“Meu filho não faz xixi e nem cocô na privada”
Para que o desfralde aconteça, é preciso então que essas outras áreas também estejam caminhando e é imprescindível que o bebê, através da sua relação com o mundo, vá se dando conta de que é um ser separado de seus cuidadores, se reconhecendo enquanto um “eu”.
- O momento das trocas de fralda costuma ser um momento prazeroso de interação entre o adulto e a criança? Há brincadeiras no trocador?
- O adulto incentiva a criança, convidando-a a participar de alguma forma, por exemplo propondo à criança que jogue a fralda no lixo depois da troca?
- A criança demonstra curiosidade em ver outras pessoas no banheiro (irmãos mais velhos, colegas de creche), brinca de trocar a fralda de bonecas? É convidada a sentar no penico/ privada mesmo que o adulto já saiba que as chances de fazer suas necessidades ali são remotas? Pode dar a descarga e dizer tchau as fezes?
- A criança sabe identificar e nomear as partes de seu próprio corpo? Tem uma noção de onde sai o cocô e de onde sai o xixi? Onde se formam?
- A criança sabe identificar quando ela sujou as fraldas? Ela avisa de alguma forma?
- Ela é respeitada pelo adulto neste momento (sem piadas ou cobranças)?
- A criança consegue identificar quando está fazendo suas necessidades? Sua privacidade é respeitada neste momento?
- Se ela ainda não é capaz de reconhecer quando está fazendo, o adulto é capaz de ajudá-la a identificar, através de perguntas como: “Você tá fazendo careta de força, está com vontade de ir ao banheiro? ”, “Você está sentindo desconfortos em sua barriga”?
- Quando o adulto percebe que a criança está com vontade ele a incentiva a ir ao banheiro?
- O momento de espera pelo xixi/ cocô na privada/ penico é um momento prazeroso (com histórias e conversas) ou é um momento tenso (com pressa, expectativas e cobranças)?
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Projeto Educação em Rede
Temos uma grande novidade!
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O Instituto C é uma das 100 melhores ONGs do Brasil
Reaprendendo a ser feliz
Amor de pai
A história de André nos dá uma lição de paternidade. Abandonado pela esposa, de repente se viu sozinho com seu filho Kaike, de menos de 1 ano. Trabalhando como orientador de shopping e como porteiro de prédio, André desdobrava-se nos cuidados com o pequeno. Aos dois anos, Kaike começou a apresentar uma palidez preocupante. O pai o levou a fazer exames de sangue e os resultados não apontaram problemas. “Mas a professora da creche onde ele frequentava me disse que eu deveria investigar mais sobre a saúde do menino. Ele já não brincava mais com os coleguinhas, preferia ficar isolado na classe”, lembra André. Novos exames foram feitos no Hospital São Luiz e constatou-se que havia deficiência na coagulação sanguínea. Como a suspeita era catapora, os médicos acharam melhor transferi-lo para a Santa Casa de Misericórdia. “Infelizmente, lá, um novo diagnóstico foi feito e recebi a pior notícia de minha vida: meu filho tinha leucemia. Na época eu namorava a Angela, que logo assumiu o papel de mãe do Kaike, me dando toda a força que eu precisava. Casamos-nos pouco depois e hoje somos uma família de verdade”, fala André.
A internação de Kaike foi complicada, pois o menino não tinha certidão de nascimento. “Para registrá-lo em meu nome eu precisava da mãe dele. Implorei ao meu ex-sogro que a localizasse, pois nosso filho corria risco de morte. Finalmente ela apareceu, assinou a documentação e foi embora novamente”. Nesse ínterim, Kaike contraiu uma bactéria que lhe causava fortes dores abdominais. O pequeno passou dois meses hospitalizado, de novembro de 2014 a janeiro de 2015. Vendo o sofrimento do marido, que para ficar ao lado do filho precisou largar os dois empregos, Angela pediu ajuda a uma assistente social da Santa Casa. “Minha mulher perguntou se ela poderia indicar alguma entidade que pudesse nos auxiliar e a moça sugeriu o Instituto C. Foi uma bênção em nossas vidas. Desde então tenho enfrentado os percalços do destino com outra disposição”, afirma André.
Há quase dois anos no Instituto C, o pai de nosso querido Kaike se diz bastante satisfeito com o atendimento que vem recebendo. “A ONG oferece assistência completa. Psicólogos ajudam a mim e ao meu filho a lidar com as emoções provocadas pela leucemia. Nutricionistas nos orientam a respeito de sua dieta especial e tem ainda o auxílio jurídico. Graças a orientação de seus advogados, eu consegui entrar com um pedido na Defensoria Pública pela guarda definitiva do Kaike. O melhor disso tudo é que aqui sou recebido com muito afeto. Dá para ver no olhar de cada um como todos fazem seu trabalho com amor e dedicação.”
No início deste ano, Kaike, agora com 4 anos, passou a fazer apenas tratamento de manutenção e assim pôde voltar a escola. “O Instituto C indicou um colégio perto de casa. Ele estuda das 13 às 19 horas, tempo que estou usando para entregar meu currículo e, muito em breve, retomar minha profissão”, comemora o paizão André.