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O método de técnico de referência e os avanços para o PAF

No primeiro semestre deste ano, o PAF – Plano de Ação Familiar passou a ser gerido com uma nova metodologia que trouxe muitos benefícios – aos técnicos e, sobretudo, às famílias atendidas. “A metodologia de técnico de referência trouxe um olhar mais aprofundado para cada história atendida por nós, além de reforçar o vínculo das famílias com o Instituto C”, afirma Katia Moretti, líder do projeto. 

 

Para entender a nova metodologia é preciso dar um passo para trás. Antigamente, não havia um controle de tempo para os atendimentos. “A família chegava até nós, participava de uma roda conversa e depois era encaminhada para uma das áreas técnicas, mas sem um horário determinado para isso. A conversa podia durar 15 minutos ou uma hora”, relembra Katia. 

 

Em 2018, o projeto PAF recebeu uma consultoria da Porsche para organizar melhor a questão dos horários. A partir daí, foi estabelecida uma metodologia em espécie de carrossel chamada Chaku, na qual as famílias passavam por todas as áreas técnicas durante 15 minutos. “Conseguimos organizar a questão do tempo, mas o método trouxe também uma angústia por ser tão pouco”, aponta a líder.

 

Então, neste ano, com o retorno dos atendimentos de maneira híbrida após o período mais restrito da pandemia, e a partir de uma sugestão da Liliane Moura, uma das assistentes sociais do Instituto C, o PAF uniu uma nova metodologia: a de técnico de referência. “Nós mesclamos os dois métodos. Em um mês, a família é atendida pela rodada de conversa rápida e passando por todas as áreas e, no outro, ela tem uma hora com o técnico que é a sua referência”, explica Katia. 

 

O técnico de referência, então, é capaz de realizar um atendimento mais aprofundado durante o tempo que tem com a família e, assim, ter um olhar de maior acolhimento. “Durante uma hora, o técnico consegue analisar as demandas da família com mais atenção e até criar um vínculo com eles”, analisa a líder.  

 

Além dos benefícios apontados, os avanços já puderam ser percebidos também na prática. Recentemente, a pedagoga Lualinda Toledo conseguiu identificar que uma das crianças que atendemos, irmã da que estava em tratamento de saúde, tinha dificuldade escolar. “A partir desse atendimento mais acolhedor, a técnica entendeu que o problema era resultado de uma doença ocular. Depois de uma avaliação médica, foi constatado que a criança estava realmente perdendo a visão e uma cirurgia foi marcada”, conta Katia. 

 

O desfecho da família poderia ter sido outro se não fosse o olhar sensível e aprofundado da técnica Lualinda que, com a metodologia de técnico de referência, teve tempo para entender melhor, não só a criança em tratamento de saúde, como também todos os membros da família.

 

Sobre o PAF:

Famílias em situação de vulnerabilidade e que tenham crianças ou adolescentes em tratamento de saúde recebem atendimento multidisciplinar no Plano de Ação Familiar. Os encontros são realizados mensalmente para que elas tenham atendimento individual focado em suas necessidades e possibilidades nas áreas de Renda, Serviço Social, Educação, Nutrição, Psicologia e Acompanhamento Familiar. Além de informações e orientações em rodas de conversa, os responsáveis também têm acesso a itens emergências, como cesta básica,  fraldas, e remédios que não são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde. 

 

Atualmente, cerca de 200 famílias são atendidas. Elas chegam até o PAF a partir de hospitais e redes socioassistenciais que fazem o encaminhamento para o projeto ou através da procura espontânea. Após uma triagem, a família é convidada para iniciar o ciclo de atendimento assim que uma vaga for disponibilizada.

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Curso Berçarista começa a receber crianças para aula prática

No último dia 20 de setembro, o Primeira Infância iniciou mais uma fase de seu curso e começou a receber mais crianças para aulas práticas. Desenvolvido pelo Instituto C desde 2014, o projeto (que é desde 2021 executado em parceria com o Manduí Escola), visa o desenvolvimento infantil e a formação de mulheres berçaristas que vivem em vulnerabilidade social. Na comunidade Minas Gás, o objetivo é formar 80 profissionais que possam atuar nessa área. “Além do curso básico, ministrado por pedagogos especializados na primeira infância, a gente traz para o nosso espaço também crianças, estimulando o desenvolvimento infantil dentro da comunidade”, explica Graziele Alessandro, líder do projeto Primeira Infância.

 

Com aulas duas vezes por semana, e quatro grupos de horários, o Projeto começou com aulas teóricas para as mulheres da região. E, desde o dia 20, iniciou-se a parte prática dele – observação, desenvolvimento, ocupação e mais. “Muitas mulheres já vinham com seus filhos, então a gente já acolhia e colocava essas crianças em atividades. Agora, precisamos ainda mais delas. Abrimos vagas para a inscrição de crianças da própria comunidade”, diz a líder. A expectativa para essa segunda fase é grande! “Agora, com as crianças lá, está sendo melhor ainda! Parece que é mais prazeroso, sabe? O tempo passa até mais rápido, não que a gente queira isso, mas é mais gostoso”, diz Cristina de Souza, aluna que participa do curso há quatro meses.

