Aniversário IC

Encontros que fortalecem é o segundo episódio da nossa série

Na última quarta-feira, 17 de março, aconteceu o segundo episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado, Encontros que fortalecem, o episódio 2 teve como convidada, a Thaís Barbosa, primeira Assistente Social do IC. “A Thaís é uma profissional incrível, tem muita história das famílias que a gente já atendeu, uma pessoa cheia de energia, acho que todos vão gostar de conhecer ela.” comentou Vera Oliveira, Fundadora e Gerente Geral do IC, no início da live.

No bate papo, Thaís falou sobre o início de carreira como Assistente Social no Instituto C. Ela tinha acabado a graduação naquele ano e, assim que recebeu o ok para a vaga, precisou correr atrás do CRES para dar início às atividades. “Eu saí da faculdade com aquela ânsia e com uma dúvida “será que eu vou conseguir atuar como Assistente Social?”. Eu atuava com Recursos Humanos e quando eu vi a vaga, eu falei, é minha! Era uma proposta de começar duas vezes por semana, mas isso só aconteceu no primeiro mês. Depois já comecei a ir três dias por semana e, por fim, todos os dias. O que mais me marcou foi quando eu cheguei e vi você – Vera – e a Letícia, ver jovens que estavam arriscando, éramos nós três.”, comentou Thaís.

Para Vera, o fato do Instituto C nascer de uma franquia social que já rodava com força no Rio de Janeiro fez com que houvesse um período de adaptação do projeto aqui em São Paulo. “Não sabíamos como era a demanda no início. Entramos com uma bagagem, com uma experiência de como é uma organização que já existe, mas era diferente você seguir um modelo de algo que já está ali há 20 anos rodando e você começar pequeno. Não tínhamos nem mesa e cadeira no começo. Atendíamos 5 famílias, mas logo a demanda foi crescendo e as coisas foram se estruturando.”, comentou.

No início eram apenas a Vera, Thaís, Letícia e alguns voluntários, a estrutura era muito menor e havia poucos recursos. “Foi desafiador porque eu vinha de empresa, com a minha mesa, o meu computador, de repente, eu chego em um lugar onde é tudo junto e tudo misturado. A nossa mesa era uma mesa só. Foi uma experiência muito importante e me amadureceu muito também. Era tudo muito novo.”, explicou Thaís.

O bate papo seguiu com diversas recordações das famílias atendidas naquele momento. “Todas as histórias marcam, eu carrego um pouquinho de todo mundo que eu atendo, mesmo que seja apenas uma orientação. Um caso que me marcou muito foi o da Josilene que morava em Francisco Morato. Ela tinha quatro filhas, sendo uma com tumor cerebral. Cheguei na estação de Francisco Morato e tive um baque porque a realidade é diferente da nossa em São Paulo. Quando eu passei por cima do córrego para entrar na casa dela, fiquei desesperada. Tivemos um trabalho de insistência para que ela participasse dos encontros, até por conta da distância, do transporte, mas quando ela começou a ir e perceber a importância de estar naqueles encontros, de compartilhar, e ouvir dela o quanto ela gostava de ir e conversar, que era o único momento que ela tinha para ela. É isso! O dinheiro não paga, ver aquela luta pela sobrevivência, e ver que o nosso trabalho faz a diferença.”, contou Thaís.

O bate papo seguiu por 1 hora, cheio de histórias, e você pode acompanhar tudo na nossa página no instagram, acesse agora mesmo, clicando aqui!

O projeto, do sonho à realidade, prevê resgatar as memórias que construíram a história do Instituto C nestes anos todos de atendimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo. Além da revisitação ao acervo de imagens e vídeos como forma de reverenciar e agradecer a contribuição de todos que estiveram juntos nesta trajetória.

As lives estão acontecendo no instagram do Instituto C (@instituto.c) e contarão com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Gerente Geral e Fundadora do Instituto C, é responsável por conduzir estas conversas.

