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Maria de Lourdes: liberdade e autonomia na conquista do BPC

Não é de hoje que a Maria de Lourdes, ou Dona Maria, como a conhecemos aqui no Instituto C, vêm buscando conquistar sua liberdade e autonomia. Avó e responsável pelo pequeno Yan (12), ela sempre soube que essa busca tinha um caminho certo, sua independência financeira. “Ter independência financeira vai além de ter uma renda; representa liberdade de angústias que antes, mês a mês, se faziam presentes e dominavam o ranking de preocupações.”, explica Katia Moretti, líder do projeto PAF e que atuou por dois anos como Analista de Renda.

Para mulheres como a Dona Maria, falar em independência financeira parece até um sonho distante. Após separação do marido em 2019, ela se viu completamente desamparada para cuidar de seu neto Yan, que tem autismo, até encontrar o Instituto C em outubro do mesmo ano. “Após a separação do companheiro, ela enfrentava muitas dificuldades pois não tinha renda nem para pagar o aluguel, mas a Dona Maria sempre foi muito engajada com as suas questões e nunca ficou parada esperando alguma coisa acontecer, ela vai à luta.”, explica Isabel Pinheiro, técnica responsável pelos atendimentos da família.

Parte desta luta vinha sendo travada com o governo para garantia dos seus direitos, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) que havia sido negado na primeira solicitação por conta da documentação. “Dona Maria tinha entrado com o pedido por conta própria. Quando recebemos a notícia de que o benefício havia sido negado, voltamos o olhar para essa questão que era primordial. Fizemos um levantamento para entender o que havia dado errado e identificamos que era a documentação.”, explica Isabel. Para resolver isso, Dona Maria entrou em contato com a sua família que mora na Paraíba e solicitou ajuda com emissão da sua certidão de nascimento, a qual havia perdido.

Com o documento em mãos, Isabel auxiliou Dona Maria com o pedido e desde maio deste ano passou a acompanhar a solicitação por telefone até que em julho saiu a aprovação. “Quando eu soube que o dinheiro tinha saído, eu chorei de alegria, só agradeci, consegui adiantar dois meses de aluguel, comprei um colchão, um armário de cozinha e um fogão. Precisei comprar essas coisas para poder recuperar um pouco da autoestima.”, comemorou Dona Maria que também recebeu os valores atrasados, desde março de 2020, quando entrou com o processo pela primeira vez.

Ao ser questionada sobre o que o Instituto C representa para ela, seus olhos brilharam: “Não tenho nem palavras para expressar o que eu sinto. É tudo para mim, é especial, todas as pessoas, antigas e novas, se eu tivesse condições, eu faria doações para ajudar o IC, porque eu quero que vocês existam para sempre. Vocês deveriam chamar, Instituto ombro amigo, tanto é o apoio e as amizades que fiz por aqui. Quando encerrar o ciclo, vou sentir falta de tudo, do carinho, do atendimento, das conversas.”, respondeu emocionada.

*Benefício de Prestação Continuada – Criado em 1993 pela Lei Orgânica da Assistência Social – Loas é pago pelo INSS a idosos a partir dos 65 anos ou pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social. O valor devido mensalmente é de um salário mínimo

 

Serviços IC

Encerramento da primeira turma do Educação em Rede Minas Gás

Em agosto, aconteceu o encerramento da primeira turma do projeto Educação em Rede na unidade móvel do Instituto C, localizada na Comunidade Minas Gás. “Esse encontro é sempre um momento importante para as famílias participantes, celebramos tudo o que aconteceu durante o ciclo, mas aproveitamos também para marcar que aquilo que foi proposto no começo dos atendimentos, foi alcançado. É uma conquista para as famílias que precisa ser evidenciada e é neste encontro que tudo isso acontece.”, comenta Talita Lima, líder do projeto.

Ao todo, 56 alunos finalizaram o curso. No encontro as famílias puderam apreciar um mural formado por diversas fotos e atividades realizadas durante o ciclo. “Muitos pais não conseguem acompanhar as atividades desenvolvidas pelos filhos, por isso, achamos importante que elas ficassem expostas. O mural também acessa a memória e fortalece a sensação de pertencimento das famílias.” explica Mariana Benedetti, Psicóloga do projeto.

Na sequência, as famílias participaram de uma atividade envolvendo a plantação de uma semente em um vaso feito de garrafa pet. “Estamos passando por um momento de ressignificação do homem com a natureza e acreditamos que a educação tem o papel de sensibilizar e manter essa relação ética com o meio ambiente. Essa atividade vem com esse objetivo, trazer a mesma mensagem do projeto Educação em rede, sustentada pelo cuidado e o apoio às famílias, plantando como semente ações multidisciplinares. Simbolicamente acreditamos que as ações plantadas serão colhidas pelas famílias de maneira sensível, um apoio importante e essencial, para uso em suas práticas, vida social e educação.”, explica Viviane de Paula, Pedagoga do projeto.

