Institucional

Homenagem ao Dia das Mães – Poema de Claudete Marcolino

Preparamos essa homenagem para aquelas que representam o maior amor que existe, as mães.

Feliz Dia das Mães!

Mãe que seria de mim sem ti?
Sua voz que fala aos meus ouvidos, que canta, que encanta e acalanta.
Que adverte, que ensina e educa.
Seus olhos que brilham e me veem.
Sua luz, seu andar, caminhar.

Mãe que acolhe, no ventre, no abraço, no coração!
Em sua sabedoria minha referência.
Sabedoria que aprendeu, compreendeu e se tornou no passar dos dias.
Ah a maternidade!
Que se fez e se faz cheia de perguntas sem respostas, erros e acertos.
Sim, mãe, eu sei que você não sabia!
e tudo que te disseram sobre ser mãe, não foram suficientes.

Mãe, que desbrava o desconhecido por não saber, que se dispõe aprender, que aprende sem se dispor.
Que não desiste!
Que se cansa, que não dorme e muitas vezes não come para o filho comer.

Em lutas aguerridas e diárias em busca do melhor se doa, se entrega,
Lágrimas, choros escondidos, medos, sorrisos, sonhos e conquistas
Para que eu pudesse ser, estar Aqui!

Mãe, sua maternagem se faz lembrada
Não importa como você foi, como é ou será
Não apenas na data de hoje,
Na minha história
Para que eu pudesse NASCER
Antes de mim,
Precisou existir VOCÊ!

Poema de Claudete Marcolino

 

Imagens das mães que constroem dia após dia a história e o legado do IC.

 

 

Áreas de atendimento

Imigrantes: dificuldades e barreiras que enfrentam ao chegar em um novo país

Existem muitas razões que podem levar um imigrante a deixar seu país de origem. Algumas das mais comuns incluem questões políticas, como instabilidade, violência, perseguição política ou religiosa, ou até mesmo guerras. Além disso, problemas econômicos podem ser um fator significativo, como falta de oportunidades de trabalho, baixos salários, desigualdade social ou pobreza extrema.

No Brasil, muitos imigrantes chegam com o objetivo de melhorar sua condição de vida e proporcionar uma qualidade melhor para sua família. Independentemente da razão, a decisão de deixar o país de origem geralmente é uma das mais difíceis e envolve muitos riscos e incertezas.

Os imigrantes enfrentam uma série de desafios ao chegar em um novo país. Além da necessidade de adaptação a uma nova cultura e idioma, eles podem enfrentar discriminação e preconceito de pessoas que não estão dispostas a aceitar os recém-chegados. A busca por empregos que correspondam às suas habilidades e experiências também é uma questão, o que pode levar a problemas financeiros e até mesmo de autoestima. 

A falta de suporte social e emocional também pode ser um desafio, especialmente se o imigrante deixou para trás sua família e amigos em seu país de origem. Daí, a importância do acolhimento como forma de política pública à eles.

Números de imigrantes em São Paulo

De acordo com o último levantamento do Migracidades, uma plataforma de diagnósticos sobre migração da Organização Internacional para Migrações (OIM), de 2021, são 376.156 migrantes que vivem na cidade. As principais comunidades são:

  • Bolivianos (27%);
  • Chineses (7%);
  • Haitianos (6%).

Ainda segundo eles, de janeiro de 2000 a março de 2022, 595.369 migrantes obtiveram o Registro Nacional Migratório como habitantes do município, de acordo com dados do Sistema de Registro Nacional Migratório (Sismigra) (NEPO/UNICAMP, 2022). E mais: entre abril de 2018 e outubro de 2022, o estado de São Paulo recebeu cerca de 11.204 pessoas venezuelanas por meio da estratégia de interiorização do Governo Federal.

Dificuldades e barreiras dos imigrantes

Recentemente, a equipe técnica do Instituto C participou de uma formação promovida pela Rede Sem Fronteiras, do Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHIC), chamada ‘Ampliando Redes e Cidades Solidárias’, devido o aumento de famílias imigrantes procurando por atendimento no programa Cidadania em Rede.

“A gente sabe que em São Paulo, por ser uma grande metrópole, a questão imigratória é importante, mas para nós, enquanto Cidadania em Rede, foi uma novidade a chegada dessas famílias. Ainda não tínhamos pensado em estratégias de como acolher e fortalecer esse grupo em específico”, introduz Sheila Silva, agente de ação social do Cidadania em Rede. 

E, entre as dificuldades encontradas por essa população, está a língua, a cultura e a alimentação. “Os abrigos que hoje recebem esses imigrantes não conseguem elaborar um cardápio que atenda a todos, e a gente sabe que tem alguns itens que eles não comem. Então, aqui, elas valorizam bastante os atendimentos da nutrição. A psicologia também é uma área importante devido à autoestima dessas mulheres, e da trajetória que tiveram até aqui. Tentamos reconstruir juntas um plano de autonomia para elas não desanimarem”, conta Sheila.

Por sofrerem dificuldades, preconceitos e, muitas vezes, até mesmo a violência, é notório o agrupamento entre os imigrantes. A agente aponta também que existem dois perfis: o de quem já chegou há bastante tempo e, assim, consegue lidar melhor com algumas questões, e o do recém-chegado, que ainda está tentando entender o novo momento e, por isso, ainda é mais fechado. “Mas, a partir do momento que o Instituto C abre essa possibilidade, as chances de mudarmos esse cenário e dar um passo bacana enquanto instituição, é grande“.