Assista o episódio 1 | O começo de tudo | Clique aqui

Assista o episódio 2 | Encontros que fortalecem | Clique aqui 

Serviços IC

Instituto C expande atuação em Comunidade na Zona Norte

O Instituto C anunciou no início do mês a expansão de suas atividades com a abertura de um espaço na comunidade Minas Gás, localizado na Zona Norte de São Paulo. “A expansão das atividades do Instituto C sempre esteve presente em nosso planejamento estratégico e ela vem acontecendo a cada ano. E a ideia de ter núcleos de atendimento regional, localizados nas periferias da cidade, aproximando as atividades desenvolvidas pelo Instituto C da residência das famílias, era uma vontade antiga”, explicou Vera Oliveira, Fundadora e Gerente Geral do Instituto C.

Isso porque, em 2012, o Instituto C iniciou os atendimentos das famílias em situação de vulnerabilidade social com crianças com doenças crônicas ou graves por meio do projeto PAF – Plano de Ação Familiar, franquia social do antigo Saúde Criança, que eram encaminhadas por hospitais públicos parceiros. De lá pra cá, criou três novos projetos sendo o primeiro deles o Atelier C, em 2014, com foco na geração de renda para as famílias. No mesmo ano, o Primeiro Infância, voltado para profissionais, pais e responsáveis pelos cuidados de crianças de 0 a 6 anos a fim de prevenir riscos no desenvolvimento pleno destas. Em 2017, nasceu o Educação em Rede para o atendimento de crianças e jovens com dificuldades escolares. “Expandimos também a nossa atuação com o “portas abertas” que possibilitou que toda família que cumpra o perfil dos nossos projetos pudesse ser atendida sem que precisassem ser encaminhadas por um hospital ou escola parceira.”, acrescenta Vera.

Desta vez, o passo é ainda maior. A escolha da comunidade Minas Gás se deu por conta da falta de projetos sociais identificada pela Coordenadora de Parcerias do Instituto C, Paloma Costa, moradora da região. “Eu nasci, cresci e moro até hoje no bairro da Brasilândia, aqui e em bairros vizinhos, como o Jardim das Graças onde fica a comunidade Minas Gás, há muita pobreza e exclusão social, são inúmeras favelas, milhares de famílias vivendo em condições precárias e poucas oportunidades para as crianças e jovens. Lembro de quando eu era adolescente, da minha avó dizendo para mim e para os meus primos que a gente tinha que buscar cursos e emprego do “outro lado do rio” porque aqui desse lado não tinha nada além de tráfico de drogas e outros crimes.”, conta Paloma.

Para essa expansão, o primeiro passo foi encontrar uma ONG parceira na região que pudesse viabilizar a atuação do Instituto C. Foi assim que a Paloma conheceu o Cezinha, líder comunitário da Central Única das Favelas (CUFA) Minas Gás, que é a primeira parceria para a expansão do Instituto C em uma comunidade. “Inicialmente, nós imaginamos aplicar a metodologia do PAF, mas como a liberação dos recursos do Condeca exige um pouco mais de tempo, por ser um processo mais complexo, apresentamos a ideia de levar o Educação em Rede e o Primeira Infância, uma vez que estes dois projetos estavam atrelados ao encaminhamento de crianças por meio das escolas e creches parceiras, e que, por conta da pandemia, ficou um pouco prejudicado.”, explica Vera.

Uma vez definido o melhor caminho, a equipe do Instituto C fez uma reunião com as lideranças da Comunidade para apresentar quais as atividades seriam oferecidas para os moradores. Como forma de validar a proposta, em novembro de 2020, as famílias da Comunidade responderam um questionário que sondava o interesse em participar das atividades, em 24h, o Instituto já tinha 158 respostas favoráveis. Com estes dados em mãos, a equipe fechou o escopo e pegou o okay com os patrocinadores.

A previsão é iniciar as atividades na Comunidade em abril de 2020.

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Faça parte do nosso time!

