Voluntariado

Voluntariado corporativo e as vantagens para todos que participam

Diversas empresas estão aderindo cada vez mais em ações que envolvam voluntariado. Muito por conta da agenda ESG ­– governança ambiental, social e corporativa – em alta, a procura por atividades que envolvam a marca com uma questão social está crescendo, o que é bom para todos os envolvidos. “Todos os lados só tem a ganhar. É muito importante para as empresas dar essa oportunidade de envolver seus funcionários em uma ação social. Despertar no colaborador a vontade de apoiar alguma causa que, no dia a dia, acaba sendo esquecida”, afirma Paloma Costa, responsável pela área de Parcerias do Instituto C.

 Um caso recente de sucesso foi a experiência que o Instituto C realizou junto com o Google Brasil no final de julho (na foto que ilustra essa matéria). “Cerca de 15 funcionários da empresa vieram até nossa sede para uma espécie de amigo secreto, onde nove famílias foram beneficiadas com a doação de um item de grande necessidade para a casa, como cama e micro-ondas, por exemplo”, conta Paloma. A responsável explica que durante os atendimentos foram identificados quais eram as carências dessas famílias e as convidaram para uma atividade em que elas levariam um objeto que pudesse ser doado para alguém. “Elas não sabiam o que iam ganhar. Fizemos uma roda e cada voluntário lia a história de uma família que, rapidamente, se identificava e ‘trocava’ o presente. Elas recebiam um envelope contando o que haviam ganhado. Foi muito emocionante”, relembra.  

Paloma diz que o mais importante desse tipo de ação é trazer os funcionários da empresa para a realidade das famílias atendidas. “Encerramos a ação com um café da manhã coletivo, onde os voluntários puderam se envolver ainda mais com as famílias. Foram muitos abraços e, claro, lágrimas também”, conta Paloma.

 Nesse caso, o Google havia disponibilizado uma verba para a ação – por isso, foi possível a compra dos itens de necessidade das famílias, mas nem sempre o voluntariado corporativo envolve dinheiro.

“Existem alguns modelos de ações que realizamos, mas também sempre deixamos a possibilidade de criar atividades novas com a empresa, algo que faça sentido para ambas as partes”, afirma.

 

 Para o Instituto C, além de um benefício direto para as famílias atendidas, o voluntariado corporativo também é uma importante porta de entrada para o relacionamento com as empresas. “É o começo de uma relação, né? Elas passam a nos conhecer, se interessam por outros tipos de apoios e vamos construindo uma história juntos”, conta Paloma.

 Quer fazer parte disso tudo? No nosso site, existe uma página dedicada ao voluntariado, onde é possível cadastrar você ou sua empresa (clique aqui). Ou então, entre em contato conosco pelo WhatsApp 11 94581-9225 para pensarmos juntos em uma ação que ajude a sua marca e os nossos assistidos!

Cidadania em RedeServiços IC

Um dia para celebrar (e curtir) a saúde e o bem estar

No sábado, 24 de setembro, a equipe da “casa amarela” do Instituto C, o polo de atendimento zona norte, promoveu o Ação Saúde, um evento voltado ao bem estar.

Durante uma manhã, as famílias de comunidades no entorno puderam curtir aulas de dança (country) com a professora Rosangela Caldeira da Silva, aferição de pressão e glicemia com estudantes de enfermagem da Faculdade Sequencial (a Emily , Selma, Juliane, Iara, Elania, Nubia, Regina, Magda, Nathalia e a Aline), aula de ioga com o professor Rafael da Silva Filomeno, corte de cabelo com a Graciete Silva Canuto (que faz parte de uma família atendida pelo projeto e atuou como voluntária),  design de sobrancelha com a Priscila Teodorino da Silva, assistiram uma palestra sobre terapias holísticas com a Genilda da Silva Morais  e o Ricardo Teodoro de Morais e finalmente puderam se encantar com as dançarinas do ventre do grupo Falakhana, com a Helenildes, Erica, Hosana, Lea, Simone e Sofia.

E no final ainda rolou sorteio de brindes!

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Benefícios EmergenciaisPAFServiços IC

A Luta da Pessoa com Deficiência: hoje e todos os dias

Nesta quarta-feira, 21 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência que tem como objetivo conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. Tal propósito existe também no PAF-Plano de Ação Familiar, um dos projetos do Instituto C, onde muitas das famílias atendidas possuem algum membro com deficiência. “A gente percebe que as dificuldades se tornam ainda mais agudas pela questão da vulnerabilidade”, afirma Katia Moretti, coordenadora do Projeto.

