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A história do Eraldo

BOLETIM DE APADRINHAMENTO – FEVEREIRO 2019 – A HISTÓRIA DO ERALDO

“Aqui eu aprendi a como cuidar da minha filha, a estar mais presente na saúde e na vida dela”.

Quando chegou ao Instituto C em 2016, Eraldo e sua família estavam completamente perdidos com o diagnóstico que a filha do meio havia recebido, diabetes tipo 1 no auge de sua pré-adolescência.

A doença da Vitória exigiu de toda a família uma mudança de comportamentos e hábitos que não foram fáceis. Ao longo desses anos, o trabalho na área de atendimentos da nutrição dentro do PAF – Plano de Ação Familiar, foi de ensinar pai e filha o princípio da alimentação adequada para um diabético. Foram orientações básicas de como se alimentar, até as mais complexas, relacionadas às reações da doença no corpo. Assim, os atendimentos da área da psicologia integraram essa dimensão nutricional, apoiando ainda mais a questão com a mudança dos hábitos alimentares.

Muitas vezes, materiais que o Eraldo recebia para a medição diária da glicose da Vitória estavam em falta no posto de saúde. Nessa época, o Instituto C realizava a compra do material para que eles não deixassem de controlar a diabetes. A compra de medicamentos que estão em falta da rede pública ainda se mostra como uma ação de extrema importância desenvolvida pelo Instituto C. Com supervisão da coordenação e do serviço social do projeto, as famílias são orientadas sobre quais são seus direitos e onde batalhar por eles, mas paralelo a esse ensinamento, é possível contribuir com a compra de medicamentos e insumos; essa ação se caracteriza como uma intervenção emergencial.

Ao encerrar seu ciclo de atendimentos no projeto, Eraldo aprendeu melhor como organizar seu dinheiro, até mesmo para a compra de medicamentos e os materiais do glicosímetro para Vitória.

No ano de 2016, Matheus, o filho mais novo da família, estava frequentando a EMEI, porém apresentava muitos problemas com relação ao seu comportamento escolar. Na época, a área de educação do PAF foi até a escola, conversou com as professoras e desenvolveu com elas novas estratégias para lidar com Matheus, que também estava convivendo com o diagnóstico de sua irmã Vitória e as mudanças de hábitos dentro de casa. Matheus está agora no 3º ano, no final do processo de alfabetização, e conseguindo conviver bem com colegas e professores em uma nova escola.

No seu último de atendimento, Eraldo nos disse: “O que aprendi aqui, além das informações sobre a diabetes da Vitória, é que eu sou responsável por muitas coisas. A responsabilidade da minha filha querer se cuidar é minha, é importante obedecer aos horários dos atendimentos que frequentamos e também ter em dia meus documentos. Obrigado por tudo o que fizeram por mim, e em breve voltarei para dar notícias das crianças”.

Eraldo, nós agradecemos a você por ter deixado uma trajetória de conquistas aqui no Instituto C!

CLIQUE AQUI para ver o balanço do mês de fevereiro.

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Instituto C participa do House of Genius São Paulo

O House of Genius é um encontro mensal de colaboração entre pessoas que não se conhecem e atuam em diferentes áreas, nele é apresentado um desafio real de um empreendedor e o grupo ajuda a solucioná-lo a partir de suas próprias experiências. Todos se apresentam apenas pelo nome e somente ao final do encontro revelam sua trajetória profissional.

 

No mês de fevereiro, o Instituto C foi convidado e nossos representantes Paloma e Diego lançaram o desafio de engajar pessoas a se tornarem doadores automáticos da Nota Fiscal Paulista. Foi um momento muito rico de troca e ampliação da nossa rede. Saímos de lá com muitas ideias e com alguns “genius” já engajados a tornarem-se doadores do Instituto C também.

 

Ao se tornar um doador automático da Nota Fiscal Paulista do Instituto C, você está contribuindo para a manutenção e a ampliação dos nossos projetos, além de poder exercer a sua solidariedade de forma rápida, fácil e sem investir recursos financeiros.

