História de Mulheres

Histórias de mulheres (Elenilze e Anggie)

Todos os anos passam pelo Instituto C pessoas inspiradoras, cuja força de vontade é admirável e a luta por uma vida melhor é exemplo.

Os projetos Cidadania em Rede e PAF visam, inclusive, ampliar cada vez mais a autonomia dessas famílias e fortalecer a autoestima dessas mulheres.

As histórias são tão impactantes que decidimos, então, criar um espaço aqui para contar mais detalhes sobre algumas delas. A série “Histórias de Mulheres” vai trazer memórias daquelas que ainda estão com o Instituto, ou já finalizaram seus ciclos, e que com determinação alcançaram seus objetivos e inspiram outras a fazerem o mesmo.

“Dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira, absurda! Eu que faço parte da rotina de uma delas, sei que a força está com elas…” (Mulher – Erasmo Carlos)

Histórias de mulheres

Elenilza Neves dos Santos

Elenilza chegou ao Instituto C em 2021 após indicação de uma nutricionista da UBS Tiradentes. Desde o início, se revelou uma mulher batalhadora dentro dos seus ciclos de atendimentos no PAF. Sem uma rede de apoio e uma base familiar que a apoiasse, ela lutava por melhores condições de saúde para a sua filha, que foi diagnosticada com déficit de atenção, hiperatividade e compulsão alimentar. 

Dividiu conosco suas lutas, dores, medos, sonhos e conquistas. Precisava de auxílio para entender, buscar diagnóstico certo e a medicação ideal para sua filha. Com a orientação necessária, conquistou o tratamento para sua filha e também o BPC, o benefício de prestação continuada, que era seu direito.

Técnica de enfermagem, Elenilza foi sensível ao compreender o diagnóstico da filha muito antes que os médicos e profissionais da área – e não desistiu em nenhum momento

Elenilza se mostrou uma mulher forte e incansável neste ciclo de atendimento no PAF, deixando o projeto mais fortalecida, confiante e feliz para seguir com a sua vida e a de sua filha. 

“Cheguei ao Instituto C destruída em vários sentidos da minha vida. Me via sem chão e, aos poucos, com a ajuda das meninas, fui me fortalecendo e superando as dificuldades. Hoje, sei que ainda não está tudo perfeito, mas está tudo bem o suficiente para eu cuidar bem de mim e também de minha filha”, diz Elenilza – que também afirma que criou um vínculo especial com Lualinda Toledo, técnica que realizava seus atendimentos. “Nos entendíamos apenas com um olhar. Só tenho a agradecer todo o cuidado e acolhimento que tive com todas da equipe”, celebra.

Anggie Carolina

Histórias de mulheres

 A família de Anggie Carolina chegou até o Projeto Cidadania em Rede por indicação do Serviço Cavannis. Eles saíram da Venezuela para fugir da fome e da situação precária em que viviam. Primeiro, Anggie veio para o Brasil sozinha, depois de um ano e meio veio sua mãe Zulli de 56 anos, e depois de dois anos vieram suas filhas Nahomi de 10 anos e Germani de 19 anos, e sua neta de 03 anos.

Inicialmente, Anggie residiu em Roraima, mas foi auxiliada por uma instituição chamada Cáritas que pagou durante três meses seu aluguel, alimentos e ajudou para conseguir um trabalho, possibilitando sua vinda a São Paulo. Atualmente sua filha Germani e neta residem no Guarujá, e sua mãe reside no Rio Grande do Sul. Seguem em contato, mas não se veem com muita frequência.

Anggie chegou até o Cidadania em Rede com uma demanda nutricional significativa e com algumas alterações em seu quadro de saúde, com quadro Doenças Crônicas Não Transmissíveis resultado de uma alimentação imbuída em grande quantidade de frituras e hábitos alimentares em volta de sua cultura.

A princípio foi trabalhado suas questões alimentares, tendo o cuidado de aprimorar sua cultura e adaptar a uma rotina possível.

Hoje, Anggie consegue ter escolhas mais saudáveis e se sentir feliz com sua alimentação. Com as técnicas, ela compartilha suas compras em supermercados e suas refeições em casa – mostrando que tem aprimorado seus hábitos e aprendido com os atendimentos.

Essas são apenas duas histórias que emocionam e inspiram dentre as muitas que passam pelo Instituto C e nos deixam orgulhosos e com a sensação de missão cumprida. Que venham as próximas! ❤️


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Áreas de atendimentoCidadania em RedeGestão de Pessoas

6 Leis que toda mulher deve conhecer

A legislação brasileira deve trabalhar para a promoção do bem-estar de todo e qualquer cidadão que resida em nosso País. Inclusive, muitas das leis que estão em nossa Constituição servem para resguardar os direitos femininos – como proteger mulheres de diferentes tipos de agressão, assédio e muitas situações desagradáveis que, infelizmente, ainda acontecem todos os dias.

 Talvez a mais conhecida delas seja a Lei Maria da Penha, que traz respaldo jurídico às diferentes formas de agressão que a mulher possa sofrer, mas ainda temos a Lei Joanna Maranhão, que altera o prazo de prescrição do crime de violência sexual contra criança, e Lei do Feminicídio, que tornou o crime hediondo, passando a ter penas mais altas.

Aqui, vamos explicar 6 leis que toda mulher deve conhecer para se empoderar de seus direitos e utilizar a legislação a seu favor, se necessário. 