 Priscilla de Melo Leal (na foto,  com os filhos), por exemplo, conheceu o Instituto C em 2019, através da indicação do Hospital Santa Casa. Mãe de quatro filhos, três deles são portadores de uma doença rara, a Síndrome de Hunter uma condição com sintomas graves e de evolução progressiva, como rigidez das articulações, alterações cardíacas e respiratórias, aparecimento de lesões na pele e alterações neurológicas, entre outros. E a sua luta pela qualidade de vida é constante.

“Hoje eu moro com meus três meninos, todos com o diagnóstico da doença”, conta ela.

 

Ana Paula Hummel, a técnica de referência de Priscila, diz que algumas conquistas já foram feitas, como a cadeira de rodas para um dos meninos e o acesso à educação em meio a dificuldades.

 “Os benefícios que recebo do Instituto complementam os do Governo. Mas, para além disso, o suporte social, psicológico e nutricional que o atendimento me dá são essenciais”, conta Priscila. Ana ainda exalta a mãe, que é incansável na busca pela qualidade de vida de seus filhos: “Tudo isso sendo mãe sola! Eu, normalmente, aprendo mais com ela do que ela com a gente”, reflete a técnica.

 Katia reforça que, apesar dos direitos existirem, nem sempre eles são garantidos com facilidade. “Existem políticas públicas específicas para as pessoas com deficiência, no entanto, muitas vezes é preciso uma luta para acessá-las. Elas já possuem diversas batalhas para enfrentar, lutas pelos seus direitos não precisava ser mais uma delas”, diz a coordenadora. “Infelizmente, a sociedade ainda tem muito a aprender.

É preciso ensinar as crianças desde cedo a respeitar todo ser humano – e que as diferenças existem, sim, mas somos todos iguais. A data é um lembrete para o respeito, o amor e a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade”, finaliza Priscila.

 

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Áreas de atendimento

A empregabilidade no Projeto Cidadania em Rede

Desde que foi lançado, o Projeto Cidadania em Rede já tem colhido bons frutos. Da junção e da experiência acumulada nos projetos PAF (Plano de Ação Familiar), Educação em Rede e Primeira Infância, os atendimentos agora giram em torno de cinco núcleos: educação, garantia de direitos, inclusão produtiva, desenvolvimento infantil e saúde emocional e nutricional. “Quando as famílias chegam aqui, o primeiro foco delas é a empregabilidade”, diz Isabel Gimenez, assistente social do Projeto, que faz o atendimento de renda, que inclui também o emprego e o planejamento financeiro.

Naturalmente, a primeira demanda seria o aprendizado através de cursos profissionalizantes para, depois, mergulhar no mercado de trabalho – mas, na prática, não é bem assim. “Trabalhamos com jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade social, então a urgência deles acaba sendo o retorno ao mercado”, diz Isabel. Apenas no Cidadania em Rede, são 500 famílias atendidas por mês. Dos homens, 95% deles buscam um trabalho formal no mercado. Já entre as mulheres, a divisão é mais equilibrada, sendo 25% trabalho formal, 25% trabalho doméstico e 50% trabalho informal. 

A assistente conta que tenta identificar os gostos e aptidões de cada um para buscar cursos e vagas que tenham a ver com cada pessoa atendida e aumentem a sua empregabilidade. No quesito cursos extracurriculares, 90% das famílias atendidas (entre Jovem Aprendiz e adultos) não possuem.

“Em um primeiro momento, entendo a família no contexto geral. Daí, peço o currículo para análise e até uma nova confecção. Por fim, indico cursos, sejam eles presencial e online, e explico sobre as expectativas profissionais.”, conta Isabel – que recebe vagas diariamente em grupos de empregos.

 

Apenas no último mês, Isabel comemora a conquista de três pessoas. Rita, que ficou desempregada durante a pandemia e agora voltou ao mercado de trabalho, Caíque, que acaba de conquistar seu primeiro emprego registrado e voltou aos estudos, e Pedro, que se tornou Jovem Aprendiz e agora tem outra perspectiva de vida. “Tinham 40 pessoas na sala e apenas sete conquistaram uma vaga – e eu fui uma delas! Isso mudou bastante coisa na minha vida”, comemora Pedro.