Se você tem interesse em trabalhar no terceiro setor, atendendo famílias em vulnerabilidade social, é proativo, comprometido, pontual, organizado e tem facilidade de se relacionar, além de facilidade de trabalhar em uma equipe multidisciplinar, você tem o perfil ideal para as vagas abertas aqui no Instituto C! 

Estamos com duas vagas abertas no projeto Educação em Rede, são elas: Psicologia (estágio) e Assistente Social (temporária). Confira os detalhes e faça a sua aplicação até o dia 17 de março, quarta-feira.

Estamos na Vila Buarque, mais precisamente na Rua General Jardim, 633.

Clique nas vagas abaixo para acessar os pré-requisitos e participar do processo seletivo:

Vaga Estágio de Psicologia

Vaga Assistente Social (temporária)

Áreas de atendimentoServiços IC

Educação em Rede encerra mais uma turma

No dia 01 de março, aconteceu o encerramento da segunda turma de 2020 do projeto Educação em Rede na sede do Instituto C. A turma teve início em dezembro do ano passado e contou com 48 novos alunos, os quais foram atendidos de forma presencial e remota. “Esse não é um adeus definitivo, esse aqui é o momento em que encerraremos as atividades, estamos celebrando o fim, mas é importante dizer que seguiremos apoiando as famílias de outras formas. Fizemos a devolutiva com cada uma das famílias nas últimas semanas e ouvimos muito “e agora? como que eu sigo?”. Nós ainda temos o grupo de whatsapp, entraremos em contato com as famílias para fazer um monitoramento, saber como todos estão e estaremos disponíveis para qualquer orientação ou auxílio. Não será igual, não será toda a semana, mas estaremos aqui para dar todo o suporte que eles precisarem.“ explicou a líder do projeto, Talita Lima.

O segundo ciclo do projeto precisou ser um pouco mais enxuto do que o primeiro para não coincidir com o início das turmas de 2021. Isso porque, a pandemia fez com que o primeiro ciclo fosse esticado até novembro. “Com a pandemia, as coisas foram interrompidas, começamos a perder muito o contato com as famílias, o contato de telefone mesmo, de não conseguir falar. Então, o primeiro ciclo foi um tanto quanto arrastado. Por isso, tínhamos o desejo de ajudar essas crianças, principalmente levando em conta o que elas estavam passando com a pandemia, sem aulas, trancados em casa, totalmente desamparadas.”, comentou Talita. Para a Psicóloga do projeto, Mariana Benedetti, o menor tempo junto dos alunos não atrapalhou a conexão necessária para o desenvolvimento das atividades. “Mesmo mais curtinho, neste ciclo, nós conseguimos uma presença maior dos alunos (clique aqui), o que é muito importante para o trabalho desenvolvido. Eu percebi que, por mais que o tempo fosse menor, os atendimentos foram muito importantes. Os alunos aproveitaram muito mais, contribuindo muito positivamente.”, acrescentou.

O encerramento foi emocionante e contou com a presença de apenas parte das famílias para evitar aglomerações. Para iniciar, uma dinâmica com bexigas azuis chamou a atenção para a dificuldade que muitas famílias encontram no dia a dia para dar conta das diversas tarefas, as quais ficam muito mais fáceis com a ajuda de outras pessoas. Logo após, as mães e os pais, responsáveis, responderam o questionário final que avaliava o impacto do projeto em suas vidas. Enquanto isso, os filhos pintaram azulejos com mensagens que ficarão guardadas no Instituto C. “Conhecemos o Instituto C faz uns 2 anos, meu filho mais velho também participou do projeto. Foi muito bom, eu me sinto muito acolhida aqui. O atendimento com a Psicóloga é maravilhoso, a gente consegue mostrar o nosso ponto de vista, consegue expor nossas dificuldades. Meu filho gosta muito daqui, ele gosta muito da Tabata que faz atividades artísticas com ele e também didáticas. Ele leva isso pra casa e usa durante toda a semana. É muito bom. Me sinto muito bem aqui. Quando me perguntam onde o Gabriel está passando, eu sempre indico vocês.” comentou Silvana, mãe do Gabriel, durante o encontro.