6 leis que toda mulher deve conhecer

Lei Maria da Penha

Muito debatida na mídia e em conversas entre mulheres é a Lei Maria da Penha (nº 11.340) promulgada em agosto de 2006. Ela é considerada uma das grandes vitórias do movimento feminista e foi batizada com este nome para homenagear Maria da Penha, uma sobrevivente da violência doméstica.

Seu principal objetivo é criar mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. O texto da lei afirma:

Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”. 

E, ainda de acordo com ela, cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos das mulheres.

Lei do Minuto Seguinte

Sancionada em 2013, a Lei no Minuto Seguinte (nº 12.845) garante às vitimas de violência sexual um atendimento imediato, emergencial, integral e multidisciplinar no Sistema Único de Saude, o SUS. Seu principal objetivo é que as vítimas tenham o atendimento mais rápido possível para que sejam administrados medicamentos para a prevenção de doenças e gravidez.

Vale lembra que violência sexual é todo ato de atividade sexual não consentido – e não necessariamente apenas a penetração do pênis na vagina. Se não houver consentimento, é violência! Em seu texto, a Lei afirma:

Os hospitais devem oferecer às vítimas de violência sexual atendimento emergencial, integral e multidisciplinar, visando ao controle e ao tratamento dos agravos físicos e psíquicos decorrentes de violência sexual, e encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência social”.

Lei do Feminicídio

Em 2015, entrou em vigor a Lei do Feminicídio (13.104/15), na qual tornou o feminicídio – ou seja, o assassinato de mulheres por serem mulheres – com base na violência domestica ou na discriminação por gênero. A Lei alterou o Código Penal brasileiro e incluiu este como um novo agravante de homicídio.

A mudança também inclui o feminicídio na lista de crimes hediondos. Assim, o crime de homicídio simples tem pena de seis meses a 20 anos de prisão, e o de feminicídio, um homicídio qualificado, de 12 a 30 anos de prisão. Esta lei também é considerada um grande avanço na luta contra a violência contra as mulheres.

Lei Carolina Dickmann

A lei que leva o nome da atriz foi sancionada em 2011, após Carolina Dickmann ter seu computador invadido e, por consequência, fotos íntimas vazadas. Na época, a atriz se negou a pagar o valor proposto pelo hacker e, então, suas fotos foram divulgadas na internet.

No ano seguinte, a lei foi sancionada e, com ela, a Lei Carolina Dickmann (nº 12.737) passou a ampliar a segurança no ambiente virtual. Seu texto, prevê crimes que decorrerem do uso indevido de informações e materiais pessoais que dizem respeito à privacidade de uma pessoa na internet, como fotos e vídeos.

Lei Joanna Maranhão 

Prescrição é a perda do direito do Estado de punir o autor de um crime. Ou seja, todo cidadão possui um prazo para buscar seu direito, que é chamado prazo prescricional. Até esta lei, o prazo da prescrição começava a contar a partir do momento em que o direito foi violado. Com a Lei Joanna Maranhão (6719/09) o prazo para prescrição de abuso sexual de crianças e adolescentes seja contado a partir dos 18 anos da vítima.

A Lei foi batizada com o nome da nadadora após ela divulgar que sofreu abusos por seu treinador durante a infância. Como Joanna só falou sobre o caso 12 anos depois dele, o crime já havia prescrito. A mudança visa punir de forma efetiva casos de abusos que tenham acontecido na infância da vítima, quando ela não teve coragem ou apoio para denunciar.

Lei da Importunação Sexual

Muita gente não sabe, mas importunação sexual é crime! A Lei é de 2018 e, com ela, “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro” se tornou um crime com pena que pode variar de um a cinco anos de prisão.

Os assédios na rua e no transporte público infelizmente fazem parte da rotina de muitas mulheres, mas há como recorrer à legislação para se proteger deles. De acordo com o texto da Lei de Importunação Sexual (13.718), estão inclusos casos como cantadas invasivas, beijos forçados, toques sem permissão, até mesmo casos de ejaculação, que já foram registrados dentro do transporte público – e reforçaram a necessidade desta lei.

Leis x proteção das mulheres

Todas essas leis que citamos acima servem para a proteção das mulheres das mais diversas situações – das agressivas às constrangedoras. Divulgar e debater sobre essas informações faz parte do empoderamento da mulher e de sua autonomia para buscar seus direitos dentro da nossa Constituição.

Caso você tenha sido testemunha de uma violência doméstica, ou suspeite que ela esteja acontecendo, denuncie. A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher!

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Áreas de atendimentoGestão de Pessoas

Violência doméstica e familiar – como buscar ajuda?

O que é violência doméstica?

Muitas pessoas ainda acreditam que a violência doméstica trata-se apenas de agressões físicas, qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, mas não é bem assim. De acordo com o art. 5º da Lei Maria da Penha, violência doméstica e familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.

Ou seja, a violência doméstica também pode ser psicológica, sexual, moral ou patrimonial. Uma das violências mais sofridas pelas mulheres é a humilhação, que tem um impacto gigantesco em sua autoestima.

Tipos de violência doméstica

Violência psicológica

A violência psicológica engloba ameaças, constrangimento, manipulação, vigilância constante, insultos e ações que causam grandes danos emocionais na mulher. Esse tipo de violência ainda é difícil de ser identificada como agressão, mas é!

