Nos primeiros meses do ano, a equipe do PAF – Plano de Ação Familiar apresentou uma novidade às famílias atendidas pelo projeto, as técnicas de referência. “A técnica de referência é a pessoa responsável pelo caso daquela família, então, as principais demandas que a família apresentar, terão como referência essa técnica para cuidar. A ideia é que a técnica conheça mais profundamente a família e crie um vínculo ainda maior, resolvendo mais rapidamente as demandas.”, explica a líder do projeto Katia Moretti.
A ideia de estabelecer uma técnica de referência partiu da Assistente Social do PAF, Liliane Moura, que havia trabalhado desta forma em um hospital e percebeu que com este formato o projeto teria muitos ganhos para as famílias, bem como para a equipe. “Pensamos nesta nova metodologia de trabalho, a partir da experiência e do modelo adotado pelos CAPs, UBS, onde cada técnico é responsável por um número de pacientes, estabelecendo um vínculo mais próximo com o indivíduo, uma vez que, o técnico responsável enxergará aquele indivíduo na totalidade, fazendo os encaminhamentos adequados”.
A ideia inicial foi aprimorada após algumas reuniões entre a equipe, até ser apresentada para a Gerente Geral, Vera Oliveira. “Quando conheci a proposta da equipe do PAF, em relação aos técnicos de referência, fiquei muito feliz com o rumo que o projeto vem tomando. Acredito que com a técnica de referência vamos conseguir nos aprofundar ainda mais em cada história e oferecer um atendimento com mais agilidade para cada família atendida.”.
Na prática, as famílias continuarão a ser atendidas por todas as áreas (Renda, Nutrição, Serviço Social, Psicologia, Educação e Acompanhamento Familiar), mas isso ocorrerá apenas nos meses pares (Fevereiro, Abril, Junho, Agosto, Outubro e Dezembro) quando também haverão as Rodas de Conversa e a metodologia aplicada será o Chaku, que funciona como carrossel no qual as famílias passam por todos os atendimentos, com um tempo limitado com cada técnica.
Nos meses ímpares, o atendimento será com a técnica de referência que passará a ter 1 hora com cada família, entendendo mais profundamente as necessidades de cada uma delas e direcionando assim as demandas para as técnicas de referência no mês seguinte. “Esse arranjo se apoia na interdisciplinaridade, sendo este o grande desafio desta metodologia, unificar os saberes de profissões diversas, o que somente será possível com a interação e a troca de experiência entre todos do projeto”, acrescenta Liliane.
Entre os benefícios do novo formato estão: mais opções de horários para as famílias, menor fluxo de famílias no espaço, melhor organização para entrega de benefícios, tempo maior de engajamento nas ações propostas pela técnica para a família apresentar a devolutiva e realização de grupo de recepção mensalmente.
Sobre o PAF
O projeto PAF – Plano de Ação Familiar oferece atendimento multidisciplinar para as famílias em risco social com crianças em tratamento de saúde para que conheçam seus direitos, acessem a rede socioassistencial disponível e consigam assim ter mais qualidade de vida e autonomia. Mensalmente as famílias passam por atendimento individual focado em suas necessidades e possibilidades nas áreas de Renda, Serviço Social, Educação, Nutrição, Psicologia e Acompanhamento Familiar. Além disso, participam de rodas de conversa com temas variados e recebem itens emergenciais e remédios que o SUS não fornece.