Ao final, as técnicas do projeto fizeram a entrega dos certificados por meio da leitura das conquistas de cada um dos alunos durante o ciclo. As mães e pais responsáveis prepararam uma surpresa para os filhos, uma carta que foi lida logo após o recebimento dos certificados. “Foi muito importante essa ajuda do Instituto C. Eu trabalho fora o dia todo e chego muito tarde, então, eu não tinha esse tempo para fazer esse acompanhamento com ela. Esses 4 meses foram excelentes, extremamente fundamentais. Gostaríamos de agradecer muito pela ajuda, para nós foi muito válido, vocês sempre nos deram muito apoio e foram muito profissionais.” agradeceu Maristane, mãe da Lara, 7 anos.

Aniversário IC

Um olhar especial é o 7º episódio da nossa série de Lives

No dia 12 de agosto, aconteceu o sétimo episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado, Um olhar especial, o episódio 7 contou com a presença de três convidadas: Graziele Alessandro, líder do projeto Primeira Infância, Thais Abrahão, pedagoga e psicóloga, sócia gestora e educadora do Mandui e Thamires Bonfim, mãe atendida pelo projeto na Comunidade Minas Gás. “Começamos a trabalhar com a temática da primeira infância em 2014 como uma estação de atendimento dentro do PAF – Plano de Ação Familiar, mas o projeto era tão potente que decidimos ampliar este atendimento para outras famílias por meio de parcerias com as creches da região. Com a pandemia, repensamos o projeto para acessar às famílias e oferecer às cuidadoras das crianças mais insumos sobre o desenvolvimento na primeira infância, pensando em oferecer educação de qualidade para todos.” explicou Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do IC, durante a live.

No bate papo, Graziele Alessandro falou sobre o início do projeto em um novo formato na Comunidade Minas Gás e os anseios presentes nesse desafio. “Foi um desafio, quando eu cheguei estávamos na fase vermelha da pandemia, então, eram muitas dúvidas sobre como o projeto iria acontecer, se seria presencial, se teríamos que fazer online. Entrar em contato com estas mulheres foi incrível, percebemos que as crianças na primeira infância pararam de frequentar o ambiente escolar completamente. Então, quem se tornou o maior mediador do processo de educação e do estímulo na primeira infância foram os responsáveis. As mães queriam saber como fazer isso com seus filhos em casa.”, comentou.

Para Thais Abrahão, a reformulação do projeto para este novo ciclo estava completamente alinhada aos objetivos do Mandui. O formato que inclui um curso de berçaristas para as famílias atendidas foi a primeira realização de um grande sonho. “Tem sido maravilhoso. É uma chuva de aprendizagens. Vivemos isso na pele. É uma experiência incrível poder compartilhar este conceito de educação, de uma educação de qualidade, para que isso se espalhe e não fique preso para uma parte seleta da sociedade ”, comentou. Segundo ela, o cuidado na primeira infância é uma potência para as transformações na sociedade, mas também reforça a importância de um cuidado sistêmico. “A nossa ideia é poder receber essas mães e junto delas construir um olhar para essa primeira infância, acontece que não conseguimos olhar para a primeira infância, sem olhar para quem cuida dela. Então, vivemos um primeiro momento muito importante de constituição de um vínculo de confiança. Porque não podemos falar de cuidado dos bebês e destas crianças sem olhar para estas mães que muitas vezes não têm este espaço de escuta para compartilhar todas estas aflições e desafios que a maternidade traz e que a pandemia acentuou muito.” acrescentou.

A possibilidade de ter um certificado de berçarista ao final do curso foi um diferencial para Thamires Bonfim, moradora da Comunidade Minas Gás e atendida pelo projeto Primeira Infância este ano. “Está sendo maravilhoso. Já pela oportunidade de estar participando foi mágico, foi muito bom. Primeiro pelo fato de as crianças estarem todas em casa, pelo fato de não terem a escola, entrou a pandemia, acabaram ficando em casa e a gente que não é os professores, acabamos sendo os professores deles. Então, o curso está sendo muito maravilhoso. A expectativa fazendo esse curso era saber lidar melhor com eles em casa, mas acabei aprendendo um novo mercado de trabalho, uma nova oportunidade de entrar no mercado de trabalho, depois de 2 anos parada.”, explicou.