Alguns alunos também fizeram uma atividade final com a estagiária de Pedagogia, Tabata Cardenuto, que avaliou o avanço dos alunos neste período. “Este ciclo foi muito desafiador, porque todas as crianças tinham muitas dificuldades. E como foi um ciclo de só 9 semanas, eu precisei focar bastante em determinadas atividades para tentar conseguir uma evolução com eles, mas em contrapartida, foi um ciclo muito bom porque as crianças estavam muito engajadas, as crianças estavam muito animadas, com vontade de aprender. Eu vejo que todo este esforço, tanto da nossa parte quanto da parte das crianças foi essencial para alcançarmos os resultados.”, explica Tabata.

Por fim, todos se reuniram novamente para leitura e recebimento do certificado pelos alunos. “Estamos muito felizes com este ciclo e só conseguimos realizá-lo com a ajuda de toda a equipe do IC que, desde o início, nos ajudaram com as triagens, encaminhamentos do PAF e todo o suporte necessário. Todos, sem exceção, nos ajudaram bastante.”, finaliza Talita.

Gestão de Pessoas

Artigo | Mulheres na Liderança

A igualdade de gênero é um assunto cada vez mais discutido em nossa sociedade, porém é lamentável observar que as reflexões e debates acerca do tema ainda não conseguiram de fato proporcionar mudanças significativas principalmente quando o cenário é o mercado de trabalho.

De acordo com o Ministério da Economia, as mulheres detêm 42,4% das funções de gerência, 27,3% de superintendência e 13,9% de diretoria, ou seja, quanto mais alto o nível dentro de uma companhia, menos elas estão presentes. É curioso observar esses dados em contraste com a realidade que vemos diante dos perfis das famílias que atendemos no Instituto C, onde 63% das mulheres são líderes da família; exercendo o papel de principais mantenedoras e administradoras de seu lar. Acredito que esses dados refletem a cultura machista de uma sociedade que ainda não rompeu preconceitos.

Comecei minha trajetória no Instituto C como estagiária de psicologia, fui desenvolvendo minha carreira e habilidades aliadas aos valores da organização e recentemente fui promovida ao cargo de liderança do projeto PAF – Plano de Ação Familiar. Ser mulher e assumir essa posição é uma grande conquista, não apenas pessoal, mas num âmbito coletivo revela que as organizações estão despertando para a importância da equidade de gênero. E não somente isso, mas também da potência que é investir na diversidade, seja por gênero, cor, orientação sexual, idade ou por conta de alguma deficiência.

Algumas pesquisas já começam a mostrar que contar com um time mais diverso, melhora a performance e o desempenho financeiro das empresas. No geral, as características da mulher favorecem a liderança; pois costumam estimular um clima mais harmônico onde as construções são horizontais, trazendo muitos benefícios e resultados no trabalho.

Neste Dia Internacional da Mulher, momento tão importante para reflexões, agradeço pelas oportunidades que tive e reforço o coro  por mais igualdade entre os gêneros. Afinal, nós, mulheres, temos muita garra, dedicação e competência.

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Direito garantido para Mellanie

Em fevereiro, a equipe do PAF – Plano de Ação Familiar, em parceria com o Dr. Raphael Scorpião, Defensor voluntário, celebrou uma conquista super importante para a pequena Mellanie (4) e sua família, o fornecimento de medicamentos de uso contínuo que não são fornecidos pelo SUS. “Recebemos a resposta que a ação foi julgada favorável e a criança terá esse direito garantido pelo Estado. Estamos muito felizes em compartilhar essa conquista de muitas que virão.”, comemorou a líder do projeto Kátia Moretti.

O caminho que desembocou no deferimento da ação judicial pelo juiz de Bragança Paulista, que determinou que o município forneça a medicação solicitada no laudo médico no último dia 15 de fevereiro, foi longo. “Participei do processo como intermediário entre a família, a Liliane e o Dr. Raphael. Foi muito legal porque a família sempre foi muito engajada e isso facilitou o processo. Mesmo assim, pudemos ver na prática o que as famílias passam quando precisam de algum benefício do Estado, realmente é algo bem burocrático, tudo muito complicado.”, comentou Breno Pereira, responsável pela parte de medicações do Instituto C.