 

Você ainda não é um doador? Clique aqui e venha fazer parte dessa corrente do bem!

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Palestra: O ECA no dia a dia

No dia 11 de março, recebemos o advogado e especialista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Ricardo Augusto Yamasaki. O evento, realizado na sede do Instituto C, contou com a presença de profissionais do terceiro setor, interessados no tema e a nossa equipe e voluntários.

 

A palestra foi iniciada com a apresentação do Ricardo, que atua na área de direitos humanos e proteção à infância e à adolescência e cuja trajetória inclui trabalhos desenvolvidos para o Governo do Estado e assessoria jurídica, projetos junto a ONGs e órgãos da segurança pública, com palestras que apresentam e ilustram o tema dos direitos humanos visando a capacitação e a desconstrução de preconceitos.

 

Inicialmente, a questão levantada pelo palestrante foi como tratar dos direitos humanos sob várias perspectivas. Ele apresentou sua metodologia, que abrange a aplicação de tais direitos no dia a dia: aprendemos que direitos humanos são diferentes dos seres humanos, porque os primeiros não são moldados e devem ser aplicados a todos da mesma forma. Já os seres humanos são diferentes uns dos outros e por essa razão pensam diferente, inclusive a respeito dos direitos humanos. “Hoje em dia, o acesso à informação é gigante, porém raso. No universo dos direitos humanos, é preciso atentar às informações qualificadas, pois geram conhecimento. O conhecimento também é uma forma de inclusão social”, discorreu Ricardo na palestra.

 

No campo do Estatuto da Criança e do Adolescente, muitos pontos foram clarificados, de modo que os presentes puderam tirar dúvidas e se capacitar ainda mais, objetivando aplicar esses conhecimentos na prática dos atendimentos. Segundo Ricardo, o ECA possui um guarda-chuva de atuação, que seria um princípio da proteção integral, ou seja, abaixo dele existem outros princípios, como o da prioridade absoluta (preferências de atendimento, quando a prioridade da criança é irrevogável). No orçamento público, inclusive, as políticas devem priorizar as crianças e os adolescentes. O segundo princípio é o do melhor interesse, ou seja, o melhor interesse é sempre o da criança e do adolescente, desde que a escolha seja boa (também aplicado nos casos de divórcio com guarda). O terceiro é o princípio da condição peculiar da pessoa em desenvolvimento, quer dizer, devemos saber como nos portamos perante seres humanos ainda em formação física e psicológica. O quarto se refere às crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, sejam eles individuais, coletivos ou difusos (quando muitas pessoas forem atingidas, por exemplo, no caso de propagandas que ferem algum princípio do ECA).

 

A ideia de Rede foi explorada na palestra quando se trata de proteção à infância e à adolescência. Sua importância foi frisada na medida em que existem redes disponíveis para acesso dentro de um atendimento, sendo uma rede sócio espontânea, composta por pessoas que espontaneamente se colocam para ajudar em determinados casos, como um tio, uma madrinha, um amigo, etc. Uma rede sociocomunitária, que muitas vezes não é espontânea, mas tem relação com algum equipamento da comunidade dessa criança ou desse adolescente, como um clube, uma igreja, etc. Uma rede de serviços públicos, como defensoria, hospitais, conselho tutelar, CREAS, CRAS, etc. Uma rede de serviços privados, composta por organismos privados parceiros que podem auxiliar de alguma forma. Uma rede do terceiro setor, composta por fundações ou associações. E, por fim, uma rede de grupos de estudo, que concentra pessoas com diferentes formações e de diferentes áreas e que contribui com discussões sobre os diferentes assuntos relacionados com o tema da criança e do adolescente, culminando em projetos e ações da sociedade civil.

 

Para o Ricardo, conhecer todos os princípios abordados é importante para difundir e justificar os direitos humanos e principalmente os da criança e do adolescente.

 

Agradecemos imensamente a presença do Ricardo e de todos que contribuíram para que esse evento fosse um sucesso.