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A história da Joselma

Joselma Galdino da Costa (43) é natural de Natal, no Rio Grande do Norte. Acompanhando o esforço dos pais para cuidar dos oito filhos, aos 16 anos parou de estudar e resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro para trabalhar e ajudar no sustento da família. A tia que a recebeu logo lhe conseguiu um emprego de babá, com direito a moradia.  Após três anos, um primo, que morava em São Paulo, lhe falou sobre um casal, dono de restaurante, que precisava de alguém de confiança para cuidar de suas duas meninas. “O salário era bem melhor, daria para mandar mais dinheiro aos meus pais”, conta Joselma, que decidiu arrumar as malas e, desde então, vive na capital paulista.

 

Morando no emprego, ela pouco saia, mas um dia conheceu Olívio. Foram viver juntos e tiveram dois filhos, Edvan, hoje com 20 anos, e Letícia, agora com 18. A união não deu certo, em pouco tempo Joselma se viu sozinha com as crianças. “A ironia é que eu tinha que pagar uma creche de período integral para os meus filhos enquanto cuidava dos filhos dos outros”, relembra. Depois de seis anos da separação, seu primo lhe apresentou um amigo, 17 anos mais jovem do que ela. “Eu não pensava mais em me relacionar com ninguém, nem tempo eu tinha para isso. Só que Jonas mexeu comigo, nos apaixonamos e resolvemos morar juntos”. O sonho de Jonas era ser pai. Já Joelma tinha filhos adolescentes e estava totalmente envolvida no trabalho, engravidar não fazia parte de seus planos. No entanto, a insistência do companheiro a convenceu. A primeira gravidez, em 2017, foi interrompida de forma natural aos quatro meses. Devido à curetagem, os médicos da Santa Casa de São Paulo a alertaram para não ficar grávida antes de um ano. “Não consegui evitar. Seis meses depois descobri que iria ser mãe novamente”.

 

Apesar de ter ficado um mês de repouso, a gestação correu bem. Nessa época Joselma cuidava de uma criança autista, trabalhou até os sete meses de gravidez, quando um dia sentiu dores na barriga. Após o expediente desse dia seguiu para a Santa Casa onde foi feito um ultrassom. O médico decidiu interná-la, pois o bebê estava em sofrimento. “Foi tudo muito rápido. No dia seguinte, 27 de abril de 2018, Miguel nasceu de cesariana. Fiquei em choque quando o vi, ele era muito pequenininho, pesava 1 quilo e 800 gramas. Meus outros filhos nasceram com mais de 3 quilos”. Tranquilizada pela equipe da pediatria, Joselma entendeu que era devido ao baixo peso que o menino ficaria na UTI. Três dias depois ela teve alta, mas o que viria pela frente transformou definitivamente sua história.

 

Levada à UTI neonatal uma equipe médica a esperava. A pediatra explicou que o bebê nasceu com síndrome de Down. Joselma conta que na hora até sentiu certo alívio, pois supunha ser algo pior.

 

Os primeiros cinco meses de vida de Miguel foram complicados, pois devido aos pulmões malformados e ao problema de comunicação interventricular (quadro em que existe uma espécie de buraco entre os dois lados do coração), foi preciso inúmeras internações, que o obrigavam a ficar entubado o tempo todo. Para agravar, Joselma já não estava mais com Jonas e entrou em depressão profunda, quase não comia, praticamente se arrastava para acompanhar o filho, pois não tinha quem fizesse isso por ela. “Não sei como encontrei forças para cuidar sozinha de nós quatro. Meus filhos maiores ajudavam a comprar alimentos, mas eles ganham muito pouco, e meus parentes do Nordeste, para os quais eu sempre mandei dinheiro, são tão necessitados quanto eu”. Impossibilitada de trabalhar, devido ao tratamento de seu caçula, à base de medicamentos fortíssimos que a deixavam prostrada, Joselma pediu demissão. Sem o salário, não pode mais pagar o aluguel do local em que viviam. Letícia e Edvan, seus filhos mais velhos, foram morar com os namorados e ela e o bebê Miguel, com uma amiga.

