Voluntariado

Voluntário – os benefícios do voluntariado

Você sabia que existe um dia para celebrar os voluntários? Sim, o dia 28 de agosto é comemorado o Dia Nacional do Voluntariado, que foi estabelecido por meio da Lei nº 7.352/1985. 

Essa data reconhece e enfatiza a dedicação daqueles que oferecem seu tempo, esforço e habilidades de maneira não remunerada para beneficiar interesses sociais e comunitários.

Ser voluntário pode envolver uma ampla gama de atividades, como trabalhar em abrigos de animais, servir refeições em um centro de alimentação, oferecer tutoria para crianças, participar de campanhas de conscientização, realizar atividades de limpeza e preservação do meio ambiente, ajudar em hospitais, e muito mais.

Se você gostaria de conhecer as atividades de voluntariado do instituto C, clique aqui! 

Voluntariado

O voluntariado é uma maneira importante de fortalecer as comunidades, promover a empatia e a compreensão entre as pessoas e construir um mundo mais justo e solidário. Muitas organizações sem fins lucrativos e grupos comunitários dependem do trabalho voluntário para atingir seus objetivos, já que nem sempre têm os recursos financeiros para contratar pessoal pago.

Ser voluntário não apenas beneficia as pessoas ou causas que estão sendo apoiadas, mas também pode proporcionar uma sensação de realização pessoal, crescimento, desenvolvimento de habilidades, oportunidades de networking e uma maior conexão com a sociedade em geral. 

De acordo com a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021, 56% da população adulta no Brasil diz fazer ou já ter feito alguma atividade voluntária na vida. O número de voluntários ativos também é bem expressivo: são cerca de 57 milhões de brasileiros comprometidos com atividades voluntárias.

O que diz a Lei do Voluntário?

A Lei do Voluntariado no Brasil é a Lei nº 9.608, promulgada em 18 de fevereiro de 1998. Essa lei estabelece as diretrizes e regulamentações relacionadas ao trabalho voluntário no país. Ela define o voluntariado como a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social.

 Essa lei tem o propósito de incentivar e regulamentar o trabalho voluntário no Brasil, proporcionando um ambiente seguro e adequado para a atuação de voluntários em diversas áreas de interesse social.

Alguns pontos importantes da Lei do Voluntariado incluem:

  • Caráter Voluntário: o trabalho voluntário é caracterizado por ser realizado de maneira espontânea, sem que haja qualquer forma de pagamento ou remuneração.
  • Termo de Adesão: a lei prevê que o voluntário e a entidade onde ele irá atuar devem celebrar um termo de adesão, que estabelece as condições e responsabilidades das partes envolvidas.
  • Limite de Jornada: a lei define que a jornada do voluntário não pode ser superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais, caso o voluntariado seja exercido no mesmo local onde o voluntário trabalha.
  • Não Geração de Vínculo Empregatício: o trabalho voluntário não cria qualquer vínculo empregatício entre o voluntário e a organização, sendo uma atividade prestada por vontade própria e sem finalidade lucrativa.

Benefícios do voluntariado

O voluntariado desempenha um papel crucial no fortalecimento das comunidades e na promoção do bem-estar social. O Dia Nacional do Voluntariado é uma maneira de reconhecer e agradecer aos voluntários por suas contribuições desinteressadas e dedicadas.

 Ser voluntário traz uma variedade de benefícios pessoais, sociais e até profissionais.

A sensação de contribuir para uma causa maior e fazer a diferença na vida de outras pessoas ou comunidades pode proporcionar um profundo senso de realização e propósito.

Além disso, estudos mostram que o voluntariado está associado a um menor nível de estresse, redução do risco de depressão e maior bem-estar emocional. A sensação de fazer algo positivo pelos outros pode melhorar sua saúde mental. Uma pesquisa da Harvard Health afirmou que o corpo libera uma espécie de “analgésico natural do cérebro” quando você se voluntaria ou faz algo de que gosta. As endorfinas criam uma sensação de bem-estar.

