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O que esperar para os próximos 5 anos do IC?

Após equipe e conselho se reunirem para o planejamento estratégico do Instituto C, os rumos dos próximos cinco anos foram traçados e objetivos foram definidos: os três projetos serão unificados em um só. “A nossa ideia é juntar a metodologia do PAF, Educação em Rede e Primeira Infância, olhando especificamente e de forma multidisciplinar a demanda de cada família, e atuar diretamente nas comunidades, começando pela Minas Gás”, celebra Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do Instituto C.

 

Para tal feito, a equipe do IC irá aumentar 40% e o espaço físico será ampliado. Como consequência, o número de famílias atendidas também crescerá bastante. “Hoje, atendemos 360 famílias por mês. Vamos passar a atender 200 na nossa sede e 500 na Minas Gás – serão 700 famílias ao todo”, diz.

 

A partir dessa unificação, a ideia é que qualquer família em vulnerabilidade social, e que tenha uma criança ou um adolescente de até 17 anos, possa ser atendida pelo projeto. “Após passar por uma equipe de triagem e monitoramento, que vai entender as suas demandas, essa família será encaminhada para a área específica, que englobará o que já existe hoje no PAF, no Educação em Rede e Primeira Infância – e funcionará em formato de núcleos de atendimento, em que cada família será atendida de acordo com as suas necessidades”, explica a Diretora. Educação de qualidade, Inclusão Produtiva, Saúde Emocional e Nutricional por exemplo, são alguns deles. 

 

“Agora, estamos adaptando nosso sistema de atendimento para que ele seja integrado ao que já existe no PAF. Estamos especificando toda a triagem e telas de atendimento para que nesse novo projeto, que chamará Cidadania em Rede, possamos realizar também todos os atendimentos por meio dele”, completa.

 

Para a implementação de todas essas novidades que são parte do planejamento estratégico recém-realizado, o IC trabalha com três tempos: curto, médio e longo prazo. “Primeiro, para 2022, a ideia é executar esse projeto piloto – contratando e treinando equipe. Em 2023 e 2024, ou seja, médio prazo, queremos encontrar outras duas comunidades para que também recebam polos de atendimento do Cidadania em Rede. Já em 2025 queremos expandir ainda mais essa metodologia do trabalho, capacitando outras instituições”, afirma Talita Lima, líder do projeto Educação em Rede. Todos têm a ganhar!

Áreas de atendimento

Parceria de Sucesso: Banco de Alimentos e Instituto C

No Brasil, com a pandemia da Covid-19, cerca de 117 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar – em graus leves, moderados ou graves – ou seja, sem garantia de que haverá comida na próxima refeição. Com toda essa questão, Ana Paula Hummel, nutricionista do Instituto C, preocupada com a falta de diversidade alimentar das famílias atendidas, sugeriu um contato com a ONG Banco de Alimentos para uma possível parceria – e, assim, receber itens perecíveis, como frutas e verduras, que eles costumam doar para Instituições. A ponte foi feita por José Luiz Lima, conselheiro do IC, e neste primeiro momento descobriu-se que, apesar do Instituto C não se aplicar a esse tipo de auxílio, caberia o cartão alimentação – dando início a uma parceria valiosa para o Instituto! 

Atualmente, através das entidades sociais parceiras, a ONG Banco de Alimentos atende mais de 23 mil pessoas diariamente oferecendo refeições dignas. E, neste Natal, a ONG se une ao Instituto C para a distribuição de um cartão alimentação no valor de R$100 para famílias atendidas nos projetos da Instituição. “Ao todo, serão 700 cartões que possibilitam à família comprar exatamente o que estiver precisando e complementar a cesta básica que já entregamos para cada uma delas. Estamos muito felizes com essa união”, celebra Diego Schultz, diretor administrativo do Instituto C.

 

No período pré-pandemia, o Instituto C realizava uma festa de final de ano. “Era uma celebração mesmo e ali, além da cesta básica, também era entregue uma cesta de Natal. A pandemia nos tirou isso, por conta da aglomeração. A parceria com o Banco de Alimentos veio, então, em uma hora perfeita”, completa Diego. 

Para Ana Paula Hummel, nutricionista do Instituto C, a campanha ajudará também na saúde dos beneficiados, que terão acesso a uma alimentação mais adequada, algo cada vez mais difícil de ser acessado por conta da alta nos preços de proteínas, frutas, legumes e outros. “Muitas das famílias que atendemos não estão conseguindo arcar financeiramente com alimentos básicos. A junção com a ONG Banco de Alimentos faz muito sentido para nós nesse momento”, afirma Ana. 