 

Diante do cenário de sofrimento de Joselma, os médicos da Santa Casa a encaminharam para o Instituto C. “Foi o melhor presente que já recebi. Assim que contei minha história para a equipe de atendimento fui inserida em seu projeto PAF – Plano de Ação Familiar”. Desde então, ela vem sendo auxiliada na medicação de alto custo de Miguel, que não é fornecida pelo SUS. Além disso, todo mês ela recebe o leite especial da criança, fraldas e uma cesta básica. O pessoal da renda tem lhe orientado para que os poucos recursos da família sejam bem aplicados e as assistentes sociais lhe mostraram o caminho para conseguir benefícios, como bilhete único. E Joselma tem progredido muito em suas conversas com as psicólogas do IC. Sente-se mais forte física e emocionalmente e tem plena certeza que em breve voltará a trabalhar e retomar sua missão de sustentar os pais. “Estou aprendendo a ter calma, afinal isso tudo é só uma fase de minha vida, daqui a pouco passa. Graças a vocês não me sinto mais abandonada. A verdade é que toda vez que venho aqui, saio renovada, cheia de esperança. O Miguel adora o pessoal da recreação, brinca feliz, é até difícil convencê-lo a ir embora. Sem falar nas novas amizades que fiz com mães que enfrentam dramas tão sérios quanto os meus. Rimos e choramos juntas, o que nos dá ânimo de seguir em frente”.

 

Agora, com um ano e cinco meses, finalmente Miguel foi liberado pelos médicos para frequentar a creche. Os tratamentos continuam regularmente (fonoaudiólogo e fisioterapia) e os cuidados da mãe têm sido fundamentais para o fortalecimento do pequeno. “A alimentação dele é super saudável, mantenho a casa o mais limpa possível e arejada para que sua asma e alergia não piorem. Não descuido um minuto de meu menininho. Tem dado certo. As internações na Santa Casa estão cada vez mais espaçadas”, comemora Joselma.

 

Apoie famílias como a da Joselma:

 

Por meio da ajuda de madrinhas e padrinhos que acreditam no nosso trabalho, conseguimos dar conta dos itens emergenciais básicos que entregamos às famílias atendidas, como alimentos, fraldas, fórmulas nutricionais infantis e remédios que o SUS não fornece, além do atendimento multidisciplinar. Tendo em vista o crescimento dos nossos atendimentos, atualmente as nossas doações cobrem 70% deste projeto. Ajude agora e faça parte dessa transformação social! CLIQUE AQUI

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A história da Joana

Joana dos Santos Lima é paraibana e chegou a São Paulo há vinte anos com seu primeiro marido. Na capital paulista, engravidou de Natan, hoje com 17 anos. Quando o filho completou cinco anos, o casal se separou. Depois de um tempo, Joana conheceu João Paulo. Do relacionamento, nasceu uma menina, Laura, em 3 de junho de 2017.

 

Com uma gravidez tranquila e acompanhada pelo obstetra, Joana não passou por nada de anormal nessa fase. No entanto, assim que Laura nasceu na Santa Casa de São Paulo, foi diagnosticada a síndrome de Down. A mãe se surpreendeu, pois a aparência do bebê não denunciava isso. Os olhos amendoados, característicos da doença, eram parecidos com os do pai, mas os exames comprovavam o diagnóstico. João Paulo preocupou-se com a notícia, pois tinha medo de que a filha não pudesse andar nem falar. A médica logo explicou que a menina não corria esse risco e o casal deixou o hospital mais confiante.