 Outro estudo, publicado no Journal of Happiness Studies, também descobriu que as pessoas que se voluntariam são mais felizes do que aquelas que não o fazem. Com base em informações de aproximadamente 70.000 indivíduos no Reino Unido, pesquisadores identificaram que pessoas que se engajaram em atividades voluntárias no ano anterior relataram maior satisfação em suas vidas em comparação com aqueles que não participaram como voluntários. Além disso, esses indivíduos também avaliaram sua saúde geral como estando em um estado melhor.

 Por fim, aceitar uma oportunidade de trabalho voluntário também pode ter um impacto positivo na redução dos níveis de depressão. Estudos científicos demonstraram que o envolvimento em atividades voluntárias resulta em uma diminuição da taxa de depressão, particularmente entre pessoas com mais de 65 anos. Assim, o ato de se voluntariar traz benefícios significativos para os idosos.

 Cada ato voluntário, por menor que possa parecer, contribui para a construção de um ambiente mais empático e colaborativo, lembrando-nos constantemente de que, juntos, temos o poder de criar mudanças significativas e duradouras. 

Portanto, engajar-se como voluntário não é apenas uma ação de caridade, mas um investimento no futuro coletivo, onde cada esforço se acumula para criar um impacto positivo maior do que poderíamos imaginar!

Seja um voluntário IC!

Seja um voluntário do Instituto C e faça parte da nossa história! Nossos setores de voluntariado incluem montagem e distribuição de benefícios, brinquedoteca, logística de atendimentos, psicoterapia para as famílias assistidas dos projetos, nota fiscal paulista e outras áreas vinculadas às nossas demandas de atendimentos de acordo com suas habilidades. Envie um email para voluntario@institutoc.org.br e participe!

Serviços IC

Primeira Infância – A importância de investir nos primeiros anos de vida

A Primeira Infância compreende o período que vai desde o nascimento até os seis anos de idade. É uma fase crucial no desenvolvimento humano, caracterizada por um rápido crescimento físico, emocional, cognitivo e social.

Investir nos primeiros anos de vida é de extrema importância, pois é nesse período que o cérebro da criança está em constante formação e é mais receptivo ao aprendizado. 

São vários os estudos científicos que mostram que as experiências vividas durante a Primeira Infância têm um impacto profundo e duradouro na vida adulta. Segundo o Centro de Pesquisa Aplicada à Primeira Infância habilidades como a linguagem, a capacidade de resolução de problemas, a sociabilidade e a capacidade de se adaptar a novas situações são desenvolvidas nos primeiros anos de vida. 

Pensando em tudo isso, em junho deste ano, o Senado aprovou o projeto de lei pelo qual o Mês da Primeira Infância será comemorado em agosto. O PL 2.034/2021 prevê a promoção de conscientização sobre a importância da atenção integral às gestantes, às crianças e suas famílias em todo o território nacional.

No Instituto C, possuímos um núcleo de atendimento chamado desenvolvimento infantil com foco total às crianças na primeira infância, buscando sempre favorecer o seu desenvolvimento pleno.

Mas, afinal, o que é a Primeira Infância?

De acordo com o Ministério da Saúde, do Governo Federal do Brasil, a Primeira Infância é o período que vai desde a concepção do bebê até os 6 anos de idade. Segundo o órgão e muitas pesquisas já realizadas, a fase é crucial para o desenvolvimento do ser humano, caracterizada por um rápido crescimento físico e cerebral, bem como pelo desenvolvimento emocional, social e cognitivo da criança.

A ciência tem verificado que as vivências experimentadas durante a Primeira Infância, desde o período gestacional, impactam diretamente na constituição do indivíduo que a criança se tornará. Essa etapa representa uma oportunidade ímpar para que o sujeito desenvolva todo o seu potencial. “Quanto mais cedo se investir no desenvolvimento da criança, maior será o retorno para ela própria e para a sociedade”, afirma o NCPI.

Assim, tudo aquilo que é vivido durante a Primeira Infância – tais como as experiências positivas ou negativas vivenciadas e compartilhadas, especialmente, com seus progenitores, familiares e cuidadores em geral – moldam o ser humano do futuro.

