Doação

Conheça os benefícios da Nota Fiscal Paulista para Ongs

Quantas vezes, ao finalizar uma compra, o atendente do caixa lhe fez a seguinte pergunta: “CPF na nota?” – o ato de cadastrar o seu documento em uma nota fiscal é simples e pode ajudar muito uma instituição. A Nota Fiscal Paulista é um programa de incentivo à cidadania fiscal, criado pelo governo do estado de São Paulo em 2007. “Quando você pede o CPF na nota de uma compra, automaticamente aquele estabelecimento é obrigado a declarar a venda e pagar o imposto para o governo”, explica Breno Yves, analista de captação de recursos do Instituto C.

 

No início, para incentivar o consumidor, o valor gerado em créditos a partir das compras com CPF na nota era relevante. Com o tempo, o governo mudou os parâmetros, beneficiando as ONGS, e diminuiu o valor para o consumidor. Em 2017, o governo lançou um novo incentivo: a doação automática de cupons fiscais para instituições filantrópicas. “A doação automática é muito mais vantajosa para as ONGs pois quando o cupom é doado de forma automática pelo consumidor o valor do crédito é maior, além de não ter o trabalho de coleta e digitação dos cupons fiscais, e para o consumidor é também muito interessante porque ele pode escolher a ONG de sua preferência para apoiar – bastando fazer um único cadastro no sistema da Nota Fiscal Paulista e solicitar o CPF na nota. Assim, o crédito será transferido automaticamente para a instituição”, explica Breno.

 

Mas, os créditos não são pequenos? Não para ONGs! Quando a nota fiscal é doada para uma instituição, o crédito dela é recalculado e pode chegar a ser 200 vezes maior que o que iria para o consumidor. “Atualmente, nós temos uma base de 330 doadores ativos e isso corresponde a 20% da receita anual do Instituto C”, celebra Breno. Essa forma de captação é ainda mais importante e segura pois está ancorada em uma lei estadual: “É uma fonte de renda extremamente valiosa para nós”.

 

Outra coisa muito legal dessa nova forma de doação é que o consumidor segue concorrendo aos sorteios mensais mesmo quando ele doa para uma ONG. “Costumamos dizer que é mais fácil ganhar 1 milhão nos sorteios da Nota Fiscal Paulista do que nos sorteios da Loteria Federal, pois no primeiro temos bem menos concorrentes por ser só estado de São Paulo e muita gente no estado ainda não participa do programa”, comenta Breno. Esse é mais um incentivo para sempre pedir o CPF na nota, pois tanto a doação quanto a participação no sorteio só é possível quando o consumidor coloca o CPF na nota.

 

E, como fazer o cadastro automático?

 

Além de ser uma forma simples de doação, o processo para o cadastro também é feito uma única vez. Existe um sistema desenvolvido pela Secretaria da Fazenda onde o consumidor faz o cadastro com seus dados pessoais e escolhe uma instituição para apoiar.

 

Breno também reforça que após o cadastro, para que a doação possa ser ativada, primeiro é necessário que o consumidor realize o saque do saldo que estiver no sistema para uma conta bancária em nome dele. A partir do valor de R$ 0,99 o saque já pode ser realizado e, sem esse procedimento, o cadastro fica restrito e as doações não são realizadas. “Hoje, além dos 330 doadores ativos, temos 180 pessoas restritas por não terem feito esse saque. É um processo simples, mas que muitos não se atentam ao chegar no final”, alerta.

 

Vale lembrar também que a instituição não tem acesso a nenhum dado de compra do doador – nem sequer seu nome. “O sistema é muito seguro e restrito. Nós sabemos apenas a quantidade de doadores que temos, mas não quem são eles. Muitas vezes as pessoas têm medo de se cadastrar com receio da instituição ter acesso às suas compras e dados, mas isso é impossível”, explica.

 

“A doação automática de créditos da Nota Fiscal Paulista é uma forma de ajudar sem ter que mexer no bolso. Muitas pessoas querem fazer algo, mas não têm tempo para ser voluntário e nem dinheiro para fazer doação. A Nota Fiscal Paulista é uma possibilidade de todos poderem colaborar e faz toda a diferença para o Instituto C”, diz o analista. 

 

Confira o passo a passo para o cadastro:

 

1: Acesse o sistema da Nota Fiscal Paulista no link https://www.nfp.fazenda.sp.gov.br/Principal.aspx

 

2: Se você ainda não é cadastrado, clique em “Novos Cadastros – Cadastro Pessoa Física” e siga os passos. Se você já é cadastrado, faça o Login com seu CPF e senha

 

3: Ao entrar no sistema, clique em “Entidades – Doação de Cupons com CPF (automática)”, no menu principal

 

4: Encontre o Instituto C digitando, no campo indicado, o CNPJ 14.644.881-0001/98 e clique em avançar, confirmando a doação automática por tempo indeterminado.

 

5: Ah, não se esqueça de fazer o primeiro saque para sua conta e sempre que fizer comprinhas, peça o CPF na nota!

 

6: Se desejar, mande uma mensagem pra gente pelo Instagram @instituto.c ou pelo WhatsApp (11) 94581-9225 contando que você virou um doador para que possamos te enviar novidades do nosso trabalho.