Ao serem questionadas sobre o que o Instituto C representa para elas, Graziele destacou a o espaço de cuidado que se estabelece durante os encontros. “Para mim, o Instituto C significa poder cuidar de maneira efetiva. É muito fácil falarmos do cuidado, mas é sempre diferente vivenciarmos este cuidado. O Instituto C traz todo o aparato para que isso aconteça. Estar dentro de uma Comunidade é falarmos sobre as vulnerabilidades que sabemos que existem, mas também estar em contato com elas o tempo inteiro. Então, o IC é um facilitador para que possamos dar um atendimento de qualidade para estas famílias e ajudar no processo de conscientização sobre a garantia dos direitos.”.

“Uma das pontes mais lindas que eu atravessei. Essa parceria abriu para gente essa possibilidade de semear ações no mundo real, a gente precisa de sonhos. Muitos sonhos são perfeitamente realizáveis, nós só precisamos encontrar essas pontes, então, para o Mandui, o Instituto C é a ponte mais bonita que nós atravessamos até agora.”, comentou Thais.

O bate papo seguiu por 1 hora, cheio de histórias, e você pode acompanhar tudo na nossa página no instagram, acesse agora mesmo, clicando aqui!

O projeto, do sonho à realidade, prevê resgatar as memórias que construíram a história do Instituto C nestes anos todos de atendimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo. Além da revisitação ao acervo de imagens e vídeos como forma de reverenciar e agradecer a contribuição de todos que estiveram juntos nesta trajetória.

As lives estão acontecendo no instagram do Instituto C (@instituto.c) e contarão com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Diretora Executiva e Fundadora do Instituto C, é responsável por conduzir estas conversas.

Quer saber mais sobre a metodologia do Primeira Infância? Clique aqui!

Assista ao episódio 1 | O começo de tudo | Clique aqui

Assista ao episódio 2 | Encontros que fortalecem | Clique aqui 

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Assista ao episódio 4 | Costurando relações | Clique aqui

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Gestão de PessoasPremiações

Artigo | Por que participar de organizações sociais?

Fui convidada a escrever um artigo aqui no LinkedIn em comemoração a mais nova conquista do Instituto C: o Selo Doar na categoria A+, que representa a maior pontuação possível nesta certificação que visa incentivar, legitimar e destacar o profissionalismo e a transparência nas organizações não-governamentais brasileiras, na forma de um atestado independente de sua adequação aos Padrões de Gestão, Transparência e Doação (PGTD).

Estou no mercado financeiro há mais de 40 anos. Sempre me identifiquei com as causas sociais, mas faltava colocar mais a mão na massa. Assim, alguns anos atrás me juntei ao então Instituto Saúde Criança, em São Paulo, hoje Instituto C.

Faço parte do Conselho Fiscal, o que me traz imensa satisfação. Primeiramente pelo resultado da operação em si, que é muito gratificante. Os objetivos são nobres e temos conseguido a cada ano nos superar. Tem um aspecto que me identifico muito: o caráter não assistencialista do trabalho, muito mais voltado a “ensinar a pescar”. Outro ponto que me deixa realizada é o grau de profissionalismo envolvido. A equipe é composta por técnicos que conhecem suas áreas de atuação e a meritocracia vem crescendo a partir de muito apoio de assessoria de recursos humanos.

É importante destacar também a questão da transparência e governança do Instituto C. A prestação de contas é pelo menos mensal, temos reuniões formais – também informais quando há necessidade – e tudo é muito bem documentado, tal qual na iniciativa privada, mas com um ganho adicional: uma grande satisfação interior por poder, mesmo que seja pouco, devolver algo para a sociedade.

Estou em diversas outras entidades com fins sociais e em todas tenho experiências muito boas, mas é junto ao Instituto C que comecei de fato minha ação na vida social, onde cresci e aprendi bastante. Que possamos seguir essa jornada de transformação da vida das famílias atendidas, que tanto precisam do nosso apoio. E parabéns pela conquista!

Chica Passos é Conselheira Fiscal do Instituto C.

 

Áreas de atendimentoServiços IC

Educação em Rede investe em criatividade e agrada alunos

O primeiro ciclo do Educação em Rede na nossa unidade móvel localizada na Comunidade Minas Gás entra na reta final e comemora a alfabetização de alunos com foco em atividades e atendimentos repletos de criatividade, dados preliminares apontam 77% de engajamento da turma. “Acredito que a permanência das famílias no projeto se deve ao fato de termos realizado uma triagem muito precisa, com escuta às necessidades, insumo importante na construção dos atendimentos. O projeto acontece por meio da troca com as famílias, então, buscamos sanar as dificuldades apresentadas ao longo do caminho. Sempre que possível, nos adaptamos, justamente para que a família não desista.”, explica Talita Lima, líder do projeto.