 

A nutricionista ainda reforça que, muitas vezes, a família não está passando fome no sentido literal, mas ela está passando pela chamada “insegurança alimentar”, quando não há garantia de comida para a próxima refeição. “Às vezes tem o almoço, mas não tem o jantar. O cartão ajuda as famílias irem na contramão dessa insegurança”, diz. 

 

A iniciativa já está sendo colocada em prática e vem para somar. Os cartões serão entregues até o final desta semana, ainda antes do Natal. A parceria tem como principal objetivo unir forças e auxiliar as famílias em vulnerabilidade social, potencializando ações e fazendo a diferença no combate à fome.

Premiações

Instituto C é uma das 100 melhores ONGs de 2021

Ontem, 9 de dezembro, ocorreu a cerimônia do Prêmio Melhores ONGs (Edição 2021), com transmissão pelo YouTube do Canal Futura. A cada ano são anunciadas as 100 organizações brasileiras vencedoras do terceiro setor – e o Instituto C se fez presente mais uma vez. “O prêmio é de suma importância para o nosso trabalho porque ele é um reconhecimento que atesta a efetividade e a transparência de tudo que a gente faz”, comemora Paloma Costa, Coordenadora de Parcerias do IC.

O Instituto C não apenas está presente, como também comemora seu penta: são cinco anos consecutivos de reconhecimento por suas iniciativas e boas práticas em quesitos como governança, transparência, comunicação e financiamento. Paloma afirma que, para manter o posto, o IC realiza um processo de aprimoramento de gestão e metodologias a cada ano. 

Com edições anuais, desde 2017, a celebração já é uma das mais importantes do setor e apenas em 2021 recebeu inscrições de 1033 organizações espalhadas pelo país. O prêmio é realizado pelo O Mundo que Queremos, pelo Instituto Doar e pelo Ambev VOA, com apoio de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Instituto Humanize, da Fundação Toyota do Brasil e do Canal Futura. O prêmio também atua como um canal de divulgação para doações ao proporcionar ainda mais a relevância aos projetos e iniciativas dos participantes. 

Toda a seleção é organizada por uma comissão geral, comissão avaliadora, equipe técnica e parceiros estratégicos. Para selecionar as 100 melhores organizações nacionais sua metodologia avalia cinco pilares: causa e estratégia de atuação, representação e responsabilidade, gestão e planejamento, estratégia de financiamento e comunicação e prestação de contas. O resultado oferece uma visão única das ONGs brasileiras e quais são as melhores organizações em termos de gestão e transparência. 

“Eu costumo dizer que o prêmio para nós é como se fossem as Olimpíadas. Por isso, nós, atletas, nos preparamos sempre em uma constante. Precisamos estar sempre evoluindo e realizando melhorias no processo. Ficamos muito felizes em estar mais uma vez na lista das 100 melhores ONGs do Brasil Na realidade, nossa conquista é ainda maior: somos uma das 10 organizações que foram premiadas em todos os anos”, finalizou Paloma. 

Gestão de Pessoas

8 anos que faço parte do Instituto C!

Quando mandei meu currículo e fui chamada para participar do processo seletivo para ser estagiária do Instituto C, não conhecia o universo das ONGs nem imaginava como seria e o que era trabalhar no terceiro setor, pois minha primeira e única experiência até aquele momento era em empresa.

Fui aprovada e, em novembro de 2013, me integrei a pequena equipe do Instituto C. Pequena apenas em quantidade de pessoas na equipe, mas lá trabalhavam mulheres gigantes, inteligentes, profissionais, fortes, dispostas, cheias de empatia, amor ao próximo e paixão pela causa do projeto, e sem dúvida foi essa convivência que agregou para minha formação como ser humano, mulher e profissional.

Como estagiária, eu atuava auxiliando nas rotinas administrativas financeiras, em compras, fazia a montagem e entrega de kits de benefícios entregues para as famílias e controle do estoque.

A cada oportunidade fui me dedicando e me aperfeiçoando. Na base da confiança e de treinamento, eu abracei a oportunidade e segui o meu caminho. Fui promovida a auxiliar administrativo no meu último ano de faculdade e, depois a assistente. Hoje, sou analista e integro a equipe administrativa- financeira, auxílio nas rotinas de RH, sou responsável pelo time de voluntários, atuo na gestão financeira dos projetos, fazendo as prestações de contas e também sou responsável pela manutenção da sede e do polo de atendimento que temos na comunidade.