Para saber mais acesse nossa página sobre Nota Fiscal Paulista, clicando aqui!

PAF

8 famílias se despedem do Projeto PAF

Hoje, 17 de novembro, o PAF – Plano de Ação Familiar encerrou mais um ciclo de atendimento e despediu-se de oito famílias. O projeto, que é o primeiro realizado pelo Instituto C, atende famílias de crianças e adolescentes que apresentem alguma doença grave ou crônica e que vivam em situação de vulnerabilidade social. “Foi um dia para relembrar histórias, celebrar conquistas e deixar registrada uma lembrança de cada uma dessas famílias que passaram por nós”, conta Katia Moretti, líder do projeto. 

 

Durante a pandemia, nenhuma família foi desligada do projeto, portanto o ciclo que foi encerrado teve uma duração mais prolongada – alguns até com mais de dois anos em atendimentos. “Nos reunimos para entender quais famílias já estavam com demandas resolvidas e objetivos alcançados. Chegamos, então, em um grupo de oito famílias para esse encerramento”, explica Kátia. A líder conta que o planejamento do fim do ciclo é feito com bastante antecedência. “Gostamos de avisar as famílias, no mínimo, três meses antes do encerramento até para elas já irem se programando, muito por conta dos benefícios que a gente entrega”, diz.

 

Desde 2019, o encerramento do ciclo é feito em grupo e, desta vez, a manhã foi dividida em alguns momentos. As famílias compareceram na sede do Instituto C e responderam uma avaliação do projeto. “É importante ter esse instrumento para análise do nosso trabalho pela percepção das famílias que já foram atendidas por nós”, conta Kátia. Depois, cada família recebeu um azulejo em branco para que, com tinta guache e muita criatividade, pudessem fazer uma lembrança: “Aqui, nós temos o mosaico das famílias, um painel com azulejos feitos por todas elas, para lembrarmos das conquistas de cada uma que passou pelo Instituto”. 

 

O encerramento ainda contou um um terceiro momento, onde as famílias foram reunidas e, em apresentação de slides, contadas as histórias individuais. “No início, não revelamos de quem é a trajetória apresentada. Algumas famílias já se identificaram logo no começo, claro. Foi bem emocionante”, revela Kátia. Depois, voluntários e equipes do Instituto C entregam para as famílias um certificado de participação no projeto, junto com a história contada e uma foto de recordação. “As famílias se emocionaram, algumas se sentiram livres para dar depoimentos e falar mais detalhes sobre suas conquistas. E, por fim, celebramos todos juntos”. 

 

Entre as oito famílias que se despediram hoje do PAF, Kátia lembra da Grazi que, mesmo com pouco tempo de projeto, conseguiu ela mesma identificar que já havia tido conquistas. “Ela conseguiu emprego na sua área de atuação e solicitou o desligamento de sua família justamente porque compreendeu que agora outras famílias poderiam se beneficiar do projeto”, conta Kátia. A líder alerta que não é porque a família está trabalhando, ou está em um novo emprego, que o ciclo se encerra – depende de outros fatores de desenvolvimento.

 

Uma outra Grazi também se desligou hoje. Esta, veio para São Paulo gravida comprar o enxoval dos gêmeos que esperava, até que eles nasceram prematuros na cidade. “Os bebês precisaram de acompanhamento e ela acabou ficando por aqui. Hoje, eles já têm três anos e nós os acompanhamos desde pequenos. No encerramento do ciclo, ela nos contou que decidiu ficar em São Paulo e voltou a estudar”, celebra. Sem conseguir falar, por causa da emoção, Grazi trouxe escrita uma carta de agradecimento a todos do IC e pediu para sua técnica de referência, Nayara, fazer a leitura que gerou ainda mais emoção em todos presentes. 

 

E, por fim, Kátia relembra também a trajetória da família de Délia, que veio da Bolívia para o Brasil há 11 anos. “Ela chegou até nós por conta de sua filha, que tem Síndrome de Down. Sem muitas informações sobre a doença, ela também engravidou durante o período que ficou conosco e, depois dos atendimentos, estão todos bem encaminhados e com muitos planos para o empreendimento familiar que está iniciando”, afirma.

 

Entre as muitas conquistas, agora o PAF já planeja o próximo ciclo de encerramento e, claro, a recepção das novas oito famílias que vão adentrar ao projeto – e com mais histórias para contar e objetivos para celebrar!

Áreas de atendimentoCidadania em RedeServiços IC

Acessos, direitos e aprendizados no Educação em Rede

Iniciado em 2017, o projeto Educação em Rede, patrocinado pelo Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo, tem como objetivo potencializar o desenvolvimento de crianças e adolescentes com dificuldades escolares, cujas famílias estejam em situação de risco ou vulnerabilidade social. “A gente faz atendimento de reforço escolar e psicológico para os alunos e também atendimento social e psicológico para as famílias e responsáveis”, diz Talita Lima, líder do projeto.

 

Os alunos chegam ao projeto encaminhados pelas escolas parceiras ou até mesmo pela busca direta das famílias. “Quando a gente fala de dificuldade escolar, a gente fala tanto de dificuldades pedagógicas, como ler e escrever, quanto dificuldades no quesito de comportamento, como evasão, ansiedade e timidez”, esclarece a líder.