 

A entrada de novas crianças, que será recorrente, foi feita por meio de um formulário divulgado pela liderança da CUFA Minas Gás, que já possui uma comunicação estabelecida dentro da comunidade. “A mãe se inscreve e a gente entra em contato para fazer o processo de triagem. A cada 15 dias vamos abrir novamente a seleção para mantermos o número de crianças estável”, explica Graziele.

 

O primeiro contato dessas mulheres com as crianças contou com uma roda de recepção, onde o responsável por cada uma delas estava junto. Após a exibição do Projeto, detalhes sobre a formação das profissionais e esclarecimentos de dúvidas, apresentou-se também a metodologia: “A gente acredita que na primeira infância, que abrange de 0 a 6 anos, a criança aprende e desenvolve brincando, então é isso que vamos fazer aqui. Somos um espaço de brincar”, contou Graziele. A partir das próximas semanas, não havendo necessidade, as crianças poderão ficar no curso sem o responsável presente.

 

“Sempre quis fazer aulas para aprender a lidar com crianças e idosos, mas nunca tive a oportunidade. Gosto tanto que já tinha até procurado cursos privados mesmo, mas não tinha muita noção de como escolher”, contou Cristina. Ela, que é mãe do Lucas, de 19 anos, e do Miguel, de 2, pretende aproveitar o que tem aprendido dentro de casa mesmo: “Tem me ajudado a cuidar ainda melhor do meu pequeno”.

 

Os grupos contam com, no mínimo, 10 crianças e, no máximo, 25. Os responsáveis também preenchem um formulário com informações, ficha médica e termos de autorização. “Nosso objetivo é formar 80 mulheres berçaristas na comunidade, mas sabemos que o contexto atípico que vivemos, da pandemia, pode interferir nesse número. A situação de vulnerabilidade no momento é ainda maior e, se essas mulheres conseguirem trabalho, elas deixam o curso, por exemplo, já que ele acontece em horário comercial”, conta Graziele.

 

A expectativa agora é para as próximas aulas, onde as crianças estarão sozinhas, sem os responsáveis. “O clima e o ambiente são muito gostosos. Fora que as meninas são demais, é como se fosse minha segunda família”, diz Cristina – que, além de aproveitar o que aprende para cuidar do seu filho, também enxerga o curso como um primeiro passo: “Tenho muito interesse em trabalhar na área da pedagogia e o curso me deu ainda mais vontade disso. Já é uma forma de eu começar!”.

Aniversário IC

Expandindo para aproximar é o 8º episódio da série de lives

No dia 10 de setembro, aconteceu o oitavo episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado “Expandindo para aproximar”, a conversa contou com a presença de três convidados: Paloma Costa, Coordenadora de Parcerias do IC, e os líderes da CUFA Minas Gás, Cezinha e Sandra. “A expansão das nossas atividades é um capítulo muito especial para nós. A gente sentia falta de estar próximos das famílias, principalmente das que atendemos. Então, a expansão do Instituto C começa com a nossa ida para a comunidade Minas Gás e essa aproximação só aconteceu por conta de parceiros incríveis”, introduz Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do Instituto C.

 

Paloma começa o bate-papo contando que estar dentro de uma comunidade era um sonho do Instituto e, no início da pandemia, percebeu a necessidade de atender a região da Brasilândia, onde nasceu e cresceu. “Comecei a mapear as lideranças das comunidades daqui do entorno. Precisávamos de alguém que tivesse um espaço físico onde pudéssemos nos alocar para atender as famílias. Até que um amigo me apresentou o Cezinha, e eu me apaixonei”, comentou.

 

Cezinha, um dos líderes da CUFA Minas Gás e ONG DhaQBrada, havia acabado de conseguir um espaço físico no barracão da escola Unidos do Peruche. “O meu sonho sempre foi trazer progresso para a comunidade e influenciar diretamente a vida das famílias. Quando conheci a Paloma, fiquei muito emocionado. Foi a pessoa certa e no local certo”, contou.

 

Sandra e Cezinha começaram a ajudar a comunidade Minas Gás reunindo doações para arrecadar cestas básicas. Distribuindo mantimentos, e realizando até mesmo uma padaria solidária aos finais de semana,  sentiram a vontade de agir ainda mais. “Nenhuma boa ação fica impune. Começamos com um pitstop na casa da minha mãe. No primeiro dia, juntamos 75 cestas básicas. Foi aí que percebemos que poderíamos fazer muito mais”, disse Sandra.