O ciclo teve início de forma totalmente remota no dia 03 de maio, com 73 alunos, uma vez que a cidade de São Paulo estava na fase vermelha do Plano São Paulo, o que previa sérias restrições à circulação. “Recebemos muitas inscrições, em torno de 130 famílias. O alto número de inscritos provavelmente se deve à defasagem que estamos enfrentando na Educação em decorrência da pandemia e a carência de projetos nesta região. Escutamos famílias dizendo que os filhos nunca haviam ido para a escola, principalmente aquelas que iriam começar o 1 e 2 ano, crianças que nunca pisaram na escola.”, comenta Talita.

Alguns motivos explicam essa conquista e o alto engajamento dos alunos. O primeiro deles é a metodologia do projeto que prevê um atendimento multidisciplinar com toda a família, o que inclui atendimento psicológico e social aos pais e mães responsáveis, uma novidade no projeto, que anteriormente só oferecia atendimento psicológico aos alunos. “O atendimento psicológico é fundamental pois proporciona a escuta da família, entender o contexto familiar sempre foi e sempre será um diferencial do nosso projeto. Quando oferecemos atendimento para essas mães, entendemos as angústias que elas têm, facilitando nossa orientação, assim, a gente vai trabalhando o relacionamento familiar. Afinal de contas, a pandemia afetou todas as famílias, estamos falando de mães que não sabiam o que fazer com os filhos em casa e que precisavam se organizar e se adequar a essa realidade, para ensinarem seus filhos da forma que fosse possível.”, explica Talita.

O segundo motivo está ligado ao formato das atividades propostas aos alunos pelas áreas de Psicologia e Educação. “Todas as atividades são adequadas à faixa etária e ano escolar e sempre propondo desafios. Entendemos que nosso tempo semanal é curto com cada criança e precisamos complementar a ação escolar de maneira lúdica e instigante. A estratégia é trazer atividades criativas, mas que provoquem os alunos a pensar, ler, criar e sobretudo realizarem sozinhos.”, explica Viviane de Paula, Pedagoga do projeto e responsável por atividades como produção de HQ, Bingo e Lettering, por exemplo.

Para Mariana Benedetti, Psicóloga do Educação em Rede, não é diferente. Toda turma de atendimento que tem início, as atividades são re-avaliadas para que fiquem mais adequadas àquele novo grupo de alunos e para que faça sentido para eles. “Os atendimentos são pré-definidos antes de começar a turma com temas e atividades, porém ao decorrer dos encontros vamos percebendo a necessidade de abordar algum tema em específico e fazendo ajuste no decorrer dos encontros. Nessa turma fizemos mais atividades manuais usando sucatas e muita criatividade e eles gostaram e se envolveram muito mais.”.

A turma chegará ao fim no dia 20 de agosto e a equipe do projeto já deu início à triagem da nova turma que terá início no dia 30 do mesmo mês. “Minha filha teve uma evolução muito boa participando do reforço escolar e da psicologia. Ela se identificou bastante com todas as profissionais que trabalharam nesse projeto. Percebi algumas mudanças de comportamento dela, principalmente em obedecer às regras. Eu gostaria que minha filha continuasse nas aulas, porque ela gosta muito de participar e sei que ela vai sentir falta também. Bom agradeço a todas que se dedicaram nesse projeto, que DEUS abençoe a cada uma.”, Emanoela Paiva, mãe da aluna Giulia Araújo Paiva.

Aniversário IC

Construindo Futuros é o sexto episódio da nossa série

No dia 21 de julho, aconteceu o sexto episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado, Construindo Futuros, o episódio 6 contou com a presença de três convidadas: Isabel Pillar, Diretora Executiva do Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo e primeiro patrocinador do projeto, Talita Lima, líder do Educação em Rede e Andreia Silva, mãe atendida pelo projeto desde maio deste ano. “Temos o maior orgulho deste projeto porque ele tem um impacto muito importante para todas as famílias que a gente atende e para todos os envolvidos da nossa equipe. Fazemos um atendimento completo tanto com os pais, como com os filhos, com o objetivo de engajar as crianças na escola. O Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo acreditou nessa ideia desde que ela era embrionária. Eles falaram “Topo! Vamos fazer juntos!”” explicou Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do IC, durante a live.

No bate papo, Isabel falou sobre a conexão entre o projeto e a missão do ICSHG, patrocinador do projeto Educação em Rede desde o início. “O Instituto existe há 18 anos, optamos por ter um modelo onde nós não temos o nosso projeto, o nosso programa, o que fazemos é selecionar organizações sem fins lucrativos, que têm o seu projeto, o seu programa, para apoiá-los. Apoiamos 21 organizações e o nosso foco é na área de Educação. Quando olhamos para o Instituto C, analisamos duas dimensões: olhamos para organização, em termos de gestão, de governança, saúde financeira, liderança, visão, valores, então, estudamos a organização para entender se faz sentido dentro do que a gente acredita e depois olhamos para o projeto e o impacto que ele trará lá na ponta. Ficamos felizes com o avanço e construção coletiva para chegar até aqui”, comentou.

