Sem categoria

Equipe e conselho se reúnem para planejamento estratégico

Desde agosto, o Instituto C está debruçado na elaboração do planejamento estratégico para os próximos cinco anos da organização. “Estamos caminhando para um momento de expansão do nosso trabalho. A minha expectativa é que o Instituto C consiga ampliar em escala o número de famílias que atende”, introduz Diego Schultz, Diretor Administrativo do Instituto C.

 

Em 2018, foi realizado um planejamento para os três anos seguintes do Instituto: 2018, 2019 e 2020. A elaboração das próximas estratégias, no início de 2021, se deu junto à pandemia do coronavírus, que passou a ser a prioridade naquele momento. “Tivemos que focar em todos os desafios e mudanças que a pandemia trouxe para a nossa realidade. Agora, nesse segundo semestre, voltamos o nosso olhar para as futuras estratégias do Instituto C e, junto ao conselho, decidimos pensar nos próximos cinco anos”, afirma Diego.

 

Para isso, uma consultoria externa especializada em planejamento deu todo o suporte para a condução do processo. Para Francisco Fortes, membro do conselho de administração do Instituto C, esses momentos de pausas são essenciais, não só em organizações, como também na vida pessoal. “A gente vive rotinas tão intensas que paradas para reflexões sobre o futuro são essenciais para a gente entender onde queremos chegar”, diz Francisco, que é empresário e participa da organização há quatro anos.

 

Após uma imersão nos documentos do Instituto C, a primeira fase do planejamento consistiu em olhar para fora, identificando as ameaças e oportunidades que o atual contexto apresenta para o Instituto. “Primeiro, observamos o cenário macroeconômico, político e social em que estamos inseridos. Esse encontro inicial foi online e contou com a presença de toda a equipe do IC, conselho e alguns parceiros”, explica Diego.

 

Já a segunda etapa, também virtual, foi um olhar para dentro, construindo uma espécie de linha do tempo e identificando também percepções sobre o papel essencial do Instituto, bem como expectativas e primeiras ideias de como responder aos desafios que se apresentam. “A forma como a consultoria conduziu os debates foi muito interessante e ajudou para a ampla participação de todos. A equipe valoriza muito o conselho e isso nos aproxima, né? É muito importante”, afirma Francisco.

 

A partir desses encontros, uma devolutiva da consultoria foi feita e apresentada para todas as pessoas envolvidas no processo. A partir de imersões com grupos selecionados, será feito um codesenho de direcionamento estratégico e metas para os próximos cinco anos. “Com tudo muito bem definido, podemos criar um plano estratégico para chegar onde queremos – com objetivos para os próximos dois, três, quatro e cinco anos”, afirma Diego sobre o planejamento, que entrará na etapa final em novembro.

 

“Todo o processo para esse planejamento foi muito rico porque tivemos a participação de todas as pessoas envolvidas. Tivemos ali quem realmente conhece o Instituto e essa troca foi incrível. Me surpreendeu muito o alinhamento de visão sobre os desafios e sobre o que a gente precisa fazer para crescer”, comemora Francisco. Mas, afinal, onde o Instituto C quer estar daqui cinco anos? Para Diego, a expectativa é grande e o objetivo é claro: “Queremos atender mais famílias, ampliar os nossos trabalhos, mas manter a essência do Instituto, que é o aprofundamento dos atendimentos e a escuta cuidadosa. Nosso desafio é crescer em escala e manter a qualidade”, finaliza.

Aniversário IC

Do início ao futuro é o último episódio da série de lives

No dia 13 de outubro, aconteceu o nono e último episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado “Do início ao futuro”, a conversa contou com a presença de convidados especiais que marcam a trajetória do Instituto até aqui: Letícia Tavares, primeira funcionária do Instituto C, Marina Mendonça, Presidente do Conselho Administrativo, Flávia Almeida, Analista Administrativa Financeira, e Diego Schultz, Diretor Administrativo. “O Instituto C. comemorou 10 anos neste 12 de outubro e vai ser muito bom retomar um pouco de toda essa história com pessoas envolvidas e responsáveis por todo nosso desenvolvimento”, introduz Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do Instituto C.