 Para Isabel, além da renda que o emprego fornece, a autoestima é um ponto fundamental para essas famílias. “Elas passam a se sentir produtivas e pertencentes à sociedade quando estão trabalhando com algo. Depois de terem essa conquista, eles continuam aqui com a gente, agora para pensar no planejamento financeiro, né?”, conta. “A pessoa sem emprego fica desanimada, por isso tento nos atendimentos colocá-las para cima e motivá-la. Nem sempre isso acontece na primeira conversa. Existe toda uma construção de mudança de pensamento – e eu sou persistente e otimista! E, quando temos notícias como a do Pedro, Caíque e Rita, vejo que estou no caminho certo”, finaliza Isabel. 

Institucional

Novo site promove mais interação com internautas. Conheça!

O site do Instituto C que você vê por aqui já existe há cerca de sete anos – e agora passou por uma reformulação completa, promovendo mais interação entre nossos leitores e ainda mais informações sobre os serviços. Claudio Pucci, coordenador de comunicação do IC, afirma que as principais mudanças envolveram a questão de atualização tecnológica e a praticidade em administrar o conteúdo de uma WebPage. “Nosso novo site é mais adaptável a diferentes dispositivos como laptop, celular e tablet”, inicia a conversa.

Hoje, plataformas como WordPress, a opção escolhida para construir o novo site, permitem que qualquer pessoa autorizada faça alterações no conteúdo e crie rapidamente páginas novas, dando mais liberdade para a produção de conteúdo. Com isso em mente, o planejamento desse modelo começou em abril deste ano. “A ideia principal é que o novo site fosse mais fácil de navegar para o usuário. Também queríamos que os conteúdos fossem mais fáceis de serem  encontrados, sejam campanhas, notícias e atualizações – pensando sempre em mostrar como é, de fato, o Instituto, nossa gestão e organização de uma maneira bem transparente, rápida e fácil”, afirma Diego Schultz, Diretor  Administrativo.

“Pensamos nas funcionalidades e facilidades que o site poderia ter a quem navegasse por ele. Então, fizemos bastante mudanças”, conta Claudio.

 

Uma delas é a Home Page, ou seja, a página principal do Instituto C – que agora está mais completa e com mais informações relevantes sobre a instituição. “E querendo mostrar quem faz o IC,  a nova plataforma possui uma página com toda a nossa equipe que tem ainda permite envio de e-mails diretamente ao profissional, facilitando a comunicação de pessoas de fora da organização”, acrescenta. 

Além disso, relatórios e documentos oficiais do Instituto C poderão ser encontrados e baixados mais facilmente, prezando sempre pela transparência, e a página de doações é subdividida por tipos possíveis de serem feitos. 

E fazer parte do IC ficou mais fácil com o novo site, porque é possível não só se voluntariar online para a Instituição, como também cadastrar seu currículo em um banco de talentos para futuras vagas. Uma novidade bem importante também é a versão em inglês do site, pensando na captação de recursos internacionais. “Não é que a gente tem apenas uma página, mas todo o site em si foi vertido para o inglês”, diz Diego.

Todas essas mudanças reforçam o objetivo do Instituto C, que é realmente facilitar o contato de uma pessoa externa à organização em si, com todos os dispositivos do Instituto, seja informação, contato ou qualquer outra necessidade. “Também haverá todo um planejamento em torno de SEO e buscas pelo Google, para que o Instituto C, e sua missão, estejam mais visíveis nesse mundo online”, afirma Claudio – que reforça também o compromisso de tornar a organização ainda mais conhecida, facilitando contatos, doações e até parcerias.

“Queremos que o usuário se engaje e interaja com o Instituto C – por meio do site, das redes sociais, do voluntariado, pela doação. Enfim, do jeito que ele puder”, finaliza Diego.

Gestão de Pessoas

Quatro mulheres inspiradoras

Juliana chegou ao instituto sobrecarregada, sem perspectivas de futuro em relação a si e suas crianças, com dois gêmeos com questões de saúde, além de financeiramente fragilizados. Quando indagada o que ela fazia por si, não soube responder.

Por dois anos, Cassia carregou sua filha Cassidy nos braços, duas vezes por semana, de Osasco para São Paulo em busca do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e de um meio de transporte para sua filha, portadora de um atrofiamento que prejudica a visão e a locomoção.

