Como nos sentimos quando dizemos ou ouvimos uma negativa?
Em junho, as famílias que são atendidas no PAF – Plano de Ação Familiar, participaram de rodas de conversas cujo tema abordou a relação interpessoal com a necessidade de dizer e ouvir “não”. Por se tratar de um tema que traz à tona várias questões da relação humana, os encontros foram repletos de interações e depoimentos.
De início, com a ajuda dos técnicos do Instituto C, os presentes puderam refletir sobre os sentimentos mais corriqueiros que surgem quando ouvimos uma negativa de alguém. Medo, raiva e insegurança foram as palavras que mais se destacaram pelas famílias que se manifestaram nesse momento. Foi muito importante notar o quanto esses sentimentos atrapalham as relações e o dia a dia de um modo geral, já que participam dos pensamentos e motivam ações ruins e desnecessárias. O cuidado com a qualidade do pensamento, além da iniciativa de se criar um hábito de reflexão diariamente foram itens apontados como sendo essenciais para uma melhora na qualidade das relações com as pessoas mais próximas.
Mas, afinal, por que sentimos o que sentimos? A sequência do encontro provocou os participantes na reflexão sobre as convenções sociais e a cultura, sobre os aspectos saudáveis na imposição de limites quando existe uma relação com o outro, principalmente na educação das crianças. Todos entenderam que negar algo não é necessariamente ruim, sendo que o respeito muitas vezes é ponderado pela negação, já que respeitar-se certamente estimula também as ações de respeito ao próximo.
No final das rodas, as famílias participaram de uma dinâmica em grupo, quando estouraram bexigas com pequenas histórias de situações familiares dentro. A partir dessas histórias todos puderam fazer considerações finais aplicando o que acabou de ser aprendido, relacionando os benefícios de saber dizer e ouvir um “não” com as situações familiares.