Aqui no Instituto C, já vivenciei muitos momentos marcantes, que foram super importantes e que levarei pra sempre em minha memória. Conheci e conheço diariamente histórias de luta, força e superação que me toca muito como ser humano. Outro ponto que me marca muito é a bagagem dos profissionais que integram a equipe. É de se admirar a inteligência, a articulação, a troca e o trabalho dos profissionais de todas as áreas e funções.

Em um artigo não seria possível detalhar de fato toda minha vivência no Instituto C, que é muito intensa, desafiadora e gratificante. Lidar com pessoas e ter a responsabilidade de ocupar o cargo que ocupo é um grande desafio. Falar de 2020 e 2021 sem levar em consideração o impacto da pandemia não tem como…. trabalho, home office, filho, casa, marido, estudos. Foi tudo um enorme desafio, mas o que seria da minha vida sem eles? Com certeza, não seria quem eu sou hoje.

E, para finalizar, quero falar um pouco do trabalho do IC na vida das nossas famílias. Meu olhar por de trás disso, como alguém que está ali nos bastidores e não na linha de frente, é que nosso trabalho é movido por um propósito. Nosso lucro é ver vidas transformadas por meio dos nossos atendimentos, da acolhida, escuta atenta, vínculo, orientação, encaminhamentos e rodas de conversa. É motivador e faz com que eu sinta que estamos caminhando para a direção certa.

Como eu sempre digo, meu desejo é que o IC cresça a cada dia, para alcançarmos ainda mais famílias em situação de vulnerabilidade social e para manter pessoas empregadas e gerar ainda mais empregos. É por meio do crescimento e sucesso da organização que eu me concretizo pessoalmente, conquistando meus sonhos lá fora. Sou muito grata por estar junto nesta caminhada e pela existência desse projeto tão transformador, que inspira quem passa e orgulha muito quem faz parte.

Doação

Conheça os benefícios da Nota Fiscal Paulista para Ongs

Quantas vezes, ao finalizar uma compra, o atendente do caixa lhe fez a seguinte pergunta: “CPF na nota?” – o ato de cadastrar o seu documento em uma nota fiscal é simples e pode ajudar muito uma instituição. A Nota Fiscal Paulista é um programa de incentivo à cidadania fiscal, criado pelo governo do estado de São Paulo em 2007. “Quando você pede o CPF na nota de uma compra, automaticamente aquele estabelecimento é obrigado a declarar a venda e pagar o imposto para o governo”, explica Breno Yves, analista de captação de recursos do Instituto C.

 

No início, para incentivar o consumidor, o valor gerado em créditos a partir das compras com CPF na nota era relevante. Com o tempo, o governo mudou os parâmetros, beneficiando as ONGS, e diminuiu o valor para o consumidor. Em 2017, o governo lançou um novo incentivo: a doação automática de cupons fiscais para instituições filantrópicas. “A doação automática é muito mais vantajosa para as ONGs pois quando o cupom é doado de forma automática pelo consumidor o valor do crédito é maior, além de não ter o trabalho de coleta e digitação dos cupons fiscais, e para o consumidor é também muito interessante porque ele pode escolher a ONG de sua preferência para apoiar – bastando fazer um único cadastro no sistema da Nota Fiscal Paulista e solicitar o CPF na nota. Assim, o crédito será transferido automaticamente para a instituição”, explica Breno.

 

Mas, os créditos não são pequenos? Não para ONGs! Quando a nota fiscal é doada para uma instituição, o crédito dela é recalculado e pode chegar a ser 200 vezes maior que o que iria para o consumidor. “Atualmente, nós temos uma base de 330 doadores ativos e isso corresponde a 20% da receita anual do Instituto C”, celebra Breno. Essa forma de captação é ainda mais importante e segura pois está ancorada em uma lei estadual: “É uma fonte de renda extremamente valiosa para nós”.

 

Outra coisa muito legal dessa nova forma de doação é que o consumidor segue concorrendo aos sorteios mensais mesmo quando ele doa para uma ONG. “Costumamos dizer que é mais fácil ganhar 1 milhão nos sorteios da Nota Fiscal Paulista do que nos sorteios da Loteria Federal, pois no primeiro temos bem menos concorrentes por ser só estado de São Paulo e muita gente no estado ainda não participa do programa”, comenta Breno. Esse é mais um incentivo para sempre pedir o CPF na nota, pois tanto a doação quanto a participação no sorteio só é possível quando o consumidor coloca o CPF na nota.