 

Em tempos de pandemia, muitas escolas até forneceram material para as mães e pais orientarem seus filhos em casa, entretanto estes não possuem habilidades técnicas para conduzir essas atividades e, muitos, inclusive, nem acesso à internet que permita a construção do vínculo escolar. “O projeto já era muito necessário, pois nem sempre a escola consegue ter um olhar atento e individual com todos os alunos. Além disso, muito daquilo que o aluno apresenta dentro da sala de aula está relacionado com o contexto familiar dentro de casa – e a escola não tem ferramentas suficientes para acessar essa história”, diz a líder. 

 

Viviane de Paula, pedagoga do projeto, diz que os trabalhos desenvolvidos no reforço escolar não substituem a escola e sim complementam. “Procuramos entender as dificuldades individuais de cada criança e conduzir de maneira intencional à autonomia para resolução de suas questões, sempre utilizando os recursos de escrita e leitura”, conta. A pedagoga também celebra que muitas crianças que participaram da primeira turma deste ano, saíram compreendendo o sistema de escrita e leitura: “A gente acredita que a linguagem é a porta para compreensão de todas as outras disciplinas e mundo. E temos expertise para isso”.

 

A líder, por exemplo, conta a história de um menino de 7 anos que chegou ao Projeto ainda sem frequentar a escola (por conta da pandemia) e sem estar alfabetizado. “Com a gente, ele já reconhece o alfabeto sozinho. Agora, ele escreveu uma carta para o Papai Noel dizendo que a meta dele é aprender a ler e escrever até o fim do ano”, comemora Talita – que reforça também a importância do próprio aluno reconhecer seu avanço e se sentir estimulado com ele.

 

Já Kátia Souza, assistente social do projeto, também menciona as conquistas de direitos que as famílias têm acesso a partir dos atendimentos: “Nos atendimentos, eu identifico as problemáticas e o contexto social dessa família e, a partir daí, encaminho para a rede, UBS, defensoria pública…”. Ela conta a história de uma mãe que chegou ao projeto com o filho, que estava recebendo reclamações da escola. “Mesmo reticente, eu a orientei a buscar uma UBS e o clínico encaminhou para o neurologista. Eu fiz toda a mediação com o posto de saúde e, depois dos exames feitos, o médico identificou que ele tem uma deficiência intelectual leve. Com esse laudo, a gente está aguardando para passar na perícia do INSS”.

 

“É significativo e perceptível que o nosso trabalho é reconhecido também pelas famílias. Elas conseguem identificar os avanços das crianças e a nossa conquista é justamente torná-las aptas para poder continuar em seu ciclo de série e idade e, principalmente agora no retorno às escolas”, diz Viviane, que completa: “Acreditamos que além de conteúdos, é necessário repensar essas crianças que estão voltando para suas interações com questões muitas vezes sérias que precisam ser olhadas e trabalhadas antecipadamente. O nosso trabalho busca ver essa totalidade e proporcionar a interação entre elas, com atividades que façam sentido para que sintam-se capazes e autônomas em seu desenvolvimento, reverberando também em sua vida escolar”. 

 

Por fim, Kátia celebra: “As conquistas são diárias. Muitas vezes, a família não sabe os direitos que ela possui como cidadã. E, quando a gente explica isso, eles conseguem criar autonomia e fazer essa busca” – conquistas de um trabalho de conscientização e com um olhar atento para cada um dos atendimentos.

Aniversário ICGestão de Pessoas

Chegaram os 10 anos do Instituto C!

Quando comecei a pensar na ideia de trabalhar com algo que eu pudesse contribuir para o mundo no meu dia a dia, realmente não tinha ideia do que eu estava projetando, mas sempre me comovi muito com a desigualdade social que vivemos e tinha algo muito forte que me movia para fazer alguma coisa.

Conheci a Dra. Vera Cordeiro e comecei a estruturar toda essa ideia com o apoio de muita gente, muita mesmo. Originalmente, o Instituto C chamava-se Saúde Criança São Paulo e atuava como uma franquia social que usava uma metodologia multidisciplinar para atender famílias com crianças doentes a terem mais autonomia e qualidade de vida. Começamos atendendo 5 famílias, depois 10, 15….

Com o passar dos anos, a organização foi crescendo e ganhando maturidade, e eu também.

Expandimos a nossa atuação, aumentamos consideravelmente o número de pessoas atendidas, e consequentemente a equipe e voluntários do Instituto C; e nesse ano tivemos a oportunidade incrível de ampliar o nosso trabalho para a comunidade Minas Gás. Hoje são 360 famílias atendidas por mês, mais ou menos 1.500 pessoas.

Nesses 10 anos, aprofundamos muito o nosso conhecimento sobre o trabalho em rede, encaminhamento de demandas e trabalhamos com muito acolhimento e escuta atenta para ouvir as histórias de cada família atendida.

Mas o que acho mais impressionante é o Instituto C ser tão necessário justamente quando ele completa 10 anos.

