A igualdade de gênero é um assunto cada vez mais discutido em nossa sociedade, porém é lamentável observar que as reflexões e debates acerca do tema ainda não conseguiram de fato proporcionar mudanças significativas principalmente quando o cenário é o mercado de trabalho.
De acordo com o Ministério da Economia, as mulheres detêm 42,4% das funções de gerência, 27,3% de superintendência e 13,9% de diretoria, ou seja, quanto mais alto o nível dentro de uma companhia, menos elas estão presentes. É curioso observar esses dados em contraste com a realidade que vemos diante dos perfis das famílias que atendemos no Instituto C, onde 63% das mulheres são líderes da família; exercendo o papel de principais mantenedoras e administradoras de seu lar. Acredito que esses dados refletem a cultura machista de uma sociedade que ainda não rompeu preconceitos.
Comecei minha trajetória no Instituto C como estagiária de psicologia, fui desenvolvendo minha carreira e habilidades aliadas aos valores da organização e recentemente fui promovida ao cargo de liderança do projeto PAF – Plano de Ação Familiar. Ser mulher e assumir essa posição é uma grande conquista, não apenas pessoal, mas num âmbito coletivo revela que as organizações estão despertando para a importância da equidade de gênero. E não somente isso, mas também da potência que é investir na diversidade, seja por gênero, cor, orientação sexual, idade ou por conta de alguma deficiência.
Algumas pesquisas já começam a mostrar que contar com um time mais diverso, melhora a performance e o desempenho financeiro das empresas. No geral, as características da mulher favorecem a liderança; pois costumam estimular um clima mais harmônico onde as construções são horizontais, trazendo muitos benefícios e resultados no trabalho.
Neste Dia Internacional da Mulher, momento tão importante para reflexões, agradeço pelas oportunidades que tive e reforço o coro por mais igualdade entre os gêneros. Afinal, nós, mulheres, temos muita garra, dedicação e competência.