 

E, como fazer o cadastro automático?

 

Além de ser uma forma simples de doação, o processo para o cadastro também é feito uma única vez. Existe um sistema desenvolvido pela Secretaria da Fazenda onde o consumidor faz o cadastro com seus dados pessoais e escolhe uma instituição para apoiar.

 

Breno também reforça que após o cadastro, para que a doação possa ser ativada, primeiro é necessário que o consumidor realize o saque do saldo que estiver no sistema para uma conta bancária em nome dele. A partir do valor de R$ 0,99 o saque já pode ser realizado e, sem esse procedimento, o cadastro fica restrito e as doações não são realizadas. “Hoje, além dos 330 doadores ativos, temos 180 pessoas restritas por não terem feito esse saque. É um processo simples, mas que muitos não se atentam ao chegar no final”, alerta.

 

Vale lembrar também que a instituição não tem acesso a nenhum dado de compra do doador – nem sequer seu nome. “O sistema é muito seguro e restrito. Nós sabemos apenas a quantidade de doadores que temos, mas não quem são eles. Muitas vezes as pessoas têm medo de se cadastrar com receio da instituição ter acesso às suas compras e dados, mas isso é impossível”, explica.

 

“A doação automática de créditos da Nota Fiscal Paulista é uma forma de ajudar sem ter que mexer no bolso. Muitas pessoas querem fazer algo, mas não têm tempo para ser voluntário e nem dinheiro para fazer doação. A Nota Fiscal Paulista é uma possibilidade de todos poderem colaborar e faz toda a diferença para o Instituto C”, diz o analista. 

 

Confira o passo a passo para o cadastro:

 

1: Acesse o sistema da Nota Fiscal Paulista no link https://www.nfp.fazenda.sp.gov.br/Principal.aspx

 

2: Se você ainda não é cadastrado, clique em “Novos Cadastros – Cadastro Pessoa Física” e siga os passos. Se você já é cadastrado, faça o Login com seu CPF e senha

 

3: Ao entrar no sistema, clique em “Entidades – Doação de Cupons com CPF (automática)”, no menu principal

 

4: Encontre o Instituto C digitando, no campo indicado, o CNPJ 14.644.881-0001/98 e clique em avançar, confirmando a doação automática por tempo indeterminado.

 

5: Ah, não se esqueça de fazer o primeiro saque para sua conta e sempre que fizer comprinhas, peça o CPF na nota!

 

6: Se desejar, mande uma mensagem pra gente pelo Instagram @instituto.c ou pelo WhatsApp (11) 94581-9225 contando que você virou um doador para que possamos te enviar novidades do nosso trabalho.

Para saber mais acesse nossa página sobre Nota Fiscal Paulista, clicando aqui!

PAF

8 famílias se despedem do Projeto PAF

Hoje, 17 de novembro, o PAF – Plano de Ação Familiar encerrou mais um ciclo de atendimento e despediu-se de oito famílias. O projeto, que é o primeiro realizado pelo Instituto C, atende famílias de crianças e adolescentes que apresentem alguma doença grave ou crônica e que vivam em situação de vulnerabilidade social. “Foi um dia para relembrar histórias, celebrar conquistas e deixar registrada uma lembrança de cada uma dessas famílias que passaram por nós”, conta Katia Moretti, líder do projeto. 

 

Durante a pandemia, nenhuma família foi desligada do projeto, portanto o ciclo que foi encerrado teve uma duração mais prolongada – alguns até com mais de dois anos em atendimentos. “Nos reunimos para entender quais famílias já estavam com demandas resolvidas e objetivos alcançados. Chegamos, então, em um grupo de oito famílias para esse encerramento”, explica Kátia. A líder conta que o planejamento do fim do ciclo é feito com bastante antecedência. “Gostamos de avisar as famílias, no mínimo, três meses antes do encerramento até para elas já irem se programando, muito por conta dos benefícios que a gente entrega”, diz.

 

Desde 2019, o encerramento do ciclo é feito em grupo e, desta vez, a manhã foi dividida em alguns momentos. As famílias compareceram na sede do Instituto C e responderam uma avaliação do projeto. “É importante ter esse instrumento para análise do nosso trabalho pela percepção das famílias que já foram atendidas por nós”, conta Kátia. Depois, cada família recebeu um azulejo em branco para que, com tinta guache e muita criatividade, pudessem fazer uma lembrança: “Aqui, nós temos o mosaico das famílias, um painel com azulejos feitos por todas elas, para lembrarmos das conquistas de cada uma que passou pelo Instituto”. 

