ver aquela luta pela sobrevivência, e ver que o nosso trabalho faz a diferença.”, contou Thaís.

O bate papo seguiu por 1 hora, cheio de histórias, e você pode acompanhar tudo na nossa página no instagram, acesse agora mesmo, clicando aqui!

O projeto, do sonho à realidade, prevê resgatar as memórias que construíram a história do Instituto C nestes anos todos de atendimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo. Além da revisitação ao acervo de imagens e vídeos como forma de reverenciar e agradecer a contribuição de todos que estiveram juntos nesta trajetória.

As lives estão acontecendo no instagram do Instituto C (@instituto.c) e contarão com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Gerente Geral e Fundadora do Instituto C, é responsável por conduzir estas conversas.

Assista o episódio 1 | O começo de tudo | Clique aqui

Assista o episódio 2 | Encontros que fortalecem | Clique aqui 

Serviços IC

Instituto C expande atuação em Comunidade na Zona Norte

O Instituto C anunciou no início do mês a expansão de suas atividades com a abertura de um espaço na comunidade Minas Gás, localizado na Zona Norte de São Paulo. “A expansão das atividades do Instituto C sempre esteve presente em nosso planejamento estratégico e ela vem acontecendo a cada ano. E a ideia de ter núcleos de atendimento regional, localizados nas periferias da cidade, aproximando as atividades desenvolvidas pelo Instituto C da residência das famílias, era uma vontade antiga”, explicou Vera Oliveira, Fundadora e Gerente Geral do Instituto C.

Isso porque, em 2012, o Instituto C iniciou os atendimentos das famílias em situação de vulnerabilidade social com crianças com doenças crônicas ou graves por meio do projeto PAF – Plano de Ação Familiar, franquia social do antigo Saúde Criança, que eram encaminhadas por hospitais públicos parceiros. De lá pra cá, criou três novos projetos sendo o primeiro deles o Atelier C, em 2014, com foco na geração de renda para as famílias. No mesmo ano, o Primeiro Infância, voltado para profissionais, pais e responsáveis pelos cuidados de crianças de 0 a 6 anos a fim de prevenir riscos no desenvolvimento pleno destas. Em 2017, nasceu o Educação em Rede para o atendimento de crianças e jovens com dificuldades escolares. “Expandimos também a nossa atuação com o “portas abertas” que possibilitou que toda família que cumpra o perfil dos nossos projetos pudesse ser atendida sem que precisassem ser encaminhadas por um hospital ou escola parceira.”, acrescenta Vera.

Desta vez, o passo é ainda maior. A escolha da comunidade Minas Gás se deu por conta da falta de projetos sociais identificada pela Coordenadora de Parcerias do Instituto C, Paloma Costa, moradora da região. “Eu nasci, cresci e moro até hoje no bairro da Brasilândia, aqui e em bairros vizinhos, como o Jardim das Graças onde fica a comunidade Minas Gás, há muita pobreza e exclusão social, são inúmeras favelas, milhares de famílias vivendo em condições precárias e poucas oportunidades para as crianças e jovens. Lembro de quando eu era adolescente, da minha avó dizendo para mim e para os meus primos que a gente tinha que buscar cursos e emprego do “outro lado do rio” porque aqui desse lado não tinha nada além de tráfico de drogas e outros crimes.”, conta Paloma.

Para essa expansão, o primeiro passo foi encontrar uma ONG parceira na região que pudesse viabilizar a atuação do Instituto C. Foi assim que a Paloma conheceu o Cezinha, líder comunitário da Central Única das Favelas (CUFA) Minas Gás, que é a primeira parceria para a expansão do Instituto C em uma comunidade. “Inicialmente, nós imaginamos aplicar a metodologia do PAF, mas como a liberação dos recursos do Condeca exige um pouco mais de tempo, por ser um processo mais complexo, apresentamos a ideia de levar o Educação em Rede e o Primeira Infância, uma vez que estes dois projetos estavam atrelados ao encaminhamento de crianças por meio das escolas e creches parceiras, e que, por conta da pandemia, ficou um pouco prejudicado.”, explica Vera.