 

A ONG DhaQBrada, então, recebeu o convite para participar da CUFA e, assim, pode contar também com os benefícios deles e de outros parceiros. “Tudo fluiu tão bem que hoje estamos em um patamar onde colhemos tudo o que plantamos. Na pandemia, recebemos mais de 10 mil cestas básicas, por exemplo. Porém, eu nunca quis que a comunidade enxergasse a gente como um ponto de distribuição. Queria que eles soubessem que estaríamos aqui para dar um suporte, mas não que isso virasse um vício. Por isso, a chegada do Instituto C foi muito alinhada com o que acreditamos. Quero que as famílias se capacitem para elas próprias comprarem suas cestas básicas”, refletiu Cezinha.

 

É nessa linha que se encontra o IC na comunidade. Paloma contou que estava apreensiva sobre a recepção das famílias e, então, fizeram um formulário onde apresentaram com detalhes os projetos do Instituto: “Disparamos um questionário pela manhã e no final do dia já tínhamos 150 respostas. Todas positivas e querendo a nossa presença lá. Compilamos tudo, finalizamos a proposta e entregamos para os patrocinadores”.

 

Tanto a procura quanto a participação da comunidade nos projetos do IC superaram as expectativas. “Hoje, eu vejo o portão da Peruche como um verdadeiro portal de fé e esperança. Quando você abre a porta e entra naquele local, você encontra um local de acolhida. Estou muito orgulhoso do que acontece lá”, contou Cezinha.

 

“Eu acompanho o trabalho das mães e crianças e percebo o quanto as mulheres gostam de estar lá. Vejo a atenção e o cuidado delas. E eu aprendo muito também, todos os dias. Essa união foi muito boa para a comunidade, a gente estava precisando. Para mim, o Instituto C é um local de acolhimento”, disse Sandra.

 

Já Paloma, vê o IC como um respiro: “A gente passa por tantas crises e você saber que o seu trabalho leva carinho para pessoas que precisam é o que te faz levantar da cama. Para mim, o Instituto significa esperança – e só é possível fazer tudo o que a gente faz porque temos parceiros incríveis e que fazem tudo com muito amor”.

 

O bate papo seguiu por 1 hora, cheio de histórias, e você pode acompanhar tudo na nossa página no Instagram. Acesse agora mesmo, clicando aqui!

 

O projeto, do sonho à realidade, prevê resgatar as memórias que construíram a história do Instituto C nestes anos todos de atendimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo. Além da revisitação ao acervo de imagens e vídeos como forma de reverenciar e agradecer a contribuição de todos que estiveram juntos nesta trajetória.

 

As lives estão acontecendo no Instagram do Instituto C (@instituto.c) e contarão com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Diretora Executiva e Fundadora do Instituto C, é responsável por conduzir estas conversas.

 

Assista ao episódio 1 | O começo de tudo | Clique aqui

Assista ao episódio 2 | Encontros que fortalecem | Clique aqui 

Assista ao episódio 3 | Apoio que faz a diferença | Clique aqui

Assista ao episódio 4 | Costurando relações | Clique aqui

Assista ao episódio 5 | Desenvolvendo Capacidades e Potencialidades | Clique aqui

Assista ao episódio 6 | Construindo Futuros | Clique aqui

Assista ao episódio 7 | Um olhar especial | Clique aqui

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Premiações

A conquista da medalha de ouro em Transparência e Gestão

No dia 03 de agosto, recebemos a maravilhosa notícia de que o Instituto C havia sido aprovado no processo de auditoria do Selo Doar, com 50 pontos de 52 possíveis, qualificando-se como organização certificada com o Selo A+. Isso significa que passamos a fazer parte de um seleto grupo de organizações brasileiras certificadas de forma independente que atendem aos Padrões Máximos de Gestão, Transparência e Doação (PGTD) definidos pelo Instituto Doar, baseados nos principais modelos de certificações internacionais para organizações da sociedade civil.

Para obter o Selo Doar, primeiramente as organizações devem realizar a sua própria

autoavaliação. Para isso, o Instituto Doar disponibiliza a lista de critérios que serão avaliados, construídos especialmente para a realidade das organizações brasileiras, organizados em oito grandes temas, sendo eles: causa e estratégia, governança, contabilidade e finanças, gestão, recursos humanos, estratégia de financiamento, comunicação, prestação de contas e transparência. Com isso, a organização pode “arrumar a casa” e aperfeiçoar seus processos internos para posteriormente serem submetidos à auditoria independente do Instituto Doar.

Assim fizemos no Instituto C. Nos debruçamos em realizar nossa autoavaliação em cada um dos critérios. Percebemos que nossas práticas de gestão já atendiam plenamente muitos dos critérios, fruto do investimento em contabilidade, auditoria externa, comunicação e do compromisso de toda nossa equipe com a missão e os valores da organização. Nesse sentido, foi gratificante confirmar que estamos no caminho certo.