 

O encerramento ainda contou um um terceiro momento, onde as famílias foram reunidas e, em apresentação de slides, contadas as histórias individuais. “No início, não revelamos de quem é a trajetória apresentada. Algumas famílias já se identificaram logo no começo, claro. Foi bem emocionante”, revela Kátia. Depois, voluntários e equipes do Instituto C entregam para as famílias um certificado de participação no projeto, junto com a história contada e uma foto de recordação. “As famílias se emocionaram, algumas se sentiram livres para dar depoimentos e falar mais detalhes sobre suas conquistas. E, por fim, celebramos todos juntos”. 

 

Entre as oito famílias que se despediram hoje do PAF, Kátia lembra da Grazi que, mesmo com pouco tempo de projeto, conseguiu ela mesma identificar que já havia tido conquistas. “Ela conseguiu emprego na sua área de atuação e solicitou o desligamento de sua família justamente porque compreendeu que agora outras famílias poderiam se beneficiar do projeto”, conta Kátia. A líder alerta que não é porque a família está trabalhando, ou está em um novo emprego, que o ciclo se encerra – depende de outros fatores de desenvolvimento.

 

Uma outra Grazi também se desligou hoje. Esta, veio para São Paulo gravida comprar o enxoval dos gêmeos que esperava, até que eles nasceram prematuros na cidade. “Os bebês precisaram de acompanhamento e ela acabou ficando por aqui. Hoje, eles já têm três anos e nós os acompanhamos desde pequenos. No encerramento do ciclo, ela nos contou que decidiu ficar em São Paulo e voltou a estudar”, celebra. Sem conseguir falar, por causa da emoção, Grazi trouxe escrita uma carta de agradecimento a todos do IC e pediu para sua técnica de referência, Nayara, fazer a leitura que gerou ainda mais emoção em todos presentes. 

 

E, por fim, Kátia relembra também a trajetória da família de Délia, que veio da Bolívia para o Brasil há 11 anos. “Ela chegou até nós por conta de sua filha, que tem Síndrome de Down. Sem muitas informações sobre a doença, ela também engravidou durante o período que ficou conosco e, depois dos atendimentos, estão todos bem encaminhados e com muitos planos para o empreendimento familiar que está iniciando”, afirma.

 

Entre as muitas conquistas, agora o PAF já planeja o próximo ciclo de encerramento e, claro, a recepção das novas oito famílias que vão adentrar ao projeto – e com mais histórias para contar e objetivos para celebrar!

Áreas de atendimentoCidadania em RedeServiços IC

Acessos, direitos e aprendizados no Educação em Rede

Iniciado em 2017, o projeto Educação em Rede, patrocinado pelo Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo, tem como objetivo potencializar o desenvolvimento de crianças e adolescentes com dificuldades escolares, cujas famílias estejam em situação de risco ou vulnerabilidade social. “A gente faz atendimento de reforço escolar e psicológico para os alunos e também atendimento social e psicológico para as famílias e responsáveis”, diz Talita Lima, líder do projeto.

 

Os alunos chegam ao projeto encaminhados pelas escolas parceiras ou até mesmo pela busca direta das famílias. “Quando a gente fala de dificuldade escolar, a gente fala tanto de dificuldades pedagógicas, como ler e escrever, quanto dificuldades no quesito de comportamento, como evasão, ansiedade e timidez”, esclarece a líder.

 

Em tempos de pandemia, muitas escolas até forneceram material para as mães e pais orientarem seus filhos em casa, entretanto estes não possuem habilidades técnicas para conduzir essas atividades e, muitos, inclusive, nem acesso à internet que permita a construção do vínculo escolar. “O projeto já era muito necessário, pois nem sempre a escola consegue ter um olhar atento e individual com todos os alunos. Além disso, muito daquilo que o aluno apresenta dentro da sala de aula está relacionado com o contexto familiar dentro de casa – e a escola não tem ferramentas suficientes para acessar essa história”, diz a líder. 

 

Viviane de Paula, pedagoga do projeto, diz que os trabalhos desenvolvidos no reforço escolar não substituem a escola e sim complementam. “Procuramos entender as dificuldades individuais de cada criança e conduzir de maneira intencional à autonomia para resolução de suas questões, sempre utilizando os recursos de escrita e leitura”, conta. A pedagoga também celebra que muitas crianças que participaram da primeira turma deste ano, saíram compreendendo o sistema de escrita e leitura: “A gente acredita que a linguagem é a porta para compreensão de todas as outras disciplinas e mundo. E temos expertise para isso”.