Para Talita, as mudanças do projeto, a cada novo ciclo, são muito importantes. Na última delas, que envolveu o início do atendimento psicológico para os pais e mães responsáveis, ela viu a possibilidade de unir suas duas vocações. “Tem sido muito prazeroso e desafiador. Eu sempre estive nessa área de gestão de projetos, mas sou Psicóloga de formação, então, poder fazer o atendimento psicológico para as famílias, foi poder unir o melhor dos meus dois mundos. Não tem como atender as famílias e não ser impactado por estes atendimentos. O que me fez crescer pessoal e profissionalmente”, explicou. Isabel acredita que essas mudanças evidenciam o desejo do Instituto C de fazer sempre melhor e entregar algo que seja mais inovador, sempre com um olhar cuidadoso com as famílias, percebendo como o projeto pode ser adaptado. “A gente sempre zela e tem o maior cuidado para que seja uma relação de troca. A gente nunca quis se colocar como um investidor social, doador, que tem o recurso e que a organização tem que fazer isso ou aquilo e performar. A ideia é sempre construir em conjunto para fazer sentido para as duas partes. Essa relação de confiança que nós temos com as organizações é construída ao longo do tempo. E o fato de sermos um investidor de longo prazo, a ideia é construir essas relações, o que permite essa troca de “isso não está dando certo, o que temos que fazer diferente, vamos pensar juntos”, isso é o mais rico e faz com que a gente consiga ir avançando.” acrescentou.

Essa possibilidade de atendimento psicológico para os pais e mães responsáveis foi um diferencial na vida da Andreia Silva, moradora da Comunidade Minas Gás e atendida pelo projeto Educação em Rede desde maio deste ano. “Esse projeto é maravilhoso. É muito prazeroso estar com vocês. Muitos projetos dão oportunidades para as crianças e esquecem dos pais que estão por trás destas crianças, como ficam os pais nessa pandemia e vocês abriram estas portas. Foi tudo muito rápido, vocês chegaram com tudo na Comunidade. Minha mente estava a mil, a Talita chegou em uma ótima hora. A Talita no primeiro contato com ela, é como se eu já conhecesse ela, super autêntica, me deixou a vontade e foi me ajudando, me ensinando como lidar com as situações, como eu deveria reagir a algumas situações.”, explicou.

Ao serem questionadas sobre o que o Instituto C representa para elas, Isabel destacou a escuta e o olhar individualizado. “Quando a gente fala Instituto C tem algumas palavras que vêm na mente, acho que a primeira é escuta qualificada, hoje em dia as pessoas escutam, mas não estão absorvendo, se colocando no lugar do outro. E esse olhar individualizado, entender que cada pessoa é de um jeito, saber quem é essa pessoa, de onde ela veio. Não tratar todo mundo igual.”.

“Um momento importante para mim foi quando eu fiquei ruim um dia, eu só chorei, então, chamei a Talita. Era uma sexta-feira, fim de tarde, mesmo assim, resolvi ligar. Me deu uma crise de choro, me tranquei no quarto e me isolei. Fui até a igreja e quando eu saí da igreja, eu vi uma mensagem da Talita, perguntando se estava tudo bem. Na segunda-feira, no primeiro horário ela me chamou e me mandou um link para nós conversarmos. Isso me marcou muito. Ficou marcado no meu coração. Em outro lugar, tudo seria baseado no horário e vocês não, vocês se preocupam comigo, com o meu bem estar.”, finalizou Andreia.

O bate papo seguiu por 1 hora, cheio de histórias, e você pode acompanhar tudo na nossa página no instagram, acesse agora mesmo, clicando aqui!

O projeto, do sonho à realidade, prevê resgatar as memórias que construíram a história do Instituto C nestes anos todos de atendimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo. Além da revisitação ao acervo de imagens e vídeos como forma de reverenciar e agradecer a contribuição de todos que estiveram juntos nesta trajetória.

As lives estão acontecendo no instagram do Instituto C (@instituto.c) e contarão com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Diretora Executiva e Fundadora do Instituto C, é responsável por conduzir estas conversas.