Por outro lado, para atender alguns critérios foi necessário realizar um trabalho mais profundo de aperfeiçoamento. Para isso, fizemos a atualização do nosso Estatuto Social criando um Conselho de Administração como o principal órgão de gestão da organização e implantamos uma política clara e escrita quanto à composição desse conselho, que leva em consideração critérios de diversidade. Renovamos nossa diretoria, atualizando as suas atribuições às leis atuais. Criamos um documento formal de cargos, carreiras e salários da organização, incluindo o processo de formalização e relacionamento com os voluntários, entre outros ajustes necessários.

Após realizar todo esse trabalho iniciamos o processo de auditoria com o Instituto Doar que nos contemplou com a certificação na categoria A+, a mais alta classificação possível, o que representa a conquista da “medalha de ouro” no cumprimento dos padrões máximos de Gestão, Transparência e Doação, motivo de muito orgulho e celebração por todos envolvidos no nosso trabalho.

E por que uma certificação como essa é tão importante para uma organização social sem fins lucrativos? Em todo o mundo há dados que confirmam que a certificação aumenta significativamente a confiança dos doadores e, consequentemente, aumenta o volume de doações. No Brasil, ainda há pouca pesquisa sobre isso, entretanto, a prática da verificação e qualificação é um processo comum entre empresas brasileiras, que objetivam melhorar a performance e compará-la entre pares, serve para facilitar a escolha de fornecedores ou clientes. Já para organizações sem fins lucrativos serve para ampliar a credibilidade e facilitar a seleção por parte de doadores.

Essa é mais uma conquista importante que só foi possível com o envolvimento coletivo, parabéns para todos nós!

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Maria de Lourdes: liberdade e autonomia na conquista do BPC

Não é de hoje que a Maria de Lourdes, ou Dona Maria, como a conhecemos aqui no Instituto C, vêm buscando conquistar sua liberdade e autonomia. Avó e responsável pelo pequeno Yan (12), ela sempre soube que essa busca tinha um caminho certo, sua independência financeira. “Ter independência financeira vai além de ter uma renda; representa liberdade de angústias que antes, mês a mês, se faziam presentes e dominavam o ranking de preocupações.”, explica Katia Moretti, líder do projeto PAF e que atuou por dois anos como Analista de Renda.

Para mulheres como a Dona Maria, falar em independência financeira parece até um sonho distante. Após separação do marido em 2019, ela se viu completamente desamparada para cuidar de seu neto Yan, que tem autismo, até encontrar o Instituto C em outubro do mesmo ano. “Após a separação do companheiro, ela enfrentava muitas dificuldades pois não tinha renda nem para pagar o aluguel, mas a Dona Maria sempre foi muito engajada com as suas questões e nunca ficou parada esperando alguma coisa acontecer, ela vai à luta.”, explica Isabel Pinheiro, técnica responsável pelos atendimentos da família.

Parte desta luta vinha sendo travada com o governo para garantia dos seus direitos, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) que havia sido negado na primeira solicitação por conta da documentação. “Dona Maria tinha entrado com o pedido por conta própria. Quando recebemos a notícia de que o benefício havia sido negado, voltamos o olhar para essa questão que era primordial. Fizemos um levantamento para entender o que havia dado errado e identificamos que era a documentação.”, explica Isabel. Para resolver isso, Dona Maria entrou em contato com a sua família que mora na Paraíba e solicitou ajuda com emissão da sua certidão de nascimento, a qual havia perdido.

Com o documento em mãos, Isabel auxiliou Dona Maria com o pedido e desde maio deste ano passou a acompanhar a solicitação por telefone até que em julho saiu a aprovação. “Quando eu soube que o dinheiro tinha saído, eu chorei de alegria, só agradeci, consegui adiantar dois meses de aluguel, comprei um colchão, um armário de cozinha e um fogão. Precisei comprar essas coisas para poder recuperar um pouco da autoestima.”, comemorou Dona Maria que também recebeu os valores atrasados, desde março de 2020, quando entrou com o processo pela primeira vez.

Ao ser questionada sobre o que o Instituto C representa para ela, seus olhos brilharam: “Não tenho nem palavras para expressar o que eu sinto. É tudo para mim, é especial, todas as pessoas, antigas e novas, se eu tivesse condições, eu faria doações para ajudar o IC, porque eu quero que vocês existam para sempre. Vocês deveriam chamar, Instituto ombro amigo, tanto é o apoio e as amizades que fiz por aqui. Quando encerrar o ciclo, vou sentir falta de tudo, do carinho, do atendimento, das conversas.”, respondeu emocionada.

*Benefício de Prestação Continuada – Criado em 1993 pela Lei Orgânica da Assistência Social – Loas é pago pelo INSS a idosos a partir dos 65 anos ou pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social. O valor devido mensalmente é de um salário mínimo

 

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Encerramento da primeira turma do Educação em Rede Minas Gás

Em agosto, aconteceu o encerramento da primeira turma do projeto Educação em Rede na unidade móvel do Instituto C, localizada na Comunidade Minas Gás. “Esse encontro é sempre um momento importante para as famílias participantes, celebramos tudo o que aconteceu durante o ciclo, mas aproveitamos também para marcar que aquilo que foi proposto no começo dos atendimentos, foi alcançado. É uma conquista para as famílias que precisa ser evidenciada e é neste encontro que tudo isso acontece.”, comenta Talita Lima, líder do projeto.