Uma vez definido o melhor caminho, a equipe do Instituto C fez uma reunião com as lideranças da Comunidade para apresentar quais as atividades seriam oferecidas para os moradores. Como forma de validar a proposta, em novembro de 2020, as famílias da Comunidade responderam um questionário que sondava o interesse em participar das atividades, em 24h, o Instituto já tinha 158 respostas favoráveis. Com estes dados em mãos, a equipe fechou o escopo e pegou o okay com os patrocinadores.

A previsão é iniciar as atividades na Comunidade em abril de 2020.

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Faça parte do nosso time!

Se você tem interesse em trabalhar no terceiro setor, atendendo famílias em vulnerabilidade social, é proativo, comprometido, pontual, organizado e tem facilidade de se relacionar, além de facilidade de trabalhar em uma equipe multidisciplinar, você tem o perfil ideal para as vagas abertas aqui no Instituto C! 

Estamos com duas vagas abertas no projeto Educação em Rede, são elas: Psicologia (estágio) e Assistente Social (temporária). Confira os detalhes e faça a sua aplicação até o dia 17 de março, quarta-feira.

Estamos na Vila Buarque, mais precisamente na Rua General Jardim, 633.

Clique nas vagas abaixo para acessar os pré-requisitos e participar do processo seletivo:

Vaga Estágio de Psicologia

Vaga Assistente Social (temporária)

Áreas de atendimentoServiços IC

Educação em Rede encerra mais uma turma

No dia 01 de março, aconteceu o encerramento da segunda turma de 2020 do projeto Educação em Rede na sede do Instituto C. A turma teve início em dezembro do ano passado e contou com 48 novos alunos, os quais foram atendidos de forma presencial e remota. “Esse não é um adeus definitivo, esse aqui é o momento em que encerraremos as atividades, estamos celebrando o fim, mas é importante dizer que seguiremos apoiando as famílias de outras formas. Fizemos a devolutiva com cada uma das famílias nas últimas semanas e ouvimos muito “e agora? como que eu sigo?”. Nós ainda temos o grupo de whatsapp, entraremos em contato com as famílias para fazer um monitoramento, saber como todos estão e estaremos disponíveis para qualquer orientação ou auxílio. Não será igual, não será toda a semana, mas estaremos aqui para dar todo o suporte que eles precisarem.“ explicou a líder do projeto, Talita Lima.

O segundo ciclo do projeto precisou ser um pouco mais enxuto do que o primeiro para não coincidir com o início das turmas de 2021. Isso porque, a pandemia fez com que o primeiro ciclo fosse esticado até novembro. “Com a pandemia, as coisas foram interrompidas, começamos a perder muito o contato com as famílias, o contato de telefone mesmo, de não conseguir falar. Então, o primeiro ciclo foi um tanto quanto arrastado. Por isso, tínhamos o desejo de ajudar essas crianças, principalmente levando em conta o que elas estavam passando com a pandemia, sem aulas, trancados em casa, totalmente desamparadas.”, comentou Talita. Para a Psicóloga do projeto, Mariana Benedetti, o menor tempo junto dos alunos não atrapalhou a conexão necessária para o desenvolvimento das atividades. “Mesmo mais curtinho, neste ciclo, nós conseguimos uma presença maior dos alunos (clique aqui), o que é muito importante para o trabalho desenvolvido. Eu percebi que, por mais que o tempo fosse menor, os atendimentos foram muito importantes. Os alunos aproveitaram muito mais, contribuindo muito positivamente.”, acrescentou.