O acolhimento aos imigrantes no Instituto C

Atualmente, o Cidadania em Rede atende 7 famílias que vieram da Venezuela e, em sua maioria, de mulheres. “Percebemos que são pessoas com nível superior, mas quando chegam no Brasil precisam se reconstruir totalmente em diferentes aspectos”, diz.

Assim, enquanto instituição, o IC tem pensado em formas de trabalhar essa nova pauta. Um dos próximos passos é trazer um debate sobre políticas públicas, acessos aos direitos e até mesmo formas para validar os diplomas aqui no Brasil. Sheila conta o caso de uma venezuelana, por exemplo, que é formada em Enfermagem e agora está batalhando para conseguir a validação da sua certificação no Brasil. “Queremos articular com alguém do CDHIC para uma roda de conversa aqui no Instituto com as famílias que atendemos”, conta.

Para Sheila, ainda é importante fazer isso de uma forma coerente e entusiasmada, já que essas mulheres chegam cansadas e, muitas vezes, fragilizadas após tantos ‘nãos’ ouvidos. “E isso, se não trabalhado, vira uma bola de neve, né? A gente precisa prevenir futuros problemas e fazer um trabalho de acesso e inclusão dessa população”, acrescenta Sheila.


Com sua ajuda, levamos mais autonomia e qualidade de vida a famílias em vulnerabilidade social. Clique aqui! 


Fotos por Sara Vasconcelos
@saraavasconceloss
@saravasconcelosfoto

InstitucionalServiços IC

Está no ar o nosso Relatório de Atividades de 2022 – Cuidado em expansão

Cuidado em expansão

O relatório de 2022 do Instituto C que você está prestes a ler, mostra não só o trabalho que realizamos a cada dia, há 11 anos, como também transparece ao longo de suas páginas, como a organização foi amadurecendo e aperfeiçoando a sua metodologia e atuação ao longo dos anos.

Estamos com um programa de atendimento que foi replicado na Zona Norte e que está sendo cuidadosamente projetado para chegar a outros lugares e outras famílias, que se beneficiarão de um olhar cuidadoso e
do atendimento multidisciplinar focado nas demandas de cada uma.

Relatório de atividades 2022

É por meio da conexão entre as soluções já oferecidas pela rede socioassistencial com as demandas de cada família e a forma como ela é acolhida pela equipe multidisciplinar que vamos tecendo o nosso trabalho e fazendo ele chegar a mais famílias que precisam.

É nítido também com a abertura de um novo polo de atendimento, que o trabalho cresceu. Em 2022, ampliamos em 32 % o número de famílias atendidas. Porém, o que me traz mais satisfação em relação aos alcances do ano é o clima organizacional que construímos.

Apesar de trabalharmos com um tema sensível, ouvirmos cotidianamente histórias difíceis e que mexem com a nossa alma, o que mais escutamos quando reunimos os nossos colaboradores e voluntários são palavras que nos emocionam e relatam o quanto eles tem orgulho de trabalhar no Instituto C e o quanto esse trabalho ocupa um lugar muito especial na vida de cada um deles.

Esse sentimento, junto com o amadurecimento da organização, trouxeram conquistas importantes para nós e que coroaram o ano de 2022. Recebemos pela primeira vez dois selos muito importantes da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Diversidade e ficamos entre as 3 melhores ONGs do Estado de São Paulo no prêmio Melhores ONGs. Esses reconhecimentos nos impulsionam mais e mais.

Te convido a ler as páginas do nosso relatório de atividades e acompanhar conosco cada passo da expansão do nosso cuidado para mais famílias em vulnerabilidade social.

Um abraço,
Vera Oliveira
Diretora Executiva

Faça sua leitura aqui!

PAF

Projeto piloto para o pré-atendimento de famílias da lista de espera do PAF

O primeiro projeto do Instituto C nasceu em 2012, e é o PAF – Plano de Ação Familiar. Desde então, famílias com crianças que tenham alguma doença grave ou crônica, e que vivam em situação de vulnerabilidade social, passam por atendimentos específicos, participam de rodas de conversas e recebem doação de alimentos e remédios que o SUS não fornece.

Realizado na sede, no bairro da Santa Cecília de São Paulo, o PAF atende mensalmente 200 famílias, que têm ciclos de participação que variam de um ano e meio a dois. Por isso, a lista de espera para ingressar no projeto é grande.

A gente vê essa demanda como algo importante, já que nosso trabalho está sendo recomendado e requisitado. Enxergamos isso como algo bom, mas, por outro lado, sabemos que não é apenas um número naquela lista, mas uma família que está precisando de orientação e auxílio”, diz Katia Moretti, coordenadora do PAF.

O aumento da procura – PAF

Antes da pandemia, o projeto passou por uma fase onde estava recebendo poucos encaminhamentos dos hospitais parceiros.

Foi quando, em 2019, decidimos tornar o PAF um projeto de portas abertas. Assim, as famílias poderiam nos indicar e nos procurar – e não mais haver necessidade de um encaminhamento da rede”, explica. A partir disso, as procuras espontâneas começaram a representar a maior parte das famílias recebidas.