 

Quem abriu o bate-papo foi Letícia, relembrando o início do trabalho do Instituto – que teve (e ainda tem) muita mão na massa. “A gente fazia de tudo, de colar adesivo na parede até atender as famílias, sempre de uma forma muito prazerosa”, disse. A primeira funcionária também comentou sobre o processo de criação dos vínculos com as pessoas, um dos primeiros desafios.

 

Dois anos após a fundação, em 2013, as áreas estavam já mais estruturadas e os atendimentos mais bem alinhados. “Foi um processo muito generoso para todo mundo, e de muita aprendizagem tanto dos voluntários, quanto dos profissionais contratados”, contou Letícia lembrando também do conselho que esteve presente desde o início do Instituto C: “Foi essencial para as nossas escolhas acertadas e isso é um diferencial”.

 

Na sequência, Flávia, que trabalha no Instituto há oito anos, se juntou à conversa e também falou sobre o seu início: “Eu não tinha experiência nenhuma no terceiro setor. Eu não sabia como era trabalhar com propósito”, disse a atual Analista Administrativa Financeira.

 

Entre mudanças – de posicionamento de marca e de espaço físico, o Instituto C. cresceu. Até que Letícia decidiu seguir por outros desafios e, após um breve hiato de seis meses, chegou o Diego, assumindo o cargo de Diretor Administrativo – um dos primeiros homens de toda a equipe. “Lembro de chegar no espaço e achá-lo incrível! Minhas primeiras impressões foram ótimas. De cara, encontrei uma organização muito bem estruturada para crescer ainda mais”, comentou.

 

Com experiências também no terceiro setor, mas muito para o lado empresarial, Diego contou sobre a sua surpresa ao se deparar com o conselho do Instituto C. “Minha primeira reunião com eles foi muito leve, e não como costuma ser em outros lugares cheio de portes, diretrizes e críticas. Eram pessoas reunidas a fim de ajudar”, disse. “O conselho é um dos nossos diferenciais desde o início”, completou Vera.

 

Na sequência, Marina também entrou na conversa para dar continuidade ao assunto. Presidente do Conselho Administrativo, ela reforçou a importância de se ter uma escuta atenta ao longo dos anos. “O desenvolvimento constante de uma boa relação e interação entre o conselho e a equipe é o que mais me move”, disse.

 

Entre chuvas e alagamentos, festas e celebrações, o papo seguiu com mais lembranças desses 10 anos do Instituto C. Diego destacou também o aprofundamento e a qualidade do trabalho realizado, Marina falou sobre o crescimento sustentável dos projetos e da própria equipe e Vera sobre a preocupação e suporte para cuidar também do cuidador. “É daqui que eu tiro o meu ganha pão, onde eu me realizo profissionalmente e realizo meus sonhos pessoais. Eu tenho muito orgulho de fazer parte disso. A gente sonha muito alto e a gente costuma alcançar! Vida longa ao IC é o que eu desejo”, disse Flávia.

 

Finalizando o bate-papo, Diego falou sobre transformação: “Para mim, o Instituto tem muito a ver com essa palavra, ele dá a oportunidade de transformação para famílias. A gente vê que, depois de serem impactadas, elas continuam em uma crescente”.

 

Vera reforçou o valor dessa transformação. “A gente só consegue transformar a realidade das famílias em si se a gente transforma a vida das famílias que as atendem. O grupo como um todo é quem faz o Instituto C.”, concluiu.

 

O bate papo seguiu por mais de uma hora, cheio de histórias e lembranças, e você pode rever tudo na nossa página no Instagram. Acesse agora mesmo, clicando aqui!

 

As lives aconteceram no Instagram do Instituto C (@instituto.c) e contaram

com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Diretora Executiva e Fundadora do Instituto C, foi a responsável por conduzir estas conversas.