Violência Sexual

Já a violência sexual é aquela em que o homem contranja a presencial, manter ou participar de uma relação sexual que a mulher não deseja e, para isso, utiliza de intimidação, ameaça ou até o uso de força. É aqui que acontecem os estupros, por exemplo. Impedir o uso de métodos contraceptivos também é um tipo de violência.

Violência Patrimonial

A violência patrimonial, menos falada, é aquela em que a mulher tem a retenção, subtração e destruição dos seus objetos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores ou direitos econômicos. Alguns exemplos desse tipo de violência é o controle do dinheiro da mulher, a falta de pagamento da pensão alimentícia dos filhos, estelionato, furtos e até mesmo destruir de forma proposital objetos pessoais da mulher.

Violência Moral

E mais, ainda existe a violência moral – que inclui calúnia, difamação e injúria. Acusar a mulher de traição, expor a vida íntima, desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir, emitir juízos morais sobre a conduta e rebaixar a mulher por meio de xingamentos que incidem sobre a sua índole, por exemplo, também são atos de violência.

Realidade x Violência Doméstica

A Rede de Observatórios da Segurança divulgou a terceira edição do levantamento ‘Elas Vivem: dados que não se calam’ e os números são impressionantes. O estudo é feito a partir de um monitoramento diário do que circula nos meios de comunicação e nas redes sociais sobre violência e segurança contra a mulher.

Analisando os números de sete estados do país – Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo – foi notificado que, apenas em 2022, foram 2.423 casos de violência registrados, sendo que 495 terminaram em morte.

O número mais chocante é o do estado de São Paulo, onde foram registrados 898 casos de violência contra a mulher – um a cada dez horas. Por outro lado, a Bahia é o estado com maior taxa de crescimento em relação ao último boletim, com uma variação de 58%, com ao menos um caso por dia. Além de ser o primeiro em feminicídios do Nordeste com 91 registros.

O Rio de Janeiro também apresentou uma alta significativa de 45% em um ano com casos de repercussão nacional no estado. O estado carioca chegou a registrar ao menos um caso de violência contra a mulher a cada 17 horas e casos de violência sexual praticamente dobraram, passando de 39 para 75.

Além dos números altos, outro dado que impressiona é o fato de que a maior parte dos registros nos sete estados tem como autor da violência companheiros e ex-companheiros das vítimas – são eles os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio, ou seja, dos casos que levaram à morte da mulher. Entre os motivos, as principais queixas são brigas e términos de relacionamento.

Como denunciar casos de violência doméstica?

Sabe aquele ditado: “Em briga de marido e mulher, não se mete a colher”? Então, já passou da hora de deixarmos ele no passado! Ainda de acordo com a Lei Maria da Penha, § 2º do art. 3º, é de responsabilidade da família, da sociedade e do poder público assegurar às mulheres o exercício dos:

“…direitos à vida, à segurança, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”

Ou seja, é preciso intervir sim, com segurança e cuidado!

Como denunciar a violência doméstica?

Caso você tenha sido testemunha de uma violência doméstica, ou suspeite que ela esteja acontecendo, denuncie. A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.
E, se você está sendo vítima de violência doméstica, o canal também serve como um meio de orientação para o direcionamento de serviços especializados da rede de atendimento. O serviço fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.

O Ligue 180 funciona diariamente durante 24h, incluindo sábados, domingos e feriados. Em todas as plataformas, as denúncias são gratuitas, anônimas e recebem um número de protocolo para que o denunciante possa acompanhar o andamento.


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InstitucionalParceriasVoluntariado

Mindfulness e a busca pelo autoconhecimento – Cuidar de quem cuida ❤️

Já ouviu falar no ​​Mindfulness? O termo, que em tradução livre significa “atenção plena”, é a prática de se concentrar completamente no presente. É um método que promove maior bem-estar emocional e qualidade de vida através de exercícios de meditação e respiração. 

Cada vez mais em alta, principalmente no mundo pós-pandemia, o Mindfulness auxilia na concentração, diminuição de estresse e ansiedade e no foco para as atividades importantes. 

De acordo com o último estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2019, 18,6 milhões de brasileiros sofriam de ansiedade. É um número tão expressivo que coloca o Brasil como líder do ranking de países mais ansiosos.

“O mercado atual vem, infelizmente, desencadeando muitas vezes ambientes de estresse, aumentando casos de burnout, entre outros transbordamentos emocionais graves” – introduz Tatiana Castro, instrutora de Mindfulness e especialista em Inteligência Emocional e Autocompaixão.

Benefícios do Mindfulness

Como o nome sugere, o Mindfulness é uma prática, e deve ser mantida com regularidade a fim de colher seus bons frutos – e eles existem!

A importante revista científica The Lancet publicou um estudo, em 2015, onde comparou os resultados obtidos por remédios antidepressivos e por terapias baseadas em Mindfulness – eles foram muito parecidos! 

Fazer atividades com foco e presença, observar a respiração, perceber o corpo ao caminhar, comer com mais atenção… O Mindfulness pode estar presente em tudo. 

“Portanto, ter a oportunidade de trazer mais bem-estar para si mesmo, como por exemplo, conhecendo melhor seus próprios recursos internos para autorregulação emocional, é um grande benefício a se absorver em qualquer aspecto da vida”, afirma Tatiana. 