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Gincana movimenta famílias do PAF para um bem em comum

Fazer o bem para receber o bem. Foi pensando nisso que a área de captação de recursos do Instituto C iniciou uma campanha junto às famílias atendidas pelo projeto PAF – Plano de Ação Familiar para o cadastro de doadores automáticos de Nota Fiscal Paulista, verba importante para sustentabilidade financeira. “A experiência super positiva que tivemos em realizar a gincana com a equipe no ano passado nos fez decidir que seria interessante realizar também com as famílias que atendemos, então, propusemos a ideia para a Kátia, líder do projeto, e ela achou ótimo. Enviamos uma comunicação para as famílias por meio das técnicas de referência e o retorno foi muito legal porque muitas famílias se mostraram interessadas em participar.”, comentou Breno Pereira, Analista de Captação.

A proposta foi estimular as famílias para que elas conseguissem o maior número de cadastros tendo o Instituto C como beneficiário dos créditos da Nota Fiscal Paulista, concorrendo a prêmios como itens do Atelier C, além de uma premiação em vale compras para os quatro primeiros lugares. “A arrecadação por meio dos créditos da Nota Fiscal Paulista é muito importante para a sustentabilidade financeira do Instituto C e sabemos que compras em açougues e mercearias de bairros geram mais créditos do que restaurantes e bares, por exemplo. Em 2020, mesmo com a pandemia, os créditos da Nota Fiscal Paulista alcançaram 27% da nossa receita anual.”, comentou Paloma Costa, Coordenadora de Parcerias.

No início, as famílias sentiram alguma dificuldade por conta do acesso ao sistema. Muitas delas demonstravam falta de intimidade com a tecnologia e a comunicação com elas também tinha um certo grau de dificuldade, mas aos poucos, a equipe foi sanando as dúvidas pessoalmente. “Conforme as famílias iam até a sede do IC para os atendimentos, nós mostramos como funcionava o sistema, daí a gincana foi fluindo.”, explica Breno.

A gincana, que durou 45 dias, alcançou 81 cadastros, sendo 20 deles da Sthefany, atendida pelo projeto PAF desde setembro de 2019. “Eu adorei essa gincana porque a gente pôde ajudar vocês que tanto ajudam a gente. A gente sabe que é pouco, mas de pouquinho em pouquinho transformamos em muito. Eu achei muito bacana a ideia de vocês, com o prêmio, eu consegui comprar um presente para minha filha que fez aniversário.”, comemorou Sthefany, vencedora da gincana.

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Três mulheres, um sonho: voltar a estudar para transformar

É comum nos atendimentos individuais do PAF – Plano de Ação Familiar ouvir das famílias atendidas a dificuldade de voltar a sonhar, afinal, na maioria das vezes, é preciso primeiro superar as dificuldades para conseguir encontrar forças, sendo este um dos objetivos mais importantes das orientações oferecidas pelo projeto, as quais estimulam o empoderamento destas mulheres. “Eu acredito que com a nossa intervenção, trabalhando a autoestima, valorização, o cuidado de si, a independência das crianças e o olhar para o desenvolvimento das crianças, essas mães, elas se sentem novamente na possibilidade de aspirar novos sonhos”, explica Nayara Oliveira, Psicóloga do projeto.

Por isso, casos como o da Graziele, Juliana e Jeane são sempre celebrados no Instituto C. Apesar de não se conhecerem, estas três mulheres têm algo em comum, deixaram os estudos de lado para poderem se dedicar aos cuidados da casa e dos filhos. “Muitas vezes essas mulheres, pela divisão sexista de tarefas, acabam sendo limitadas à maternidade, sendo unicamente responsáveis por essas atividades. Durante os atendimentos, nós vamos trabalhando estes pontos, estimulando um olhar para os desejos dessas mulheres como uma forma de se reconectarem consigo mesmas, de se fortalecerem. E eu acredito que a Educação é uma via para essa libertação.”, comenta Nayara.

Graziele Divina, mora fora de casa desde os 11 anos, ela precisou parar os estudos para trabalhar como doméstica. De lá para cá, ela tentou retornar aos estudos algumas vezes, mas após o nascimento dos gêmeos de forma prematura e com algumas complicações, Graziele viu o seu sonho de terminar o Ensino Médio e cursar Psicologia ser interrompido. Com o início dos atendimentos no Instituto C em 2019, ela conseguiu avançar em diversas questões importantes. “Ela é uma mulher muito engajada em todas as orientações para construir a autonomia da sua família. Ela está muito focada na tentativa de firmar sua independência.”, comenta Nayara. Graziele retomou os estudos e está cursando o CIEJA – Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos para ingressar no ensino superior. “Quando eu comecei a participar das reuniões, aqui no Instituto C, a primeira coisa que eu pensava era, “o leite dos meus filhos está garantido”. Eu me recordo até hoje do primeiro dia que eu vim e na hora que eu peguei os benefícios eu saí com vontade de chorar. Nas rodas de conversa e nos atendimentos com a Psicóloga, eu fui abrindo meus olhos, dia a dia, de repente me deu uma luz, poxa, eu posso estudar. E hoje eu falo assim, eu quero estudar, eu quero me formar, por que eu quero um dia ser voluntária aqui na ONG, eu quero prestar esse atendimento aqui, e eu quero ajudar as pessoas. E é um sonho meu, eu sempre gostei muito de ouvir o outro, porque hoje em dia, as pessoas não sabem escutar, se escutam é para julgar depois, e tem pessoas que só querem desabafar, falar do que estão sentindo, o que estão pensando, mas as pessoas não têm mais paciência para isso. A ONG me ajudou muito nisso, a escutar o outro, como escutamos aqui nas rodas de conversa, a compreender o que o outro está sentindo e isso me estimulou muito. Então, de alguma forma, isso me mostrou que eu posso, eu quero e eu sou capaz.”, comemora Graziele, que está estudando de forma remota.