Durante este período, a Fernanda, mãe da Mellanie, contou com todo o apoio e suporte do time multidisciplinar do PAF, em especial, a Assistente Social, Liliane Moura. “Nosso maior objetivo dentro do projeto é estimular a autonomia das famílias, então, essa conquista é um reflexo disso, é o cumprimento deste objetivo. A Fernanda entrou no Instituto C em setembro de 2019 e com acesso à informação, ela entendeu que era preciso buscar o direito dela. Caso ela não tivesse estas medicações fornecidas pelo Estado, como seria a vida desta família após o projeto?”.

Diagnosticada com microcefalia, Mellanie costuma apresentar graves crises convulsivas, quadro que só foi controlado após a prescrição de dois remédios que não estão na lista de remédios fornecidos pelo SUS. “Em Bragança Paulista, tem o postinho que a gente chama de Sáude Mental. Lá as pessoas pegam o remédio controlado para convulsão, alzheimer, um monte de doenças, mas eles não fornecem os remédios prescritos pela neurologista, eles fornecem o genérico. Não adianta dar esses remédios para Mel porque as crises convulsivas dela não são controladas pelos genéricos. Falando o dito popular, não faz nem cosquinhas.”, explicou Fernanda.

Ao entrar no projeto PAF, Fernanda passou a receber as duas medicações do Instituto C. “Eu comecei a comprar os remédios por um tempo, porque não adiantava nem dar os genéricos. Só que foi ficando muito pesado para mim, eu não trabalho, meu marido é freelancer. Desde que eu cheguei no Instituto C, graças a Deus, o Instituto tem comprado os remédios para mim. E é um alívio muito grande poder dar esses remédios para minha filha.”, comentou Fernanda.

Em novembro do ano passado, em parceria com o Dr. Raphael Scorpião, Defensor Voluntário, a equipe do PAF, juntamente com o Breno, começou a analisar as famílias atendidas que faziam uso de medicações que não estavam previstas na rede pública. A família da Mellanie tinha esta característica, então, foi orientada sobre os procedimentos necessários para que as medicações para o tratamento da Mellanie fossem garantidas pela rede pública, ou seja, pelo Estado, conforme preconiza a Constituição. Para isso, foi primordial o empenho da Fernanda em obter os laudos médicos, bem como todos os documentos necessários. “Eu agradeço muito a Deus e a vocês no Instituto C, porque nós só recebemos um salário mínimo e, se você for colocar na balança, não dá pra nada. Sabendo que foi aprovado, que o juiz decidiu aprovar em arcar com estes custos, para mim foi maravilhoso, porque esse dinheiro eu teria que desembolsar, agora eu posso fazer outros tipos de coisas para ela, comprar outras coisas que ela precisa. A medicação é o mais importante. Foi um presente! Uma criança especial requer muito cuidado, tudo que vai comprar é mais caro, desde um sapatinho até uma cadeira de rodas. E é muito importante a gente ter uma assistência do Estado. Saber que nossos direitos estão sendo cumpridos.”, finaliza Fernanda.

PAFServiços IC

Novo formato, dinamiza e amplia atendimento no PAF

Nos primeiros meses do ano, a equipe do PAF – Plano de Ação Familiar apresentou uma novidade às famílias atendidas pelo projeto, as técnicas de referência. “A técnica de referência é a pessoa responsável pelo caso daquela família, então, as principais demandas que a família apresentar, terão como referência essa técnica para cuidar. A ideia é que a técnica conheça mais profundamente a família e crie um vínculo ainda maior, resolvendo mais rapidamente as demandas.”, explica a líder do projeto Katia Moretti.