O encerramento foi emocionante e contou com a presença de apenas parte das famílias para evitar aglomerações. Para iniciar, uma dinâmica com bexigas azuis chamou a atenção para a dificuldade que muitas famílias encontram no dia a dia para dar conta das diversas tarefas, as quais ficam muito mais fáceis com a ajuda de outras pessoas. Logo após, as mães e os pais, responsáveis, responderam o questionário final que avaliava o impacto do projeto em suas vidas. Enquanto isso, os filhos pintaram azulejos com mensagens que ficarão guardadas no Instituto C. “Conhecemos o Instituto C faz uns 2 anos, meu filho mais velho também participou do projeto. Foi muito bom, eu me sinto muito acolhida aqui. O atendimento com a Psicóloga é maravilhoso, a gente consegue mostrar o nosso ponto de vista, consegue expor nossas dificuldades. Meu filho gosta muito daqui, ele gosta muito da Tabata que faz atividades artísticas com ele e também didáticas. Ele leva isso pra casa e usa durante toda a semana. É muito bom. Me sinto muito bem aqui. Quando me perguntam onde o Gabriel está passando, eu sempre indico vocês.” comentou Silvana, mãe do Gabriel, durante o encontro.

Alguns alunos também fizeram uma atividade final com a estagiária de Pedagogia, Tabata Cardenuto, que avaliou o avanço dos alunos neste período. “Este ciclo foi muito desafiador, porque todas as crianças tinham muitas dificuldades. E como foi um ciclo de só 9 semanas, eu precisei focar bastante em determinadas atividades para tentar conseguir uma evolução com eles, mas em contrapartida, foi um ciclo muito bom porque as crianças estavam muito engajadas, as crianças estavam muito animadas, com vontade de aprender. Eu vejo que todo este esforço, tanto da nossa parte quanto da parte das crianças foi essencial para alcançarmos os resultados.”, explica Tabata.

Por fim, todos se reuniram novamente para leitura e recebimento do certificado pelos alunos. “Estamos muito felizes com este ciclo e só conseguimos realizá-lo com a ajuda de toda a equipe do IC que, desde o início, nos ajudaram com as triagens, encaminhamentos do PAF e todo o suporte necessário. Todos, sem exceção, nos ajudaram bastante.”, finaliza Talita.

Gestão de Pessoas

Artigo | Mulheres na Liderança

A igualdade de gênero é um assunto cada vez mais discutido em nossa sociedade, porém é lamentável observar que as reflexões e debates acerca do tema ainda não conseguiram de fato proporcionar mudanças significativas principalmente quando o cenário é o mercado de trabalho.

De acordo com o Ministério da Economia, as mulheres detêm 42,4% das funções de gerência, 27,3% de superintendência e 13,9% de diretoria, ou seja, quanto mais alto o nível dentro de uma companhia, menos elas estão presentes. É curioso observar esses dados em contraste com a realidade que vemos diante dos perfis das famílias que atendemos no Instituto C, onde 63% das mulheres são líderes da família; exercendo o papel de principais mantenedoras e administradoras de seu lar. Acredito que esses dados refletem a cultura machista de uma sociedade que ainda não rompeu preconceitos.

Comecei minha trajetória no Instituto C como estagiária de psicologia, fui desenvolvendo minha carreira e habilidades aliadas aos valores da organização e recentemente fui promovida ao cargo de liderança do projeto PAF – Plano de Ação Familiar. Ser mulher e assumir essa posição é uma grande conquista, não apenas pessoal, mas num âmbito coletivo revela que as organizações estão despertando para a importância da equidade de gênero. E não somente isso, mas também da potência que é investir na diversidade, seja por gênero, cor, orientação sexual, idade ou por conta de alguma deficiência.

Algumas pesquisas já começam a mostrar que contar com um time mais diverso, melhora a performance e o desempenho financeiro das empresas. No geral, as características da mulher favorecem a liderança; pois costumam estimular um clima mais harmônico onde as construções são horizontais, trazendo muitos benefícios e resultados no trabalho.

Neste Dia Internacional da Mulher, momento tão importante para reflexões, agradeço pelas oportunidades que tive e reforço o coro  por mais igualdade entre os gêneros. Afinal, nós, mulheres, temos muita garra, dedicação e competência.