Maria Aparecida sonhava em ter uma profissão e queria muito fazer um curso de alongamento de unhas, mas não tinha condições financeiras para isso.

Janaíra queria uma vida mais justa e plena para Júlia, sua filha, portadora de Down (na foto que ilustra esse texto), mas precisava de apoio e conhecimento.

As mães mencionadas acima são pessoas reais, lutadoras e incansáveis que chegaram ao Instituto C com algo em comum: uma força interior que precisava ser explorada e potencializada, além de um desconhecimento dos direitos que tem como cidadãs brasileiras.

Com mais de 10 anos de existência, é isso que o Instituto C faz: dá condições a famílias em vulnerabilidade de mudar suas vidas, conquistar sua independência e planejar um futuro mais estruturado para seus filhos. Mais de 2500 famílias já tiveram suas vidas transformadas pelos projetos do Instituto C.

E qual é o resultado disso tudo?

Juliana foi se empoderando nos atendimentos, fortalecendo sua autoestima, tomou conhecimento de direitos em relação a educação, dividiu responsabilidades com pessoas da família e construiu caminhos para retomar esse sonho de estudar. Hoje, formada como auxiliar de enfermagem, já está cursando o técnico e não quer parar por aí.

Já Cássia não só conquistou o BPC como, devido ao engajamento dos funcionários e voluntários do Instituto, ganhou um carrinho leve que permite o uso no transporte público e Cassidy pode sair com mais conforto de sua casa.
Com o suporte da área de inclusão produtiva, Maria Aparecida conseguiu uma oportunidade de fazer um curso de unhas no Instituto Embeleze e hoje conquistou a tão sonhada profissão.

Janaíra, com o apoio da nossa psicóloga e assistente social, encontrou a força e os caminhos para acessar direitos de inclusão para sua filha e conquistou o fornecimento pelo Governo dos medicamentos que Júlia tanto necessitava.

Essas são apenas algumas poucas biografias que enriquecem e inspiram o trabalho do Instituto C todos os dias. Apoiar esse trabalho é acreditar que todos tem o direito a uma chance para a felicidade e para a conquista de um futuro mais brilhante. E, principalmente, acreditar no potencial das famílias.

Cidadania em RedeRodas de Conversa

As rodas de conversa na Casa Amarela

Conversas, diálogos e debates já são marcas registradas do Instituto C – seja nos projetos, quanto no dia a dia de trabalho. E agora, toda segunda-feira, acontecem as ‘Rodas de conversa na Casa Amarela’ – apelido carinhoso para o novo polo do IC, na Zona Norte. “O diferencial que a gente trouxe para o Cidadania em Rede é que agora as rodas de conversão não se restringem aos dias dos atendimentos, mas sim às segundas”, conta Talita Lima, coordenadora do Projeto.. 

A proposta é que a cada semana um tema diferente seja abordado. E esses temas sempre surgem a partir dos atendimentos, das sugestões dos profissionais ou das famílias, de interesses coletivos ou de parcerias com empresas que agreguem no conhecimento das famílias e crianças atendidas.. 

“Já tivemos rodas em parceria com a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo, a COHAB, para falar sobre moradia, por exemplo. Também já falamos sobre empregabilidade com jovens aprendizes, sobre como cultivar o próprio alimento em uma horta caseira, entre outros”, diz Talita.

O objetivo da roda é justamente esse: escutar, acolher, falar sobre direitos e deveres, orientar famílias e montar um círculo de convivência entre todos. “As rodas semanais são um espaço onde as famílias se encontram e convivem. A gente fala que também é um atendimento coletivo, onde elas podem conversar com alguma técnica, tirar dúvidas e conviver de fato”, acrescenta a coordenadora do projeto. 

Todas as rodas de conversa são abertas ao público e, não sendo durante os horários de atendimento, mais gente consegue estar presentes e aprender sobre um assunto novo toda semana! Por isso, anote aí e venha nos visitar! As rodas de conversa acontecem todas às segundas-feiras, às 14h00, na Casa Amarela. 