 

A líder, por exemplo, conta a história de um menino de 7 anos que chegou ao Projeto ainda sem frequentar a escola (por conta da pandemia) e sem estar alfabetizado. “Com a gente, ele já reconhece o alfabeto sozinho. Agora, ele escreveu uma carta para o Papai Noel dizendo que a meta dele é aprender a ler e escrever até o fim do ano”, comemora Talita – que reforça também a importância do próprio aluno reconhecer seu avanço e se sentir estimulado com ele.

 

Já Kátia Souza, assistente social do projeto, também menciona as conquistas de direitos que as famílias têm acesso a partir dos atendimentos: “Nos atendimentos, eu identifico as problemáticas e o contexto social dessa família e, a partir daí, encaminho para a rede, UBS, defensoria pública…”. Ela conta a história de uma mãe que chegou ao projeto com o filho, que estava recebendo reclamações da escola. “Mesmo reticente, eu a orientei a buscar uma UBS e o clínico encaminhou para o neurologista. Eu fiz toda a mediação com o posto de saúde e, depois dos exames feitos, o médico identificou que ele tem uma deficiência intelectual leve. Com esse laudo, a gente está aguardando para passar na perícia do INSS”.

 

“É significativo e perceptível que o nosso trabalho é reconhecido também pelas famílias. Elas conseguem identificar os avanços das crianças e a nossa conquista é justamente torná-las aptas para poder continuar em seu ciclo de série e idade e, principalmente agora no retorno às escolas”, diz Viviane, que completa: “Acreditamos que além de conteúdos, é necessário repensar essas crianças que estão voltando para suas interações com questões muitas vezes sérias que precisam ser olhadas e trabalhadas antecipadamente. O nosso trabalho busca ver essa totalidade e proporcionar a interação entre elas, com atividades que façam sentido para que sintam-se capazes e autônomas em seu desenvolvimento, reverberando também em sua vida escolar”. 

 

Por fim, Kátia celebra: “As conquistas são diárias. Muitas vezes, a família não sabe os direitos que ela possui como cidadã. E, quando a gente explica isso, eles conseguem criar autonomia e fazer essa busca” – conquistas de um trabalho de conscientização e com um olhar atento para cada um dos atendimentos.

Aniversário ICGestão de Pessoas

Chegaram os 10 anos do Instituto C!

Quando comecei a pensar na ideia de trabalhar com algo que eu pudesse contribuir para o mundo no meu dia a dia, realmente não tinha ideia do que eu estava projetando, mas sempre me comovi muito com a desigualdade social que vivemos e tinha algo muito forte que me movia para fazer alguma coisa.

Conheci a Dra. Vera Cordeiro e comecei a estruturar toda essa ideia com o apoio de muita gente, muita mesmo. Originalmente, o Instituto C chamava-se Saúde Criança São Paulo e atuava como uma franquia social que usava uma metodologia multidisciplinar para atender famílias com crianças doentes a terem mais autonomia e qualidade de vida. Começamos atendendo 5 famílias, depois 10, 15….

Com o passar dos anos, a organização foi crescendo e ganhando maturidade, e eu também.

Expandimos a nossa atuação, aumentamos consideravelmente o número de pessoas atendidas, e consequentemente a equipe e voluntários do Instituto C; e nesse ano tivemos a oportunidade incrível de ampliar o nosso trabalho para a comunidade Minas Gás. Hoje são 360 famílias atendidas por mês, mais ou menos 1.500 pessoas.

Nesses 10 anos, aprofundamos muito o nosso conhecimento sobre o trabalho em rede, encaminhamento de demandas e trabalhamos com muito acolhimento e escuta atenta para ouvir as histórias de cada família atendida.

Mas o que acho mais impressionante é o Instituto C ser tão necessário justamente quando ele completa 10 anos.

Infelizmente, desde que nasci, nosso país nunca esteve tão desigual, com tanta gente passando fome, sem acesso à educação, aumento da violência doméstica, com muitos direitos violados e isso se reflete na lista de espera que temos de mais de 80 famílias que procuram desesperadas por nosso trabalho.

Então, meu desejo para os 10 anos do Instituto C é que a gente possa dar conta logo dessa lista de espera, e que possamos também oferecer o nosso trabalho a cada vez mais pessoas – pensando na sustentabilidade de forma integral, começando pelo bem-estar da nossa equipe (porque fazer os atendimentos não é moleza), na expansão do trabalho para outras comunidades com um crescimento estruturado.