Infelizmente, desde que nasci, nosso país nunca esteve tão desigual, com tanta gente passando fome, sem acesso à educação, aumento da violência doméstica, com muitos direitos violados e isso se reflete na lista de espera que temos de mais de 80 famílias que procuram desesperadas por nosso trabalho.

Então, meu desejo para os 10 anos do Instituto C é que a gente possa dar conta logo dessa lista de espera, e que possamos também oferecer o nosso trabalho a cada vez mais pessoas – pensando na sustentabilidade de forma integral, começando pelo bem-estar da nossa equipe (porque fazer os atendimentos não é moleza), na expansão do trabalho para outras comunidades com um crescimento estruturado.

Acesso à informação, acolhimento e autonomia são fundamentais para todo cidadão. Que a gente possa juntos oferecer isso para toda família em vulnerabilidade que precise de atendimento para conhecer e acessar seus direitos.

Um muito obrigada  especial a cada um que faz o Instituto C existir, vocês fazem toda a diferença!

Sem categoria

Equipe e conselho se reúnem para planejamento estratégico

Desde agosto, o Instituto C está debruçado na elaboração do planejamento estratégico para os próximos cinco anos da organização. “Estamos caminhando para um momento de expansão do nosso trabalho. A minha expectativa é que o Instituto C consiga ampliar em escala o número de famílias que atende”, introduz Diego Schultz, Diretor Administrativo do Instituto C.

 

Em 2018, foi realizado um planejamento para os três anos seguintes do Instituto: 2018, 2019 e 2020. A elaboração das próximas estratégias, no início de 2021, se deu junto à pandemia do coronavírus, que passou a ser a prioridade naquele momento. “Tivemos que focar em todos os desafios e mudanças que a pandemia trouxe para a nossa realidade. Agora, nesse segundo semestre, voltamos o nosso olhar para as futuras estratégias do Instituto C e, junto ao conselho, decidimos pensar nos próximos cinco anos”, afirma Diego.

 

Para isso, uma consultoria externa especializada em planejamento deu todo o suporte para a condução do processo. Para Francisco Fortes, membro do conselho de administração do Instituto C, esses momentos de pausas são essenciais, não só em organizações, como também na vida pessoal. “A gente vive rotinas tão intensas que paradas para reflexões sobre o futuro são essenciais para a gente entender onde queremos chegar”, diz Francisco, que é empresário e participa da organização há quatro anos.

 

Após uma imersão nos documentos do Instituto C, a primeira fase do planejamento consistiu em olhar para fora, identificando as ameaças e oportunidades que o atual contexto apresenta para o Instituto. “Primeiro, observamos o cenário macroeconômico, político e social em que estamos inseridos. Esse encontro inicial foi online e contou com a presença de toda a equipe do IC, conselho e alguns parceiros”, explica Diego.

 

Já a segunda etapa, também virtual, foi um olhar para dentro, construindo uma espécie de linha do tempo e identificando também percepções sobre o papel essencial do Instituto, bem como expectativas e primeiras ideias de como responder aos desafios que se apresentam. “A forma como a consultoria conduziu os debates foi muito interessante e ajudou para a ampla participação de todos. A equipe valoriza muito o conselho e isso nos aproxima, né? É muito importante”, afirma Francisco.

 

A partir desses encontros, uma devolutiva da consultoria foi feita e apresentada para todas as pessoas envolvidas no processo. A partir de imersões com grupos selecionados, será feito um codesenho de direcionamento estratégico e metas para os próximos cinco anos. “Com tudo muito bem definido, podemos criar um plano estratégico para chegar onde queremos – com objetivos para os próximos dois, três, quatro e cinco anos”, afirma Diego sobre o planejamento, que entrará na etapa final em novembro.

 

“Todo o processo para esse planejamento foi muito rico porque tivemos a participação de todas as pessoas envolvidas. Tivemos ali quem realmente conhece o Instituto e essa troca foi incrível. Me surpreendeu muito o alinhamento de visão sobre os desafios e sobre o que a gente precisa fazer para crescer”, comemora Francisco. Mas, afinal, onde o Instituto C quer estar daqui cinco anos? Para Diego, a expectativa é grande e o objetivo é claro: “Queremos atender mais famílias, ampliar os nossos trabalhos, mas manter a essência do Instituto, que é o aprofundamento dos atendimentos e a escuta cuidadosa. Nosso desafio é crescer em escala e manter a qualidade”, finaliza.

Aniversário IC

Do início ao futuro é o último episódio da série de lives

No dia 13 de outubro, aconteceu o nono e último episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado “Do início ao futuro”, a conversa contou com a presença de convidados especiais que marcam a trajetória do Instituto até aqui: Letícia Tavares, primeira funcionária do Instituto C, Marina Mendonça, Presidente do Conselho Administrativo, Flávia Almeida, Analista Administrativa Financeira, e Diego Schultz, Diretor Administrativo. “O Instituto C. comemorou 10 anos neste 12 de outubro e vai ser muito bom retomar um pouco de toda essa história com pessoas envolvidas e responsáveis por todo nosso desenvolvimento”, introduz Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do Instituto C.