Conheça o nosso espaço na Zona Norte de São Paulo:

Rua Hanna Abduch, 316 / Telefone: 11 3459-1406

Horário de atendimento: de segunda a quinta-feira, das 8h às 17h

Áreas de atendimentoServiços IC

Os impactos da pandemia na saúde mental

Muitas pesquisas já demonstram os impactos que a pandemia do coronavírus causaram na saúde mental das pessoas e, principalmente, como as consequências são ainda maiores e prejudiciais nas populações vulneráveis – e o Instituto C sente esse aspecto na prática. “A gente sabe que tem sido difícil para todo mundo, mas o quanto é ainda mais para quem tá em situação de vulnerabilidade social”, inicia Katia Moretti, coordenadora do Projeto PAF-Plano de Ação Familiar. 

Para Claudete Marcolino (na foto que ilustra essa matéria), psicóloga do Projeto, o cenário pós-pandêmico tem dado visibilidade para essa questão. “O que a gente percebe em todos os segmentos, especialmente nessa área das crianças e adolescentes, é que eles ficaram muito mais à mercê de um contexto isolado dentro do cenário familiar. Muitos deles sofrendo, inclusive, violência”, diz.

Esse isolamento e convívio apenas com a família nuclear contribuiu para que as pessoas, principalmente crianças pequenas, estejam agora mais suscetíveis a não se socializar – aumentando a ansiedade. “Quando se perde esse contato com os amigos e colegas, as cobranças em torno da criança e do adolescente, que muitas vezes têm alguma patologia, ficam ainda maiores. Assim, esse jovem se vê em um cenário onde ele só tem o convívio familiar, então, o aumento da ansiedade tem sido refletido nos ambientes sociais, principalmente na escola”, acrescenta Claudete, que reforça que o contexto da insegurança, baixa autoestima e ansiedade é visto na prática dos atendimentos.

Todo esse cenário e acúmulo de questões faz com que a demanda por atendimentos do Instituto C cresça diariamente. “Nós atendemos 200 famílias no PAF, e como um todo. Ou seja, uma média de 4 ou 5 pessoas por família. É muita gente!”, pontua Katia. Daí o desafio: oferecer um serviço de qualidade para tanta gente. “Foi quando surgiu a ideia há um tempo atrás da rede de voluntários de psicologia”.

Para essa solução, o Instituto C busca parcerias com faculdade e outros serviços que possam contribuir para o trabalho, e oferece o espaço para um atendimento presencial se necessário. “O que a gente percebe é que as famílias com altas vulnerabilidades também trazem complexidades. Famílias que têm crianças com alguma patologia, e que tem um contexto de vulnerabilidade, nem sempre atribuem o contexto mental como algo a ser tratado. Essas questões acabam sendo negligenciadas. Por isso, a importância desse olhar atento a toda família, não só, especificamente, a criança atendida, mas também aos adultos que as cercam”, reforça Claudete.

E como participar? 

A inscrição para os voluntários de psicologia é feita através de um formulário online (clique aqui). Basta ser um psicólogo ou psicóloga e ter disponibilidade de uma hora semanal, ou mais. Depois do envio das informações e cadastro, o Instituto C entra em contato para agendamento de uma entrevista.

Doação

Marketing de Causa – onde todos saem ganhando!

O marketing de causa é algo que vem ganhando cada vez mais espaço entre os empresários – e que bom! A ação é uma modalidade de parceria, onde é atrelado um valor social aos produtos e serviços vendidos pelas empresas. “Sinto que é uma das grandes tendências de parceria entre empresas e organizações sociais. É uma ação simples de realizar e não  envolve um investimento financeiro inicial, ou seja, qualquer empresa pode realizar. Além disso, é uma oportunidade para as empresas começaram a se apropriar mais dessa responsabilidade de investir no social para minimizar as desigualdades do nosso país”, introduz Paloma Costa (na foto), responsável pela área de Parcerias do Instituto C.

Desde 2019, o Instituto C  realiza algumas parcerias nesse sentido, aproveitando datas como o dia das crianças, por exemplo. “Uma ação permanente que temos é com a marca de roupas infantis Souris, fundada pela Flávia Duarte uma das nossas voluntárias. Desde o início, ela decidiu que sua marca teria a responsabilidade social em seu DNA, por isso, direciona 2% de todas as suas vendas para o Instituto C, atribuindo um valor social à marca”, conta Paloma. A responsável também cita uma outra parceria com o De Betti esse ano, no Dia do Hambúrguer (28/05): “Eles dedicaram todo o lucro da venda dos hambúrgueres desse dia para o Instituto C. O restaurante e os pedidos no delivery lotou, foi um sucesso!”.