Assista ao episódio 1 | O começo de tudo | Clique aqui
Assista ao episódio 2 | Encontros que fortalecem | Clique aqui
Assista ao episódio 3 | Apoio que faz a diferença | Clique aqui
Assista ao episódio 4 | Costurando relações | Clique aqui
Assista ao episódio 5 | Desenvolvendo Capacidades e Potencialidades | Clique aqui
Assista ao episódio 6 | Construindo Futuros | Clique aqui
Assista ao episódio 7 | Um olhar especial | Clique aqui
Assista ao episódio 8 | Expandindo para aproximar | Clique aqui
Assista ao episódio 9 | Do início ao futuro | Clique aqui

PAFServiços IC

O método de técnico de referência e os avanços para o PAF

No primeiro semestre deste ano, o PAF – Plano de Ação Familiar passou a ser gerido com uma nova metodologia que trouxe muitos benefícios – aos técnicos e, sobretudo, às famílias atendidas. “A metodologia de técnico de referência trouxe um olhar mais aprofundado para cada história atendida por nós, além de reforçar o vínculo das famílias com o Instituto C”, afirma Katia Moretti, líder do projeto. 

 

Para entender a nova metodologia é preciso dar um passo para trás. Antigamente, não havia um controle de tempo para os atendimentos. “A família chegava até nós, participava de uma roda conversa e depois era encaminhada para uma das áreas técnicas, mas sem um horário determinado para isso. A conversa podia durar 15 minutos ou uma hora”, relembra Katia. 

 

Em 2018, o projeto PAF recebeu uma consultoria da Porsche para organizar melhor a questão dos horários. A partir daí, foi estabelecida uma metodologia em espécie de carrossel chamada Chaku, na qual as famílias passavam por todas as áreas técnicas durante 15 minutos. “Conseguimos organizar a questão do tempo, mas o método trouxe também uma angústia por ser tão pouco”, aponta a líder.

 

Então, neste ano, com o retorno dos atendimentos de maneira híbrida após o período mais restrito da pandemia, e a partir de uma sugestão da Liliane Moura, uma das assistentes sociais do Instituto C, o PAF uniu uma nova metodologia: a de técnico de referência. “Nós mesclamos os dois métodos. Em um mês, a família é atendida pela rodada de conversa rápida e passando por todas as áreas e, no outro, ela tem uma hora com o técnico que é a sua referência”, explica Katia. 

 

O técnico de referência, então, é capaz de realizar um atendimento mais aprofundado durante o tempo que tem com a família e, assim, ter um olhar de maior acolhimento. “Durante uma hora, o técnico consegue analisar as demandas da família com mais atenção e até criar um vínculo com eles”, analisa a líder.  

 

Além dos benefícios apontados, os avanços já puderam ser percebidos também na prática. Recentemente, a pedagoga Lualinda Toledo conseguiu identificar que uma das crianças que atendemos, irmã da que estava em tratamento de saúde, tinha dificuldade escolar. “A partir desse atendimento mais acolhedor, a técnica entendeu que o problema era resultado de uma doença ocular. Depois de uma avaliação médica, foi constatado que a criança estava realmente perdendo a visão e uma cirurgia foi marcada”, conta Katia. 

 

O desfecho da família poderia ter sido outro se não fosse o olhar sensível e aprofundado da técnica Lualinda que, com a metodologia de técnico de referência, teve tempo para entender melhor, não só a criança em tratamento de saúde, como também todos os membros da família.

 

Sobre o PAF:

Famílias em situação de vulnerabilidade e que tenham crianças ou adolescentes em tratamento de saúde recebem atendimento multidisciplinar no Plano de Ação Familiar. Os encontros são realizados mensalmente para que elas tenham atendimento individual focado em suas necessidades e possibilidades nas áreas de Renda, Serviço Social, Educação, Nutrição, Psicologia e Acompanhamento Familiar. Além de informações e orientações em rodas de conversa, os responsáveis também têm acesso a itens emergências, como cesta básica,  fraldas, e remédios que não são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde. 

 

Atualmente, cerca de 200 famílias são atendidas. Elas chegam até o PAF a partir de hospitais e redes socioassistenciais que fazem o encaminhamento para o projeto ou através da procura espontânea. Após uma triagem, a família é convidada para iniciar o ciclo de atendimento assim que uma vaga for disponibilizada.