 

Tudo corria bem até que, cinco meses após o nascimento de Laura, uma tragédia abalou a família. Um grave acidente de carro tirou a vida de João Paulo, aos 34 anos. Joana sofreu demais, mas não abandonou o tratamento da filha. No primeiro retorno pediátrico de Laura após a morte do pai, o médico se sensibilizou com o drama da mãe, que agora tinha que cuidar dos filhos sozinha apenas com o salário de atendente, sua profissão na época. “O doutor foi muito prestativo. Chamou a assistente social da Santa Casa e pediu que ela nos encaminhasse ao Instituto C”, conta Joana.

 

A reviravolta na família não foi maior porque Giovana, uma das filhas de João Paulo, veio morar com a madrasta. Foi uma ajuda imprescindível para que Joana continuasse a trabalhar e para que Laura não parasse com a fisioterapia duas vezes por semana, bem como com as idas à creche. “Eu só consigo licença no trabalho para as consultas da Laura com o cardiologista e o oftalmologista. Se não fosse por Giovana, não sei como seria”, desabafa Joana.

 

Além disso, ela nos conta que o apoio do Instituto C foi primordial não só nas despesas com remédios, fraldas e alimentação, mas também na parte dos atendimentos, principalmente na área psicológica. “Eu já tinha uma ideia do trabalho incrível do IC por meio de mães que fazem tratamentos de seus filhos na Santa Casa, mas não imaginava a abrangência do PAF, o projeto de Plano de Ação Familiar. Até orientação sobre os direitos sociais de minha filha eu obtive”, conta, emocionada. E ela continua: “Sem falar nas palestras a que assisto nos dias de atendimento. Chego sempre em casa cheia de novidades para contar aos meus filhos que, por sinal, sempre que podem vêm comigo. Aqui se aprende e também se diverte. É sem dúvida um lugar abençoado”.

 

Joana encontra-se em estágio avançado dentro do PAF, projeto que atende famílias, em sua maioria compostas por mães que são chefes de família, que possuem crianças com doenças crônicas ou graves. Em breve, ela vai encerrar seu ciclo de atendimentos, podendo prosseguir cuidando de si e da sua família com muito mais autonomia.

 

Apoie famílias como a da Joana:

 

Por meio da ajuda de madrinhas e padrinhos que acreditam no nosso trabalho, conseguimos dar conta dos itens emergenciais básicos que entregamos às famílias atendidas, como alimentos, fraldas, fórmulas nutricionais infantis e remédios que o SUS não fornece, além do atendimento multidisciplinar. Tendo em vista o crescimento dos nossos atendimentos, atualmente as nossas doações cobrem 70% deste projeto. Ajude agora e faça parte dessa transformação social! CLIQUE AQUI

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Rodas de conversa de novembro focam a Educação

Com qual escola nós sonhamos? A partir dessa questão, as equipes do projeto PAF – Plano de Ação Familiar e Educação em Rede se uniram agora em novembro para falar sobre a importância da educação como direito ao cidadão e o ambiente escolar para as famílias que atendemos.

 

As crianças, adolescentes e suas famílias se reuniram no espaço da biblioteca do Instituto C, onde foi montado um cine pipoca com a exibição do filme Educação.doc – Diretor de Harmonia | Episódio 2, que retrata por meio de documentário e entrevistas diferentes experiências e visões a respeito do sistema educacional no Brasil, seus problemas e necessidades e também a construção de caminhos para a transposição desses obstáculos visando a construção de uma educação mais eficiente, humana e inclusiva.

 

Cada vez mais educadores, pais e alunos são chamados a pensar sobre as questões-chave que permeiam o processo de aprendizagem dentro do ambiente escolar, que é a relação interpessoal, a participação ativa da família além de reflexões sobre as principais causas de problemas criados por situações de violência dentro desse ambiente.

 

Tanto por meio do vídeo quanto pela conversa dos técnicos dos projetos, as famílias que estiveram nesses encontros foram convidadas a repensar sobre o sistema vigente da educação no nosso país e também sobre a sua relação com esse sistema, já que o foco do encontro era promover o sentimento de participação para que juntos possamos transformar um sistema mais rígido em um sistema muito mais democrático quando todos podem e devem contribuir com a escola que sonhamos.

