Doação

Marketing de Causa – onde todos saem ganhando!

O marketing de causa é algo que vem ganhando cada vez mais espaço entre os empresários – e que bom! A ação é uma modalidade de parceria, onde é atrelado um valor social aos produtos e serviços vendidos pelas empresas. “Sinto que é uma das grandes tendências de parceria entre empresas e organizações sociais. É uma ação simples de realizar e não  envolve um investimento financeiro inicial, ou seja, qualquer empresa pode realizar. Além disso, é uma oportunidade para as empresas começaram a se apropriar mais dessa responsabilidade de investir no social para minimizar as desigualdades do nosso país”, introduz Paloma Costa (na foto), responsável pela área de Parcerias do Instituto C.

Desde 2019, o Instituto C  realiza algumas parcerias nesse sentido, aproveitando datas como o dia das crianças, por exemplo. “Uma ação permanente que temos é com a marca de roupas infantis Souris, fundada pela Flávia Duarte uma das nossas voluntárias. Desde o início, ela decidiu que sua marca teria a responsabilidade social em seu DNA, por isso, direciona 2% de todas as suas vendas para o Instituto C, atribuindo um valor social à marca”, conta Paloma. A responsável também cita uma outra parceria com o De Betti esse ano, no Dia do Hambúrguer (28/05): “Eles dedicaram todo o lucro da venda dos hambúrgueres desse dia para o Instituto C. O restaurante e os pedidos no delivery lotou, foi um sucesso!”.

Além destas, o Instituto C  fechou parceria com a Verbena Flores, durante todo o mês de junho, por conta do Dia dos Namorados. Já no segundo semestre estará com a La Pastina, em uma grande ação para comemorar os 75 anos da empresa. “Percebemos que é bacana estipular uma data, seja ela comercial como Dia das Mães, ou importante para a empresa, como um aniversário, para esse tipo de ação”, complementa.

Paloma também afirma que diversas pesquisas apontam que ações desse tipo alavancam as vendas. “Os consumidores tendem a preferir produtos que geram impacto social ao invés de outros que apenas geram lucro. Essa associação de marcas com causas sociais acaba sendo também uma estratégia de marketing para as empresas”, acrescenta. “Hoje não é só a qualidade do produto ou o desejo do consumidor em obtê-lo que importam. É preciso pensar também no impacto ambiental, na governança e na responsabilidade social de uma marca, assuntos que compõem a agenda ESG que tanto se fala atualmente. Uma empresa que ignora isso, vai ficar excluída do mercado porque tanto os investidores quanto os consumidores estão muito mais conscientes para essas questões”, reflete Paloma.

Sendo assim, o marketing de causa é uma ótima oportunidade para uma empresa fortalecer a marca e fidelizar clientes, unindo seus produtos e serviços com projetos que geram impactos sociais. Quer fazer parte disso tudo? Entre em contato conosco pelo WhatsApp 11 94581-9225 para pensarmos juntos em uma campanha que ajude a sua marca e os nossos assistidos.

Áreas de atendimento

Cidadania em Rede e o impacto da pedagogia

Uma das maiores novidades de 2022 foi a união de três projetos do Instituto C – Educação em Rede, Primeira Infância e Plano de Ação Familiar – em um único, o Cidadania em Rede. Nessa nossa fase, um dos atendimentos que ganha ainda mais destaque são os relacionados à pedagogia – que tem impacto em diversas áreas da vida da criança, e sua família. “Agora, os atendimentos são como um braço do Educação em Rede, mas com algumas novidades, como a avaliação psicológica e a totalidade dos encontros presenciais”, introduz Talita Lima, coordenadora do Cidadania em Rede.

O foco dos atendimentos, claro, é a criança e o seu fortalecimento como cidadã, melhorando suas relações com a família e escola, e potencializando sua perspectiva de desenvolvimento. “Nós trabalhamos em torno da promoção da vida dessa criança. Já com os pais, o trabalho é de despertar novamente um olhar mais afetivo através de diálogos para despertar na família esse papel de protetor e de agente de promoção para a vida da criança”, explica Evoli Santos, pedagoga do projeto.

Para Paloma Araújo, estagiária de pedagogia, o ambiente dos atendimentos funciona como uma troca: “Quando a gente se coloca no lugar daquela criança, a gente consegue ter um olhar mais sensível e efetivo para o caso”. A profissional lembra de crianças que chegaram para os atendimentos com um possível diagnóstico e, no entanto, era preciso um estímulo mais afetivo para despertar as potências do indivíduo.

“A partir do momento que o Chris começou aqui no Instituto C, ele desenvolveu bastante, tanto na escola quanto no comportamento dentro de casa. Já consigo perceber um bom avanço. Até o jeitinho dele mudou, sabe?”, relata Gisele Deloste, mãe do Christian.

