No dia 12 de agosto, aconteceu o sétimo episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado, Um olhar especial, o episódio 7 contou com a presença de três convidadas: Graziele Alessandro, líder do projeto Primeira Infância, Thais Abrahão, pedagoga e psicóloga, sócia gestora e educadora do Mandui e Thamires Bonfim, mãe atendida pelo projeto na Comunidade Minas Gás. “Começamos a trabalhar com a temática da primeira infância em 2014 como uma estação de atendimento dentro do PAF – Plano de Ação Familiar, mas o projeto era tão potente que decidimos ampliar este atendimento para outras famílias por meio de parcerias com as creches da região. Com a pandemia, repensamos o projeto para acessar às famílias e oferecer às cuidadoras das crianças mais insumos sobre o desenvolvimento na primeira infância, pensando em oferecer educação de qualidade para todos.” explicou Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do IC, durante a live.
No bate papo, Graziele Alessandro falou sobre o início do projeto em um novo formato na Comunidade Minas Gás e os anseios presentes nesse desafio. “Foi um desafio, quando eu cheguei estávamos na fase vermelha da pandemia, então, eram muitas dúvidas sobre como o projeto iria acontecer, se seria presencial, se teríamos que fazer online. Entrar em contato com estas mulheres foi incrível, percebemos que as crianças na primeira infância pararam de frequentar o ambiente escolar completamente. Então, quem se tornou o maior mediador do processo de educação e do estímulo na primeira infância foram os responsáveis. As mães queriam saber como fazer isso com seus filhos em casa.”, comentou.
Para Thais Abrahão, a reformulação do projeto para este novo ciclo estava completamente alinhada aos objetivos do Mandui. O formato que inclui um curso de berçaristas para as famílias atendidas foi a primeira realização de um grande sonho. “Tem sido maravilhoso. É uma chuva de aprendizagens. Vivemos isso na pele. É uma experiência incrível poder compartilhar este conceito de educação, de uma educação de qualidade, para que isso se espalhe e não fique preso para uma parte seleta da sociedade ”, comentou. Segundo ela, o cuidado na primeira infância é uma potência para as transformações na sociedade, mas também reforça a importância de um cuidado sistêmico. “A nossa ideia é poder receber essas mães e junto delas construir um olhar para essa primeira infância, acontece que não conseguimos olhar para a primeira infância, sem olhar para quem cuida dela. Então, vivemos um primeiro momento muito importante de constituição de um vínculo de confiança. Porque não podemos falar de cuidado dos bebês e destas crianças sem olhar para estas mães que muitas vezes não têm este espaço de escuta para compartilhar todas estas aflições e desafios que a maternidade traz e que a pandemia acentuou muito.” acrescentou.
A possibilidade de ter um certificado de berçarista ao final do curso foi um diferencial para Thamires Bonfim, moradora da Comunidade Minas Gás e atendida pelo projeto Primeira Infância este ano. “Está sendo maravilhoso. Já pela oportunidade de estar participando foi mágico, foi muito bom. Primeiro pelo fato de as crianças estarem todas em casa, pelo fato de não terem a escola, entrou a pandemia, acabaram ficando em casa e a gente que não é os professores, acabamos sendo os professores deles. Então, o curso está sendo muito maravilhoso. A expectativa fazendo esse curso era saber lidar melhor com eles em casa, mas acabei aprendendo um novo mercado de trabalho, uma nova oportunidade de entrar no mercado de trabalho, depois de 2 anos parada.”, explicou.
Ao serem questionadas sobre o que o Instituto C representa para elas, Graziele destacou a o espaço de cuidado que se estabelece durante os encontros. “Para mim, o Instituto C significa poder cuidar de maneira efetiva. É muito fácil falarmos do cuidado, mas é sempre diferente vivenciarmos este cuidado. O Instituto C traz todo o aparato para que isso aconteça. Estar dentro de uma Comunidade é falarmos sobre as vulnerabilidades que sabemos que existem, mas também estar em contato com elas o tempo inteiro. Então, o IC é um facilitador para que possamos dar um atendimento de qualidade para estas famílias e ajudar no processo de conscientização sobre a garantia dos direitos.”.
“Uma das pontes mais lindas que eu atravessei. Essa parceria abriu para gente essa possibilidade de semear ações no mundo real, a gente precisa de sonhos. Muitos sonhos são perfeitamente realizáveis, nós só precisamos encontrar essas pontes, então, para o Mandui, o Instituto C é a ponte mais bonita que nós atravessamos até agora.”, comentou Thais.
O bate papo seguiu por 1 hora, cheio de histórias, e você pode acompanhar tudo na nossa página no instagram, acesse agora mesmo, clicando aqui!
O projeto, do sonho à realidade, prevê resgatar as memórias que construíram a história do Instituto C nestes anos todos de atendimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo. Além da revisitação ao acervo de imagens e vídeos como forma de reverenciar e agradecer a contribuição de todos que estiveram juntos nesta trajetória.
As lives estão acontecendo no instagram do Instituto C (@instituto.c) e contarão com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Diretora Executiva e Fundadora do Instituto C, é responsável por conduzir estas conversas.
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Assista ao episódio 1 | O começo de tudo | Clique aqui
Assista ao episódio 2 | Encontros que fortalecem | Clique aqui
Assista ao episódio 3 | Apoio que faz a diferença | Clique aqui
Assista ao episódio 4 | Costurando relações | Clique aqui
Assista ao episódio 5 | Desenvolvendo Capacidades e Potencialidades | Clique aqui
Assista ao episódio 6 | Construindo Futuros | Clique aqui
Assista ao episódio 7 | Um olhar especial | Clique aqui