Ao todo, 56 alunos finalizaram o curso. No encontro as famílias puderam apreciar um mural formado por diversas fotos e atividades realizadas durante o ciclo. “Muitos pais não conseguem acompanhar as atividades desenvolvidas pelos filhos, por isso, achamos importante que elas ficassem expostas. O mural também acessa a memória e fortalece a sensação de pertencimento das famílias.” explica Mariana Benedetti, Psicóloga do projeto.

Na sequência, as famílias participaram de uma atividade envolvendo a plantação de uma semente em um vaso feito de garrafa pet. “Estamos passando por um momento de ressignificação do homem com a natureza e acreditamos que a educação tem o papel de sensibilizar e manter essa relação ética com o meio ambiente. Essa atividade vem com esse objetivo, trazer a mesma mensagem do projeto Educação em rede, sustentada pelo cuidado e o apoio às famílias, plantando como semente ações multidisciplinares. Simbolicamente acreditamos que as ações plantadas serão colhidas pelas famílias de maneira sensível, um apoio importante e essencial, para uso em suas práticas, vida social e educação.”, explica Viviane de Paula, Pedagoga do projeto.

Ao final, as técnicas do projeto fizeram a entrega dos certificados por meio da leitura das conquistas de cada um dos alunos durante o ciclo. As mães e pais responsáveis prepararam uma surpresa para os filhos, uma carta que foi lida logo após o recebimento dos certificados. “Foi muito importante essa ajuda do Instituto C. Eu trabalho fora o dia todo e chego muito tarde, então, eu não tinha esse tempo para fazer esse acompanhamento com ela. Esses 4 meses foram excelentes, extremamente fundamentais. Gostaríamos de agradecer muito pela ajuda, para nós foi muito válido, vocês sempre nos deram muito apoio e foram muito profissionais.” agradeceu Maristane, mãe da Lara, 7 anos.

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Um olhar especial é o 7º episódio da nossa série de Lives

No dia 12 de agosto, aconteceu o sétimo episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado, Um olhar especial, o episódio 7 contou com a presença de três convidadas: Graziele Alessandro, líder do projeto Primeira Infância, Thais Abrahão, pedagoga e psicóloga, sócia gestora e educadora do Mandui e Thamires Bonfim, mãe atendida pelo projeto na Comunidade Minas Gás. “Começamos a trabalhar com a temática da primeira infância em 2014 como uma estação de atendimento dentro do PAF – Plano de Ação Familiar, mas o projeto era tão potente que decidimos ampliar este atendimento para outras famílias por meio de parcerias com as creches da região. Com a pandemia, repensamos o projeto para acessar às famílias e oferecer às cuidadoras das crianças mais insumos sobre o desenvolvimento na primeira infância, pensando em oferecer educação de qualidade para todos.” explicou Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do IC, durante a live.

No bate papo, Graziele Alessandro falou sobre o início do projeto em um novo formato na Comunidade Minas Gás e os anseios presentes nesse desafio. “Foi um desafio, quando eu cheguei estávamos na fase vermelha da pandemia, então, eram muitas dúvidas sobre como o projeto iria acontecer, se seria presencial, se teríamos que fazer online. Entrar em contato com estas mulheres foi incrível, percebemos que as crianças na primeira infância pararam de frequentar o ambiente escolar completamente. Então, quem se tornou o maior mediador do processo de educação e do estímulo na primeira infância foram os responsáveis. As mães queriam saber como fazer isso com seus filhos em casa.”, comentou.

Para Thais Abrahão, a reformulação do projeto para este novo ciclo estava completamente alinhada aos objetivos do Mandui. O formato que inclui um curso de berçaristas para as famílias atendidas foi a primeira realização de um grande sonho. “Tem sido maravilhoso. É uma chuva de aprendizagens. Vivemos isso na pele. É uma experiência incrível poder compartilhar este conceito de educação, de uma educação de qualidade, para que isso se espalhe e não fique preso para uma parte seleta da sociedade ”, comentou. Segundo ela, o cuidado na primeira infância é uma potência para as transformações na sociedade, mas também reforça a importância de um cuidado sistêmico. “A nossa ideia é poder receber essas mães e junto delas construir um olhar para essa primeira infância, acontece que não conseguimos olhar para a primeira infância, sem olhar para quem cuida dela. Então, vivemos um primeiro momento muito importante de constituição de um vínculo de confiança. Porque não podemos falar de cuidado dos bebês e destas crianças sem olhar para estas mães que muitas vezes não têm este espaço de escuta para compartilhar todas estas aflições e desafios que a maternidade traz e que a pandemia acentuou muito.” acrescentou.