Não demorou para a pandemia do coronavírus paralisar os atendimentos presenciais, impossibilitando o Instituto C de receber novas famílias. “Quando voltamos, mesmo que ainda em formato híbrido, a lista só foi crescendo. Afinal, tínhamos um grande número de encaminhamentos e procuras espontâneas, e mais vulnerabilidade por conta da pandemia”, lembra. Inclusive, as indicações entre as famílias cresceram tanto que atualmente representam 85% da lista de espera – que hoje conta com 118 famílias.

Em outubro de 2021 o projeto atingiu o marco de 200 famílias ativas, sendo essa a capacidade máxima para atendimento. Desde então, novas famílias são recebidas apenas quando há vagas disponíveis.

“Como a nossa rotatividade não é alta, as famílias que estão na lista acabam esperando muito”, diz Katia.

PAFPAF em crescimento 

A partir dessa preocupação crescente da equipe técnica e da gestão do Instituto, surgiu um projeto piloto de pré-atendimento, com o intuito de garantir informações sobre os direitos (pelo menos os mais básicos) às famílias.

Queremos ofertar atendimentos em grupo para orientação acerca de proteção social básica e como acessá-la”, conta.

A porta de entrada para a Política de Assistência Social é o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), sendo assim, todas as famílias da lista de espera, poderiam ser beneficiadas com informações e encaminhamentos para esse serviço a partir de uma roda de conversa didática e satisfatória, promovida pelo PAF.

 

A gente acredita muito na potência do trabalho em grupo. Pensamos em reunir cerca de 30 famílias e ir repetindo grupos até alcançar a totalidade da lista. Na conversa, explicaremos que ainda não é o início dos atendimentos do projeto em si, mas que temos esse auxílio de orientação para informações. Também vamos oferecer uma cesta básica à família”, explica Katia.

O primeiro pré-atendimento deve acontecer até o início de junho. “Às vezes, a família já recebeu tantos ‘nãos’, que queremos ser um incentivo para ela alcançar seus direitos, com as orientações e auxílio que elas precisam. Acreditamos que será um trabalho bem potente. Estamos animados”, celebra a coordenadora.

Aproveite para conferir outros artigos do nosso blog:


Transforme sua data especial em muitas felicidades!

Conheça aqui o aniversário solidário!


 

Parcerias

Desenvolvimento Sustentável – Boutique Cidadã IC

A Organização das Nações Unidas (ONU), juntamente com seus colaboradores no território brasileiro, está empenhada em alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – que são compostos por 17 metas ambiciosas e interligadas, que visam solucionar os principais obstáculos enfrentados no processo de desenvolvimento pela população brasileira e global.

 A Agenda 2030 no Brasil é impulsionada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que representam um apelo mundial para combater a pobreza, preservar o meio ambiente, o clima e assegurar que todas as pessoas possam experimentar a tranquilidade e o sucesso.

Consumo e produção responsáveis

Um desses pilares é o “Consumo e produção responsáveis” que, entre seus objetivos, está a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais a fim de:

  • Reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial;
  • Alcançar o manejo ambientalmente saudável dos produtos químicos e todos os resíduos;
  • Reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso;
  • Incentivar as empresas, especialmente as empresas grandes e transnacionais, a adotar práticas sustentáveis;

Uma das formas de colaborar para esse pilar da ODS é fazer um consumo consciente de itens de vestuário – já que sabemos que a indústria da moda é a segunda mais poluidora do mundo, atrás apenas da indústria petrolífera.

Por isso, a importância dos brechós e de outras empresas que tem como foco a reciclagem de roupas. 

Desenvolvimento sustentável

O Instituto IC e a Boutique Cidadã

Um bom exemplo de empresa que pensa na sustentabilidade é a Re Petit, um brechó on-line de itens infantis, como roupas, acessórios, calçados, brinquedos, objetos e utensílios para crianças de 0 a 14 anos.

Trabalhamos com as melhores marcas nacionais e internacionais, entregamos qualidade e muito estilo por um valor acessível. E mais: geramos renda extra para as mamães e pais que vendem e ainda poupam os recursos do planeta. Esta é a nossa forma de contribuir com um mundo mais justo para todos” – diz a página institucional deles.

E não só, aqueles itens que não passam pela curadoria da Re Petit, são destinados às instituições e ONGs que trabalham com crianças – como o Instituto C, que foi escolhido para firmar uma parceria neste ano.

Até agora, já foram doadas 1350 peças e, a partir delas, surgiu o Boutique Cidadã, um projeto que produz e promove para as famílias a autonomia de escolher.

Dentro da lógica da filantropia, as pessoas não têm muita escolha, né? Elas recebem um pacote de doação e é isso”, introduz Nayara Oliveira, psicóloga institucional.

Para a primeira ação, foi montada uma espécie de loja na Casinha Amarela. “Distribuímos as peças em uma arara e criamos um dinheiro fictício, com objetivo de promover um espaço em que as responsáveis se sintam protagonistas e seja devolvida a dignidade de sentir um poder de compra, com cidadania e cuidado das crianças e adolescentes”, explica Nayara.