5 Motivos para investir nos primeiros anos de vida

Deu para perceber que investir na Primeira Infância é benéfico não só para a criança, como para a sociedade no geral. O estímulo apropriado traz vantagens, que variam desde o aumento da habilidade intelectual, favorecendo o desempenho escolar e reduzindo os índices de repetência e evasão, até a formação de adultos preparados para enfrentar os desafios cotidianos. 

Quer mais motivos para investir nos primeiros anos de vida?

Impacto no desenvolvimento cerebral

Durante os primeiros anos de vida, o cérebro da criança passa por um rápido processo de crescimento e formação de conexões neurais. 

Investir nessa fase possibilita estímulos adequados, que contribuem para o desenvolvimento cerebral saudável e aquisição de habilidades fundamentais.

Base para habilidades futuras

As experiências vividas na Primeira Infância têm um efeito profundo e duradouro na formação da personalidade, do comportamento e do aprendizado ao longo da vida. Investir nessa fase permite estabelecer bases sólidas para o desenvolvimento integral da criança.

Promoção da saúde e bem-estar

O investimento nos primeiros anos de vida está diretamente relacionado à saúde física e emocional das crianças. Cuidados adequados nesta fase podem prevenir problemas de saúde a longo prazo e promover o bem-estar emocional e social.

Redução das desigualdades sociais

Investir na Primeira Infância é uma forma eficaz de combater as desigualdades sociais, pois proporciona igualdade de oportunidades desde o início da vida. Crianças que recebem estímulos adequados têm mais chances de alcançar seu potencial máximo, independentemente de sua origem social.

Economia de recursos a longo prazo

Investir nos primeiros anos de vida pode gerar retornos significativos para a sociedade a longo prazo. Crianças que recebem uma educação de qualidade e cuidados apropriados têm maior probabilidade de se tornarem adultos produtivos e auto suficientes, reduzindo a necessidade de gastos com serviços sociais e de saúde no futuro.

Direitos das crianças: quais são os principais?

As crianças têm direitos reconhecidos internacionalmente e protegidos por convenções e declarações específicas. Um dos documentos mais importantes nesse contexto é a Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989.

Entre os direitos das crianças, estão o direito à educação, saúde, proteção contra o trabalho infantil, contra o preconceito, contra a violência, abuso e exploração, à liberdade de expressão e ao convívio familiar.

A garantia da existência desses direitos é uma responsabilidade compartilhada entre a sociedade, o Estado, a família e os indivíduos. 

O Estado tem a responsabilidade primordial de assegurar a proteção, promoção e respeito aos direitos das crianças por meio da elaboração e implementação de políticas públicas adequadas, leis e regulamentações que garantam sua aplicação.

Os governos devem investir em educação, saúde, proteção social e outros serviços essenciais para crianças. Porém, a sociedade, e não só a família, incluindo organizações não governamentais, comunidades e indivíduos, também têm um papel importante na proteção dos direitos das crianças.


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Adolescentes: a importância de um olhar integral também aos irmãos das crianças com deficiência 

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História de Mulheres

Histórias de mulheres (Milena e Kelly) – Episódio 2

De tempos em tempos, ciclos se encerram no Instituto C e nos fazem lembrar de olhar para trás e enaltecer as histórias de conquistas dessas famílias. Pensando nisso, criamos a série “Histórias de Mulheres” no blog do IC, que traz memórias daquelas que ainda estão com o Instituto, ou já finalizaram seus ciclos, e que com força de vontade alcançaram seus objetivos e inspiram outras a fazerem o mesmo.

Milena e Kelly, ambas atendidas pela pedagoga Lualinda Toledo, são algumas das mulheres que agora seguirão seus caminhos sem os nossos atendimentos, mas com autonomia, coragem, resiliência e determinação fortalecidas aqui dentro.