A ideia de estabelecer uma técnica de referência partiu da Assistente Social do PAF, Liliane Moura, que havia trabalhado desta forma em um hospital e percebeu que com este formato o projeto teria muitos ganhos para as famílias, bem como para a equipe. “Pensamos nesta nova metodologia de trabalho, a partir da experiência e do modelo adotado pelos CAPs, UBS, onde cada técnico é responsável por um número de pacientes, estabelecendo um vínculo mais próximo com o indivíduo, uma vez que, o técnico responsável enxergará aquele indivíduo na totalidade, fazendo os encaminhamentos adequados”.

A ideia inicial foi aprimorada após algumas reuniões entre a equipe, até ser apresentada para a Gerente Geral, Vera Oliveira. “Quando conheci a proposta da equipe do PAF, em relação aos técnicos de referência, fiquei muito feliz com o rumo que o projeto vem tomando. Acredito que com a técnica de referência vamos conseguir nos aprofundar ainda mais em cada história e oferecer um atendimento com mais agilidade para cada família atendida.”.

Na prática, as famílias continuarão a ser atendidas por todas as áreas (Renda, Nutrição, Serviço Social, Psicologia, Educação e Acompanhamento Familiar), mas isso ocorrerá apenas nos meses pares (Fevereiro, Abril, Junho, Agosto, Outubro e Dezembro) quando também haverão as Rodas de Conversa e a metodologia aplicada será o Chaku, que funciona como carrossel no qual as famílias passam por todos os atendimentos, com um tempo limitado com cada técnica.

Nos meses ímpares, o atendimento será com a técnica de referência que passará a ter 1 hora com cada família, entendendo mais profundamente as necessidades de cada uma delas e direcionando assim as demandas para as técnicas de referência no mês seguinte. “Esse arranjo se apoia na interdisciplinaridade, sendo este o grande desafio desta metodologia, unificar os saberes de profissões diversas, o que somente será possível com a interação e a troca de experiência entre todos do projeto”, acrescenta Liliane.

Entre os benefícios do novo formato estão: mais opções de horários para as famílias, menor fluxo de famílias no espaço, melhor organização para entrega de benefícios, tempo maior de engajamento nas ações propostas pela técnica para a família apresentar a devolutiva e realização de grupo de recepção mensalmente.

Sobre o PAF

O projeto PAF – Plano de Ação Familiar oferece atendimento multidisciplinar para as famílias em risco social com crianças em tratamento de saúde para que conheçam seus direitos, acessem a rede socioassistencial disponível e consigam assim ter mais qualidade de vida e autonomia. Mensalmente as famílias passam por atendimento individual focado em suas necessidades e possibilidades nas áreas de Renda, Serviço Social, Educação, Nutrição, Psicologia e Acompanhamento Familiar. Além disso, participam de rodas de conversa com temas variados e recebem itens emergenciais e remédios que o SUS não fornece.

Serviços IC

Educação em Rede comemora aumento no engajamento da turma

Dados preliminares apontam um aumento de 20% no engajamento da nova turma do projeto Educação em Rede, quando comparadas com a primeira turma de 2020. Para a líder do projeto, Talita Lima, este número é explicado por diversos fatores. “Neste ciclo, nós fizemos uma divulgação de vagas diferente do que fazíamos anteriormente, quando as crianças eram encaminhadas pelos parceiros da rede socioassistencial. Foram as próprias famílias que buscaram este serviço de forma ativa.”, explica.

O Educação em Rede é o projeto do Instituto C que atua com famílias de crianças e adolescentes em risco social que apresentam alguma queixa escolar, com o intuito de auxiliar no fortalecimento dos vínculos familiares, articulação da rede de apoio e participação da criança na escola. Por meio de atendimentos semanais, os alunos se reúnem em grupo para participar das atividades desenvolvidas pela área de psicologia e reforço escolar para consolidação do processo de alfabetização básica. Além disso, as famílias participam de atendimento junto ao Serviço Social para acompanhamento de seus filhos.