Participaram cerca de 40 famílias atendidas pelo PAF, podendo adquirir uma média de 10 peças cada, entre roupas e calcados.

“A ação reverbera até mesmo nos atendimentos, onde podemos estimular a organização financeira e promover a autonomia das mulheres, por exemplo, que geralmente escolhem itens para seus filhos, e não para elas mesmas”, conta a psicóloga.

A ideia é que tenham outros eventos como esse durante o ano de 2023 – período em que acontece a parceria com a Re Petit – de acordo com as remessas recebidas por eles. Que venham mais!


Clique e faça como a Re Petit – Ao doar produtos, você ajuda as famílias em suas necessidades emergenciais!


 

PAF

Autismo: o que é e como lidar?

Certamente, você já conheceu– ou conhece alguém que conhece – alguém com autismo. Isso ocorre porque, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa condição afeta 1 em cada 160 crianças globalmente e 2 milhões de indivíduos somente no Brasil.

O autismo é um transtorno do desenvolvimento neurológico que se distingue pela manifestação de comportamentos atípicos, desvios na comunicação e interação social, comportamentos estereotipados e repetitivos, além da presença de interesses e atividades restritas. Trata-se de um distúrbio do espectro autista (TEA).

E, mesmo com um número tão expressivo de diagnósticos, o autismo ainda é considerado um tema tabu pela sociedade. As pessoas tendem a possuir uma percepção equivocada sobre esse transtorno e as características apresentadas pelas pessoas que possuem autismo – gerando preconceito e barreiras para àqueles que possuem, e seus familiares.

Autismo – Afinal, o que é?

O TEA é um distúrbio que afeta as funções do desenvolvimento neurológico e pode resultar em mudanças qualitativas e quantitativas na comunicação, tanto verbal quanto não verbal, na interação social e no comportamento. Isso pode incluir comportamentos repetitivos, foco intenso em objetos específicos e interesses limitados.

O espectro do autismo varia desde casos leves, em que a pessoa tem alguma dificuldade de adaptação, até casos graves em que a pessoa é completamente dependente para as atividades cotidianas durante toda a vida.

Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo

Em 2 de abril, a ONU designou o Dia Mundial de Conscientização do Autismo ou Dia do Autismo, com o intuito de conscientizar e ampliar a discussão sobre o transtorno. Desde o primeiro evento em 2008, tem sido uma importante ferramenta para combater preconceitos e falta de informação.

Sintomas do autismo

 Os sinais de alteração no neurodesenvolvimento da criança podem ser identificados nos primeiros meses de vida e geralmente o diagnóstico é confirmado entre 2 a 3 anos de idade.

Embora existam algumas características comuns entre as pessoas com autismo, cada indivíduo é único e pode apresentar diferentes graus e combinações de sintomas e sinais. 

Algumas das características comuns do autismo incluem dificuldades na comunicação e na interação social, comportamentos repetitivos e estereotipados e interesses restritos e inflexíveis. No entanto, a forma como essas características se manifestam pode variar amplamente entre as pessoas com autismo.

5 Sintomas e sinais mais comuns do autismo

  • Evitar contato visual durante conversas;
  • Não demonstrar interesse em receber carinho ou afeto, resistindo a abraços e beijos;
  • Ter dificuldades para interagir com outras crianças e estabelecer amizades;
  • Repetir continuamente comportamentos, sons e palavras;
  • Apresentar preferência por brincar com os mesmos brinquedos ou realizar atividades com rotinas fixas.

Como é feito o diagnóstico do autismo?

Segundo informações obtidas através do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA), em 2021, foram prestados no Brasil cerca de 9,6 milhões de atendimentos em ambulatórios para pessoas diagnosticadas com autismo. Desse total, aproximadamente 4,1 milhões foram direcionados ao público infantil de até 9 anos de idade.

Geralmente, a suspeita inicial é levantada durante a infância através da Atenção Primária à Saúde (APS) durante consultas para acompanhamento do desenvolvimento infantil. O diagnóstico é clínico e feito por meio de observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de métodos de monitoramento do desenvolvimento infantil em qualquer unidade da APS.

O autismo não tem cura, mas o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de estímulos para independência e qualidade de vida das crianças e adolescentes diagnosticadas com o TEA.

Como é o comportamento, comunicação e interação social de um autista?

Sabe-se que o autismo pode apresentar níveis diferentes em cada criança – dos mais leves aos mais graves, principalmente em relação à comunicação verbal e não verbal. Entretanto, o estímulo à comunicação e ao aprendizado é essencial para o desenvolvimento e independência de cada indivíduo, provando-se que é possível a interação social dos portadores do transtorno. 

autismoRecentemente, Melissa encerrou os seus atendimentos no PAF. Ela, que tem autismo, vive com sua mãe e juntas provam que superar as dificuldades, incluindo as financeiras, é capaz. “A Mel é extremamente inteligente e independente. Tanto que a família nunca conseguiu ter o acesso ao BPC, o Benefício de Prestação Continuada, porque o próprio perito não identificava que ela seria uma criança incapaz de se desenvolver”, comenta Giovana Santos, Analista Geração de Renda e técnica de atendimento da família.