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Capacitação com educadores aconteceu no Instituto C

No dia 25 de outubro, a convite da equipe do Projeto Primeira Infância, educadores das creches parceiras Sagrada Família, Pinocchio III e Pinocchio IV participaram de capacitações nas áreas da Nutrição, Psicologia e Assistência Social, orientadas pela equipe técnica do projeto.

 

Durante todo o período da manhã, com o intuito de promover a importância de um olhar atento às questões que abrangem o período da primeira infância, dentro e fora do ambiente escolar, os convidados participaram de atividades, dinâmicas e palestras, além de poderem tirar dúvidas e trocar ideias, já que o encontro também visava o intercâmbio profissional entre educadores de diferentes unidades de ensino.

 

O Projeto Primeira Infância, que tem o apoio do Instituto Samuel Klein, visa não só a capacitação de profissionais que atuam nas creches parceiras, como também diagnósticos, criação de indicadores, encaminhamentos e atendimentos multidisciplinares que focam nas crianças e suas famílias.

 

As dinâmicas desse dia exploraram as questões ligadas ao universo infantil, de modo que os participantes pudessem experimentar de forma prática e lúdica como o poder da interação transforma e renova as relações e promove o bom desenvolvimento de bebês e crianças.

 

Partindo do princípio de que é na primeira infância que ocorrem as questões mais importantes ligadas ao desenvolvimento dos sujeitos, a equipe do projeto compilou tópicos fundamentais dentro das áreas de atendimento com o intuito de capacitar e tirar dúvidas específicas dos educadores presentes.

 

No final das atividades, todos esboçaram uma grande satisfação pelo dia de aprendizados e pela energia de todos, confirmando mais uma vez que atuar na área da educação reclama muita força de vontade e também muito amor.

 

Saiba mais sobre o Projeto Primeira Infância: CLIQUE AQUI

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Bate-papo sobre empreendedorismo social

No dia 24 de outubro, na sede do Instituto C, foi promovido um encontro com interessados pelo terceiro setor cujo tema abordou a trajetória da fundadora do IC, Vera Oliveira, desde a fundação da ONG. Na ocasião foram abordados temas como, questões jurídicas para formalização de organizações sociais, elaboração e gestão de projetos, captação de recursos e outros assuntos que permeiam as principais dúvidas de quem pretende empreender na área social.

 

Vera contou que, “desde muito jovem, quando entrei para o mundo corporativo, sempre ficou em mim o sentimento de fazer algo para melhorar a vida das pessoas, mas até conhecer a atuação da Associação Saúde Criança, no Rio de Janeiro, eu não tinha exatamente um norte nesse sentido”.

 

Os presentes ficaram sabendo que o Instituto C, originalmente Saúde Criança São Paulo, nasceu do contato entre a Vera Oliveira com a Associação Saúde Criança do Rio de Janeiro, uma organização social que atende famílias em situação de vulnerabilidade social que possuem crianças com doenças crônicas ou graves, focando na melhora tanto do tratamento dessa criança quanto nas condições de sua família. Para promover o nascimento do Instituto C, Vera expôs aos presentes do encontro que esse tipo de trabalho realizado no Rio de Janeiro fez com que ela ficasse muito interessada, já que é um atendimento assistencial que abarca não só a criança, mas a família como um todo.

 

O PAF – Plano de Ação Familiar, foi, portanto, o primeiro projeto comentado no bate-papo, já que, como foi o primeiro projeto realizado pelo Instituto C, com sua metodologia licenciada pela Associação Saúde Criança, ele sinalizou o começo de toda a etapa de gestão, captação e estruturações diversas do Instituto C.

 

Além disso, temas da captação de recursos como editais, fundos governamentais e a Nota Fiscal Paulista foram comentados para que os presentes tivessem uma noção mais ampla de como a administração de organizações sociais pode ser alavancada, tendo saúde financeira suficiente para a continuidade e expansão dos projetos que promove.