Para Juliana da Silva não foi diferente, com quatro filhos, ela chegou ao Instituto C em 2019. Mãe muito jovem, Juliana precisou adiar o sonho de ser enfermeira para cuidar da casa. “Ela está sempre cuidando de todo mundo, mas não cuidava de si mesma. Nas conversas individuais, ela ficou muito sensibilizada com essa questão e com a nossa roda de conversa, começou a tirar um tempo para ela, começou a caminhar. Com a renovação da auto estima, ela conseguiu encontrar o estímulo necessário para voltar a estudar. Ela começou o curso de enfermagem este ano e está muito feliz.”, celebra Nayara. Juliana entende o desafio que tem pela frente, mas também sabe a importância de mostrar aos filhos que isso é possível e que o futuro pode ser diferente para todos eles.

Já Jeane dos Santos sempre sonhou em cursar medicina. Ela saiu de casa muito cedo e depois de enfrentar muitas dificuldades, Jeane e seus cinco filhos voltaram para a casa dos pais dela. No projeto desde maio de 2019, Jeane, que também faz acompanhamento no CAPs, foi sempre muito engajada nas orientações e na educação dos filhos. “Ela pega muitos livros emprestados na biblioteca do Instituto C, tanto para ela como para os filhos, ela tem uma filha que adora poesias.”, comenta Nayara. Após um momento de crise, Jeane entendeu que precisava retomar a autonomia da sua vida para reconquistar sua independência. Durante as conversas, ela diz entender no estudo esse lugar de potência e de transformação da realidade que ela está vivendo, então, está estudando para a prova do Enem para concluir o ensino médio e ingressar na faculdade. “Histórias como essas são uma vitória para o projeto, na medida em que elas assumem o protagonismo nessa transformação de realidade.”, finaliza Nayara.

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Primeira Infância volta com atividades na Comunidade

Reformulado para atender diferentes demandas, o Primeira Infância passou a oferecer curso para berçaristas, pensando na importância da educação de qualidade para todos, além do apoio social e psicológico para as participantes. Isso porque, o projeto que antes  acontecia nos CEIs, agora tem suas atividades desenvolvidas dentro da Comunidade Minas Gás, colocando o Instituto C em contato direto com as cuidadoras e com as crianças que estão sem acesso às creches. “Fizemos um levantamento inicial e percebemos que haviam muitas mães que ficavam em casa cuidando de seus filhos e, mais do que isso, cuidavam de filhos de outras mães que precisavam sair para trabalhar. Elas se mostraram interessadas em um curso de berçaristas que também desse a elas uma possibilidade de conseguir renda”, comenta Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do Instituto.

A procura pelo projeto foi muito maior do que o esperado, durante a triagem, que aconteceu em abril, foram mais de 300 inscrições e destas selecionamos 100 candidatas para participar do projeto. Elas foram divididas em quatro turmas, sendo que duas turmas têm atividades pela manhã e outras duas de tarde. “Para selecionar quem participaria do curso, primeiro levamos em conta quem é mãe de crianças na primeira infância e quem cuida de crianças na primeira infância. Pensamos também na localidade em que moram, dando preferência para quem mora perto na Minas Gás pois infelizmente, não conseguimos atender todas que nos procuraram nesse momento.”, comentou Graziele Alessandro, líder do projeto e recém chegada ao Instituto C.

Outra novidade ficou por conta de uma parceria muito importante com a Manduí, que é responsável por capacitar as participantes do projeto como Berçaristas. “A parceria com a Manduí vem para enriquecer o projeto. Eles têm Educadores capacitados e especializados na primeira infância, trazendo uma bagagem muito rica para o desenvolvimento infantil.” explica Graziele.