Os atendimentos de pedagogia são semanais e sempre no horário oposto à escola. “Quando a família busca pelo atendimento, a gente faz uma avaliação inicial – pedagógica e psicológica – para entender se a criança, de fato, precisa daquilo que a família está dizendo. A partir daí, as técnicas dizem se ela vai para o reforço escolar ou psicológica”, explica Talita.

Os profissionais também lembram que uma área que tem demandando bastante nesse início de projeto é a articulação com a escola que, muitas vezes, não tem braço suficiente para um olhar individualizado para os alunos. “A escola às vezes identifica uma dificuldade e, por conta de muitas crianças e falta de recursos, eles não veem o que é. O que falta é tempo, conversa e um olhar mais específico e afetivo para o desenvolvimento dessa criança”, finaliza Evoli, reforçando sempre que o trabalho é uma constante parceria entre escola e família – pensando na criança em conjunto com todos esses fatores.

Áreas de atendimento

Nutrição: como as orientações impactam a vida das famílias

Entre as diversas orientações que as famílias recebem ao participarem dos projetos do Instituto C estão as relacionadas à alimentação. Saúde Emocional e Nutricional, inclusive, é um dos núcleos de atendimento do Cidadania em Rede. O trabalho das profissionais inclui desmistificar o tema e dar dicas práticas para que consigam melhorar seus hábitos alimentares. “Muitas famílias acreditam que a nutrição vai de alguma forma problematizar o que elas têm em suas casas, mas nosso objetivo é o contrário”, afirma Silmara Souza do projeto.

A nutricionista explica que a equipe se utiliza de figuras e imagens didáticas de fácil compreensão para mostrar que é possível utilizar os itens básicos para melhorar o hábito – como a substituição de temperos industrializados por naturais, que já é muito benéfica. “Assim, as famílias têm se mostrado bem mais tranquilas quando mostramos que com o que elas têm em sua casa­­ – ­alimentos adquiridos de acordo com o poder aquisitivo de cada – podemos melhorar nossos hábitos alimentares de forma saudável e tranquila”, acrescenta.

No Plano de Ação Familiar, o PAF, não é diferente. “As orientações são sempre baseadas no Guia Alimentar da População Brasileira, que é um material inclusivo e leva em consideração as diversas culturas e condições, sem se utilizar dos sensacionalismos que vemos por aí”, conta Ana Paula Hümmel, nutricionista do projeto. “A oferta de ultraprocessados que se dizem saudáveis é enorme e dificulta muito o trabalho, além das informações equivocadas que a internet vende como chás emagrecedores, gominhas para o cabelo e dietas milagrosas. O primeiro trabalho é desmistificar tudo isso”, completa.

Já as informações para as crianças recebem ainda mais atenção – já que a seletividade alimentar é muito presente no Transtorno do Espectro Autista, por exemplo. “Eu entendo a demanda e necessidade de cada família e encaminho para os serviços adequados”, diz Ana.

Aos poucos, as famílias vão ganhando mais consciência alimentar e mudando seus hábitos. “A observação das mudanças é mais difícil quando se tem uma abordagem mais humanizada, como o nosso caso, mas tenho retornos muito positivos. Algumas felizes porque passaram a se alimentar melhor e sentiram diferença no dia a dia, outras porque o filho está comendo bem – e para mim não tem notícia melhor que essa”, celebra Ana, que também lembra uma situação positiva: “Tive recentemente o retorno de uma família que a responsável perdeu 5 quilos. Ela disse que não sabia que poderia ter uma alimentação mais saudável tão fácil assim, que eu era uma nutricionista diferente”.

E, claro, a alta dos preços tem dificultado a aquisição não só de alimentos como também a sua diversificação. “Estamos trabalhando com o que pode ser adquirido por preços mais acessíveis, como as carnes suínas, aves e ovos. Também estamos com o foco para ensinar as famílias aproveitarem os alimentos de forma integral, como preparações de hortaliças não desprezando cascas de alguns alimentos em refogados ou sucos”, conta Silmara.

Partindo do princípio que é um privilégio poder escolher o que se vai comer, as orientações não pretendem vilanizar os alimentos ultra processados, já que muitas vezes são eles em que a família tem acesso – mas pensar em opções que possam ajudar no equilíbrio. “Saber onde fica a feira mais próxima, buscar o horário da xepa, aprender técnicas de armazenamento para que os alimentos durem mais, variar os preparos desses ingredientes, como dos ovos por exemplo… Tudo isso já são mudanças positivas nos hábitos alimentares de todos”, finaliza Ana.