Acesso à informação, acolhimento e autonomia são fundamentais para todo cidadão. Que a gente possa juntos oferecer isso para toda família em vulnerabilidade que precise de atendimento para conhecer e acessar seus direitos.

Um muito obrigada  especial a cada um que faz o Instituto C existir, vocês fazem toda a diferença!

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Equipe e conselho se reúnem para planejamento estratégico

Desde agosto, o Instituto C está debruçado na elaboração do planejamento estratégico para os próximos cinco anos da organização. “Estamos caminhando para um momento de expansão do nosso trabalho. A minha expectativa é que o Instituto C consiga ampliar em escala o número de famílias que atende”, introduz Diego Schultz, Diretor Administrativo do Instituto C.

 

Em 2018, foi realizado um planejamento para os três anos seguintes do Instituto: 2018, 2019 e 2020. A elaboração das próximas estratégias, no início de 2021, se deu junto à pandemia do coronavírus, que passou a ser a prioridade naquele momento. “Tivemos que focar em todos os desafios e mudanças que a pandemia trouxe para a nossa realidade. Agora, nesse segundo semestre, voltamos o nosso olhar para as futuras estratégias do Instituto C e, junto ao conselho, decidimos pensar nos próximos cinco anos”, afirma Diego.

 

Para isso, uma consultoria externa especializada em planejamento deu todo o suporte para a condução do processo. Para Francisco Fortes, membro do conselho de administração do Instituto C, esses momentos de pausas são essenciais, não só em organizações, como também na vida pessoal. “A gente vive rotinas tão intensas que paradas para reflexões sobre o futuro são essenciais para a gente entender onde queremos chegar”, diz Francisco, que é empresário e participa da organização há quatro anos.

 

Após uma imersão nos documentos do Instituto C, a primeira fase do planejamento consistiu em olhar para fora, identificando as ameaças e oportunidades que o atual contexto apresenta para o Instituto. “Primeiro, observamos o cenário macroeconômico, político e social em que estamos inseridos. Esse encontro inicial foi online e contou com a presença de toda a equipe do IC, conselho e alguns parceiros”, explica Diego.

 

Já a segunda etapa, também virtual, foi um olhar para dentro, construindo uma espécie de linha do tempo e identificando também percepções sobre o papel essencial do Instituto, bem como expectativas e primeiras ideias de como responder aos desafios que se apresentam. “A forma como a consultoria conduziu os debates foi muito interessante e ajudou para a ampla participação de todos. A equipe valoriza muito o conselho e isso nos aproxima, né? É muito importante”, afirma Francisco.

 

A partir desses encontros, uma devolutiva da consultoria foi feita e apresentada para todas as pessoas envolvidas no processo. A partir de imersões com grupos selecionados, será feito um codesenho de direcionamento estratégico e metas para os próximos cinco anos. “Com tudo muito bem definido, podemos criar um plano estratégico para chegar onde queremos – com objetivos para os próximos dois, três, quatro e cinco anos”, afirma Diego sobre o planejamento, que entrará na etapa final em novembro.

 

“Todo o processo para esse planejamento foi muito rico porque tivemos a participação de todas as pessoas envolvidas. Tivemos ali quem realmente conhece o Instituto e essa troca foi incrível. Me surpreendeu muito o alinhamento de visão sobre os desafios e sobre o que a gente precisa fazer para crescer”, comemora Francisco. Mas, afinal, onde o Instituto C quer estar daqui cinco anos? Para Diego, a expectativa é grande e o objetivo é claro: “Queremos atender mais famílias, ampliar os nossos trabalhos, mas manter a essência do Instituto, que é o aprofundamento dos atendimentos e a escuta cuidadosa. Nosso desafio é crescer em escala e manter a qualidade”, finaliza.

Aniversário IC

Do início ao futuro é o último episódio da série de lives

No dia 13 de outubro, aconteceu o nono e último episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado “Do início ao futuro”, a conversa contou com a presença de convidados especiais que marcam a trajetória do Instituto até aqui: Letícia Tavares, primeira funcionária do Instituto C, Marina Mendonça, Presidente do Conselho Administrativo, Flávia Almeida, Analista Administrativa Financeira, e Diego Schultz, Diretor Administrativo. “O Instituto C. comemorou 10 anos neste 12 de outubro e vai ser muito bom retomar um pouco de toda essa história com pessoas envolvidas e responsáveis por todo nosso desenvolvimento”, introduz Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do Instituto C.