 

Quem abriu o bate-papo foi Letícia, relembrando o início do trabalho do Instituto – que teve (e ainda tem) muita mão na massa. “A gente fazia de tudo, de colar adesivo na parede até atender as famílias, sempre de uma forma muito prazerosa”, disse. A primeira funcionária também comentou sobre o processo de criação dos vínculos com as pessoas, um dos primeiros desafios.

 

Dois anos após a fundação, em 2013, as áreas estavam já mais estruturadas e os atendimentos mais bem alinhados. “Foi um processo muito generoso para todo mundo, e de muita aprendizagem tanto dos voluntários, quanto dos profissionais contratados”, contou Letícia lembrando também do conselho que esteve presente desde o início do Instituto C: “Foi essencial para as nossas escolhas acertadas e isso é um diferencial”.

 

Na sequência, Flávia, que trabalha no Instituto há oito anos, se juntou à conversa e também falou sobre o seu início: “Eu não tinha experiência nenhuma no terceiro setor. Eu não sabia como era trabalhar com propósito”, disse a atual Analista Administrativa Financeira.

 

Entre mudanças – de posicionamento de marca e de espaço físico, o Instituto C. cresceu. Até que Letícia decidiu seguir por outros desafios e, após um breve hiato de seis meses, chegou o Diego, assumindo o cargo de Diretor Administrativo – um dos primeiros homens de toda a equipe. “Lembro de chegar no espaço e achá-lo incrível! Minhas primeiras impressões foram ótimas. De cara, encontrei uma organização muito bem estruturada para crescer ainda mais”, comentou.

 

Com experiências também no terceiro setor, mas muito para o lado empresarial, Diego contou sobre a sua surpresa ao se deparar com o conselho do Instituto C. “Minha primeira reunião com eles foi muito leve, e não como costuma ser em outros lugares cheio de portes, diretrizes e críticas. Eram pessoas reunidas a fim de ajudar”, disse. “O conselho é um dos nossos diferenciais desde o início”, completou Vera.

 

Na sequência, Marina também entrou na conversa para dar continuidade ao assunto. Presidente do Conselho Administrativo, ela reforçou a importância de se ter uma escuta atenta ao longo dos anos. “O desenvolvimento constante de uma boa relação e interação entre o conselho e a equipe é o que mais me move”, disse.

 

Entre chuvas e alagamentos, festas e celebrações, o papo seguiu com mais lembranças desses 10 anos do Instituto C. Diego destacou também o aprofundamento e a qualidade do trabalho realizado, Marina falou sobre o crescimento sustentável dos projetos e da própria equipe e Vera sobre a preocupação e suporte para cuidar também do cuidador. “É daqui que eu tiro o meu ganha pão, onde eu me realizo profissionalmente e realizo meus sonhos pessoais. Eu tenho muito orgulho de fazer parte disso. A gente sonha muito alto e a gente costuma alcançar! Vida longa ao IC é o que eu desejo”, disse Flávia.

 

Finalizando o bate-papo, Diego falou sobre transformação: “Para mim, o Instituto tem muito a ver com essa palavra, ele dá a oportunidade de transformação para famílias. A gente vê que, depois de serem impactadas, elas continuam em uma crescente”.

 

Vera reforçou o valor dessa transformação. “A gente só consegue transformar a realidade das famílias em si se a gente transforma a vida das famílias que as atendem. O grupo como um todo é quem faz o Instituto C.”, concluiu.

 

O bate papo seguiu por mais de uma hora, cheio de histórias e lembranças, e você pode rever tudo na nossa página no Instagram. Acesse agora mesmo, clicando aqui!

 

As lives aconteceram no Instagram do Instituto C (@instituto.c) e contaram

com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Diretora Executiva e Fundadora do Instituto C, foi a responsável por conduzir estas conversas.

Assista ao episódio 1 | O começo de tudo | Clique aqui
Assista ao episódio 2 | Encontros que fortalecem | Clique aqui
Assista ao episódio 3 | Apoio que faz a diferença | Clique aqui
Assista ao episódio 4 | Costurando relações | Clique aqui
Assista ao episódio 5 | Desenvolvendo Capacidades e Potencialidades | Clique aqui
Assista ao episódio 6 | Construindo Futuros | Clique aqui
Assista ao episódio 7 | Um olhar especial | Clique aqui
Assista ao episódio 8 | Expandindo para aproximar | Clique aqui
Assista ao episódio 9 | Do início ao futuro | Clique aqui

PAFServiços IC

O método de técnico de referência e os avanços para o PAF

No primeiro semestre deste ano, o PAF – Plano de Ação Familiar passou a ser gerido com uma nova metodologia que trouxe muitos benefícios – aos técnicos e, sobretudo, às famílias atendidas. “A metodologia de técnico de referência trouxe um olhar mais aprofundado para cada história atendida por nós, além de reforçar o vínculo das famílias com o Instituto C”, afirma Katia Moretti, líder do projeto. 

 

Para entender a nova metodologia é preciso dar um passo para trás. Antigamente, não havia um controle de tempo para os atendimentos. “A família chegava até nós, participava de uma roda conversa e depois era encaminhada para uma das áreas técnicas, mas sem um horário determinado para isso. A conversa podia durar 15 minutos ou uma hora”, relembra Katia. 