A possibilidade de ter um certificado de berçarista ao final do curso foi um diferencial para Thamires Bonfim, moradora da Comunidade Minas Gás e atendida pelo projeto Primeira Infância este ano. “Está sendo maravilhoso. Já pela oportunidade de estar participando foi mágico, foi muito bom. Primeiro pelo fato de as crianças estarem todas em casa, pelo fato de não terem a escola, entrou a pandemia, acabaram ficando em casa e a gente que não é os professores, acabamos sendo os professores deles. Então, o curso está sendo muito maravilhoso. A expectativa fazendo esse curso era saber lidar melhor com eles em casa, mas acabei aprendendo um novo mercado de trabalho, uma nova oportunidade de entrar no mercado de trabalho, depois de 2 anos parada.”, explicou.

Ao serem questionadas sobre o que o Instituto C representa para elas, Graziele destacou a o espaço de cuidado que se estabelece durante os encontros. “Para mim, o Instituto C significa poder cuidar de maneira efetiva. É muito fácil falarmos do cuidado, mas é sempre diferente vivenciarmos este cuidado. O Instituto C traz todo o aparato para que isso aconteça. Estar dentro de uma Comunidade é falarmos sobre as vulnerabilidades que sabemos que existem, mas também estar em contato com elas o tempo inteiro. Então, o IC é um facilitador para que possamos dar um atendimento de qualidade para estas famílias e ajudar no processo de conscientização sobre a garantia dos direitos.”.

“Uma das pontes mais lindas que eu atravessei. Essa parceria abriu para gente essa possibilidade de semear ações no mundo real, a gente precisa de sonhos. Muitos sonhos são perfeitamente realizáveis, nós só precisamos encontrar essas pontes, então, para o Mandui, o Instituto C é a ponte mais bonita que nós atravessamos até agora.”, comentou Thais.

O bate papo seguiu por 1 hora, cheio de histórias, e você pode acompanhar tudo na nossa página no instagram, acesse agora mesmo, clicando aqui!

O projeto, do sonho à realidade, prevê resgatar as memórias que construíram a história do Instituto C nestes anos todos de atendimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo. Além da revisitação ao acervo de imagens e vídeos como forma de reverenciar e agradecer a contribuição de todos que estiveram juntos nesta trajetória.

As lives estão acontecendo no instagram do Instituto C (@instituto.c) e contarão com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Diretora Executiva e Fundadora do Instituto C, é responsável por conduzir estas conversas.

Quer saber mais sobre a metodologia do Primeira Infância? Clique aqui!

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Artigo | Por que participar de organizações sociais?

Fui convidada a escrever um artigo aqui no LinkedIn em comemoração a mais nova conquista do Instituto C: o Selo Doar na categoria A+, que representa a maior pontuação possível nesta certificação que visa incentivar, legitimar e destacar o profissionalismo e a transparência nas organizações não-governamentais brasileiras, na forma de um atestado independente de sua adequação aos Padrões de Gestão, Transparência e Doação (PGTD).

Estou no mercado financeiro há mais de 40 anos. Sempre me identifiquei com as causas sociais, mas faltava colocar mais a mão na massa. Assim, alguns anos atrás me juntei ao então Instituto Saúde Criança, em São Paulo, hoje Instituto C.

Faço parte do Conselho Fiscal, o que me traz imensa satisfação. Primeiramente pelo resultado da operação em si, que é muito gratificante. Os objetivos são nobres e temos conseguido a cada ano nos superar. Tem um aspecto que me identifico muito: o caráter não assistencialista do trabalho, muito mais voltado a “ensinar a pescar”. Outro ponto que me deixa realizada é o grau de profissionalismo envolvido. A equipe é composta por técnicos que conhecem suas áreas de atuação e a meritocracia vem crescendo a partir de muito apoio de assessoria de recursos humanos.

É importante destacar também a questão da transparência e governança do Instituto C. A prestação de contas é pelo menos mensal, temos reuniões formais – também informais quando há necessidade – e tudo é muito bem documentado, tal qual na iniciativa privada, mas com um ganho adicional: uma grande satisfação interior por poder, mesmo que seja pouco, devolver algo para a sociedade.

Estou em diversas outras entidades com fins sociais e em todas tenho experiências muito boas, mas é junto ao Instituto C que comecei de fato minha ação na vida social, onde cresci e aprendi bastante. Que possamos seguir essa jornada de transformação da vida das famílias atendidas, que tanto precisam do nosso apoio. E parabéns pela conquista!

Chica Passos é Conselheira Fiscal do Instituto C.

 

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Educação em Rede investe em criatividade e agrada alunos

O primeiro ciclo do Educação em Rede na nossa unidade móvel localizada na Comunidade Minas Gás entra na reta final e comemora a alfabetização de alunos com foco em atividades e atendimentos repletos de criatividade, dados preliminares apontam 77% de engajamento da turma. “Acredito que a permanência das famílias no projeto se deve ao fato de termos realizado uma triagem muito precisa, com escuta às necessidades, insumo importante na construção dos atendimentos. O projeto acontece por meio da troca com as famílias, então, buscamos sanar as dificuldades apresentadas ao longo do caminho. Sempre que possível, nos adaptamos, justamente para que a família não desista.”, explica Talita Lima, líder do projeto.