 

No final, todos puderam tirar dúvidas mais específicas e trocar ideias que certamente são sementes que podem gerar novos projetos dentro do universo do terceiro setor.

 

O Instituto C promove periodicamente palestras, encontros e bate-papos sobre os diversos temas que compõem o trabalho no terceiro setor. Quer promover algum encontro na nossa sede? Envie um e-mail para contato@institutoc.org.br e conte-nos mais sobre a sua ideia!

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A história da Andreia

Andreia (32), mãe de Myllena (14) e Mellyssa (2), conheceu aos 18 anos o pai das meninas, Jefferson, com quem vive há quinze anos. Encontraram-se pela primeira vez quando ela ainda cursava o segundo grau – ele era irmão de um amigo de seu grupo de dança na escola. Quando se casaram, Jefferson trabalhava como motorista de van escolar e por um ano e meio tudo correu bem na vida dos dois até que começaram a passar sérios problemas financeiros com o afastamento de Jefferson do emprego. Por anos, Andreia e seus pais tomaram a frente na criação de Myllena.

Com a vida um pouco mais estável, Andreia parou de tomar suas injeções de anticoncepcional e engravidou novamente. Tudo parecia normal após o nascimento de Mellyssa, sua nova filha, mas, com um mês de idade, a pequena teve uma gripe e os pais a levaram de volta à maternidade. Ali, constataram que a bebê também estava com icterícia e a encaminharam para o banho de luz. Por dias Mellyssa ficou em observação no Hospital de São Miguel Paulista. E com o prognóstico de ser algo mais grave do que uma bronquiolite, os médicos resolveram transferir a criança para a Santa Casa de São Paulo. Na nova internação, foram feitos vários exames para descobrir de onde vinha seu tom amarelado e o resultado da biópsia hepática mostrou que a criança havia contraído o citomegalovírus, além de possuir má formação genética nas vias biliares. O quadro ocasionou o início de cirrose hepática, o que solicitava uma intervenção cirúrgica de urgência.

Com a realização dessa cirurgia, a pequena pode voltar para casa. Porém, depois de dois meses, o hepatologista que a acompanhava achou melhor continuar o tratamento. Isso porque seus exames apresentavam novas alterações. Em cinco meses a cirrose evoluiu novamente e assim foi preciso interná-la na UTI devido ao sangramento nas fezes.

Foi nesse período que a família, aflita pela condição de saúde de Mellyssa, e pelos problemas financeiros que voltou a enfrentar, foi encaminhada ao Instituto C pela Santa Casa, em agosto de 2017. “A assistente social do hospital me disse que havia uma ONG que poderia nos auxiliar com várias questões, além de fornecer a medicação de minha filha. Aquilo foi uma bênção, pois, com a doença de Mellyssa, não consegui mais trabalhar, e meu marido, devido a problemas com sua documentação, não tinha emprego fixo”, lembra Andreia.

Orientada pela equipe do PAF – Plano de Ação Familiar, projeto do Instituto C –, Andreia conseguiu o bilhete especial de transporte, bem como receber do INSS os benefícios para a filha e a normalizar os documentos do marido. Para ela, essa ajuda, que incluiu ainda cesta básica, leite e fraldas, contou bastante, mas o que mais lhe agrada no Instituto C é a acolhida de todas as equipes: psicólogas, assistentes sociais, nutricionistas, analistas de renda, entre outras.

Em 2019, Andreia doou seu fígado à filha: “não foi fácil acompanhar o drama da Mellyssa, mas ela nasceu para renovar nossa vida. Meu marido tornou-se um novo homem, mais carinhoso, prestativo, um paizão. Seu mundo é a sua família. Dou graças a Deus por tudo”, emociona-se a mãe. Nesse período, porém, a cicatriz do transplante obstruiu o intestino de Mellyssa, que teve que enfrentar sua terceira cirurgia. Mais fortes e confiantes, os pais não se deixaram abater. “Contamos com o apoio psicológico do Instituto C e sua valiosa doação dos remédios imprescindíveis para a não rejeição do órgão transplantado. Sem esse amparo, nossa vida seria muito mais difícil”, diz ela.