Em fevereiro, o Instituto C promoveu uma roda de conversa sobre capacitismo, ou seja, sobre a discriminação de pessoas com deficiência. Nela, as mães se demonstravam algumas vezes inseguras em relação à independência de seus filhos – seja em relação aos estudos, ao trabalho ou aos relacionamentos. “Me lembro que a Mel prontamente falou na frente de todo mundo: ‘Eu vou fazer isso sim'”, lembrou Giovana. 

Com afeto, atenção, paciência e dedicação, é possível promover o desenvolvimento das crianças. “A Mel tem autismo e isso não a impossibilita de nada. Ela é extremamente inteligente, articulada, comunicativa e ativa. A gente entende que tem os graus diferentes do transtorno, mas é legal compartilhar o exemplo dela, que é ótima em tudo que se propõe a fazer”, finaliza.


Clique aqui e faça sua doação!

Com a sua ajuda, impulsionamos famílias em vulnerabilidade social a conquistarem um futuro digno!

História de Mulheres

Histórias de mulheres (Elenilze e Anggie)

Todos os anos passam pelo Instituto C pessoas inspiradoras, cuja força de vontade é admirável e a luta por uma vida melhor é exemplo.

Os projetos Cidadania em Rede e PAF visam, inclusive, ampliar cada vez mais a autonomia dessas famílias e fortalecer a autoestima dessas mulheres.

As histórias são tão impactantes que decidimos, então, criar um espaço aqui para contar mais detalhes sobre algumas delas. A série “Histórias de Mulheres” vai trazer memórias daquelas que ainda estão com o Instituto, ou já finalizaram seus ciclos, e que com determinação alcançaram seus objetivos e inspiram outras a fazerem o mesmo.

“Dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira, absurda! Eu que faço parte da rotina de uma delas, sei que a força está com elas…” (Mulher – Erasmo Carlos)

Histórias de mulheres

Elenilza Neves dos Santos

Elenilza chegou ao Instituto C em 2021 após indicação de uma nutricionista da UBS Tiradentes. Desde o início, se revelou uma mulher batalhadora dentro dos seus ciclos de atendimentos no PAF. Sem uma rede de apoio e uma base familiar que a apoiasse, ela lutava por melhores condições de saúde para a sua filha, que foi diagnosticada com déficit de atenção, hiperatividade e compulsão alimentar. 

Dividiu conosco suas lutas, dores, medos, sonhos e conquistas. Precisava de auxílio para entender, buscar diagnóstico certo e a medicação ideal para sua filha. Com a orientação necessária, conquistou o tratamento para sua filha e também o BPC, o benefício de prestação continuada, que era seu direito.

Técnica de enfermagem, Elenilza foi sensível ao compreender o diagnóstico da filha muito antes que os médicos e profissionais da área – e não desistiu em nenhum momento

Elenilza se mostrou uma mulher forte e incansável neste ciclo de atendimento no PAF, deixando o projeto mais fortalecida, confiante e feliz para seguir com a sua vida e a de sua filha. 

“Cheguei ao Instituto C destruída em vários sentidos da minha vida. Me via sem chão e, aos poucos, com a ajuda das meninas, fui me fortalecendo e superando as dificuldades. Hoje, sei que ainda não está tudo perfeito, mas está tudo bem o suficiente para eu cuidar bem de mim e também de minha filha”, diz Elenilza – que também afirma que criou um vínculo especial com Lualinda Toledo, técnica que realizava seus atendimentos. “Nos entendíamos apenas com um olhar. Só tenho a agradecer todo o cuidado e acolhimento que tive com todas da equipe”, celebra.

Anggie Carolina

Histórias de mulheres

 A família de Anggie Carolina chegou até o Projeto Cidadania em Rede por indicação do Serviço Cavannis. Eles saíram da Venezuela para fugir da fome e da situação precária em que viviam. Primeiro, Anggie veio para o Brasil sozinha, depois de um ano e meio veio sua mãe Zulli de 56 anos, e depois de dois anos vieram suas filhas Nahomi de 10 anos e Germani de 19 anos, e sua neta de 03 anos.

Inicialmente, Anggie residiu em Roraima, mas foi auxiliada por uma instituição chamada Cáritas que pagou durante três meses seu aluguel, alimentos e ajudou para conseguir um trabalho, possibilitando sua vinda a São Paulo. Atualmente sua filha Germani e neta residem no Guarujá, e sua mãe reside no Rio Grande do Sul. Seguem em contato, mas não se veem com muita frequência.

Anggie chegou até o Cidadania em Rede com uma demanda nutricional significativa e com algumas alterações em seu quadro de saúde, com quadro Doenças Crônicas Não Transmissíveis resultado de uma alimentação imbuída em grande quantidade de frituras e hábitos alimentares em volta de sua cultura.

A princípio foi trabalhado suas questões alimentares, tendo o cuidado de aprimorar sua cultura e adaptar a uma rotina possível.

Hoje, Anggie consegue ter escolhas mais saudáveis e se sentir feliz com sua alimentação. Com as técnicas, ela compartilha suas compras em supermercados e suas refeições em casa – mostrando que tem aprimorado seus hábitos e aprendido com os atendimentos.

