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A história da Joana

Joana dos Santos Lima é paraibana e chegou a São Paulo há vinte anos com seu primeiro marido. Na capital paulista, engravidou de Natan, hoje com 17 anos. Quando o filho completou cinco anos, o casal se separou. Depois de um tempo, Joana conheceu João Paulo. Do relacionamento, nasceu uma menina, Laura, em 3 de junho de 2017.

 

Com uma gravidez tranquila e acompanhada pelo obstetra, Joana não passou por nada de anormal nessa fase. No entanto, assim que Laura nasceu na Santa Casa de São Paulo, foi diagnosticada a síndrome de Down. A mãe se surpreendeu, pois a aparência do bebê não denunciava isso. Os olhos amendoados, característicos da doença, eram parecidos com os do pai, mas os exames comprovavam o diagnóstico. João Paulo preocupou-se com a notícia, pois tinha medo de que a filha não pudesse andar nem falar. A médica logo explicou que a menina não corria esse risco e o casal deixou o hospital mais confiante.

 

Tudo corria bem até que, cinco meses após o nascimento de Laura, uma tragédia abalou a família. Um grave acidente de carro tirou a vida de João Paulo, aos 34 anos. Joana sofreu demais, mas não abandonou o tratamento da filha. No primeiro retorno pediátrico de Laura após a morte do pai, o médico se sensibilizou com o drama da mãe, que agora tinha que cuidar dos filhos sozinha apenas com o salário de atendente, sua profissão na época. “O doutor foi muito prestativo. Chamou a assistente social da Santa Casa e pediu que ela nos encaminhasse ao Instituto C”, conta Joana.

 

A reviravolta na família não foi maior porque Giovana, uma das filhas de João Paulo, veio morar com a madrasta. Foi uma ajuda imprescindível para que Joana continuasse a trabalhar e para que Laura não parasse com a fisioterapia duas vezes por semana, bem como com as idas à creche. “Eu só consigo licença no trabalho para as consultas da Laura com o cardiologista e o oftalmologista. Se não fosse por Giovana, não sei como seria”, desabafa Joana.

 

Além disso, ela nos conta que o apoio do Instituto C foi primordial não só nas despesas com remédios, fraldas e alimentação, mas também na parte dos atendimentos, principalmente na área psicológica. “Eu já tinha uma ideia do trabalho incrível do IC por meio de mães que fazem tratamentos de seus filhos na Santa Casa, mas não imaginava a abrangência do PAF, o projeto de Plano de Ação Familiar. Até orientação sobre os direitos sociais de minha filha eu obtive”, conta, emocionada. E ela continua: “Sem falar nas palestras a que assisto nos dias de atendimento. Chego sempre em casa cheia de novidades para contar aos meus filhos que, por sinal, sempre que podem vêm comigo. Aqui se aprende e também se diverte. É sem dúvida um lugar abençoado”.

 

Joana encontra-se em estágio avançado dentro do PAF, projeto que atende famílias, em sua maioria compostas por mães que são chefes de família, que possuem crianças com doenças crônicas ou graves. Em breve, ela vai encerrar seu ciclo de atendimentos, podendo prosseguir cuidando de si e da sua família com muito mais autonomia.

 

Apoie famílias como a da Joana:

 

Por meio da ajuda de madrinhas e padrinhos que acreditam no nosso trabalho, conseguimos dar conta dos itens emergenciais básicos que entregamos às famílias atendidas, como alimentos, fraldas, fórmulas nutricionais infantis e remédios que o SUS não fornece, além do atendimento multidisciplinar. Tendo em vista o crescimento dos nossos atendimentos, atualmente as nossas doações cobrem 70% deste projeto. Ajude agora e faça parte dessa transformação social! CLIQUE AQUI

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Rodas de conversa de novembro focam a Educação

Com qual escola nós sonhamos? A partir dessa questão, as equipes do projeto PAF – Plano de Ação Familiar e Educação em Rede se uniram agora em novembro para falar sobre a importância da educação como direito ao cidadão e o ambiente escolar para as famílias que atendemos.

 

As crianças, adolescentes e suas famílias se reuniram no espaço da biblioteca do Instituto C, onde foi montado um cine pipoca com a exibição do filme Educação.doc – Diretor de Harmonia | Episódio 2, que retrata por meio de documentário e entrevistas diferentes experiências e visões a respeito do sistema educacional no Brasil, seus problemas e necessidades e também a construção de caminhos para a transposição desses obstáculos visando a construção de uma educação mais eficiente, humana e inclusiva.

 

Cada vez mais educadores, pais e alunos são chamados a pensar sobre as questões-chave que permeiam o processo de aprendizagem dentro do ambiente escolar, que é a relação interpessoal, a participação ativa da família além de reflexões sobre as principais causas de problemas criados por situações de violência dentro desse ambiente.

 

Tanto por meio do vídeo quanto pela conversa dos técnicos dos projetos, as famílias que estiveram nesses encontros foram convidadas a repensar sobre o sistema vigente da educação no nosso país e também sobre a sua relação com esse sistema, já que o foco do encontro era promover o sentimento de participação para que juntos possamos transformar um sistema mais rígido em um sistema muito mais democrático quando todos podem e devem contribuir com a escola que sonhamos.