Baseado em quatro pilares, como respeito, cuidado e escuta, espaço e natureza e educação para todos, alinhados aos nossos valores, a Manduí é uma casa para bebês que visa tecer uma rede de corresponsabilidades para o cuidado com as crianças. “A forma como o curso vêm acontecendo, a formação é através de rodas de conversa, então, acontece um processo de sensibilização das mães, durante os atendimentos elas trazem ao projeto como um espaço de acolhimento ”, comenta Graziele. O curso acontece duas vezes por semana e tem duas horas de duração. Além disso,  uma vez por mês, as famílias têm  acesso ao atendimento social e de psicologia, momento em que acontece o acolhimento das mães, identificação de demanda e encaminhamento para a rede socioassistencial.

Em maio aconteceram os primeiros encontros presenciais na CUFA Minas Gás, com rodas de conversas e atendimentos, e em junho teve início o curso berçarista, com uma abordagem muito participativa e que está encantando a todas as participantes. “Quando eu comecei esse curso eu achei que ele foi muito bom para mim, porque está me mudando o jeito de ver o olhar das crianças. Estou mais aconchegada com as minhas filhas, com o meu filho, estou dando mais espaço para eles brincarem, terem a hora deles. Deixar eles falarem, não somente nós, eles também falarem. Está sendo um grande aprendizado na minha vida. Eu já estou vendo mudanças no comportamento da criança, porque a criança aprende brincando e eu estou aprendendo isso aqui no curso. Então, para mim está sendo muito bom, uma experiência muito boa.”, comentou Viviane Teles Amaral, mãe participante do projeto .

DoaçãoGestão de Pessoas

A força do coletivo

Chegamos ao fim do primeiro semestre de 2021, e, com isso, finalizamos duas campanhas de captação muito especiais realizadas pelo Instituto C e quero dividir com vocês o resultado.

A primeira campanha que fizemos nesse ano foi batizada de Dê um Check de Esperança, pensando na lista de supermercado, a qual gostaríamos de dar um check nos produtos a serem doados para cada uma das 310 famílias atendidas por nós. A iniciativa tinha como objetivo captar R$ 432.200, tanto com pessoas físicas como com empresas. Ao final de dois meses, chegamos ao valor total que precisávamos, possível a partir do apoio de nove empresas e 152 pessoas que se uniram ao Instituto C para garantir a comida no prato de 1.300 pessoas.

Mas o que eu quero contar, é um episódio que aconteceu antes do início desta campanha e que me tocou muito, mostrando que as pequenas atitudes, quando feitas com atenção e dedicação, podem gerar resultados incríveis, além de criar uma poderosa rede de apoio. Uma semana antes do meu aniversário, recebi uma mensagem muito carinhosa e personalizada de um amigo querido que eu não falava há muito tempo, pedindo para eu dar um like em um vídeo no YouTube, de um concurso que ele estava participando. Com essa mensagem, além de conseguir o meu like, voltamos a nos falar e tivemos uma troca super prazerosa, foi ótimo!

Inspirada por ele, pensei em fazer o mesmo no meu aniversário, e enviei individualmente, para praticamente todos os meus contatos no WhatsApp que ainda não tinham participado da campanha Dê um Check de Esperança, uma mensagem pedindo uma doação como forma de me presentear pelo meu aniversário. O retorno que eu tive e a onda enorme de carinho que recebi por conta dessa atitude foram realmente um presente inesquecível! Conseguimos arrecadar R$ 28.460 com a boa ação de 116 pessoas, que  de alguma forma se sentiram tocadas com minha singela mensagem.

Valeu muito a pena enviar cada uma das mensagens e me mostrou como uma mensagem com um objetivo claro, comunicado de forma simples, pode trazer um resultado muito efetivo, e qualquer um é capaz de fazer isso, basta querer! Afinal de contas, usamos nosso tempo com tantas bobagens nas diversas redes sociais.

E foi com esse mesmo mote de “basta querer fazer” que bolamos a segunda campanha do Instituto C deste ano, chamada de Clicks de Esperança. Inspirados na campanha 100 fotos por Bergamo, que aconteceu na Itália, no começo da pandemia, convidamos alguns fotógrafos para cederem os direitos de uma imagem de sua autoria por um período de 20 dias. Em duas semanas, reunimos 41 profissionais muito queridos, que, além de doarem a foto, nos ajudaram muito com a divulgação da campanha. Em apenas 20 dias, vendemos mais de 130 fotos, as quais serão impressas em fine art e entregues na casa dos compradores.

Foi muito prazeroso realizar essa campanha, acompanhar a indecisão na compra de quem queria participar em meio a tantas fotos lindas e poder ver, mais uma vez, a força que só o coletivo tem para chegar a resultados que sozinha nunca seria possível. Que possamos seguir juntos ao longo do segundo semestre. Tenham a certeza de que muita coisa bacana vem por aí.

Vera Oliveira é Diretora executiva do Instituto C.