O Mindfulness para cuidar do cuidador

Em paralelo a isso, desde o ano passado, o Instituto C vem pensando em estratégias de cuidados e ações de integração para seus colaboradores. “Enquanto área de desenvolvimento institucional, faz parte do nosso objetivo construir práticas de cuidados”, introduz Nayara Oliveira, Psicóloga Institucional.

Essa busca veio logo após os encontros dos profissionais da linha de frente com o apoio de duas psicanalistas, que aconteceram em parceria com a Sociedade Brasileira de Psicanálise para trabalhar questões sensíveis que afetam muito o profissional.

A gente vem discutindo amplamente a questão da promoção de saúde. Estamos ampliando cada vez mais a visão de que é importante cuidar de dentro para fora”, afirma Nayara. E, o match não poderia ter sido melhor! Tatiana procurou o Instituto C para uma ação voluntária, ofertando uma prática de Mindfulness durante uma roda de conversa sobre autocuidado. “Depois disso, ela entendeu que a nossa equipe também lidava com assuntos importantes e, então, decidiu nos oferecer o curso”, completa.

Curso de Mindfulness

O Curso Mindfulness para a Vida é um protocolo internacional de Mindfulness baseado na Terapia Cognitiva Comportamental, desenvolvido especificamente para a aplicação prática da atenção plena em nossas vidas. “Nossa preparação tem um padrão determinado pelo Centro de Mindfulness da Universidade de Oxford. Nós, como Instrutoras, fomos com nossos corações cheios de alegria para desenvolver esse programa com uma turma que faz um trabalho não só significativo, mas necessário, para uma sociedade que ainda é muito desigual em tantos sentidos”, contou Tatiana.

O curso teve uma duração de seis semanas e a primeira turma, com seis pessoas, formou-se entre novembro e dezembro de 2022. Ali, foram ensinadas práticas de concentração e autoconhecimento – que podem ser aplicadas em diferentes aspectos da vida. “Já ouvi bons feedbacks, onde as pessoas têm melhorado o foco no trabalho e conseguido lidar melhor com as adversidades”, celebra a psicóloga.

“O compromisso das alunas com o Programa nos impressionou desde o início. As alunas valorizaram todo o tempo que passaram durante as práticas de Mindfulness, demonstrando interesse e abertura diante desse novo aprendizado. Sem dúvida, por conta disso, o desempenho do grupo foi tão elevado, assim como o aprendizado registrado ao final do Programa”, garantiu Ana Leonor Oliveira, Psicóloga e Instrutora de Mindfulness.

A próxima turma do curso será aberta em abril de 2023, mas antes são feitas inscrições para aqueles que quiserem participar – já que é feita uma entrevista prévia para entender em que momento da vida a pessoa está para analisar sua disponibilidade afetiva e de tempo durante as semanas de protocolo.

Quando a gente vai para o trabalho atordoado com as nossas questões, a gente tem dificuldade de estar presente e com qualidade ali, e isso impacta os atendimentos. À medida que cuidamos de nossas questões pessoais, promovemos relações interpessoais mais saudáveis”, finaliza Nayara.

Relato

Katia Moretti, Coordenadora do PAF – Plano De Ação Familiar, estava na primeira turma do curso e já colhe os bons frutos do Mindfulness.

Foi muito importante para mim ter esse momento de consciência e autocuidado. Ampliar a minha própria percepção sobre a autocobrança, por exemplo, foi fundamental para entender o meu processo e colocar em prática as técnicas ensinadas – na vida pessoal e no profissional”, celebra.

 


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Institucional

Educação e pedagogia – Formatura das crianças do Cidadania em Rede

O projeto Cidadania em Rede nasceu da junção da experiência acumulada nos projetos:

Saiu do papel no início de 2022. De lá para cá, muitas famílias foram atendidas e, consequentemente, crianças e adolescentes também tiveram suas vidas transformadas! 

Educação e Pedagogia – Cidadania em Rede

Formatura das crianças cidadania em rede - Educação e pedagogia

O projeto conta com o Núcleo Educação de Qualidade, que proporciona um olhar integral para o desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes com dificuldades escolares.

O núcleo conta com uma equipe de pedagogas e psicólogas que acompanham essas crianças de perto.

O impacto na vida e aprendizado das crianças é muito significativo e para celebrar, por que não uma formatura?

 Já tínhamos esse hábito no Educação em Rede e quisemos trazer para este projeto também justamente para comemorar as conquistas dessas crianças e adolescentes”, diz Talita Lima, coordenadora do Cidadania em Rede.

A ideia é que essa celebração aconteça a cada seis meses, em julho e em dezembro, e reúna as crianças que já alcançaram os objetivos propostos nos atendimentos iniciais.

Desenvolvimento x formatura

Em um ano de projeto, a primeira formatura aconteceu no mês de Fevereiro e celebrou a conquista de 33 crianças e adolescentes.

Formatura das crianças cidadania em rede

Preferimos avaliar todas as crianças atendidas no ano passado, por isso fizemos a celebração em fevereiro. A

 partir de agora, elas acontecerão duas vezes no ano”, explica a coordenadora Talita.

Desde o início do atendimento, quando acontece uma avaliação inicial para entender o que a criança precisa, são realizados encontros mensais para acompanhar a evolução de cada um individualmente – como leitura, escrita, comportamento familiar, entre outros.

