Mesmo com o fechamento das escolas, anunciado pelo Governo do Estado e a Prefeitura da capital paulista no dia 13 de março, a equipe do Educação em Rede tem mantido contato com todas as famílias participantes e escolas parceiras do projeto a fim de seguir dando a assistência necessária em tempos de isolamento social e priorizando um atendimento humanizado e humanizante.
“Desde o início as famílias trazem suas angústias, aflições e preocupações.” explica Vanessa Gonçalves, Assistente Social do projeto. “Enquanto profissional estava me sentindo impotente. Simplesmente porque eu amo minha profissão e não ter o atendimento presencial com as famílias no começo foi difícil. Entretanto, agora as coisas estão fluindo e estou orientando as famílias na garantia e efetivação do acesso aos seus direitos.”, acrescenta.
Além de terem acesso limitado a condições mínimas como saneamento básico e viverem em moradias precárias, as famílias atendidas pelo projeto agora precisam se preocupar diretamente com os estudos das crianças e adolescentes. “Durante este processo de isolamento social o contato via telefone está sendo essencial para manter o diálogo com as famílias e poder dizer: estamos junto com vocês.”, comenta Vanessa.
Vanessa cita uma reflexão da Maria Lúcia Martinelli como alento aos profissionais que, diante desse cenário mundial, atuam com trabalho social atendendo às famílias com clareza, eficiência e qualidade. "A nobreza de nosso ato profissional está em acolher aquela pessoa por inteiro, em conhecer a sua história, em saber como chegou a esta situação e como é possível construir com ela formas de superação deste quadro. Se reduzirmos a nossa prática a uma resposta urgente a uma questão premente, retiramos dela toda a sua grandeza, pois deixamos de considerar, neste sujeito, a sua dignidade humana".