Quando mandei meu currículo e fui chamada para participar do processo seletivo para ser estagiária do Instituto C, não conhecia o universo das ONGs nem imaginava como seria e o que era trabalhar no terceiro setor, pois minha primeira e única experiência até aquele momento era em empresa.
Fui aprovada e, em novembro de 2013, me integrei a pequena equipe do Instituto C. Pequena apenas em quantidade de pessoas na equipe, mas lá trabalhavam mulheres gigantes, inteligentes, profissionais, fortes, dispostas, cheias de empatia, amor ao próximo e paixão pela causa do projeto, e sem dúvida foi essa convivência que agregou para minha formação como ser humano, mulher e profissional.
Como estagiária, eu atuava auxiliando nas rotinas administrativas financeiras, em compras, fazia a montagem e entrega de kits de benefícios entregues para as famílias e controle do estoque.
A cada oportunidade fui me dedicando e me aperfeiçoando. Na base da confiança e de treinamento, eu abracei a oportunidade e segui o meu caminho. Fui promovida a auxiliar administrativo no meu último ano de faculdade e, depois a assistente. Hoje, sou analista e integro a equipe administrativa- financeira, auxílio nas rotinas de RH, sou responsável pelo time de voluntários, atuo na gestão financeira dos projetos, fazendo as prestações de contas e também sou responsável pela manutenção da sede e do polo de atendimento que temos na comunidade.
Aqui no Instituto C, já vivenciei muitos momentos marcantes, que foram super importantes e que levarei pra sempre em minha memória. Conheci e conheço diariamente histórias de luta, força e superação que me toca muito como ser humano. Outro ponto que me marca muito é a bagagem dos profissionais que integram a equipe. É de se admirar a inteligência, a articulação, a troca e o trabalho dos profissionais de todas as áreas e funções.
Em um artigo não seria possível detalhar de fato toda minha vivência no Instituto C, que é muito intensa, desafiadora e gratificante. Lidar com pessoas e ter a responsabilidade de ocupar o cargo que ocupo é um grande desafio. Falar de 2020 e 2021 sem levar em consideração o impacto da pandemia não tem como…. trabalho, home office, filho, casa, marido, estudos. Foi tudo um enorme desafio, mas o que seria da minha vida sem eles? Com certeza, não seria quem eu sou hoje.
E, para finalizar, quero falar um pouco do trabalho do IC na vida das nossas famílias. Meu olhar por de trás disso, como alguém que está ali nos bastidores e não na linha de frente, é que nosso trabalho é movido por um propósito. Nosso lucro é ver vidas transformadas por meio dos nossos atendimentos, da acolhida, escuta atenta, vínculo, orientação, encaminhamentos e rodas de conversa. É motivador e faz com que eu sinta que estamos caminhando para a direção certa.
Como eu sempre digo, meu desejo é que o IC cresça a cada dia, para alcançarmos ainda mais famílias em situação de vulnerabilidade social e para manter pessoas empregadas e gerar ainda mais empregos. É por meio do crescimento e sucesso da organização que eu me concretizo pessoalmente, conquistando meus sonhos lá fora. Sou muito grata por estar junto nesta caminhada e pela existência desse projeto tão transformador, que inspira quem passa e orgulha muito quem faz parte.