Objetivos conquistados, é hora de celebrar! “Preparamos uma cerimônia, envolvendo toda a família para selar o ciclo da criança ou adolescente”, explica Talita, que esclarece também que muitas vezes os pais continuam sendo acompanhados e que a formatura é uma celebração à parte feita para as crianças que tiveram esses acompanhamentos pontuais.

“Preparamos um cantinho de comes e bebes, uma atividade de pintura em tela para todos fazerem juntos e, então, fizemos a cerimônia em si, uma espécie de colação mesmo, celebrando a conquista de cada criança e adolescente e entregando um certificado”, relembra.

 A importância da educação e pedagogia para a família

As melhorias podem ser vistas em muitos aspectos da vida das famílias. “Ainda estamos com muitos casos pós-pandemia, onde crianças ficaram com um atraso nas escolas e, aqui, conseguimos um olhar individualizado para cada uma delas oferecendo reforços escolares. Elas mesmas mostram a evolução quando chegam aqui e querem ler todas as plaquinhas que temos. Para as crianças, isso é muito potente”, conta Talita.

Outro aspecto positivo é que as crianças e adolescentes acabam sendo uma porta de entrada para a família como um todo no Instituto C. “Os pais chegam aqui buscando algo para seus filhos e descobrem um universo de possibilidades para serem cuidados, como um atendimento psicológico, uma consulta em nutricionista, o direito a um benefício...”, diz a coordenadora.

Caso real – Instituto C

Um desses exemplos é Bruna, que é mãe de três crianças e buscou o Instituto C em 2021, inicialmente para o João e Helena. O menino logo começou os atendimentos em relação à alfabetização e psicologia, mas ela, ainda muito novinha, passou por uma construção até se sentir à vontade no espaço. “Percebemos que era uma família que tinha um histórico de violência doméstica em casa e, então, auxiliamos também a mãe”, relembra Talita.

 Com o tempo, Bruna se fortaleceu, deixou o relacionamento abusivo em que estava e desenvolveu sua autoestima. “Nisso, ainda conseguimos acessar a Helena e já notamos uma evolução gigantesca nela. Tanto, que foi ela quem se formou”, celebra. João e a mãe ainda seguem nos atendimentos, mas olham para trás e enxergam muita transformação.

Eu tinha a expectativa que só as crianças iriam ser atendidas, mas, no fim, os atendimentos mudaram a minha vida como mulher. Me ensinaram a ver uma versão da Bruna que eu não via, muito mais forte e capaz”, conta Bruna.

 A mãe ainda afirma que João recuperou bastante o seu atraso escolar e que Helena teve uma melhora comportamental visível. “Todos nós enxergamos o Instituto C como uma segunda casa. Nos atendimentos fui acolhida e me ensinaram que eu podia ter autonomia e independência para ter minha própria vida. Foi um resgate”, celebra Bruna.


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PAF

Capacitismo: o que é? Como evitar?

Você já ouviu falar sobre o termo “capacitismo”? Ele não é muito conhecido, mas possui uma grande importância. Para entendê-lo, é simples, vamos fazer uma analogia com outros tipos de preconceitos: assim como o machismo se refere ao preconceito contra a mulher, e o racismo àquele que envolve a raça, o capacitismo significa a discriminação de pessoas com deficiência. 

“Essa palavra vem da ideia de enxergar o outro como incapaz, a partir de uma dedução de quais são as capacidades de uma pessoa que tem deficiência” – explica Giovana Santos, Analista de Geração de Renda do PAF – Plano De Ação Familiar.

O preconceito camuflado

É perceptível que falta muita atenção e debate sobre o capacitismo na sociedade. Isso dá abertura ao preconceito, que acaba sendo camuflado em atitudes e falas já enraizadas entre toda a população – inclusive, até mesmo entre as pessoas que convivem com alguma pessoa com deficiência.

 “Durante uma conversa com algumas mães, percebi que todas – apesar de já terem vivido situações de preconceito com seus filhos – não conheciam o termo”, afirma Giovana que, ao perceber essa demanda, decidiu levar o tema para as Rodas de Conversa do projeto:

“Fiquei refletindo sobre a importância que é dar nome àquilo que acontece conosco e, principalmente, saber reconhecer situações diárias que infelizmente são naturalizadas. Ter informação e debater sobre esses absurdos também é uma forma de combater ao preconceito”.

PAF e o combate do capacitismo

Roda de conversa capacitismo

PAF – Roda de conversa: capacitismo

Em fevereiro nossas rodas são dedicadas a esse tema, para Katia Moretti, Coordenadora do PAF, elas foram muito produtivas. “Poucas pessoas conhecem o termo capacitismo, mas elas sabem o que é, pois, o vivenciam na prática. Inclusive, muitas vezes, as próprias mães têm frases e/ou atitudes capacitistas sem nem perceber”, conta.

“Mais perdido que cego em tiroteio” e “dar uma de João sem braço” são alguns exemplos de frases que, mesmo sendo usadas diariamente, carregam preconceito por trás delas. “O capacitismo é um problema estrutural da sociedade, isso é fato, mas uma das formas de combater a ele é começar por nós mesmos”, diz Giovana. A analista também afirma que o objetivo das Rodas de Conversa é, não só explicar o termo, mas também o que fazer ao presenciar o preconceito.