Hoje em dia, em estágio avançado dentro do ciclo de atendimentos do PAF, a família encontra-se com outra visão de mundo e muito mais engajada para as conquistas dentro e fora de casa. “A gente se sente à vontade conversando com eles no Instituto C. Aprendi muito nesses dois anos de atendimento. Todos passaram a fazer parte da minha família. Foi triste ficar três meses longe devido à minha convalescência da retirada do fígado. Ainda bem que estou ótima e pude retomar nosso contato”, conclui Andreia, que em breve começará seu curso gratuito de manicure, indicado pelo Instituto C.

Apoie famílias como a da Andreia:

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Brincar é um direito da criança

Você sabia que brincar é um direito da criança?

 

Na continuidade do ciclo de atendimentos de setembro do PAF – Plano de Ação Familiar, projeto do IC que atende famílias em vulnerabilidade social que possuem crianças com doenças crônicas ou graves, a técnica mediadora das rodas de conversa do mês, a assistente social Priscilla, trouxe para as famílias o tema do brincar, sua importância no desenvolvimento infantil e as nuances desse assunto dentro do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

 

Foi frisado para os participantes que o principal atributo das atividades lúdicas na infância é a sua relação com o desenvolvimento da comunicação e os ganhos positivos que a criança tem na relação interpessoal. É nos primeiros estágios do crescimento que as brincadeiras exercem um papel fundamental na constituição do indivíduo, que aos poucos aprende a entender a sua comunicação com os outros e assim vai desenvolvendo capacidades psicológicas que o integram à sociedade.

 

Ainda, os presentes ficaram sabendo que existe no nosso país o “direito de brincar”, o que na verdade se traduz em resoluções asseguradas pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Assim, foi possível tratar desse tópico, que aponta o direito à liberdade e à dignidade como pessoas humanas em desenvolvimento, compreendendo, dentre vários itens, os aspectos do brincar, praticar esportes e divertir-se. E além disso, os deveres dos pais e responsáveis em relação a esses direitos.

 

Como pais e responsáveis, todos devem possibilitar que seus filhos tenham pleno acesso a equipamentos públicos ou privados direcionados a atividades de lazer. A participação familiar no processo das brincadeiras é parte do direito de brincar, e, portanto, havendo a necessidade, os responsáveis podem e devem se unir para reivindicar às administrações das cidades em que vivem para que reformem ou criem equipamentos e espaços públicos de lazer em seus bairros.

 

E como o processo da brincadeira não acontece apenas com crianças, a assistente social Priscilla propôs a todos uma atividade para reflexão, quando os presentes participaram do jogo das emoções: alguém retirava uma carta contendo o nome de alguma emoção e tentava passar essa mensagem por meio da mímica, enquanto isso os outros deveriam adivinhar sobre qual emoção estava sendo tratado. Surpresos com as suas próprias capacidades de expressar emoções por meio de gestos, os participantes aprenderam na prática os benefícios do processo lúdico.

 

Para a Priscilla, “Sempre é possível arranjar maneiras diferentes de brincar, independentemente da idade! É preciso potencializar o que nos faz bem”!

 

Quer conhecer mais sobre os direitos das crianças? CLIQUE AQUI e acesse agora mesmo o conteúdo oficial do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.

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Fechamento de ciclo do Educação em Rede

No dia 10 de outubro, o ciclo 3 do projeto Educação em Rede, que tem o apoio do Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo, chegou ao final! A equipe do projeto preparou uma tarde repleta de conversas e dinâmicas além de uma confraternização com comes e bebes para todos. Os ciclos de atendimentos têm duração de oito semanas antes de cada a avaliação, sendo que dentro de cada área, como psicologia, serviço social e educação, os atendimentos são individuais e complementares.