A busca direta é provavelmente um dos principais fatores que explicam o aumento expressivo do indicador que alcançou 76% ante os 56% registrados na última turma, mas o valor também pode ser atrelado ao formato de atendimento oferecido pelo projeto que apresentou diversas melhorias após adaptação inicial por conta da pandemia. “Neste ciclo (2), nós melhoramos o processo do atendimento remoto, até pela bagagem já adquirida. Saímos do Whatsapp para os atendimentos na plataforma Google Meet, deixando os encontros mais profissionais e organizados.”. Com esta melhoria, a técnica consegue visualizar toda a turma, o que era difícil de fazer no celular, além de conseguirem compartilhar arquivos que dão o suporte para o atendimento remoto, como exibir vídeos por exemplo.

Outro fator importante e que deve ser levado em conta é o perfil das famílias atendidas neste ciclo. “O número de famílias atendidas remotamente é maior do que presencialmente. Isso porque, identificamos que estas famílias estão com menos problemas envolvendo acesso à internet e o uso de aparelhos eletrônicos. Com os atendimentos remotos, nós conseguimos atender famílias de regiões mais distantes, expandindo a nossa atuação”.

Por fim, Talita explica que o impacto da pandemia na frequência assídua seja também porque os alunos não estão acessando as aulas e estão há quase 1 ano longe da escola. “As lacunas de aprendizagem estão gritantes e as famílias estão buscando desesperadamente por auxílio, porque mesmo aquelas que antes não tinham dificuldade de aprendizagem, hoje se encontram com lacunas em seu processo de aprendizagem pela falta da escola.”, finaliza.

Aniversário IC

IC celebra 10 anos com uma série de Lives

O Instituto C deu início ontem, 11 de fevereiro, à primeira de uma série de lives em celebração aos 10 anos de organização, que serão comemorados no dia 12 de outubro de 2021. A ideia do projeto, do sonho à realidade, é resgatar as memórias que construíram a história do Instituto C nestes anos todos de atendimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo.

O projeto também prevê uma revisitação ao acervo de imagens e vídeos como forma de reverenciar e agradecer a contribuição de todos que estiveram juntos nesta trajetória, além de reportagens e premiações que fortaleceram a organização até aqui. “Para planejarmos o futuro do Instituto C é importante compreender o que foi construído nesses 10 anos, todas as conquistas, erros, acertos e aprendizados que fizeram do Instituto C o que ele é hoje. É muito importante para nós aproximarmos a equipe e todos os públicos que nos acompanham dos momentos que eles não viveram na trajetória do Instituto.” , comentou Diego Schultz, Gerente Institucional.

As lives acontecerão no instagram do Instituto C (@instituto.c) e contarão com a presença de ex colaboradores, famílias atendidas, voluntários, parceiros, entre outros, até o mês de outubro. Vera Oliveira, Gerente Geral e Fundadora do Instituto C, será responsável por conduzir estas conversas.

A convidada para a primeira live foi a Dra. Vera Cordeiro, Fundadora do Instituto Dara (antiga Associação Saúde Criança), responsável pela criação da metodologia PAF – Plano de Ação Familiar, que foi licenciada pelo Instituto C, e é a base do projeto realizado desde 2012 pela nossa organização. “Com todo o apoio do Instituto Dara e com o know how da metodologia do PAF, começamos o Instituto C sem ter que passar por muitos erros e aprendizados que já eram lições aprendidas. Isso foi muito importante para o início do Instituto C e é uma parte fundamental da nossa história. Temos imensa gratidão pela Dra. Vera e por todo time do Instituto Dara (antigo Saúde Criança) que nos acolheu e orientou muito em 2011”, explica Vera Oliveira.

No bate papo, as Veras relembraram sobre o início de tudo, como o jantar que aconteceu em São Paulo, quando a Maristela Correa apresentou a Vera Oliveira à Vera Cordeiro, em 2011. Naquele momento, o Instituto Dara (antigo Saúde Criança) estava passando por uma expansão e trabalhando no formato de franquia social, possibilitando que outras organizações sociais pudessem seguir a metodologia do PAF – Plano de Ação Familiar e, assim, alcançasse um número ainda maior de famílias. “Eu me lembro perfeitamente deste jantar, eu fui com muita animação para São Paulo. Eu me lembro que a Maristela sabia da sua vocação para realmente querer mudar a vida das famílias vulneráveis. Ela tinha certeza que você estava com muita vontade. É necessário que o fundador de uma organização tenha uma vontade que parta do coração, não só da cabeça. Ela percebia você inquieta para querer mudar a vida das pessoas.”, comentou Vera Cordeiro.