O ciclo teve início de forma totalmente remota no dia 03 de maio, com 73 alunos, uma vez que a cidade de São Paulo estava na fase vermelha do Plano São Paulo, o que previa sérias restrições à circulação. “Recebemos muitas inscrições, em torno de 130 famílias. O alto número de inscritos provavelmente se deve à defasagem que estamos enfrentando na Educação em decorrência da pandemia e a carência de projetos nesta região. Escutamos famílias dizendo que os filhos nunca haviam ido para a escola, principalmente aquelas que iriam começar o 1 e 2 ano, crianças que nunca pisaram na escola.”, comenta Talita.

Alguns motivos explicam essa conquista e o alto engajamento dos alunos. O primeiro deles é a metodologia do projeto que prevê um atendimento multidisciplinar com toda a família, o que inclui atendimento psicológico e social aos pais e mães responsáveis, uma novidade no projeto, que anteriormente só oferecia atendimento psicológico aos alunos. “O atendimento psicológico é fundamental pois proporciona a escuta da família, entender o contexto familiar sempre foi e sempre será um diferencial do nosso projeto. Quando oferecemos atendimento para essas mães, entendemos as angústias que elas têm, facilitando nossa orientação, assim, a gente vai trabalhando o relacionamento familiar. Afinal de contas, a pandemia afetou todas as famílias, estamos falando de mães que não sabiam o que fazer com os filhos em casa e que precisavam se organizar e se adequar a essa realidade, para ensinarem seus filhos da forma que fosse possível.”, explica Talita.

O segundo motivo está ligado ao formato das atividades propostas aos alunos pelas áreas de Psicologia e Educação. “Todas as atividades são adequadas à faixa etária e ano escolar e sempre propondo desafios. Entendemos que nosso tempo semanal é curto com cada criança e precisamos complementar a ação escolar de maneira lúdica e instigante. A estratégia é trazer atividades criativas, mas que provoquem os alunos a pensar, ler, criar e sobretudo realizarem sozinhos.”, explica Viviane de Paula, Pedagoga do projeto e responsável por atividades como produção de HQ, Bingo e Lettering, por exemplo.

Para Mariana Benedetti, Psicóloga do Educação em Rede, não é diferente. Toda turma de atendimento que tem início, as atividades são re-avaliadas para que fiquem mais adequadas àquele novo grupo de alunos e para que faça sentido para eles. “Os atendimentos são pré-definidos antes de começar a turma com temas e atividades, porém ao decorrer dos encontros vamos percebendo a necessidade de abordar algum tema em específico e fazendo ajuste no decorrer dos encontros. Nessa turma fizemos mais atividades manuais usando sucatas e muita criatividade e eles gostaram e se envolveram muito mais.”.

A turma chegará ao fim no dia 20 de agosto e a equipe do projeto já deu início à triagem da nova turma que terá início no dia 30 do mesmo mês. “Minha filha teve uma evolução muito boa participando do reforço escolar e da psicologia. Ela se identificou bastante com todas as profissionais que trabalharam nesse projeto. Percebi algumas mudanças de comportamento dela, principalmente em obedecer às regras. Eu gostaria que minha filha continuasse nas aulas, porque ela gosta muito de participar e sei que ela vai sentir falta também. Bom agradeço a todas que se dedicaram nesse projeto, que DEUS abençoe a cada uma.”, Emanoela Paiva, mãe da aluna Giulia Araújo Paiva.

Aniversário IC

Construindo Futuros é o sexto episódio da nossa série

No dia 21 de julho, aconteceu o sexto episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado, Construindo Futuros, o episódio 6 contou com a presença de três convidadas: Isabel Pillar, Diretora Executiva do Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo e primeiro patrocinador do projeto, Talita Lima, líder do Educação em Rede e Andreia Silva, mãe atendida pelo projeto desde maio deste ano. “Temos o maior orgulho deste projeto porque ele tem um impacto muito importante para todas as famílias que a gente atende e para todos os envolvidos da nossa equipe. Fazemos um atendimento completo tanto com os pais, como com os filhos, com o objetivo de engajar as crianças na escola. O Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo acreditou nessa ideia desde que ela era embrionária. Eles falaram “Topo! Vamos fazer juntos!”” explicou Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do IC, durante a live.

No bate papo, Isabel falou sobre a conexão entre o projeto e a missão do ICSHG, patrocinador do projeto Educação em Rede desde o início. “O Instituto existe há 18 anos, optamos por ter um modelo onde nós não temos o nosso projeto, o nosso programa, o que fazemos é selecionar organizações sem fins lucrativos, que têm o seu projeto, o seu programa, para apoiá-los. Apoiamos 21 organizações e o nosso foco é na área de Educação. Quando olhamos para o Instituto C, analisamos duas dimensões: olhamos para organização, em termos de gestão, de governança, saúde financeira, liderança, visão, valores, então, estudamos a organização para entender se faz sentido dentro do que a gente acredita e depois olhamos para o projeto e o impacto que ele trará lá na ponta. Ficamos felizes com o avanço e construção coletiva para chegar até aqui”, comentou.

