Educação e pedagogia – Formatura das crianças do Cidadania em Rede
O projeto Cidadania em Rede nasceu da junção da experiência acumulada nos projetos:
- PAF (Plano de Ação Familiar);
- Educação em Rede e Primeira Infância;
Saiu do papel no início de 2022. De lá para cá, muitas famílias foram atendidas e, consequentemente, crianças e adolescentes também tiveram suas vidas transformadas!
Educação e Pedagogia – Cidadania em Rede
O projeto conta com o Núcleo Educação de Qualidade, que proporciona um olhar integral para o desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes com dificuldades escolares.
O núcleo conta com uma equipe de pedagogas e psicólogas que acompanham essas crianças de perto.
O impacto na vida e aprendizado das crianças é muito significativo e para celebrar, por que não uma formatura?
“Já tínhamos esse hábito no Educação em Rede e quisemos trazer para este projeto também justamente para comemorar as conquistas dessas crianças e adolescentes”, diz Talita Lima, coordenadora do Cidadania em Rede.
A ideia é que essa celebração aconteça a cada seis meses, em julho e em dezembro, e reúna as crianças que já alcançaram os objetivos propostos nos atendimentos iniciais.
Desenvolvimento x formatura
Em um ano de projeto, a primeira formatura aconteceu no mês de Fevereiro e celebrou a conquista de 33 crianças e adolescentes.
“Preferimos avaliar todas as crianças atendidas no ano passado, por isso fizemos a celebração em fevereiro. A
partir de agora, elas acontecerão duas vezes no ano”, explica a coordenadora Talita.
Desde o início do atendimento, quando acontece uma avaliação inicial para entender o que a criança precisa, são realizados encontros mensais para acompanhar a evolução de cada um individualmente – como leitura, escrita, comportamento familiar, entre outros.
Objetivos conquistados, é hora de celebrar! “Preparamos uma cerimônia, envolvendo toda a família para selar o ciclo da criança ou adolescente”, explica Talita, que esclarece também que muitas vezes os pais continuam sendo acompanhados e que a formatura é uma celebração à parte feita para as crianças que tiveram esses acompanhamentos pontuais.
“Preparamos um cantinho de comes e bebes, uma atividade de pintura em tela para todos fazerem juntos e, então, fizemos a cerimônia em si, uma espécie de colação mesmo, celebrando a conquista de cada criança e adolescente e entregando um certificado”, relembra.
A importância da educação e pedagogia para a família
As melhorias podem ser vistas em muitos aspectos da vida das famílias. “Ainda estamos com muitos casos pós-pandemia, onde crianças ficaram com um atraso nas escolas e, aqui, conseguimos um olhar individualizado para cada uma delas oferecendo reforços escolares. Elas mesmas mostram a evolução quando chegam aqui e querem ler todas as plaquinhas que temos. Para as crianças, isso é muito potente”, conta Talita.
Outro aspecto positivo é que as crianças e adolescentes acabam sendo uma porta de entrada para a família como um todo no Instituto C. “Os pais chegam aqui buscando algo para seus filhos e descobrem um universo de possibilidades para serem cuidados, como um atendimento psicológico, uma consulta em nutricionista, o direito a um benefício...”, diz a coordenadora.
Caso real – Instituto C
Um desses exemplos é Bruna, que é mãe de três crianças e buscou o Instituto C em 2021, inicialmente para o João e Helena. O menino logo começou os atendimentos em relação à alfabetização e psicologia, mas ela, ainda muito novinha, passou por uma construção até se sentir à vontade no espaço. “Percebemos que era uma família que tinha um histórico de violência doméstica em casa e, então, auxiliamos também a mãe”, relembra Talita.
Com o tempo, Bruna se fortaleceu, deixou o relacionamento abusivo em que estava e desenvolveu sua autoestima. “Nisso, ainda conseguimos acessar a Helena e já notamos uma evolução gigantesca nela. Tanto, que foi ela quem se formou”, celebra. João e a mãe ainda seguem nos atendimentos, mas olham para trás e enxergam muita transformação.
“Eu tinha a expectativa que só as crianças iriam ser atendidas, mas, no fim, os atendimentos mudaram a minha vida como mulher. Me ensinaram a ver uma versão da Bruna que eu não via, muito mais forte e capaz”, conta Bruna.
A mãe ainda afirma que João recuperou bastante o seu atraso escolar e que Helena teve uma melhora comportamental visível. “Todos nós enxergamos o Instituto C como uma segunda casa. Nos atendimentos fui acolhida e me ensinaram que eu podia ter autonomia e independência para ter minha própria vida. Foi um resgate”, celebra Bruna.
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