A tentativa de aumentar a conscientização sobre o impacto social e ambiental da indústria da moda não é um assunto novo, agora, algumas marcas já nascem com estes valores socialmente responsáveis registrados no DNA. Esse é o caso da Souris, criada pela estilista Flávia Duarte em 2020 e parceira do Instituto C, desde então. “Desde a ideologia do projeto, antes mesmo de começarmos a vender as peças, a Souris é socialmente responsável. Decidimos doar 2% de toda a venda para o Instituto C. Para nós, este pilar é muito forte, pois estimula os pais e as crianças a pensarem no coletivo, acreditamos que o futuro só pode ser coletivo.”, explica Flávia.
Estilista de moda formada em Barcelona, Flávia trabalhou para grandes marcas como A.Brand – Grupo Animale, Ricardo Almeida e Reinaldo Lourenço nos mais de 15 anos de atuação. E foi por meio da moda que a Flávia conheceu o Instituto C em 2015, mais precisamente o Atelier C, projeto voltado para geração de renda das famílias em situação de vulnerabilidade atendidas pelo IC. “Fui voluntária no Atelier C e sigo com o IC, desde então. Como voluntária no Atelier C, eu ia 1 vez por semana, e pude ver de perto o crescimento do Instituto, atendendo cada vez mais famílias, mudando de endereço, da casinha para o escritório, vi o início e o fim do ciclo do Atelier C e sempre fiquei feliz por fazer parte deste projeto. Eu acho incrível, eu sempre acredito que a maneira de ajudar o próximo, a sociedade, é estimulando as famílias a terem mais autonomia, que é o trabalho que o IC faz e não assistencialismo puro.”, comenta Flávia.
No final de 2019, Flávia saiu de uma grande empresa para dar início ao sonho de abrir sua própria marca infantil, produzindo roupas para crianças de 02 a 10 anos de idade, com estampas divertidas feitas por artistas de forma a estimular a imaginação das crianças. “A arte é outro pilar muito importante para nós. Acreditamos que as crianças devem se expressar e serem quem elas quiserem ser. O nosso logo, por exemplo, um ratinho muito divertido e lúdico foi feito pela artista Ana Strumpf. Temos esse sotaque francês, Souris – significa ratinho em francês, porque eu sou franco-brasileira.”, explica.
A marca estava pronta para ser lançada em janeiro de 2020, um pouco antes de começar a pandemia. “Desde a nossa abertura estamos em pandemia, a gente entrou para o escritório da marca em fevereiro de 2020, bem quando começou a pandemia no Brasil. Eu não sei o que é abrir uma empresa sem pandemia, foram vários desafios, por outro lado, me deixa muito forte saber que o futuro é coletivo, que nós temos que ajudar uns aos outros.”, finaliza.
A Souris foi o primeiro contrato de marketing de causa que o Instituto C fechou em 2020, quando uma companhia associa sua marca a uma bandeira ligada ao negócio e com potencial de sensibilizar os consumidores. “Assim como a Flávia e a Souris, o Instituto C também acredita que o futuro é coletivo. E mais do que isso, vejo na história da Flávia atributos importantes como coragem e força que estão totalmente conectados ao trabalho desenvolvido por nós. E isso é muito importante quando falamos deste tipo de parceria.” comenta Vera Oliveira, Fundadora e Gerente Geral do IC.
Foto: Aline Barone e Flavia Duarte, sócias da Souris.