 

Em 2018, o projeto PAF recebeu uma consultoria da Porsche para organizar melhor a questão dos horários. A partir daí, foi estabelecida uma metodologia em espécie de carrossel chamada Chaku, na qual as famílias passavam por todas as áreas técnicas durante 15 minutos. “Conseguimos organizar a questão do tempo, mas o método trouxe também uma angústia por ser tão pouco”, aponta a líder.

 

Então, neste ano, com o retorno dos atendimentos de maneira híbrida após o período mais restrito da pandemia, e a partir de uma sugestão da Liliane Moura, uma das assistentes sociais do Instituto C, o PAF uniu uma nova metodologia: a de técnico de referência. “Nós mesclamos os dois métodos. Em um mês, a família é atendida pela rodada de conversa rápida e passando por todas as áreas e, no outro, ela tem uma hora com o técnico que é a sua referência”, explica Katia. 

 

O técnico de referência, então, é capaz de realizar um atendimento mais aprofundado durante o tempo que tem com a família e, assim, ter um olhar de maior acolhimento. “Durante uma hora, o técnico consegue analisar as demandas da família com mais atenção e até criar um vínculo com eles”, analisa a líder.  

 

Além dos benefícios apontados, os avanços já puderam ser percebidos também na prática. Recentemente, a pedagoga Lualinda Toledo conseguiu identificar que uma das crianças que atendemos, irmã da que estava em tratamento de saúde, tinha dificuldade escolar. “A partir desse atendimento mais acolhedor, a técnica entendeu que o problema era resultado de uma doença ocular. Depois de uma avaliação médica, foi constatado que a criança estava realmente perdendo a visão e uma cirurgia foi marcada”, conta Katia. 

 

O desfecho da família poderia ter sido outro se não fosse o olhar sensível e aprofundado da técnica Lualinda que, com a metodologia de técnico de referência, teve tempo para entender melhor, não só a criança em tratamento de saúde, como também todos os membros da família.

 

Sobre o PAF:

Famílias em situação de vulnerabilidade e que tenham crianças ou adolescentes em tratamento de saúde recebem atendimento multidisciplinar no Plano de Ação Familiar. Os encontros são realizados mensalmente para que elas tenham atendimento individual focado em suas necessidades e possibilidades nas áreas de Renda, Serviço Social, Educação, Nutrição, Psicologia e Acompanhamento Familiar. Além de informações e orientações em rodas de conversa, os responsáveis também têm acesso a itens emergências, como cesta básica,  fraldas, e remédios que não são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde. 

 

Atualmente, cerca de 200 famílias são atendidas. Elas chegam até o PAF a partir de hospitais e redes socioassistenciais que fazem o encaminhamento para o projeto ou através da procura espontânea. Após uma triagem, a família é convidada para iniciar o ciclo de atendimento assim que uma vaga for disponibilizada.

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Curso Berçarista começa a receber crianças para aula prática

No último dia 20 de setembro, o Primeira Infância iniciou mais uma fase de seu curso e começou a receber mais crianças para aulas práticas. Desenvolvido pelo Instituto C desde 2014, o projeto (que é desde 2021 executado em parceria com o Manduí Escola), visa o desenvolvimento infantil e a formação de mulheres berçaristas que vivem em vulnerabilidade social. Na comunidade Minas Gás, o objetivo é formar 80 profissionais que possam atuar nessa área. “Além do curso básico, ministrado por pedagogos especializados na primeira infância, a gente traz para o nosso espaço também crianças, estimulando o desenvolvimento infantil dentro da comunidade”, explica Graziele Alessandro, líder do projeto Primeira Infância.

 

Com aulas duas vezes por semana, e quatro grupos de horários, o Projeto começou com aulas teóricas para as mulheres da região. E, desde o dia 20, iniciou-se a parte prática dele – observação, desenvolvimento, ocupação e mais. “Muitas mulheres já vinham com seus filhos, então a gente já acolhia e colocava essas crianças em atividades. Agora, precisamos ainda mais delas. Abrimos vagas para a inscrição de crianças da própria comunidade”, diz a líder. A expectativa para essa segunda fase é grande! “Agora, com as crianças lá, está sendo melhor ainda! Parece que é mais prazeroso, sabe? O tempo passa até mais rápido, não que a gente queira isso, mas é mais gostoso”, diz Cristina de Souza, aluna que participa do curso há quatro meses.

 

A entrada de novas crianças, que será recorrente, foi feita por meio de um formulário divulgado pela liderança da CUFA Minas Gás, que já possui uma comunicação estabelecida dentro da comunidade. “A mãe se inscreve e a gente entra em contato para fazer o processo de triagem. A cada 15 dias vamos abrir novamente a seleção para mantermos o número de crianças estável”, explica Graziele.

 

O primeiro contato dessas mulheres com as crianças contou com uma roda de recepção, onde o responsável por cada uma delas estava junto. Após a exibição do Projeto, detalhes sobre a formação das profissionais e esclarecimentos de dúvidas, apresentou-se também a metodologia: “A gente acredita que na primeira infância, que abrange de 0 a 6 anos, a criança aprende e desenvolve brincando, então é isso que vamos fazer aqui. Somos um espaço de brincar”, contou Graziele. A partir das próximas semanas, não havendo necessidade, as crianças poderão ficar no curso sem o responsável presente.