Rodas do PAF

Geralmente, as Rodas do PAF não incluem as crianças – mas, dessa vez está sendo diferente. “As temáticas dos debates costumam ser voltadas mais para os responsáveis, enquanto as crianças ficam na brinquedoteca. Mas, para falar sobre o capacitismo incluímos os pequenos e tem sido muito bacana. Começamos a conversa de uma forma bem lúdica com imagens, onde as pessoas dão like ou dislike. Temos nos surpreendido com o olhar que as crianças têm sobre o tema, apesar de não saberem o que é”, celebra Katia.

E, apesar da palavra em si ainda ser desconhecida para grande parte das famílias, já é possível perceber que elas levarão o aprendizado à diante. “As discussões sobre outros tipos de preconceito estão mais acessíveis. Mas, sobre o capacitismo ainda não. A gente percebe que é um tema que as famílias não sabiam que existia, apesar de viverem ou até mesmo praticarem o preconceito com as próprias crianças. 

Então, tem sido muito relevante ter esse espaço com elas, no sentido de promover o conhecimento. Na minha percepção, é algo que elas vão transmitir. Não vai ficar só ali”, afirma a Coordenadora.

“No fim, a gente conclui que o capacitismo é quase que universal. Ele atinge de diferentes formas cada uma das famílias, seja com a falta de acessibilidade na cidade ou com o preconceito nas escolas ou hospitais, mas, no fim, se trata do mesmo problema”, reflete Giovana. “É uma questão estrutural, então se a gente não começar a nos policiar com as pequenas atitudes diárias, não vamos ver a diferença que queremos!”, finaliza Katia.

Como denunciar o capacitismo?

Apesar de aparentar naturalizado, capacitismo é crime!

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) garante os direitos das pessoas com deficiência – e um deles, previsto em Constituição, é o respeito. Assim, atitudes ou falas capacitistas são uma forma de violência e, para denunciar, basta ligar no Disque 100 ou fazer a denúncia na Delegacia Virtual do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O Disque 100 é um serviço de disseminação de informações sobre direitos de grupos vulneráveis e de denúncias de violações de direitos humanos, que incluem crianças e adolescentes, pessoas idosas e pessoas com deficiência.

 


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PAFRodas de ConversaVoluntariado

Estudantes de psicologia promovem atividade sobre defensoria pública com as crianças

Crianças aprendendo sobre defensoria públicaSomos estagiários de psicologia e estamos desde o início do ano acompanhando a equipe do Instituto C e pensando, de forma conjunta, ações dentro da brinquedoteca. Uma destas ações era expandir os temas e reflexões vividos nas rodas de conversas com as mães e responsáveis. O espaço de fala e troca também poderia acontecer lá, com atividades e vivências.

Em outubro, o tema discutido foi “Defensoria Pública”. Convidamos as famílias a trazerem suas crianças e, no primeiro dia vieram cinco, entre 6 e 10 anos. Para começar, fizemos uma roda em pé e nos apresentamos falando nossos nomes junto com um gesto. Todos repetiam, como um cumprimento. Dessa forma o grupo todo pareceu se integrar, dizendo seu nome e do outro, reconhecendo ali seu espaço e abrindo espaço para o outro também estar.

¨Naquele momento, não caberia definir o certo e errado, mas sim viver um exercício de reflexão crítica em que todos pudessem caber e somar. As crianças sortearam, ao todo, 5 palavras: dever, cidadão, direito, ajuda e grupo.”

Para aquela ação, preparamos previamente um baralho de palavras que possuíam ligação com o tema (Defensoria Pública) e imagens diversas. Sentamos em roda, espalhamos as imagens no chão e pedimos para uma das crianças sortear uma palavra. O espaço ali era para criarmos sentidos e significados em conjunto a partir da conversa sobre as palavras e a associação com as imagens, e atravessamentos com suas vivências e repertórios. Naquele momento, não caberia definir o certo e errado, mas sim viver um exercício de reflexão crítica em que todos pudessem caber e somar. As crianças sortearam, ao todo, 5 palavras: dever, cidadão, direito, ajuda e grupo.

A palavra dever, segundo as crianças, significava algo que precisaria ser feito. Através das imagens, explicavam que era dever do adulto não brigar com a criança, assim como era dever do adulto levá-las para passear. Uma imagem de tintas e cores representava o dever da criança de ter e fazer artes, e a imagem de pessoas abraçadas significava o dever de todos de receber e dar carinho.

Já com a palavra cidadão, as crianças disseram que era uma pessoa. Fomos perguntando e provocando para entender melhor quem seria essa pessoa.

  • ‘Todos podem ser cidadãos, tooooodos mesmo?’,  indagamos;
  • ‘Sim, mas quem machuca e agride o outro não pode mais ser cidadão’, respondeu uma das crianças. ‘Mas, claro que se a gente perdoasse ele, poderia então voltar a ser cidadão’;

Esse momento gerou uma pausa de reflexão no pequeno grupo. Escolheram então imagens de um grafite em que havia um indígena com cabelos de árvore, outra imagem de olhos, outra de pessoas conversando e uma quarta imagem de pessoas com deficiência.

Interessante perceber como é a concepção das crianças em relação aos conceitos escolhidos por palavras. Traziam os conceitos para o concreto, para o dia a dia, em forma de exemplos e lembranças. Nessa troca, nós não éramos os protagonistas. Nessas semelhanças e diferenças de vivências, as crianças se reconheciam, ajudavam-se e questionavam-se nas falas umas das outras. Isso fez com que a reflexão fluísse de uma maneira mais aprofundada.