Para Talita, as mudanças do projeto, a cada novo ciclo, são muito importantes. Na última delas, que envolveu o início do atendimento psicológico para os pais e mães responsáveis, ela viu a possibilidade de unir suas duas vocações. “Tem sido muito prazeroso e desafiador. Eu sempre estive nessa área de gestão de projetos, mas sou Psicóloga de formação, então, poder fazer o atendimento psicológico para as famílias, foi poder unir o melhor dos meus dois mundos. Não tem como atender as famílias e não ser impactado por estes atendimentos. O que me fez crescer pessoal e profissionalmente”, explicou. Isabel acredita que essas mudanças evidenciam o desejo do Instituto C de fazer sempre melhor e entregar algo que seja mais inovador, sempre com um olhar cuidadoso com as famílias, percebendo como o projeto pode ser adaptado. “A gente sempre zela e tem o maior cuidado para que seja uma relação de troca. A gente nunca quis se colocar como um investidor social, doador, que tem o recurso e que a organização tem que fazer isso ou aquilo e performar. A ideia é sempre construir em conjunto para fazer sentido para as duas partes. Essa relação de confiança que nós temos com as organizações é construída ao longo do tempo. E o fato de sermos um investidor de longo prazo, a ideia é construir essas relações, o que permite essa troca de “isso não está dando certo, o que temos que fazer diferente, vamos pensar juntos”, isso é o mais rico e faz com que a gente consiga ir avançando.” acrescentou.

Essa possibilidade de atendimento psicológico para os pais e mães responsáveis foi um diferencial na vida da Andreia Silva, moradora da Comunidade Minas Gás e atendida pelo projeto Educação em Rede desde maio deste ano. “Esse projeto é maravilhoso. É muito prazeroso estar com vocês. Muitos projetos dão oportunidades para as crianças e esquecem dos pais que estão por trás destas crianças, como ficam os pais nessa pandemia e vocês abriram estas portas. Foi tudo muito rápido, vocês chegaram com tudo na Comunidade. Minha mente estava a mil, a Talita chegou em uma ótima hora. A Talita no primeiro contato com ela, é como se eu já conhecesse ela, super autêntica, me deixou a vontade e foi me ajudando, me ensinando como lidar com as situações, como eu deveria reagir a algumas situações.”, explicou.

Ao serem questionadas sobre o que o Instituto C representa para elas, Isabel destacou a escuta e o olhar individualizado. “Quando a gente fala Instituto C tem algumas palavras que vêm na mente, acho que a primeira é escuta qualificada, hoje em dia as pessoas escutam, mas não estão absorvendo, se colocando no lugar do outro. E esse olhar individualizado, entender que cada pessoa é de um jeito, saber quem é essa pessoa, de onde ela veio. Não tratar todo mundo igual.”.

“Um momento importante para mim foi quando eu fiquei ruim um dia, eu só chorei, então, chamei a Talita. Era uma sexta-feira, fim de tarde, mesmo assim, resolvi ligar. Me deu uma crise de choro, me tranquei no quarto e me isolei. Fui até a igreja e quando eu saí da igreja, eu vi uma mensagem da Talita, perguntando se estava tudo bem. Na segunda-feira, no primeiro horário ela me chamou e me mandou um link para nós conversarmos. Isso me marcou muito. Ficou marcado no meu coração. Em outro lugar, tudo seria baseado no horário e vocês não, vocês se preocupam comigo, com o meu bem estar.”, finalizou Andreia.

O bate papo seguiu por 1 hora, cheio de histórias, e você pode acompanhar tudo na nossa página no instagram, acesse agora mesmo, clicando aqui!

O projeto, do sonho à realidade, prevê resgatar as memórias que construíram a história do Instituto C nestes anos todos de atendimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo. Além da revisitação ao acervo de imagens e vídeos como forma de reverenciar e agradecer a contribuição de todos que estiveram juntos nesta trajetória.

As lives estão acontecendo no instagram do Instituto C (@instituto.c) e contarão com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Diretora Executiva e Fundadora do Instituto C, é responsável por conduzir estas conversas.

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Assista ao episódio 1 | O começo de tudo | Clique aqui

Assista ao episódio 2 | Encontros que fortalecem | Clique aqui 

Assista ao episódio 3 | Apoio que faz a diferença | Clique aqui

Assista ao episódio 4 | Costurando relações | Clique aqui

Assista ao episódio 5 | Desenvolvendo Capacidades e Potencialidades | Clique aqui

Assista ao episódio 6 | Construindo Futuros | Clique aqui