 

“Sempre quis fazer aulas para aprender a lidar com crianças e idosos, mas nunca tive a oportunidade. Gosto tanto que já tinha até procurado cursos privados mesmo, mas não tinha muita noção de como escolher”, contou Cristina. Ela, que é mãe do Lucas, de 19 anos, e do Miguel, de 2, pretende aproveitar o que tem aprendido dentro de casa mesmo: “Tem me ajudado a cuidar ainda melhor do meu pequeno”.

 

Os grupos contam com, no mínimo, 10 crianças e, no máximo, 25. Os responsáveis também preenchem um formulário com informações, ficha médica e termos de autorização. “Nosso objetivo é formar 80 mulheres berçaristas na comunidade, mas sabemos que o contexto atípico que vivemos, da pandemia, pode interferir nesse número. A situação de vulnerabilidade no momento é ainda maior e, se essas mulheres conseguirem trabalho, elas deixam o curso, por exemplo, já que ele acontece em horário comercial”, conta Graziele.

 

A expectativa agora é para as próximas aulas, onde as crianças estarão sozinhas, sem os responsáveis. “O clima e o ambiente são muito gostosos. Fora que as meninas são demais, é como se fosse minha segunda família”, diz Cristina – que, além de aproveitar o que aprende para cuidar do seu filho, também enxerga o curso como um primeiro passo: “Tenho muito interesse em trabalhar na área da pedagogia e o curso me deu ainda mais vontade disso. Já é uma forma de eu começar!”.

Aniversário IC

Expandindo para aproximar é o 8º episódio da série de lives

No dia 10 de setembro, aconteceu o oitavo episódio da série de lives que celebram os 10 anos de Instituto C. Intitulado “Expandindo para aproximar”, a conversa contou com a presença de três convidados: Paloma Costa, Coordenadora de Parcerias do IC, e os líderes da CUFA Minas Gás, Cezinha e Sandra. “A expansão das nossas atividades é um capítulo muito especial para nós. A gente sentia falta de estar próximos das famílias, principalmente das que atendemos. Então, a expansão do Instituto C começa com a nossa ida para a comunidade Minas Gás e essa aproximação só aconteceu por conta de parceiros incríveis”, introduz Vera Oliveira, Fundadora e Diretora Executiva do Instituto C.

 

Paloma começa o bate-papo contando que estar dentro de uma comunidade era um sonho do Instituto e, no início da pandemia, percebeu a necessidade de atender a região da Brasilândia, onde nasceu e cresceu. “Comecei a mapear as lideranças das comunidades daqui do entorno. Precisávamos de alguém que tivesse um espaço físico onde pudéssemos nos alocar para atender as famílias. Até que um amigo me apresentou o Cezinha, e eu me apaixonei”, comentou.

 

Cezinha, um dos líderes da CUFA Minas Gás e ONG DhaQBrada, havia acabado de conseguir um espaço físico no barracão da escola Unidos do Peruche. “O meu sonho sempre foi trazer progresso para a comunidade e influenciar diretamente a vida das famílias. Quando conheci a Paloma, fiquei muito emocionado. Foi a pessoa certa e no local certo”, contou.

 

Sandra e Cezinha começaram a ajudar a comunidade Minas Gás reunindo doações para arrecadar cestas básicas. Distribuindo mantimentos, e realizando até mesmo uma padaria solidária aos finais de semana,  sentiram a vontade de agir ainda mais. “Nenhuma boa ação fica impune. Começamos com um pitstop na casa da minha mãe. No primeiro dia, juntamos 75 cestas básicas. Foi aí que percebemos que poderíamos fazer muito mais”, disse Sandra.

 

A ONG DhaQBrada, então, recebeu o convite para participar da CUFA e, assim, pode contar também com os benefícios deles e de outros parceiros. “Tudo fluiu tão bem que hoje estamos em um patamar onde colhemos tudo o que plantamos. Na pandemia, recebemos mais de 10 mil cestas básicas, por exemplo. Porém, eu nunca quis que a comunidade enxergasse a gente como um ponto de distribuição. Queria que eles soubessem que estaríamos aqui para dar um suporte, mas não que isso virasse um vício. Por isso, a chegada do Instituto C foi muito alinhada com o que acreditamos. Quero que as famílias se capacitem para elas próprias comprarem suas cestas básicas”, refletiu Cezinha.

 

É nessa linha que se encontra o IC na comunidade. Paloma contou que estava apreensiva sobre a recepção das famílias e, então, fizeram um formulário onde apresentaram com detalhes os projetos do Instituto: “Disparamos um questionário pela manhã e no final do dia já tínhamos 150 respostas. Todas positivas e querendo a nossa presença lá. Compilamos tudo, finalizamos a proposta e entregamos para os patrocinadores”.

 

Tanto a procura quanto a participação da comunidade nos projetos do IC superaram as expectativas. “Hoje, eu vejo o portão da Peruche como um verdadeiro portal de fé e esperança. Quando você abre a porta e entra naquele local, você encontra um local de acolhida. Estou muito orgulhoso do que acontece lá”, contou Cezinha.