Vale lembrar que escolhemos imagens inclusivas, com pessoas com deficiências exercendo atividades diversas, o que percebemos que fez muita parte das escolhas das crianças. Isso nos faz pensar sobre como elas reconhecem aquelas diferentes pessoas em suas rotinas, e como a inclusão faz parte da vivência delas. No chão, ia surgindo um desenho entre imagens e palavras, um mapa de toda aquela discussão.

Em seguida, sortearam a palavra direito. As imagens escolhidas representavam diversas formas de se olhar essa palavra:

  • ‘Essas casas estão desenhadas direito’, trazendo o sentido de ordem, retas, alinhadas;
  • ‘Nessa rua tem dois lados, o direito e o esquerdo’, sendo aqui um lado;
  • ‘A vacina precisa ser dada direito para não doer’, ‘precisa atravessar a rua direito’, ou seja, de maneira correta, jeito certo.

Perguntamos então, sendo direito igual a certo, o que seria certo para as crianças. É direito da criança o que? Como se fosse uma voz só, todas disseram: “Brincar”. Histórias de casa e de família foram surgindo. E, antes de perguntarmos, já começavam a compartilhar: havia o direito a comida, a casa, e também a poder andar de cadeira de roda.

  • ‘A pessoa tem direito de andar de cadeira de rodas?’, perguntamos;
  • ‘Sim;’ 
  • ‘Mas, e se eu construo uma rua em que você não consegue passar com a sua cadeira. Eu tô atrapalhando o seu direito?’
  • ‘Acho que não;’

Mas, neste momento sua amiga questionou:

  • ‘Ai amiga, você já não consegue nem andar, já está de cadeira de rodas e aí você não consegue passar na rua? Não pode atrapalhar a cadeira de rodas. É direito; 

Montamos novamente um mural no chão.

Então sortearam a palavra ajuda. As crianças separaram imagens. Compartilhavam que era importante ajudar quem precisa andar com a cadeira de rodas, e também ajudar as pessoas que estavam tristes a se sentirem melhor. Ajudar era cuidar.

  • ‘Como poderíamos fazer isso?’;

Foram dando exemplos de piadas, falas e acolhimentos que usavam no dia a dia para ajudar as pessoas se sentirem felizes e melhores.

Por fim, sorteamos a palavra grupo. A reflexão foi sobre como poderia ser um conjunto de pessoas, que se conheciam ou não. Seus integrantes poderiam ser diferentes. Este grupo poderia ter animais. Além disso, “a família também poderia ser um grupo”.

Percebemos que, aos poucos, as palavras sorteadas passaram a se misturar, e  aquele mapa no chão, cada vez maior, não criava divisões, mas sim um emaranhado de sentidos que conversavam e se complementavam.

Olhamos juntos aos mapas mentais, admirando o tamanho de nossa conversa, satisfeitos com aquela reflexão tão concreta ali ao nosso lado. O convite, por fim, era de sermos multiplicadores desses conhecimentos. Através de uma colagem – com revistas e cartolinas – escolherem palavras que tenham lhes atravessado e organizar seus próprios mapas mentais. As palavras escolhidas foram ajuda e grupo.

Aquele momento não era de esgotar a discussão, mas sim deixar a porta aberta e escancarada para que esses temas pudessem se esparramar, transbordar e reverberar no grupo, nos seus espaços, amigos e familiares!

* Texto escrito por Zoé Coin e Rafael Martinelli, estagiários do 10º e 9º semestre de psicologia da Universidade UNIP – Universidade Paulista.

Saiba mais sobre defensoria pública.

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O que você precisa saber para usar a Defensoria Pública do Estado de SP

O que é a Defensoria Pública do Estado de São Paulo?

A Defensoria Pública é uma instituição que presta assistência jurídica gratuita e integral a pessoas que não tenham condições financeiras de pagar por esse serviço. No Estado de São Paulo ela foi implementada em 2006 e ela trabalha com situações na área cível, infância e juventude, criminal, violência doméstica/intrafamiliar e tutelas coletivas.

A Defensoria Pública atende pessoas que não tenham condições financeiras para pagar pelos serviços de um advogado. Para isso, é feita uma avaliação para verificar a renda familiar, o patrimônio e os gastos mensais da pessoa.

Podem ser solicitados documentos como Carteira de Trabalho e holerite, entre outros, para verificação das informações. Em geral, são atendidas pessoas com renda familiar de até 3 salários-mínimos por mês. O limite pode subir para 4 salários-mínimos por mês em alguns casos específicos.

 

E o que faz a Defensoria?

• Ela entra com ações na justiça para defender direitos;
• Atua em processos em andamento;
• Defende os direitos de pessoas que estão sendo processadas;
• Promove acordos e conciliações entre pessoas em conflito para evitar processo na Justiça.

 

O CAM – Centro de Atendimento Multidisciplinar

O setor que promove os acordos e conciliações se chama CAM (Centro de Atendimento Multidisciplinar) e conta com uma equipe composta por defensores, estagiários, psicólogos e assistentes sociais.
O processo judicial pode ser desgastante, em vários aspectos, inclusive emocionalmente, por isso esse setor trabalha para promover conciliações amigáveis sem a necessidade da abertura de um processo judicial.
Uma das atribuições do CAM é promover cursos/palestras de Educação em Direitos. As atividades de educação em direitos desenvolvidas fazem parte de um modelo de intervenção educativa heterogêneo, que tem como objetivo informar, conscientizar e motivar a população a respeito de seus direitos e garantias fundamentais e sobre o exercício de sua liberdade e cidadania.