Além destas, o Instituto C  fechou parceria com a Verbena Flores, durante todo o mês de junho, por conta do Dia dos Namorados. Já no segundo semestre estará com a La Pastina, em uma grande ação para comemorar os 75 anos da empresa. “Percebemos que é bacana estipular uma data, seja ela comercial como Dia das Mães, ou importante para a empresa, como um aniversário, para esse tipo de ação”, complementa.

Paloma também afirma que diversas pesquisas apontam que ações desse tipo alavancam as vendas. “Os consumidores tendem a preferir produtos que geram impacto social ao invés de outros que apenas geram lucro. Essa associação de marcas com causas sociais acaba sendo também uma estratégia de marketing para as empresas”, acrescenta. “Hoje não é só a qualidade do produto ou o desejo do consumidor em obtê-lo que importam. É preciso pensar também no impacto ambiental, na governança e na responsabilidade social de uma marca, assuntos que compõem a agenda ESG que tanto se fala atualmente. Uma empresa que ignora isso, vai ficar excluída do mercado porque tanto os investidores quanto os consumidores estão muito mais conscientes para essas questões”, reflete Paloma.

Sendo assim, o marketing de causa é uma ótima oportunidade para uma empresa fortalecer a marca e fidelizar clientes, unindo seus produtos e serviços com projetos que geram impactos sociais. Quer fazer parte disso tudo? Entre em contato conosco pelo WhatsApp 11 94581-9225 para pensarmos juntos em uma campanha que ajude a sua marca e os nossos assistidos.

Áreas de atendimento

Cidadania em Rede e o impacto da pedagogia

Uma das maiores novidades de 2022 foi a união de três projetos do Instituto C – Educação em Rede, Primeira Infância e Plano de Ação Familiar – em um único, o Cidadania em Rede. Nessa nossa fase, um dos atendimentos que ganha ainda mais destaque são os relacionados à pedagogia – que tem impacto em diversas áreas da vida da criança, e sua família. “Agora, os atendimentos são como um braço do Educação em Rede, mas com algumas novidades, como a avaliação psicológica e a totalidade dos encontros presenciais”, introduz Talita Lima, coordenadora do Cidadania em Rede.

O foco dos atendimentos, claro, é a criança e o seu fortalecimento como cidadã, melhorando suas relações com a família e escola, e potencializando sua perspectiva de desenvolvimento. “Nós trabalhamos em torno da promoção da vida dessa criança. Já com os pais, o trabalho é de despertar novamente um olhar mais afetivo através de diálogos para despertar na família esse papel de protetor e de agente de promoção para a vida da criança”, explica Evoli Santos, pedagoga do projeto.

Para Paloma Araújo, estagiária de pedagogia, o ambiente dos atendimentos funciona como uma troca: “Quando a gente se coloca no lugar daquela criança, a gente consegue ter um olhar mais sensível e efetivo para o caso”. A profissional lembra de crianças que chegaram para os atendimentos com um possível diagnóstico e, no entanto, era preciso um estímulo mais afetivo para despertar as potências do indivíduo.

“A partir do momento que o Chris começou aqui no Instituto C, ele desenvolveu bastante, tanto na escola quanto no comportamento dentro de casa. Já consigo perceber um bom avanço. Até o jeitinho dele mudou, sabe?”, relata Gisele Deloste, mãe do Christian.

Os atendimentos de pedagogia são semanais e sempre no horário oposto à escola. “Quando a família busca pelo atendimento, a gente faz uma avaliação inicial – pedagógica e psicológica – para entender se a criança, de fato, precisa daquilo que a família está dizendo. A partir daí, as técnicas dizem se ela vai para o reforço escolar ou psicológica”, explica Talita.

Os profissionais também lembram que uma área que tem demandando bastante nesse início de projeto é a articulação com a escola que, muitas vezes, não tem braço suficiente para um olhar individualizado para os alunos. “A escola às vezes identifica uma dificuldade e, por conta de muitas crianças e falta de recursos, eles não veem o que é. O que falta é tempo, conversa e um olhar mais específico e afetivo para o desenvolvimento dessa criança”, finaliza Evoli, reforçando sempre que o trabalho é uma constante parceria entre escola e família – pensando na criança em conjunto com todos esses fatores.