Essas são apenas duas histórias que emocionam e inspiram dentre as muitas que passam pelo Instituto C e nos deixam orgulhosos e com a sensação de missão cumprida. Que venham as próximas! ❤️


Com sua ajuda, levamos mais autonomia e qualidade de vida a famílias em vulnerabilidade social. Clique Aqui e faça sua doação!


 

Áreas de atendimentoCidadania em RedeGestão de Pessoas

6 Leis que toda mulher deve conhecer

A legislação brasileira deve trabalhar para a promoção do bem-estar de todo e qualquer cidadão que resida em nosso País. Inclusive, muitas das leis que estão em nossa Constituição servem para resguardar os direitos femininos – como proteger mulheres de diferentes tipos de agressão, assédio e muitas situações desagradáveis que, infelizmente, ainda acontecem todos os dias.

 Talvez a mais conhecida delas seja a Lei Maria da Penha, que traz respaldo jurídico às diferentes formas de agressão que a mulher possa sofrer, mas ainda temos a Lei Joanna Maranhão, que altera o prazo de prescrição do crime de violência sexual contra criança, e Lei do Feminicídio, que tornou o crime hediondo, passando a ter penas mais altas.

Aqui, vamos explicar 6 leis que toda mulher deve conhecer para se empoderar de seus direitos e utilizar a legislação a seu favor, se necessário. 

6 leis que toda mulher deve conhecer

Lei Maria da Penha

Muito debatida na mídia e em conversas entre mulheres é a Lei Maria da Penha (nº 11.340) promulgada em agosto de 2006. Ela é considerada uma das grandes vitórias do movimento feminista e foi batizada com este nome para homenagear Maria da Penha, uma sobrevivente da violência doméstica.

Seu principal objetivo é criar mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. O texto da lei afirma:

Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”. 

E, ainda de acordo com ela, cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos das mulheres.

Lei do Minuto Seguinte

Sancionada em 2013, a Lei no Minuto Seguinte (nº 12.845) garante às vitimas de violência sexual um atendimento imediato, emergencial, integral e multidisciplinar no Sistema Único de Saude, o SUS. Seu principal objetivo é que as vítimas tenham o atendimento mais rápido possível para que sejam administrados medicamentos para a prevenção de doenças e gravidez.

Vale lembra que violência sexual é todo ato de atividade sexual não consentido – e não necessariamente apenas a penetração do pênis na vagina. Se não houver consentimento, é violência! Em seu texto, a Lei afirma:

Os hospitais devem oferecer às vítimas de violência sexual atendimento emergencial, integral e multidisciplinar, visando ao controle e ao tratamento dos agravos físicos e psíquicos decorrentes de violência sexual, e encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência social”.

Lei do Feminicídio

Em 2015, entrou em vigor a Lei do Feminicídio (13.104/15), na qual tornou o feminicídio – ou seja, o assassinato de mulheres por serem mulheres – com base na violência domestica ou na discriminação por gênero. A Lei alterou o Código Penal brasileiro e incluiu este como um novo agravante de homicídio.

A mudança também inclui o feminicídio na lista de crimes hediondos. Assim, o crime de homicídio simples tem pena de seis meses a 20 anos de prisão, e o de feminicídio, um homicídio qualificado, de 12 a 30 anos de prisão. Esta lei também é considerada um grande avanço na luta contra a violência contra as mulheres.

Lei Carolina Dickmann

A lei que leva o nome da atriz foi sancionada em 2011, após Carolina Dickmann ter seu computador invadido e, por consequência, fotos íntimas vazadas. Na época, a atriz se negou a pagar o valor proposto pelo hacker e, então, suas fotos foram divulgadas na internet.

No ano seguinte, a lei foi sancionada e, com ela, a Lei Carolina Dickmann (nº 12.737) passou a ampliar a segurança no ambiente virtual. Seu texto, prevê crimes que decorrerem do uso indevido de informações e materiais pessoais que dizem respeito à privacidade de uma pessoa na internet, como fotos e vídeos.

Lei Joanna Maranhão 

Prescrição é a perda do direito do Estado de punir o autor de um crime. Ou seja, todo cidadão possui um prazo para buscar seu direito, que é chamado prazo prescricional. Até esta lei, o prazo da prescrição começava a contar a partir do momento em que o direito foi violado. Com a Lei Joanna Maranhão (6719/09) o prazo para prescrição de abuso sexual de crianças e adolescentes seja contado a partir dos 18 anos da vítima.

A Lei foi batizada com o nome da nadadora após ela divulgar que sofreu abusos por seu treinador durante a infância. Como Joanna só falou sobre o caso 12 anos depois dele, o crime já havia prescrito. A mudança visa punir de forma efetiva casos de abusos que tenham acontecido na infância da vítima, quando ela não teve coragem ou apoio para denunciar.

Lei da Importunação Sexual

Muita gente não sabe, mas importunação sexual é crime! A Lei é de 2018 e, com ela, “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro” se tornou um crime com pena que pode variar de um a cinco anos de prisão.

Os assédios na rua e no transporte público infelizmente fazem parte da rotina de muitas mulheres, mas há como recorrer à legislação para se proteger deles. De acordo com o texto da Lei de Importunação Sexual (13.718), estão inclusos casos como cantadas invasivas, beijos forçados, toques sem permissão, até mesmo casos de ejaculação, que já foram registrados dentro do transporte público – e reforçaram a necessidade desta lei.