 

Como agendar o serviço da Defensoria Pública pela internet?

O agendamento é feito pelo assistente virtual DEFI, disponível das 8h às 18h, em dias úteis no site da Defensoria – https://www.defensoria.sp.def.br/. O atendimento é realizado sem a necessidade de deslocamento até uma das unidades e pode ser acessado por computador ou smartphone.

Para agendar é necessário ter em mãos as seguintes informações pessoais:
• RG
• CPF
• CEP
• E-mail

Feito o agendamento, você receberá um e-mail com um link e um código de acesso. Acessando o link, você é atendido pela equipe humana da Defensoria.

 

Como agendar o serviço da Defensoria Pública por telefone ou presencial?

Se tiver dificuldade com o agendamento online, você também pode agendar ligando gratuitamente para 0800 773 4340, disponível das 7h às 19h, em dias úteis. Pode ser solicitado o atendimento presencial caso haja dificuldade de acesso ao atendimento remoto.

A Defensoria possui um canal de ouvidoria, onde podem ser registrados sugestões, reclamações ou elogios. Você pode falar com a ouvidoria, através do site, e-mail, telefone ou pessoalmente.

 

por Kátia Moretti

Coordenadora do PAF – Plano de Ação Familiar  

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Premiações

Instituto C é Hexa – pela sexta vez somos uma das 100 melhores ONGs do Brasil!

O Prêmio Melhores ONGs anunciou as 100 organizações brasileiras do terceiro setor vencedoras de 2022 e o Instituto C, pela sexta vez consecutiva, é uma delas.  Na lista, que já está disponível no site www.premiomelhores.org, é possível conhecer o nome das organizações reconhecidas por suas boas práticas em quesitos como governança, transparência, comunicação e financiamento.

Além das 100 melhores do ano, o prêmio tem destaques para categorias especiais, que serão anunciadas na cerimônia oficial de premiação marcada para o dia 25 de novembro, no Unibes Cultural, em São Paulo.

Alguns finalistas das categorias especiais já foram anunciados, entre eles melhor ONG do estado de São Paulo, e o Instituto C está concorrendo entre os 3 finalistas. O Instituto C faz parte de um seleto grupo de sete organizações brasileiras a constar na lista das 100 melhores em todas as edições do prêmio.

“A lista das 100 Melhores ONGs é uma homenagem às organizações que conseguiram atingir o grau mais alto de gestão e eficiência para ajudar a sociedade em suas causas. Elas são feitas de pessoas que tiveram a determinação e a liberdade para atuar em prol de uma causa justa”, afirma Alexandre Mansur, diretor de projetos do O Mundo Que Queremos. Ele ressalta que, essas organizações, com sua diversidade de áreas de atuação, mostram o papel fundamental que os cidadãos têm numa democracia para se reunir e atuar para melhorar a sociedade e o meio ambiente.

O Prêmio Melhores ONGs é realizado pelo Instituto O Mundo que Queremos, pelo Instituto Doar e pelo Ambev VOA, com apoio de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Instituto Humanize e da Fundação Toyota do Brasil e reconhece o trabalho fundamental prestado pelas instituições não-governamentais no Brasil e também funciona como um farol para orientar doações.

Premiações

Uma noite de celebração e apoio ao Instituto C

Organizações de terceiro setor muitas vezes têm que se desdobrar, usar a criatividade e se reinventar para obter fontes de renda. Para o Instituto C, essa realidade não é diferente. Em 2021, o Instituto comemorou os 10 anos, porém se deparou com uma pausa de dois anos sem nenhum evento presencial, devido ao isolamento social no período de pandemia. Agora, neste ano, as expectativas para a celebração são ainda maiores. “O evento é  sempre um momento muito importante de celebração e uma oportunidade de reunir amigos e apoiadores do Instituto para celebrar os feitos da organização como um todo.  E além disso, é também uma fonte de renda relevante para nós.” diz Vera Oliveira, diretora executiva do Instituto C.

A proposta do Instituto C foge dos modelos tradicionais de eventos beneficentes, como bingos, leilões e jantares no formato gala. “Por cinco anos realizamos bingos beneficentes e sentimos a necessidade de inovar para estar mais próximo de nossos apoiadores. Então, 2018, criamos uma proposta que une a gastronomia com a cultura em um ambiente descolado”, completa Vera.

Esse ano, o evento irá acontecer no dia 17 de novembro, em uma noite muito especial no Espaço Priceless, que fica localizado no centro histórico da cidade de São Paulo. “O espaço foi inaugurado a menos de um ano e tem uma proposta de valorizar a culinária brasileira, além de ter um ambiente maravilhoso, que todos deveriam conhecer”, completa Vera.  A expectativa do Instituto C é receber 300 pessoas.

“Além de celebrar e reunir todas as pessoas que gostam e contribuem com o Instituto, o evento tem uma relevância financeira muito grande para nós”, afirma Diego Schultz, diretor administrativo. Os convites para o evento deste ano já estão à venda e o valor é de R$600. Para saber mais sobre o cardápio, detalhes da celebração e adquirir seu ingresso, acesse este link.