 “Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça, é preciso ter sonho sempre. Quem traz na pele essa marca possui a estranha mania de ter fé na vida” (Maria, Maria – Elis Regina) 

História de Mulheres

Milena Valentim Souza

Milena e seu filho Luã começaram seus atendimentos no Instituto C em julho de 2021, quando foram encaminhados por uma Unidade Básica de Saúde.

Luã tem o diagnóstico de paralisia cerebral, microcefalia e infecção por citomegalovírus – todos que já haviam sido identificados durante a gestação. Devido a atrasos intelectuais e motores, ele tinha pouca interação social.

Ela, formada em Turismo, parou de trabalhar para se dedicar a cuidar de Luã. Emocionalmente abalada,  na época, enfrentava questões em seu relacionamento e  contava apenas com o suporte de sua mãe e avó. No entanto, ao longo do tempo, pudemos observar o potencial admirável de Milena.

Milena se mostrou determinada em seguir nossas orientações, buscando formulários e relatórios médicos necessários, o que possibilitou a conquista do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e a obtenção dos medicamentos necessários para o cuidado do pequeno. Além disso, fizemos encaminhamentos para parceiros que proporcionaram tratamentos especializados, como o cuidado da visão e o fornecimento de um aparelho para melhorar a postura de Luã.

Com perseverança e dedicação, Milena obteve muitos avanços e se fortaleceu. Ela se mostrou cada vez mais independente e sem precisarmos orientá-la, já corria atrás das soluções necessárias por conta própria. Como mãe, demonstrou um engajamento exemplar em garantir o melhor para o desenvolvimento de seu filho.

Mesmo que ele ainda não estivesse na idade obrigatória para frequentar a creche, incentivamos a ideia de educação inclusiva, e Milena, resistente no início por medo e insegurança, passou a entender a importância desse ambiente para o crescimento social e cognitivo de seu filho.

Em um período de tantas tristezas, a melhor coisa que me aconteceu foi conhecer o Instituto. Antes de chegar ao IC, eu me sentia perdida e não reconhecia nosso lugar no mundo. Aqui, ouvi tantos depoimentos que me fortaleceram e me esclareceram. Eu só tenho a agradecer”, disse Milena no dia do encerramento de seus atendimentos.

Kelly Cristina Silva do Prado

Kelly chegou à nossa instituição emocionalmente abalada. Seu filho Arthur nasceu com síndrome de Down, uma surpresa para ela – que já enfrentava o luto pela perda de outro bebê, que faleceu aos seis meses de idade devido a uma síndrome rara. A gestação de Arthur também foi considerada de alto risco, e, embora tenha sido acompanhada, a síndrome de Down não havia sido diagnosticada previamente, o que trouxe um novo desafio para ela.

Eles chegaram até o Instituto C por indicação de uma outra família, que conhecia nosso trabalho. Ao chegar, Kelly já buscava uma vaga na APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, e obteve outras conquistas durante o tempo que ficou conosco, como o apoio fonoaudiólogo, o Auxílio Brasil e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para Arthur.

Além disso, compreendemos que Kelly precisava de apoio psicológico externo, e realizamos o pedido para que ela pudesse ser acompanhada por um profissional especializado. Nossos esforços se estenderam não apenas a Arthur, mas também ao seu filho mais velho, Cauã, que passou a participar de conversas e atividades adolescentes, graças a um olhar mais integral para a família.

 Há dois anos, quando eu cheguei, eu estava em um momento muito difícil psicologicamente… Eu chorava em quase todos os atendimentos. O Instituto me auxiliou em tudo – do psicólogo, tendo alguém de confiança para conversar, ao financeiro, nas orientações para as conquistas dos direitos que eu possuía. Foi muito bom esse período, foi uma experiência muito, muito boa”, celebrou Kelly também em seu encerramento.

São apenas duas narrativas emocionantes e inspiradoras dentre inúmeras que atravessam o Instituto C, enchendo-nos de orgulho e sensação de dever cumprido. Ansiamos pelas próximas histórias que virão!


Com sua ajuda, levamos mais autonomia e qualidade de vida a famílias em vulnerabilidade social. Clique Aqui e faça sua doação!