 

Quem abriu o bate-papo foi Letícia, relembrando o início do trabalho do Instituto – que teve (e ainda tem) muita mão na massa. “A gente fazia de tudo, de colar adesivo na parede até atender as famílias, sempre de uma forma muito prazerosa”, disse. A primeira funcionária também comentou sobre o processo de criação dos vínculos com as pessoas, um dos primeiros desafios.

 

Dois anos após a fundação, em 2013, as áreas estavam já mais estruturadas e os atendimentos mais bem alinhados. “Foi um processo muito generoso para todo mundo, e de muita aprendizagem tanto dos voluntários, quanto dos profissionais contratados”, contou Letícia lembrando também do conselho que esteve presente desde o início do Instituto C: “Foi essencial para as nossas escolhas acertadas e isso é um diferencial”.

 

Na sequência, Flávia, que trabalha no Instituto há oito anos, se juntou à conversa e também falou sobre o seu início: “Eu não tinha experiência nenhuma no terceiro setor. Eu não sabia como era trabalhar com propósito”, disse a atual Analista Administrativa Financeira.

 

Entre mudanças – de posicionamento de marca e de espaço físico, o Instituto C. cresceu. Até que Letícia decidiu seguir por outros desafios e, após um breve hiato de seis meses, chegou o Diego, assumindo o cargo de Diretor Administrativo – um dos primeiros homens de toda a equipe. “Lembro de chegar no espaço e achá-lo incrível! Minhas primeiras impressões foram ótimas. De cara, encontrei uma organização muito bem estruturada para crescer ainda mais”, comentou.

 

Com experiências também no terceiro setor, mas muito para o lado empresarial, Diego contou sobre a sua surpresa ao se deparar com o conselho do Instituto C. “Minha primeira reunião com eles foi muito leve, e não como costuma ser em outros lugares cheio de portes, diretrizes e críticas. Eram pessoas reunidas a fim de ajudar”, disse. “O conselho é um dos nossos diferenciais desde o início”, completou Vera.

 

Na sequência, Marina também entrou na conversa para dar continuidade ao assunto. Presidente do Conselho Administrativo, ela reforçou a importância de se ter uma escuta atenta ao longo dos anos. “O desenvolvimento constante de uma boa relação e interação entre o conselho e a equipe é o que mais me move”, disse.

 

Entre chuvas e alagamentos, festas e celebrações, o papo seguiu com mais lembranças desses 10 anos do Instituto C. Diego destacou também o aprofundamento e a qualidade do trabalho realizado, Marina falou sobre o crescimento sustentável dos projetos e da própria equipe e Vera sobre a preocupação e suporte para cuidar também do cuidador. “É daqui que eu tiro o meu ganha pão, onde eu me realizo profissionalmente e realizo meus sonhos pessoais. Eu tenho muito orgulho de fazer parte disso. A gente sonha muito alto e a gente costuma alcançar! Vida longa ao IC é o que eu desejo”, disse Flávia.

 

Finalizando o bate-papo, Diego falou sobre transformação: “Para mim, o Instituto tem muito a ver com essa palavra, ele dá a oportunidade de transformação para famílias. A gente vê que, depois de serem impactadas, elas continuam em uma crescente”.

 

Vera reforçou o valor dessa transformação. “A gente só consegue transformar a realidade das famílias em si se a gente transforma a vida das famílias que as atendem. O grupo como um todo é quem faz o Instituto C.”, concluiu.

 

O bate papo seguiu por mais de uma hora, cheio de histórias e lembranças, e você pode rever tudo na nossa página no Instagram. Acesse agora mesmo, clicando aqui!

 

As lives aconteceram no Instagram do Instituto C (@instituto.c) e contaram

com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Diretora Executiva e Fundadora do Instituto C, foi a responsável por conduzir estas conversas.

Assista ao episódio 1 | O começo de tudo | Clique aqui
Assista ao episódio 2 | Encontros que fortalecem | Clique aqui
Assista ao episódio 3 | Apoio que faz a diferença | Clique aqui
Assista ao episódio 4 | Costurando relações | Clique aqui
Assista ao episódio 5 | Desenvolvendo Capacidades e Potencialidades | Clique aqui
Assista ao episódio 6 | Construindo Futuros | Clique aqui
Assista ao episódio 7 | Um olhar especial | Clique aqui
Assista ao episódio 8 | Expandindo para aproximar | Clique aqui
Assista ao episódio 9 | Do início ao futuro | Clique aqui