 

“Eu acompanho o trabalho das mães e crianças e percebo o quanto as mulheres gostam de estar lá. Vejo a atenção e o cuidado delas. E eu aprendo muito também, todos os dias. Essa união foi muito boa para a comunidade, a gente estava precisando. Para mim, o Instituto C é um local de acolhimento”, disse Sandra.

 

Já Paloma, vê o IC como um respiro: “A gente passa por tantas crises e você saber que o seu trabalho leva carinho para pessoas que precisam é o que te faz levantar da cama. Para mim, o Instituto significa esperança – e só é possível fazer tudo o que a gente faz porque temos parceiros incríveis e que fazem tudo com muito amor”.

 

O bate papo seguiu por 1 hora, cheio de histórias, e você pode acompanhar tudo na nossa página no Instagram. Acesse agora mesmo, clicando aqui!

 

O projeto, do sonho à realidade, prevê resgatar as memórias que construíram a história do Instituto C nestes anos todos de atendimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo. Além da revisitação ao acervo de imagens e vídeos como forma de reverenciar e agradecer a contribuição de todos que estiveram juntos nesta trajetória.

 

As lives estão acontecendo no Instagram do Instituto C (@instituto.c) e contarão com a presença de pessoas que fizeram ou fazem parte da história do Instituto. Vera Oliveira, Diretora Executiva e Fundadora do Instituto C, é responsável por conduzir estas conversas.

 

Assista ao episódio 1 | O começo de tudo | Clique aqui

Assista ao episódio 2 | Encontros que fortalecem | Clique aqui 

Assista ao episódio 3 | Apoio que faz a diferença | Clique aqui

Assista ao episódio 4 | Costurando relações | Clique aqui

Assista ao episódio 5 | Desenvolvendo Capacidades e Potencialidades | Clique aqui

Assista ao episódio 6 | Construindo Futuros | Clique aqui

Assista ao episódio 7 | Um olhar especial | Clique aqui

Assista ao episódio 8 | Expandindo para aproximar | Clique aqui

Premiações

A conquista da medalha de ouro em Transparência e Gestão

No dia 03 de agosto, recebemos a maravilhosa notícia de que o Instituto C havia sido aprovado no processo de auditoria do Selo Doar, com 50 pontos de 52 possíveis, qualificando-se como organização certificada com o Selo A+. Isso significa que passamos a fazer parte de um seleto grupo de organizações brasileiras certificadas de forma independente que atendem aos Padrões Máximos de Gestão, Transparência e Doação (PGTD) definidos pelo Instituto Doar, baseados nos principais modelos de certificações internacionais para organizações da sociedade civil.

Para obter o Selo Doar, primeiramente as organizações devem realizar a sua própria

autoavaliação. Para isso, o Instituto Doar disponibiliza a lista de critérios que serão avaliados, construídos especialmente para a realidade das organizações brasileiras, organizados em oito grandes temas, sendo eles: causa e estratégia, governança, contabilidade e finanças, gestão, recursos humanos, estratégia de financiamento, comunicação, prestação de contas e transparência. Com isso, a organização pode “arrumar a casa” e aperfeiçoar seus processos internos para posteriormente serem submetidos à auditoria independente do Instituto Doar.

Assim fizemos no Instituto C. Nos debruçamos em realizar nossa autoavaliação em cada um dos critérios. Percebemos que nossas práticas de gestão já atendiam plenamente muitos dos critérios, fruto do investimento em contabilidade, auditoria externa, comunicação e do compromisso de toda nossa equipe com a missão e os valores da organização. Nesse sentido, foi gratificante confirmar que estamos no caminho certo.

Por outro lado, para atender alguns critérios foi necessário realizar um trabalho mais profundo de aperfeiçoamento. Para isso, fizemos a atualização do nosso Estatuto Social criando um Conselho de Administração como o principal órgão de gestão da organização e implantamos uma política clara e escrita quanto à composição desse conselho, que leva em consideração critérios de diversidade. Renovamos nossa diretoria, atualizando as suas atribuições às leis atuais. Criamos um documento formal de cargos, carreiras e salários da organização, incluindo o processo de formalização e relacionamento com os voluntários, entre outros ajustes necessários.

Após realizar todo esse trabalho iniciamos o processo de auditoria com o Instituto Doar que nos contemplou com a certificação na categoria A+, a mais alta classificação possível, o que representa a conquista da “medalha de ouro” no cumprimento dos padrões máximos de Gestão, Transparência e Doação, motivo de muito orgulho e celebração por todos envolvidos no nosso trabalho.

E por que uma certificação como essa é tão importante para uma organização social sem fins lucrativos? Em todo o mundo há dados que confirmam que a certificação aumenta significativamente a confiança dos doadores e, consequentemente, aumenta o volume de doações. No Brasil, ainda há pouca pesquisa sobre isso, entretanto, a prática da verificação e qualificação é um processo comum entre empresas brasileiras, que objetivam melhorar a performance e compará-la entre pares, serve para facilitar a escolha de fornecedores ou clientes. Já para organizações sem fins lucrativos serve para ampliar a credibilidade e facilitar a seleção por parte de doadores.

Essa é mais uma conquista importante que só foi possível com o envolvimento coletivo, parabéns para todos nós!