 

A agenda desse encontro envolveu uma experiência sobre os 5 sentidos para interpretar os mais diversos estímulos e informações que as crianças e adolescentes captam, ressaltando que a leitura do mundo antecede a escrita e o quanto é necessário estar atento às diferentes formas de se comunicar e de aprender.

 

As famílias presentes também participaram de uma roda de conversa, para que pudessem significar em conjunto todas as trajetórias dentro do projeto, trocando ideias, conquistas e desafios. Foi um momento muito rico para que, a partir das reflexões e aprendizados construídos nesse percurso, todos pudessem esboçar um comparativo positivo entre o modo como entraram no IC e como estão hoje, pensando sobre o futuro e sobre os novos caminhos que pretendem trilhar em suas vidas.

 

No final da atividade foram entregues certificados de participação para as crianças, reforçando suas conquistas na participação do projeto.

 

O Projeto Educação em Rede foi iniciado em 2017 e tem como principal objetivo atender encaminhamento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social que recebem queixas escolares para potencializar o desenvolvimento destes em relação às dificuldades escolares, promovendo o fortalecimento dos vínculos familiares e o acesso aos seus direitos. Além disso, o projeto pretende construir articulações entre a escola, a família e a rede socioassistencial. Os atendimentos englobam as áreas da psicologia, serviço social e educação. Também são realizadas rodas de conversa periódicas que trazem temáticas que se relacionam com as áreas e as demandas das famílias.

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A história da Ana Cecília

Ana Cecília nasceu em Recife e em 1984 mudou-se para São Paulo com a família. Ela e Daniel, seu primeiro namorado, tiveram três filhas, Daniela Cristina, Queren e Késia, que, a partir dos dois meses de idade, teve broncopneumonias e outros problemas de saúde. Só quando ela completou nove anos é que se descobriu a origem de seus problemas: a diabetes. Ainda assim, passaram-se dois anos até que a família finalmente conseguisse o tratamento adequado no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas.

 

Ana Cecília engravidou novamente e teve que interromper os processos de capacitação na área da saúde que havia iniciado para cuidar da nova gestação. Em 2008, Ana Vitória nasceu e após apresentar problemas respiratórios ficou internada na UTI e, lá mesmo, contraiu uma bactéria, o que lhe causou meningite. “Saí da maternidade arrasada, esperando o pior para minha filha”.

 

Ana Vitória se desenvolveu fisicamente dentro da normalidade. Porém, sempre apresentou problemas no seu desenvolvimento comportamental, já que quase não dormia e tampouco deixava os outros dormirem. Levada a vários neurologistas, nenhum descobria a causa de sua agitação. Só em 2015 foi fechado o diagnóstico: autismo.

 

Sozinha, já que havia se separado, e com duas filhas que solicitam muita atenção, Ana Cecília segue há tempos uma agenda rigorosa para que as consultas de uma não coincidam com as consultas da outra. Em 2017, Késia, com 17 anos, piorou muito e precisou de várias internações. “Eu ficava desesperada. Muitas vezes ela tinha alta de manhã e à noite precisávamos voltar para o hospital”, lembra ela. Sem entender a situação, Ana Vitória não se conformava em ficar longe da mãe, dando muito trabalho à irmã mais velha, que era a responsável pela casa nessas situações. No limite de suas forças, um dia Ana Cecília teve um ataque de nervos junto ao leito de Késia, que por sua vez não parava de vomitar sangue. Assustadas com o descontrole da mãe da paciente, as enfermeiras a acalmaram e a encaminharam para o Instituto C. “Realmente eu precisava muito de ajuda. Estava carregando o mundo sozinha nas minhas costas. Para sustentar as meninas, sempre que podia, fazia bicos de babá ou de cuidadora de idosos, mas nunca era o suficiente. Minha vida tinha virado um inferno”, desabafa.