Leis x proteção das mulheres

Todas essas leis que citamos acima servem para a proteção das mulheres das mais diversas situações – das agressivas às constrangedoras. Divulgar e debater sobre essas informações faz parte do empoderamento da mulher e de sua autonomia para buscar seus direitos dentro da nossa Constituição.

Caso você tenha sido testemunha de uma violência doméstica, ou suspeite que ela esteja acontecendo, denuncie. A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher!

Ajuda para violência


Clique e faça sua doação! Ajude famílias em suas necessidades emergenciais, enquanto são atendidas pelos projetos do Instituto C


 

Áreas de atendimentoGestão de Pessoas

Violência doméstica e familiar – como buscar ajuda?

O que é violência doméstica?

Muitas pessoas ainda acreditam que a violência doméstica trata-se apenas de agressões físicas, qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, mas não é bem assim. De acordo com o art. 5º da Lei Maria da Penha, violência doméstica e familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.

Ou seja, a violência doméstica também pode ser psicológica, sexual, moral ou patrimonial. Uma das violências mais sofridas pelas mulheres é a humilhação, que tem um impacto gigantesco em sua autoestima.

Tipos de violência doméstica

Violência psicológica

A violência psicológica engloba ameaças, constrangimento, manipulação, vigilância constante, insultos e ações que causam grandes danos emocionais na mulher. Esse tipo de violência ainda é difícil de ser identificada como agressão, mas é!

Violência Sexual

Já a violência sexual é aquela em que o homem contranja a presencial, manter ou participar de uma relação sexual que a mulher não deseja e, para isso, utiliza de intimidação, ameaça ou até o uso de força. É aqui que acontecem os estupros, por exemplo. Impedir o uso de métodos contraceptivos também é um tipo de violência.

Violência Patrimonial

A violência patrimonial, menos falada, é aquela em que a mulher tem a retenção, subtração e destruição dos seus objetos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores ou direitos econômicos. Alguns exemplos desse tipo de violência é o controle do dinheiro da mulher, a falta de pagamento da pensão alimentícia dos filhos, estelionato, furtos e até mesmo destruir de forma proposital objetos pessoais da mulher.

Violência Moral

E mais, ainda existe a violência moral – que inclui calúnia, difamação e injúria. Acusar a mulher de traição, expor a vida íntima, desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir, emitir juízos morais sobre a conduta e rebaixar a mulher por meio de xingamentos que incidem sobre a sua índole, por exemplo, também são atos de violência.

Realidade x Violência Doméstica

A Rede de Observatórios da Segurança divulgou a terceira edição do levantamento ‘Elas Vivem: dados que não se calam’ e os números são impressionantes. O estudo é feito a partir de um monitoramento diário do que circula nos meios de comunicação e nas redes sociais sobre violência e segurança contra a mulher.

Analisando os números de sete estados do país – Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo – foi notificado que, apenas em 2022, foram 2.423 casos de violência registrados, sendo que 495 terminaram em morte.

O número mais chocante é o do estado de São Paulo, onde foram registrados 898 casos de violência contra a mulher – um a cada dez horas. Por outro lado, a Bahia é o estado com maior taxa de crescimento em relação ao último boletim, com uma variação de 58%, com ao menos um caso por dia. Além de ser o primeiro em feminicídios do Nordeste com 91 registros.

O Rio de Janeiro também apresentou uma alta significativa de 45% em um ano com casos de repercussão nacional no estado. O estado carioca chegou a registrar ao menos um caso de violência contra a mulher a cada 17 horas e casos de violência sexual praticamente dobraram, passando de 39 para 75.

Além dos números altos, outro dado que impressiona é o fato de que a maior parte dos registros nos sete estados tem como autor da violência companheiros e ex-companheiros das vítimas – são eles os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio, ou seja, dos casos que levaram à morte da mulher. Entre os motivos, as principais queixas são brigas e términos de relacionamento.

Como denunciar casos de violência doméstica?

Sabe aquele ditado: “Em briga de marido e mulher, não se mete a colher”? Então, já passou da hora de deixarmos ele no passado! Ainda de acordo com a Lei Maria da Penha, § 2º do art. 3º, é de responsabilidade da família, da sociedade e do poder público assegurar às mulheres o exercício dos:

“…direitos à vida, à segurança, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”

Ou seja, é preciso intervir sim, com segurança e cuidado!

Como denunciar a violência doméstica?

Caso você tenha sido testemunha de uma violência doméstica, ou suspeite que ela esteja acontecendo, denuncie. A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.
E, se você está sendo vítima de violência doméstica, o canal também serve como um meio de orientação para o direcionamento de serviços especializados da rede de atendimento. O serviço fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.

O Ligue 180 funciona diariamente durante 24h, incluindo sábados, domingos e feriados. Em todas as plataformas, as denúncias são gratuitas, anônimas e recebem um número de protocolo para que o denunciante possa acompanhar o andamento.


Com sua ajuda, levamos mais autonomia e qualidade de vida a famílias em vulnerabilidade social!