“Eu estava encantada ouvindo a Dra Vera falar, chorei diversas vezes com ela contando todo o detalhe da criação, falando das dificuldades, das dores do crescimento. Saí de lá encantada. Foi um encontro de almas.”, comentou Vera Oliveira.

Dois meses depois do jantar, Vera Oliveira foi até o Rio de Janeiro para conhecer a organização. “Cheguei lá e a Dra Vera Cordeiro mal me deu oi e começou a me apresentar para a equipe como a fundadora do Saúde Criança São Paulo”.

“Eu não tinha dúvidas de que você iria fundar o Saúde Criança São Paulo. Quando eu percebo que a pessoa tem um talento, eu acelero. Lembro da alegria de ver você visitando nossa sede lá na Lagoa.”, contou Vera Cordeiro.

O bate papo seguiu por 1 hora, cheio de histórias, e você pode acompanhar tudo na nossa página no instagram, acesse agora mesmo, clicando aqui!

Parcerias

Parcerias Renovadas

Ano novo, vida nova, parceiro antigo. Essa é a máxima do Instituto C agora no início do ano, isso porque, nossos parceiros de longa data, Instituto Credit Suisse (ICSHG) e Instituto Samuel Klein, renovaram a parceria com o Instituto C e, com isso, o compromisso com o atendimento de famílias em situação de vulnerabilidade social com foco na Educação, da primeira infância até o ensino médio. 

A história de parceria com o Instituto Credit Suisse é de longa data e teve início em 2014 com o apoio ao projeto PAF – Plano de Ação Familiar. Em 2017, o ICSHG apostou junto conosco no início de um novo projeto, com foco na educação de jovens e crianças com dificuldades no desenvolvimento escolar e que vivessem em situação de vulnerabilidade social, assim nasceu o projeto Educação em Rede. “O Credit Suisse é um grande parceiro que nos abre portas para novas parcerias e nos auxilia no aprimoramento dos nossos processos de gestão dos projetos e do Instituto C como um todo. Ao longo de toda a pandemia, ele esteve ao nosso lado, nos ajudando com recursos para que nenhuma das famílias atendidas em todos os projetos ficassem desamparadas.”, comenta a Paloma Costa, Coordenadora de Parcerias do IC.

Apesar de mais recente, a história com o Instituto Samuel Klein não é muito diferente. A parceria teve início em 2019 quando o Instituto C remodelou o projeto Primeira Infância, deixando de atender exclusivamente na nossa sede e passando a atuar dentro dos Centros de Educação Infantil, oferencendo capacitação aos educadores, e acompanhando de perto o desenvolvimento das crianças e suas famílias. “O Instituto Samuel Klein nos ajudou a concretizar essa proposta e, pela primeira vez, o Instituto C executou um projeto fora da nossa sede. Em 2020, com a impossibilidade de atuar dentro das novas creches parceiras por conta do coronavírus, nós tivemos que paralisar a realização do projeto, mesmo assim, o ISK seguiu nos apoiando com as doações de benefícios para as famílias atendidas em outros projetos.” explica Paloma. A novidade é que com a renovação da parceria, o projeto Primeira Infância retornará agora em 2021. “Entendemos que este trabalho não poderia parar diante da pandemia, então, propusemos ao ISK a retomada do projeto em um formato adaptado para a nova realidade que nos permite seguir apoiando o pleno desenvolvimento dos pequenos que estão em situação ainda mais vulnerável por não poderem frequentar as creches. A proposta foi aprovada e com o apoio deles daremos mais esse passo importante de expansão das atividades do Instituto C.”, finaliza.