 

Sem saber exatamente sobre todos os benefícios que teria no IC, Ana Cecília se surpreendeu pela abrangência de atendimento da ONG. Já no primeiro atendimento ela recebeu cesta básica e leite, inclusive o zero lactose para a Késia. “Cheguei em casa feliz. Ana Vitória também era uma alegria só. Abraçada às caixas de leite, ela dizia: ‘Nunca mais vou ficar sem leitinho.’” Percebendo as dificuldades da mãe em encontrar no SUS os remédios tarja preta das duas filhas, estes logo foram providenciados pela equipe do PAF – Plano de Ação Familiar, projeto no qual a família estava inserida.

 

Ana Cecília chegou completamente depressiva ao Instituto C. No início, não conseguia falar, só chorava. Aos poucos, acompanhada pela equipe da psicologia, ela foi se fortalecendo. Hoje, é outra pessoa, está sempre atenta às orientações das assistentes sociais, das nutricionistas e das equipes da renda e da educação. “Aprendi a economizar e a organizar minhas despesas mensais. Isso ajudou muito a melhorar minha vida. É reconfortante saber que posso contar com o Instituto C para esclarecer minhas dúvidas. Aqui todos são maravilhosos, há sempre um abraço apertado para nos incentivar”.

 

Acompanhada de Késia e Ana Vitória, Ana Cecília há dois anos não perde um atendimento no Instituto C. Para as três, é um momento precioso, já que elas aprendem, fazem amizades, se divertem, desabafam e ganham confiança para enfrentar o que vier pela frente.

 

Apoie famílias como a da Ana Cecília:

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Bate-papo marcou nova fase do PAF

No dia 23 de agosto foi realizado um encontro na sede do Instituto C com o intuito de divulgar para parceiros o novo escopo para encaminhamentos de famílias ao PAF – Plano de Ação Familiar. A partir de agora, com os novos critérios estabelecidos, no desejo de ampliar a rede parceira e os atendimentos realizados, qualquer entidade governamental ou não, além de pessoas físicas, podem identificar potenciais famílias para inclusão no ciclo de atendimentos do PAF.

 

O PAF – Plano de Ação Familiar, primeiro projeto realizado pelo Instituto C, tem sua metodologia licenciada pela Associação Saúde Criança e acontece desde 2011 em parceria com hospitais públicos da cidade de São Paulo. Ele tem como principal objetivo atender famílias de crianças e adolescentes que apresentem alguma doença grave ou crônica e que vivam em situação de vulnerabilidade social. O ciclo de atendimentos do projeto abrange as áreas da nutrição, psicologia, renda, educação e serviço social. Além disso, as famílias atendidas recebem uma cesta básica, fórmulas nutricionais e remédios que o SUS não fornece.

 

A partir de agora, o PAF inicia uma nova fase, recebendo famílias não só de hospitais públicos, como também por meio de indicações de outros parceiros, famílias que já passaram pelo ciclo de atendimentos ou mesmo famílias que conheceram o projeto de alguma forma e que se enquadram no perfil de atendimento.

 

Para Vera Oliveira, fundadora e gerente geral do IC “este é um momento muito importante, já que marca não só uma evolução estrutural do projeto, atendendo às demandas da rede socioassistencial, como também a ampliação do PAF, que agora vai atender ainda mais famílias”.

 

Você conhece famílias em situação de risco social que tenham uma criança ou adolescente em tratamento de doença grave ou crônica? Indica pra gente!

Basta a família comparecer na sede do IC das 10h às 16h, de 2ª a 5ª feira, ou agendar uma triagem pelo WhatsApp (11) 98172-6567 ou pelo telefone (11) 3459-1885. O Instituto C fica na Rua General Jardim, 633, 9º andar – Vila Buarque – São Paulo. CLIQUE AQUI para ser direcionado à página do PAF e conheça mais detalhes do projeto.