 

InstitucionalParceriasVoluntariado

Mindfulness e a busca pelo autoconhecimento – Cuidar de quem cuida ❤️

Já ouviu falar no ​​Mindfulness? O termo, que em tradução livre significa “atenção plena”, é a prática de se concentrar completamente no presente. É um método que promove maior bem-estar emocional e qualidade de vida através de exercícios de meditação e respiração. 

Cada vez mais em alta, principalmente no mundo pós-pandemia, o Mindfulness auxilia na concentração, diminuição de estresse e ansiedade e no foco para as atividades importantes. 

De acordo com o último estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2019, 18,6 milhões de brasileiros sofriam de ansiedade. É um número tão expressivo que coloca o Brasil como líder do ranking de países mais ansiosos.

“O mercado atual vem, infelizmente, desencadeando muitas vezes ambientes de estresse, aumentando casos de burnout, entre outros transbordamentos emocionais graves” – introduz Tatiana Castro, instrutora de Mindfulness e especialista em Inteligência Emocional e Autocompaixão.

Benefícios do Mindfulness

Como o nome sugere, o Mindfulness é uma prática, e deve ser mantida com regularidade a fim de colher seus bons frutos – e eles existem!

A importante revista científica The Lancet publicou um estudo, em 2015, onde comparou os resultados obtidos por remédios antidepressivos e por terapias baseadas em Mindfulness – eles foram muito parecidos! 

Fazer atividades com foco e presença, observar a respiração, perceber o corpo ao caminhar, comer com mais atenção… O Mindfulness pode estar presente em tudo. 

“Portanto, ter a oportunidade de trazer mais bem-estar para si mesmo, como por exemplo, conhecendo melhor seus próprios recursos internos para autorregulação emocional, é um grande benefício a se absorver em qualquer aspecto da vida”, afirma Tatiana. 

O Mindfulness para cuidar do cuidador

Em paralelo a isso, desde o ano passado, o Instituto C vem pensando em estratégias de cuidados e ações de integração para seus colaboradores. “Enquanto área de desenvolvimento institucional, faz parte do nosso objetivo construir práticas de cuidados”, introduz Nayara Oliveira, Psicóloga Institucional.

Essa busca veio logo após os encontros dos profissionais da linha de frente com o apoio de duas psicanalistas, que aconteceram em parceria com a Sociedade Brasileira de Psicanálise para trabalhar questões sensíveis que afetam muito o profissional.

A gente vem discutindo amplamente a questão da promoção de saúde. Estamos ampliando cada vez mais a visão de que é importante cuidar de dentro para fora”, afirma Nayara. E, o match não poderia ter sido melhor! Tatiana procurou o Instituto C para uma ação voluntária, ofertando uma prática de Mindfulness durante uma roda de conversa sobre autocuidado. “Depois disso, ela entendeu que a nossa equipe também lidava com assuntos importantes e, então, decidiu nos oferecer o curso”, completa.

Curso de Mindfulness

O Curso Mindfulness para a Vida é um protocolo internacional de Mindfulness baseado na Terapia Cognitiva Comportamental, desenvolvido especificamente para a aplicação prática da atenção plena em nossas vidas. “Nossa preparação tem um padrão determinado pelo Centro de Mindfulness da Universidade de Oxford. Nós, como Instrutoras, fomos com nossos corações cheios de alegria para desenvolver esse programa com uma turma que faz um trabalho não só significativo, mas necessário, para uma sociedade que ainda é muito desigual em tantos sentidos”, contou Tatiana.

O curso teve uma duração de seis semanas e a primeira turma, com seis pessoas, formou-se entre novembro e dezembro de 2022. Ali, foram ensinadas práticas de concentração e autoconhecimento – que podem ser aplicadas em diferentes aspectos da vida. “Já ouvi bons feedbacks, onde as pessoas têm melhorado o foco no trabalho e conseguido lidar melhor com as adversidades”, celebra a psicóloga.

“O compromisso das alunas com o Programa nos impressionou desde o início. As alunas valorizaram todo o tempo que passaram durante as práticas de Mindfulness, demonstrando interesse e abertura diante desse novo aprendizado. Sem dúvida, por conta disso, o desempenho do grupo foi tão elevado, assim como o aprendizado registrado ao final do Programa”, garantiu Ana Leonor Oliveira, Psicóloga e Instrutora de Mindfulness.

A próxima turma do curso será aberta em abril de 2023, mas antes são feitas inscrições para aqueles que quiserem participar – já que é feita uma entrevista prévia para entender em que momento da vida a pessoa está para analisar sua disponibilidade afetiva e de tempo durante as semanas de protocolo.

Quando a gente vai para o trabalho atordoado com as nossas questões, a gente tem dificuldade de estar presente e com qualidade ali, e isso impacta os atendimentos. À medida que cuidamos de nossas questões pessoais, promovemos relações interpessoais mais saudáveis”, finaliza Nayara.

Relato

Katia Moretti, Coordenadora do PAF – Plano De Ação Familiar, estava na primeira turma do curso e já colhe os bons frutos do Mindfulness.

Foi muito importante para mim ter esse momento de consciência e autocuidado. Ampliar a minha própria percepção sobre a autocobrança, por exemplo, foi fundamental para entender o meu processo e colocar em prática as técnicas ensinadas – na vida pessoal e no profissional”, celebra.

 


Parte do seu imposto de renda devido pode transformar vidas! Clique e saiba mais!