Sem categoria

A história da Sabrina

BOLETIM DE APADRINHAMENTO – MARÇO 2019 – A HISTÓRIA DA SABRINA

 

Foi num prédio de ocupação irregular no centro de São Paulo que Sabrina e sua mãe encontraram um espaço para morar em 2013. Logo, Sabrina, na época com 19 anos, conheceu Wesley, se apaixonou e engravidou dele. “Tenho pânico de hospital, por isso não quis fazer o pré-natal. Tudo corria bem até que um mês antes da data prevista para Isabele nascer, eu tive pneumonia”, conta ela. O parto teve que ser antecipado, Isabele nasceu prematura, e por essa razão mãe e filha ficaram um mês internadas na Santa Casa de São Paulo.

 

Quando a pequena Isabele completou um ano de idade, Sabrina deu à luz novamente a outra garotinha. Assim como na primeira gestação, nesta também não houve acompanhamento pré-natal e assim que Alana, a nova integrante da família nasceu, foi descoberto uma incompatibilidade do sistema ABO de Alana (quando o sangue da mãe é diferente do sangue do pai e do bebê). Por esse motivo, Alana teve algumas complicações e precisou ficar internada após seu nascimento.

 

Wesley tentava sustentar a família vendendo água na rua, mas as despesas passavam muito de seu faturamento. Foi durante uma internação da recém-nascida Alana que Sabrina tomou conhecimento do Instituto C. “Eu pedi à assistente social da Santa Casa se haveria um jeito de ganhar pelo menos as fraldas para minhas filhas. Ela, então, indicou o Instituto C. Fui tão bem acolhida por eles! Além das fraldas, passamos a receber o leite anti refluxo caríssimo que Alana precisava na época, remédios e recebemos principalmente atendimentos em várias áreas como a psicologia. Nossa vida melhorou muito desde que chegamos aqui”. A família foi encaminhada ao PAF – Plano de Ação Familiar, projeto do Instituto C que acolhe famílias em situação de vulnerabilidade social e que tenham crianças com doenças graves ou crônicas.

 

Em 4 de março de 2018, nasceu a terceira filha do casal, Agatha. Apesar da necessidade de exsanguíneotransfusão, devido à incompatibilidade sanguínea mãe/filha, a recém-nascida nasceu bem. O auxílio das nutricionistas no Instituto C possibilitou acertar na alimentação das crianças e as consultas com as psicólogas ajudaram Sabrina a lidar melhor com as filhas e com a difícil situação financeira na qual a família se encontrava. Já o atendimento de educação está sendo fundamental para que os pais consigam obter a documentação necessária para matricular Isabele, Alana e Ágatha na escola.

 

Hoje, Wesley ainda trabalha como ambulante, apesar de não desistir de entregar seu currículo, elaborado com o auxílio da área da renda, e de procurar capacitações profissionais. As três meninas estão saudáveis, apenas Alana passa por exames fonoaudiólogos devido a um problema de fala. “Eu sei que o Instituto C dá aos assistidos um tempo para alcançar as metas. Já estamos quase lá. A cesta básica que recebemos é essencial para nossa subsistência, sem falar no leite da Agatha, pois infelizmente nunca consegui amamentar no peito minhas filhas. Se não fosse o IC, não teríamos condição de alimentá-las com um bom leite”, diz Sabrina, enquanto nos mostra o folheto de um curso de costura recebido durante a reunião daquele dia. “Foram as meninas daqui que me deram isso. Elas sabem que meu marido e eu não somos acomodados, estamos sempre a procura de oportunidades. Se Deus quiser desta vez vai dar certo”, conclui a jovem mãe animada.

 

O Instituto C trabalha com famílias à margem da sociedade, que possuem crianças com doenças graves ou crônicas, endereçando suas necessidades, orientando-as para que conheçam seus direitos, acessem a rede socioassistencial disponível e consigam assim retomar a sua autonomia e dignidade.

 

Conheça mais sobre o PAF – Plano de Ação Familiar, projeto que assiste mães como a Sabrina, clicando AQUI.

 

CLIQUE AQUI para ver o balanço do mês de março.

Sem categoria

Projeto Educação em Rede promove rodas sobre Bullying

O Educação em Rede, que tem o apoio do Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo, promove mensalmente rodas de conversa com as famílias vinculadas ao projeto. No mês de março, o tema debatido foi o bullying.

 

Será que, ao assistirmos passivamente ao bullying praticado entre os alunos, nos tornamos cúmplices da violência que se difunde entre os muros da escola? Será que há algo a ser feito? De que forma podemos ajudar a construir relações que prezem pela cooperação e pela solidariedade, afastando assim o medo e a intolerância? O assunto circula há décadas entre todos aqueles que participam – direta ou indiretamente – da educação formal e revela a necessidade de um envolvimento de toda a comunidade escolar na construção de práticas educativas que observem uma formação integral.

 

Primeiramente, o que foi enfatizado para os presentes foi a definição do bullying, que se trata, de um modo geral, de atitudes agressivas, repetidas e intencionais e que ocorrem sem uma motivação evidente, podendo ser praticado de uma pessoa para outra ou de um grupo para outro.

 

As famílias que estiveram conosco, unidas pelo propósito de ampliar a compreensão acerca da temática apresentada, tiveram oportunidade de expor suas considerações e falar sobre suas experiências pessoais, pois no universo do bullying existe ainda muita dúvida sobre a diferença entre essas ações e as brincadeiras, sobre como avaliar a reação de uma vítima de bullying e sobre as consequências sociais e psíquicas acarretadas.

 

Outro assunto abordado e muito atual foi a questão do cyberbullying, que por utilizar dos novos meios de comunicação, provocam novas formas de prática dessa violência. Casos de sucesso na resolução de processos de bullying foram apresentados, como o da escola Regente Feijó, de Lontras (SC), cujo vídeo demonstra a importância do diálogo dentro da escola, lugar onde frequentemente ocorrem circunstâncias desse tipo.

 

Clique aqui para acessar o material apresentado às famílias e para ter acesso ao vídeo da escola Regente Feijó, com o projeto “caixinha anti-bullying”.